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REVISÃO TURBO – CEISC DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITOS POLÍTICOS (art. 14/CF) • Nome do Brasil: República Federativa do Brasil – é um ESTADO FEDERATIVO e não unitário • País republicano, pois prevalece a alternância de poder - PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO (Todo poder emana do povo). • 3 tipos de democracia: direta (o cidadão decide diretamente as questões públicas) representativa (escolhe os representantes através do voto e eles decidem) e semidireta (mecanismos de participação direta + eleição, votamos em pessoas para nos representar – a CF/88 adota). • 3 MECANISMOS de participação (pode ter nos 3 níveis: U, E, M): - Plebiscito: a população é consultada ANTES da decisão legislativa ser tomada - Referendo: a decisão é tomada e DEPOIS é consultado/confirmado. - Iniciativa popular: 1% do eleitorado nacional, dividido em 5 estados, com não menos de 0,3 em cada um. • Sufrágio no Brasil é UNIVERSAL. Todos podem participar. • Se expressa pelo VOTO ---> mecanismo que materializa o sufrágio universal. • Voto secreto, personalíssimo, universal, direto, periódico, obrigatório (para uma determinada camada da população - nacionalidade). • Pode ter emenda para tornar o voto FACULTATIVO, pois não é cláusula pétrea. É cláusula pétrea apenas o voto direto, secreto, universal e periódico. • Alistamento eleitoral: votar. Tem que ter nacionalidade brasileira/naturalizado OU ser português equiparado; Idade: facultativo para 16 anos e maiores de 70 anos, obrigatório para aqueles a partir de 18 anos de idade. São inalistáveis: estrangeiros e conscritos durante serviço militar obrigatório. • Condições de elegibilidade: Nacionalidade; Alistamento eleitoral; Filiação partidária; Domicílio eleitoral na circunscrição; e Idade mínima: 18 anos – vereador (NO REGISTRO DA CANDIDATURA) 21 anos - deputado estadual e federal/prefeito municipal 30 anos - governador estadual e Vice-Gov. 35 anos – senador, presidente da República e Vice-PR. • SÃO INELEGÍVEIS: Os inalistáveis (estrangeiros – não podem votar e nem ser votado) e conscritos; Os analfabetos (podem votar facultativamente, mas não podem ser VOTADOS). • As condições de elegibilidade: Lei eleitoral – Lei ordinária. • Condições de inelegibilidade: lei complementar. - Condições de elegibilidade na CF (art. 14): § 5º. PR, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. ▪ Não cabe 3x. ▪ Só vale para CHEFES DO PODER EXERCUTIVO. ▪ Prefeito itinerante ou profissional: não pode ser candidatar a prefeito em outros municípios quando houver sido reeleito. O cidadão que exerce dois mandatos consecutivos como prefeito de determinado município fica inelegível para o cargo da mesma natureza em qualquer outro município da federação. Cabe ao VICE que assume o cargo de prefeito durante o mandato. Podendo, porém, se candidatar para outro cargo eletivo de natureza diversa, como o de Vereador, por exemplo, desde que respeite o prazo de desincompatibilização previsto no § 6°, do art. 14, da CF/88. § 6º. Para concorrerem a outros cargos, o PR, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. (situação de DESEMCOMPATILIZAÇÃO) → “outros cargos”. Renunciar ao mandato para poder concorrer outro cargo. Cabível esse parágrafo aos CHEFES DO PODER EXECUTIVO. Não entra caso de REELEIÇÃO. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. - Inelegibilidade para parentes de CHEFES DO PODER EXECUTIVO ou aquele que o substitui dentro de 6 meses anteriores ao pleito. NA POSSE - Aplicável ao: CÔNJUGE/COMPANHEIRO, PARENTES (consanguíneos ou afins) até o 2° grau (ex.: pai, avô, irmãos); - Não se aplica nos casos em que o parente já é TITULAR DE MANDATO ELEITIVO e CANDIDATO À REELEIÇÃO. - Quanto a territorial/circunscrição: é limitado a base territorial que esteja vinculado. Ex.: se A é prefeito, não pode seus parentes se eleger a vereador/prefeito daquele município. Porém, pode concorrer a GOVERNADOR/DEP. ESTADUAL. Se A é governador, não pode seus parentes se eleger a dep. Estadual/governador daquele estado. Mas pode se eleger a PR ou senador de outro estado. Nos casos de PR, a sua jurisdição é NACIONAL, portanto, fica inelegível os parentes para qualquer cargo eletivo do país. - Nos casos de CÔNJUGE, que se divorcia no curso do mandato: Súm. Vinc. N° 08 - A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. Nos casos de MORTE do cônjuge prefeito/PR/Gov: é possível se candidatar. § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - Se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - Se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. - Aplicável aos militares da ATIVA do exército, marinha, aeronáutica, PM e bombeiros. Não se aplica aos inativos. • - 10 de anos: quando se candidatar, será afastado DEFINITIVAMENTE das atividades. • + 10 de anos: quando se candidatar, será SUSPENSO das atividades. Se não se eleger, volta para o cargo. Mas se ele se eleger, será APOSENTADO no ATO DA POSSE/DIPLOMAÇÃO. PODER CONSTITUINTE E PROCESSO LEGISLATIVO Pode constituinte originário: poder que elabora/cria a CF. Poder constituinte derivado, que pode ser: ▪ Reformador: alteração na CF. ▪ Revisor: que muda a CF por um procedimento mais fácil, aconteceu em 1993. ▪ Decorrente: poder que os estados-membros tem de criar suas próprias Constituições. EMENDA CONSTITUCIONAL – manifestação do poder constituinte derivado reformador. Art. 60/CF. A nossa CF é RÍGIDA. Quem pode propor? A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - De um 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - Do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. QUÓRUM DE VOTAÇÃO PARA APROVAÇÃO: § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. ▪ Discutida e votada em 2 turnos nas 2 casas do Congresso Nacional (CD e SF); ▪ Para ser aprovada: precisa em AMBOS de 3/5 de votos dos membros (se for mais de 3/5, foi + do quórum previsto, então tudo OK). ▪ STF decidiu que isso pode ser feito no MESMO DIA - dois turnos de votação. SENDO APROVADA, procede ao ato de PROMULGAÇÃO. § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. ▪ Não sofre SANÇÃO ou VETO do PR. ▪ Será promulgada diretamente pelas MESAS da CD e do SF, com o respectivo n° de ordem. Obs.: § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. ▪ Uma vez REJEITADA, NÃO pode ser reapresentada na mesma sessão legislativa. LIMITES CIRCUNSTANCIAIS: § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. ▪ Se forfeito durante tal período terá vício formal. § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: - CHAMA-SE DE LIMITE FORMAL. I - a forma federativa de Estado II - o voto direto, secreto, universal e periódico; (voto obrigatória não é cláusula pétrea) II - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. Obs.: é possível INICIATIVA POPULAR para emenda nas Const. ESTADUAIS, se assim a Const. prevê. (entendimento pacificado do STF). LEI COMPLEMENTAR X LEI ORDINÁRIA ▪ Quem pode propor? Quem tem iniciativa para propor Lei complementar, tem para propor lei ordinária. - Membro da CD, SF - Comissões parlamentares - PR - STF - Tribunais superiores - PGR - Cidadãos (iniciativa popular) Art. 61. § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 5 Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles. ▪ Âmbito federal: 1% do eleitorado nacional, distribuído por 5 estados, com no mínimo de 0,3% dos eleitores de cada um deles. ▪ Âmbito municipal: 5% do eleitorado nacional. ▪ Não há hierarquia entre LC e LO. O STF entende que NÃO há hierarquia entre L.O e L.C, mas sim mera divisão de competências pela CF/88. Assim, pode uma L.O revogar o dispositivo de uma L.C, caso este não seja de competência exclusiva de uma L.C. ▪ Quórum de aprovação: LC: aprovada por maioria absoluta (metade + 1) LO: aprovada por maioria simples (maioria dos membros presentes) Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. Observar art. 47: Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Para que seja deliberada é necessário a que tenha maioria absoluta dos membros. ▪ Reserva – quando há reserva de conteúdo através de uma espécie normativa tem que ser por ela. ▪ Exceção de Princípio da paridade: Quando o conteúdo for de lei ordinária, mas o legislador preferir utilizar da lei complementar, a LC não precisa ser alterada exclusivamente por lei complementar, pode ser alterada por LO. Porém, não há como fazer o contrário. OBS: É possível veicular uma matéria de lei complementar onde a Constituição se contempla com lei ordinária. Teremos uma lei formalmente complementar, sendo possível sua revogação por lei ordinária. ▪ Casos de L.C: Inelegibilidades; Delegação da competência privativa da U para os E; Articulação da competência comum (art. 23); Definição de tributos; Imunidades tributárias; Criação de tributos via competência residual; Carreiras jurídicas (MP, DP, Magistratura, Advocacia Geral da União) – advocacia privada não (LO). ENTRE OUTROS. ▪ Iniciativa privativa do PR (simetria, aplica-se ao Governador estadual e Prefeito Municipal): § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (CHEFES DO P.E) I - Fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - Disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. MEDIDA PROVISÓRIA: art. 62/CF ▪ É ato NORMATIVO, mas com força de lei, de competência do PR. ▪ Prazo: 60 dias, prorrogável por + 60 dias (120 dias) ▪ Se passar de 45 dias da publicação, a MP entra no chamado REGIME DE URGÊNCIA, enquanto não houver deliberação/votação da MP, fica sobrestadas todas as votações envolvendo leis ordinárias. § 6º Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. ▪ § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. - Se o CN rejeitar a MP e não a converter em LEI, deverá no prazo de 60 dias, disciplinar por DECRETO LEGISLATIVO as relações jurídicas delas decorrentes. ▪ § 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar- se-ão por ela regidas. - Caso o CN não edite o decreto legislativo dentro do prazo de 60 dias, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante a vigência da MP serão por ela regidas. ▪ MP tem votação iniciada na CD. ▪ Há matérias que NÃO podem ser objeto de MP: Cidadania Nacionalidade Direitos políticos Partidos políticos Direito eleitoral Direito Penal, processual penal e processual civil. Cabe MP em DIREITO CIVIL/DIREITO ADM/EMPRESARIAL/AMBIENTAL/URBANÍSITCO/TRIBUTÁRIA: para instituir ou majorar tributos. Não cabe MP de matéria reservada a LC. Não cabe também para: c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO: é possível por meio de MP. Casos urgentes. Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. II – que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Obs. sobre decreto: decreto é ato normativo primário do CN. Decreto regulamentar: exercido pela figura do PR. Cabe ADPF. Decreto autônomo: feito pelo PR, sendo ato normativo primário, portanto, pode criar cargo novo (art. 84, inciso VI, CF). Cade ADI dele. LEIS DELEGADAS: art. 68. Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. § 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termosde seu exercício. - Se o PN estabelecer limites e o PR extrapolar, o próprio CN poderá sustar tal exorbitância, pois terá controle legislativo. § 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. § 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do CN, os de competência privativa da CD ou SF, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. IMUNIDADES FORMAIS E MATERIAIS Obs.: prefeito e governador não têm IMUNIDADE. Apenas prerrogativa de função. Imunidade Formal - Diz respeito a privação da liberdade de ir e vir; - Existe o crime (é típico), mas há um certo tipo de favorecimento ao parlamentar. - Prerrogativa de foro: julgamento se dá pelo STF. Porém, O STF só irá julgar deputados e senadores que tenham cometido crimes e tais sejam EM RAZÃO DO MANDATO e DURANTE O MANDATO, após a diplomação. (STF adota a teoria restritiva) § 1º Os Deputados (APENAS FEDERAIS) e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. - Não cabe imunidade formal para VEREADORES. 1° direito: NÃO SER PRESO ▪ OBS.: Em regra, os deputados e senadores não podem ser presos. Exceção: casos de FLAGRANTE de crimes INAFIANÇÁVEIS. ▪ Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. 2° direito processual: SUSTAÇÃO DO PROCESSO. ▪ Recebida a denúncia por crime ocorrido APÓS a diplomação, o STF dará ciência a casa respectiva. ▪ Por iniciativa do PP nela representado e com voto da maioria dos membros da casa, poderá SUSTAR o andamento da ação, até a decisão final. (É de 2/3) ▪ O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo de 45 dias (IMPRORROGÁVEL) do seu recebimento pela Mesa Diretora. ▪ A sustação suspende a prescrição enquanto durar o mandato. § 3º Recebida a denúncia contra Senador ou Deputado, por crime ocorrido APÓS a diplomação, o STF dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de 45 dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. Imunidade material: art. 53 – FATO ATÍPICO – NÃO HÁ CRIME. - Começa a partir da DIPLOMAÇÃO. - Imunidade em palavras, opiniões e votos. - Cabe imunidade material para VEREADORES nos limites de sua CIRCUNSCRIÇÃO. - Exclui a responsabilidade penal e civil. - Imunidade é in oficio: só vale no exercício da função de parlamentar. Ou seja, o parlamentar só é protegido naquilo que tem a ver com a função de parlamentar e com a função do parlamento (legislar, julgar e fiscalizar). Art. 53. Os Deputados (federais e estaduais) e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. DICAS: ▪ Ofensas feitas DENTRO do Parlamento: a imunidade é absoluta. O parlamentar é imune mesmo que a manifestação não tenha relação direta com o exercício de seu mandato. ▪ Ofensas feitas FORA do Parlamento: a imunidade é relativa. Para que o parlamentar seja imune, é necessário que a manifestação feita tenha relação com o exercício do seu mandato. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - É verificar se o ato normativo ou concreto está em consonância com a ordem constitucional. - Normas anteriores a CF/88 – são recepcionadas ou não recepcionadas. Normas após a CF/88 – são constitucionais ou inconstitucionais. - 2 momentos do controle: 1°) PREVENTIVO – é político, como regra. Acontece durante o processo legislativo e se dá de duas formas: ▪ VETO – parcial ou total, pelo chefe do executivo – VETO jurídico, por razões jurídicas que identifica a inconstitucionalidade. ▪ COMISSÃO – atuam dentro do poder legislativo. É comissão obrigatória no processo legislativo e está SEMPRE presente nos projetos de lei. Dão parecer a respeito do projeto. ▪ Há possibilidade de controle judicial quando identificar vício formal ou projeto de emenda tendente a abolir cláusula pétrea. Qualquer parlamentar poderá impetrar MANDADO DE SEGURANÇA. 2°) REPRESSIVO – quem faz é o PODER JUDICIÁRIO, analisando se a lei ou ato normativo afronta a CF/88. Se dá de 2 formas: ▪ DIFUSO: qualquer juiz ou tribunal pode apreciar uma inconstitucionalidade. Manifestado sempre pela maioria absoluta (REGRA GERAL). Art. 97/CF. Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público. Há partes e é incidental. É incidental, pois incide na causa, mas não é o objeto central da mesma. É a causa de pedir da demanda. Efeito inter partes → obs.: atenção ao Recurso Extraordinário que tem repercussão geral. ▪ CONCENTRADO: concentra a competência para apreciar originariamente no STF. Não há partes. Há legitimados para propor a ação. Tem efeito erga omnes → vincula apenas a Administração pública direta e indireta em todas as suas instâncias e o Poder judiciário, mas não vincula o Poder Legislativo, podendo este, inclusive, legislar contra uma decisão do STF. O próprio STF pode mudar suas decisões. Legitimidade ativa: art. 103, CF/88. As ações do controle concentrado são: ADI, ADO, ADC, ADPF. São legitimados (TAXATIVAMENTE): - PR - Mesa do senado - Mesa da CD - Governador estadual e do DF - Assembleia legislativa - PGR - OAB - PP com representação no CN - Deputado federal - Senador federal - Associação ou entidade de classe de âmbito nacional. Lembrando que: PREFEITO NÃO TEM LEGITIMIDADE. Pertinência temática: tem que demonstrar pertinência temática apenas o governador estadual, assembleia legislativa e associação e entidade de classe de âmbito nacional. Ou seja, tem que mostrar relação com o interesse deles de agir. ▪ Quando cabe? - ADI: tem que ser lei ou ato normativo federal ou estadual. Não cabe para municipal. Tem que ser atos ou leis posteriores à CF/88. Atos normativos primários (todos do art. 59, CF). São eles: EMENDAS À CONSTITUIÇÃO (EC) LEIS COMPLEMENTARES (LC) LEIS ORDINÁRIAS (LO) LEIS DELEGADAS (LD) MEDIDAS PROVISÓRIAS (MP) DECRETOS LEGISLATIVOS (DL) RESOLUÇÕES (R) Obs.: No caso do DF, se a norma for no exercício das competências estaduais, poderá ser atacada no STF por ADI, no entanto, se for no uso das competências municipais, não poderá. Atos não admitidos como objeto de ADI e ADC o normas constitucionais originárias. o atos tipicamente regulamentares (atos normativos secundários). o leis ou atos normativos anteriores ao parâmetro constitucional. o leis ou atos normativos revogados; - ADI (o): quando há omissão constitucional parcial ou total.Cabe às normas de eficácia limitada. - ADC: controvérsia judicial(palavra-chave) de uma lei ou ato normativo federal. Tem que ser atos ou leis posteriores à CF/88. - ADPF: ação subsidiária, quando não houver outro meio para sanar a lesividade. Hipóteses mais comuns: direitos fundamentais, princípios sensíveis, separação dos poderes, cláusulas pétreas etc. ▪ É cabível a ato do poder público. ▪ Cabe contra lei ou ato normativo municipal em face da CF/88. ▪ Cabe para lei anterior a CF/88. FORMAS DE ESTADO - Confederação: União de países soberanos com base em um Tratado Internacional. Possível a secessão. - Federação: é o caso do BRASIL. União de partes (um todo formado por partes U, E, DF e M – autonomia, art. 18). Os entes federativos são autônomos. As partes estão unidas por uma Constituição. Não é possível secessão (um estado-membro se separar do Brasil). O Brasil é SOBERANO. Os entes federativos são autônomos. ▪ AUTONOMIA DOS ENTES: política, administrativa, legislativa, tributária e financeira. Tal autonomia é cláusula pétrea. ▪ É ideia de igualdade. ▪ Territórios: são pessoas jurídicas vinculadas a União, mas não possuem autonomia. O governador territorial é nomeado pelo PR. São regulamentados por Lei Complementar federal. ▪ A União é disciplinada pela CF. ▪ Os estados-membros: pela CF + Constituição estadual. ▪ DF: lei orgânica (aprovada em 2 turnos, por 2/3 dos parlamentares, espera- se 10 dias para ser aprovada novamente, para daí valer) + CF. ▪ Municípios: CF + CE + lei orgânica. - Estado unitário: Aquele que possui um só centro de poder (não há divisão de poderes). Desmembramento, incorporação e subdivisão: Art. 18, § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. ▪ Incorporar: um estado-membro se junte a outro. ▪ Subdividir: um estado se subdivide em 2 (estado A se divide em B e C). ▪ Desmembrar: o estado passa parte de seu território para outro – por anexação. Ou quando criado um estado novo – por criação. Procedimento: 1) Plebiscito: consulta a população diretamente interessada. VINCULA. 2) Ouve as assembleias: se a população aprovar, ouve-se após as assembleias. SOMENTE OUVE-SE, mas não vincula. 3) Lei complementar federal: só pode federal. Para MUNICÍPIOS: - Criação: um município se emancipa. - Fusão: dois municípios se reúnem e formam um novo município. - Desmembramento: sai um pedaço do município e vai para outro município. - Incorporação: um município pequeno é incorporado a outro maior. Art. 18, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Procedimento: 1) Estudo de impacto/viabilidade técnica municipal. 2) Plebiscito: consulta prévia as populações interessadas. 3) Lei complementar federal: tem que ter uma lei complementar federal que autorize. 4) Lei estadual: precisa de lei estadual para sua realização. Pode ser lei ordinária. COMPETÊNCIAS - Exclusiva: art. 21, CF/88. Não cabe delegação. O primeiro ponto a se observar é que se trata de uma competência material, logo todas iniciam por verbos. Ao ler o artigo 21 as competências da União são em aspectos mais gerais, como normas gerais, instituir diretrizes, ou temas mais “espinhosos”, como guerra ou atividades nucleares. - Privativa: art. 22, CF/88. Comp. Legislativa Pode ser delegada aos estados por Lei Complementar. - Comum: art. 23, CF/88. Comp. Administrativa U + E + DF + Municípios. - Concorrente: art. 24, CF/88. Comp. Legislativa. União e Estados. União edita normas gerais. Estados suplementam. ▪ A competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais (Art. 24, §1º). ▪ A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados (Art. 24, §2º). ▪ Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (Art. 24, §3º). ▪ A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário (Art. 24, §4º).
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