Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BROMATOLOGIA – WEB 03 Professora Daniely Dias Nutricionista | Doutora em nutrição Frutas ▪ As frutas são um dos principais responsáveis pelo fornecimento de micronutrientes, como as vitaminas e minerais. ▪ São classificadas em 5 tipos título ▪ Não mais que seis bullets por slide ▪ Não mais que uma mensagem por slide ▪ Use linguagem visual como apoio para o texto Fruta fresca ▪Aquela que apresentando maturação adequada e condições organolépticas habituais, pode ser consumida de forma imediata. Denominação extensiva àquelas que provem de frigoríficos título ▪ Não mais que seis bullets por slide ▪ Não mais que uma mensagem por slide ▪ Use linguagem visual como apoio para o texto Fruta seca ▪ São as que por natureza, se apresentam com o endocarpo mais ou menos lignificado, cuja semente é parte comestível (noz, avelã, amêndoa, castanha entre outros) título ▪ Não mais que seis bullets por slide ▪ Não mais que uma mensagem por slide ▪ Use linguagem visual como apoio para o texto Fruta dessecada ▪ Fruta fresca privada da maior parte do seu conteúdo aquoso, por meios naturais como dessecação ao sol, com a finalidade de conservá-la ▪ Características organolépticas: ▪ Aspecto: frutas inteiras ou em pedaços, de consistência própria, não esmagadas. ▪ Cor: própria. ▪ Cheiro: próprio. ▪ Sabor: próprio. ▪ Características físicas: ▪ Unidade: máximo 25% título ▪ Não mais que seis bullets por slide ▪ Não mais que uma mensagem por slide ▪ Use linguagem visual como apoio para o texto Fruta desidratada ▪ Semelhante a anterior, mas o procedimento de desidratação é obtido aplicando meios físicos controlados, geralmente túneis de ar quente título ▪ Não mais que seis bullets por slide ▪ Não mais que uma mensagem por slide ▪ Use linguagem visual como apoio para o texto Fruta cristalizadas ou glaceadas ▪ Produtos preparados com frutas, nas quais se substitui parte da água de constituição por açúcar, com tecnologia adequada, recobrindo-as ou não com uma camada de sacarose. ▪ Água: A maioria das frutas e hortaliças contém mais de 80% de água. ▪ Carboidratos: Pode variar de 2 a 40%. Em frutas verdes o amido predomina e as frutas maduras os carboidratos são: sacarose, glicose e frutose. Uma porção significativa dos carboidratos é encontrada na forma de fibras, que no processo de amadurecimento se transformam em fibras solúveis. ▪ Proteínas e Lipídeos: Contribuem com menos de 1%. ▪ Ácidos orgânicos: As maiorias possuem ácidos em grandes quantidades, que são utilizados no processo de amadurecimento. ▪ Vitaminas: São encontradas vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis. ▪ Minerais: São encontrados vários minerais importantes, alguns exemplos: cálcio, magnésio, sódio e potássio. Composição química das frutas ▪ Vária de acordo com o vegetal; ▪ Responsável por alterações associadas ao amadurecimento (cor, textura, hidrólise de amido, sabor e síntese de novas substâncias); ▪ Produtos climatérico e não-climatéricos Respiração ▪ São frutas que na etapa final do desenvolvimento, apresentam acentuado aumento na taxa respiratória até atingirem um ponto máximo (pico climatérico), a partir do qual começam a decrescer. ▪ Modificam rapidamente a cor quando amadurecem; ▪ Aumento da taxa de respiração; ▪ Degradação da clorofila e aparecimento de pigmentos (carotenóides e antocianinas); ▪ Exemplos: maçã, banana, goiaba, jaca, kiwi, manga, mamão, pêra, caqui, pêssego, melancia, maracujá, tomate, abacate, damasco, tomate… Frutas climatéricas ▪ São frutas que apresentam decréscimo contínuo na taxa de respiração após a colheita, independentemente do estágio de desenvolvimento em que foram colhidos. ▪ Transformações bioquímicas relacionadas com a maturação são mais lentas; ▪ Taxa de respiração constante; ▪ Colheita deve ser feita no estágio ótimo de amadurecimento, só amadurecem quando ligados à planta; ▪ Exemplos: cereja, uva, laranja, limão, abacaxi, pepino, berinjela, alface, repolho, couve-flor, aspargo Frutas não climatéricas Etileno: hormônio do amadurecimento ▪ Temperatura ▪ Em baixas temperaturas, de refrigeração, as frutas podem diminuir a intensidade respiratória e em altas temperaturas as frutas podem aumentar a intensidade respiratória. ▪ Concentração de O2 e CO2 ▪ Uma redução no teor de O2 ou um aumento na concentração de CO2 levam a redução da taxa respiratória. Isso pode ser conseguido através do uso de embalagens com atmosfera modificada, por exemplo. ▪ Etileno ▪ É um fito hormônio natural e também participa no processo de amadurecimento. A aplicação artificial de etileno leva a um processo de amadurecimento em frutos imaturos. Existe uma prática comum, que é o uso do Carbureto (em contato com a umidade do ar produz acetileno) em frutas, principalmente em bananas e maçãs. Mas essa prática é ilegal em várias cidades do Brasil (muitas vezes pode conter arsênio e fósforo, substâncias cancerígenas). Fatores que influenciam a intensidade respiratória ▪ Mudança na coloração ▪ Clorofila, Carotenoides, Antocianinas ▪ Mudança nos compostos voláteis ▪ Mudança nos ácidos ▪ Sua concentração tende a cair durante a maturação ▪ Mudança nos carboidratos ▪ Degradação do amido, com a formação de açúcares. ▪ Escurecimento enzimático ▪ Ricas em compostos fenólicos que após o processo oxidativo formam pigmentos escuros, denominados melanoidinas. Ex: retirar a casca da maça, e rapidamente percebemos uma coloração escurecida. Mudanças bioquímicas ▪Umidade; ▪ acidez titulável; ▪ acidez em ácidos orgânicos; ▪ glicídios redutores em glicose (038/IV); ▪ glicídios não redutores em sacarose (039/IV); ▪ cinzas (018/IV); ▪ fibra alimentar (045/IV e 046/IV); ▪ dióxido de enxofre (050/IV); ▪minerais e metais pesados (cap. XI). Análises Mel ▪ Produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores (mel de flores) ou secreções procedentes das partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre as partes vivas das plantas, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam maturar nos favos da colmeia (mel de melato). Instrução normativa nº 11 de 20 de outubro de 2000 ▪ Por sua origem botânica. ▪ EX.: Mel de flores ou de melado. ▪ Procedimento de obtenção. ▪ EX.: Escorrido, prensado, centrifugado, filtrado. ▪ Apresentação. ▪ EX.: Mel, Mel em favos, Mel com pedaços de favos, Mel cristalizado, Mel cremoso, etc. Classificação CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS ▪ Cor: Será variável desde quase incolor até a coloração pardo- escura, porém sendo uniforme em todo volume do envase que o contenha. ▪ Sabor e aroma: Deverá ter sabor e aroma característicos e estar livre de sabores e aromas indesejáveis. ▪ Consistência: Poderá ser fluida, viscosa ou cristalizada total ou parcialmente. Controle de qualidade AVALIAÇÃO DA MATURIDADE OBS: As principais fraudes no mel são a adição de água ou de produtos açucarados. ▪ O teor de umidade deve estar em torno de 20%, e deve ser medido em refratômetro. Um alto valor de umidade está associado à fermentação microbiana presente no mel. ▪ Determinação de açúcares redutores (lactose e maltose). Deve-se encontrar valores em torno de 60% para esses açúcares. Controle de qualidade AVALIAÇÃO DA PUREZA OBS: Avaliação de detritos e resíduos da colmeia, o que atesta a autenticidade do mel ▪ Sólidos insolúveis em água devem conter no máximo 0,1%, um valor maior do que 0,1% o mel está reprovado. O teste é realizado através do resíduo de uma filtração, seco a 105ºC em estufa. ▪ Minerais devem conter no máximo 0,6%, um aumento desse valor está fora do especificado. O teste se verifica através da incineração do mel em mufla. ▪ O Pólen deve fazer parte do mel, a ausência de pólen é um grande indicativo de que o mel é falsificado. Controle de qualidade Leite ▪ Do ponto de vista biológico o leite é o produto da secreção dasglândulas mamárias de fêmeas de mamíferos. O leite é uma mistura homogênea de um grande número de substâncias (lactose, carboidratos, enzimas, etc). Composição química Constituintes do leite Proporção Água 85,4 - 87,7% Sólidos totais Lipídeos 3,4 - 5,1% Sólidos totais desengordurados Proteína 3,3 - 3,9% Carboidrato (lactose) 4,9% Minerais (cinzas) 0,68 - 0,74% ▪ QUANTO AO TEOR DE GORDURA ▪ Integral à 3,4 a 3,8% ▪ Semidesnatado à 1,0 a 2,0% ▪ Desnatado à Máximo 0,1% ▪ SANITÁRIA – SEGUNDO A LEGISLAÇÃO ▪ TIPO A: Ordenha mecânica. Máximo de 10.000 UFC/mL. Após o processo de pasteurização esse valor tem que estar no máximo em 500. ▪ TIPO B: Ordenha manual. Máximo de 500.000 UFC/mL Após o processo de pasteurização esse valor tem que estar no máximo em 50.000. ▪ TIPO C: 3% de gordura e 300.000 UFC/mL após o processo de pasteurização. Classificação ▪O LEITE É UMA MISTURA COMPLEXA DE GORDURAS PROTEÍNAS, AÇÚCARES E MINERAIS. ▪QUALIDADE: ▪ Livre de todos os germes patogênicos; ▪ Baixa contagem de microrganismos; ▪ Livre de matérias estranhas e sedimentos; ▪ Sabor levemente adocicado, flavor aromático, livre aromas e sabores estranhos; ▪ Padrões legais (gordura, sólidos totais e desengordurados e acidez). Controle de qualidade ▪ FRAUDE POR AGUAGEM ▪ Índice Crioscópico - Relação com o ponto de congelamento do leite, que é de - 0,512°C. Quanto maior a quantidade de água proveniente da fraude, maior o ponto de congelamento. ▪ Densidade - É uma relação de massa/solvente, ou seja, quanto maior a quantidade de água no leite, menor será o valor de sua densidade. ▪ Sólidos Totais - Este teste também está relacionado à fraude por Aguagem. Através do teste realizado de forma direta realizado em estufa a 105ºC, com adição de água a concentração dos sólidos totais é reduzida. Controle de qualidade Creme de leite Produto rico em gordura, resultante da desnatação do leite. Manteiga Produto resultante da agitação do creme de leite fresco ou fermentado pela adição de fermento láctico, podendo ou não conter sal (NaCl). Queijo Produto obtido do leite integral padronizado, magro ou desnatado, coagulado natural ou artificialmente, adicionado ou não de substâncias complementares permitidas. Laticínios (derivados do leite) Leite desidratado Produto resultante da desidratação parcial ou total, como por exemplo, leite em pó, leite em pó modificado, leite em pó acidificado, leite em pó maltado e farinhas lácteas. Doce de leite Produto resultante da cocção do leite com açúcar (sacarose ou glicose), adicionada ou não de aromatizantes, até concentração conveniente e parcial da caramelização. Leite evaporado Ou leite condensado sem açúcar. Produto resultante da desidratação parcial à vácuo de leite próprio para o consumo, seguido de homogeneização, enlatamento e esterilização Laticínios (derivados do leite) ▪ Características organolépticas ▪ Cor Branco opaca (reflexão da luz pelos glóbulos de gordura, fosfato de cálcio e caseína), amarelada pelo caroteno (lipossolúvel); Cores anormais: desenvolvimento microbiano - Vermelho: bactéria Serratia marcescens - Azul: Pseudomonas Análises ▪ Características organolépticas ▪ Sabor Levemente adocicado, e depende do equilíbrio entre o teor de açúcar (lactose) e o teor de sal (NaCl) presentes. Sensação macia ou ácida: proteínas e gorduras. ▪ Aroma Típico, bastante suave, e está relacionado ao teor de ácido cítrico, na forma de citrato. Análises ▪ Características físico-químicas Preparo da amostra Homogeneizar a amostra a 15ºC, agitando ou invertendo o recipiente 5 ou 6 vezes Presença de grumos: banho-maria a 38ºC, esfriar e homogeneizar. Análises ▪ Teste de sedimentação Sedimentos = condições sanitárias indesejadas Filtração do leite em papel filtro e observação do tipo e quantidade de resíduos retidos no disco. Análises ▪ Acidez (método de Dornic) • A acidez do leite é bastante variável, de acordo com seu conteúdo de sais minerais, proteínas, volume de indicador adicionado, tonalidade do ponto de viragem. • Um aumento no número de bactérias aumenta a acidez do leite que pode ser detectada por titulação. A acidez do leite é expressa em graus Dornic. Cada grau Dornic corresponde à 1 mg ácido láctico em 10mL de leite. Análises ▪ Acidez (método de Dornic) → → Obs: cada 0,1mL da solução de NaOH gasto na titulação equivale a 1º Dornic 10 ml de amostra homogeneizada (erlenmeyer) Adicionar 2 gotas de solução alcoólica de fenolftaleína (1%m/v) Titular com solução NaOH Observar aparecimento da cor rosa Análises ▪ Acidez (método de Dornic) Resultado Acidez Qualidade do leite Bom 16 a 21º Dornic Normal Impróprio >21º Dornic Ácido fermentado Impróprio <16º Dornic Alcalino anormal anormal (típico de vaca com mastite, fraudado com água, leite de final de lactação) Análises ▪ Extrato seco total ▪ Método gravimétrico: determinação do resíduo obtido após evaporação da água e substâncias voláteis; 10g de areia purificada (material inerte) em cápsula de porcelana Secagem em estufa 105ºC/2h Resfriar e pesar Adicionar 5mL de amostra Secagem em estufa 105ºC/1h Resfriar e pesar Secagem em estufa 105ºC/30min Resfriar e pesar Até peso constante Cálculo 100 x P = resíduo seco % m/v A ÁLCOOL, ACETONA, PEDRA- POME. OBJETIVO IMPEDIR A FORMAÇÃO DA PELÍCULA FORMADA PELA CASEÍNA, O QUE DIFICULTA A EVAPORAÇÃO. Análises ▪ Teor de gordura (Gerber) Importante no controle de matéria prima para industrialização como produção de creme, manteiga, padronização da gordura e etc. 10mL ácido sulfúrico concentrado 11mL amostra e 1mL álcool amílico Agitar e centrifugar 1.200rpm/15min. (termocentrífuga) Leitura: % lipídeos Análises ▪Determinação de amido Em adulterações, a adição de amido serve para alterar a densidade do leite diluído (fraude). 10mL leite em tubo de ensaio Aquecer em banho maria durante 5min. Esfriar em água corrente Adicionar 5 gotas de lugol (tintura de iodo) → azul ou preto indica presença de amido Análises ▪ Peroxidase ▪ Enzima presente no leite, que catalisa a transferência de oxigênio dos peróxidos para outras substâncias. ▪ A peroxidase e a fosfatase são enzimas naturais do leite, após o processo de pasteurização a fosfatase é inativada e a peroxidase não. O teste é utilizado para detectar a peroxidase e confirmar o adequamento do leite ao tratamento térmico. ▪ A peroxidase não sofre inativação com as temperaturas usuais de pasteurização. 10mL leite em tubo de ensaio Adicionar 2mL de solução de guaiacol Adicionar 2 a 3 gotas de água oxigenada (10vol.) Agitar Análises ▪ Formaldeído ▪ Utilizado como conservante; ▪ Substância tóxica se ingerida ou inalada, e cancerígena ao contato com a pele. Utilizada para adulteração dos leites (não existe dose segura para exposição). 10mL leite em tubo de ensaio Adicionar 1mL de floroglucina a 1% e 2mL de NaOH a 10% Agitar Análises OBRIGADO(A) Professora: Daniely Dias Nutricionista Doutora em nutrição
Compartilhar