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ATENDIMENTO NUTRICIONAL AMBULATORIAL A ADULTOS E IDOSOS

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MANUAL DE 
ATENDIMENTO 
NUTRICIONAL 
AMBULATORIAL A 
ADULTOS E 
IDOSOS 
MA.UNC.004 
V.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAJAZEIRAS-2020
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.004 – Página 2/21 
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ATENDIMENTO NUTRICIONAL AMBULATORIAL 
A ADULTOS E IDOSOS 
Emissão: 
24/09/2020 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO 
1. APRESENTAÇÃO 
 
Uma alimentação saudável, considerada uma das mais importantes formas de 
promoção da saúde, pode aumentar a capacidade do nosso corpo de combater infecções e diminuir 
ou retardar o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), entre elas, a 
obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e diversos tipos de câncer (SIMÕES et al., 2019). 
 Nas últimas décadas, a transição nutricional tem demonstrado a tendência 
populacional aos hábitos alimentares inadequados e à diminuição da atividade física, contribuindo 
assim para a ascensão das DCNT. Esse cenário é motivo de preocupação e evidências apontam a 
alimentação como fator de grande relevância, pois muitas vezes é também parte do tratamento não 
farmacológico de várias dessas enfermidades (SIMÕES et al., 2019; LINDEMANN et al., 2016). 
 A mudança dos hábitos alimentares não deve consistir apenas na redução do 
consumo alimentar, mas na reeducação alimentar da população com foco nas escolhas de alimentos 
mais saudáveis que possam facilitar o controle do peso adequado, redução da pressão arterial, 
melhoria do metabolismo da glicose, dentre outros benefícios (JUNG, 2017). 
A educação alimentar e nutricional é um dos caminhos existentes para a promoção 
da saúde, que oferece a população o acesso a informações capazes de auxiliar na reflexão do seu 
comportamento alimentar, conscientizar sobre a importância da alimentação adequada para a 
saúde e permitir a seleção e implementação de comportamentos alimentares desejáveis de nutrição 
e estilo de vida. Isso contribui para uma estratégia de vital importância para o enfrentamento dos 
problemas alimentares e nutricionais do contexto atual (CUNHA e ALBANO, 2012; JUNG, 2017). 
Nesse sentido, o ambulatório especializado de nutrição do HUJB, apresenta como 
proposta o acompanhamento nutricional sistemático a adultos e idosos portadores de condições 
clínicas específicas, tais como: diabetes, hipertensão, dislipidemias, esteatose hepática, obesidade, 
doenças do trato gastrointestinal, doenças renais, transtornos alimentares, desnutrição, visando 
minimizar os impactos negativos da má nutrição na saúde desses indivíduos. Esse acompanhamento 
engloba a avaliação do estado nutricional, bem como intervenções dietéticas efetivas pautadas na 
elaboração de planos alimentares e orientações nutricionais específicas para cada condição clínica. 
 
2. OBJETIVO 
 
Descrever a sistematização do atendimento nutricional aos adultos e idosos no 
ambulatório especializado de nutrição do HUJB/EBSERH/UFCG. 
 
3. DESCRIÇÃO 
 
 
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3.1 Fluxo de atendimento e agendamento de consultas com nutricionista 
 
A marcação de consulta é realizada pela recepção, mediante encaminhamento dos 
médicos do HUJB para aquelas pessoas atendidas no ambulatório e que necessitam de 
acompanhamento nutricional especializado. Os encaminhamentos para nutrição devem conter as 
seguintes informações: 
• Idade; 
• Diagnóstico clínico; 
• Justificativa da necessidade de acompanhamento nutricional especializado; 
• Exames laboratoriais recentes (últimos seis meses) relacionados ao motivo do 
encaminhamento. Exemplos: glicemia em jejum; hemoglobina glicada; colesterol total e frações; 
triglicerídeos; ureia; creatinina; sódio; potássio. 
Os retornos serão programados mensalmente ou conforme acompanhamento 
nutricional. O intervalo para retorno poderá ser maior ou menor, a depender da necessidade 
identificada pelo nutricionista. 
 
3.2 Avaliação do estado nutricional 
 
A avaliação nutricional deve contemplar: antropometria, exame físico, anamnese 
alimentar, exames laboratoriais. A avaliação antropométrica deve ser realizada em todas as 
consultas. 
 
3.2.1 Antropometria 
 
Os dados que devem ser obtidos para iniciar a avaliação antropométrica são: peso 
habitual; peso atual; estatura. 
• Peso habitual: questionar o paciente sobre qual é geralmente o seu peso. 
• Peso atual: deve ser medido em todas as consultas. 
• Estatura: obter comprimento do paciente em estadiômetro fixo à balança. 
• Cálculo do IMC: IMC = Peso atual 
 (Altura)² 
 
 
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Após o cálculo do IMC, classificar o estado nutricional de acordo com os índices 
antropométricos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), conforme os quadros 
1 e 2. 
 
• Circunferência da panturrilha: no caso de pacientes idosos, além do IMC, verificar 
essa medida em todas as consultas e classificar o parâmetro de acordo com o quadro 3. 
 
Quadro 1 - Classificação do estado nutricional, de acordo com o IMC, para indivíduos com 20 anos ou mais e menores 
de 60 anos de idade 
ESTADO NUTRICIONAL - IMC 
(Kg/m²) 
Classificação do Estado Nutricional 
< 18,5 Baixo Peso 
18,5 a 24,9 Adequado 
25 a 29,9 Sobrepeso 
> 30 Obesidade Grau I 
> 35 Obesidade Grau II 
> 40 Obesidade Grau III 
Fonte: Ministério da Saúde, 2017. 
 
Quadro 2 - Classificação do estado nutricional, de acordo com o IMC, para indivíduos com mais de 60 anos de idade 
ESTADO NUTRICIONAL - IMC 
(Kg/m²) 
Classificação do Estado Nutricional 
< 22 Magreza 
22 a 27 Eutrofia 
>27 Excesso de peso 
Fonte: Ministério da Saúde, 2014. 
 
Quadro 3 - Classificação do estado nutricional, de acordo com a Circunferência da Panturrilha, para indivíduos com mais 
de 60 anos de idade 
CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA 
(cm) 
Classificação do Estado Nutricional 
< 31 Desnutrição 
> 31 Eutrofia 
Fonte: Ministério da Saúde, 2014. 
 
3.2.2 Exame físico 
 
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O exame físico deverá ser feito, buscando sinais clínicos relacionados a distúrbios 
nutricionais, conforme quadro 4 abaixo. 
 
 Quadro 4 - Sinais mais frequentes de carências nutricionais específicas 
Sinais clínicos Indicativo de deficiência/diagnóstico 
Cabelo 
Perda de brilho natural: seco e feio; fino e 
esparso; quebradiço, despigmentado; fácil de 
arrancar; sinal da bandeira 
Kwashiorkor e, menos frequentemente, 
marasmo 
Face 
Seborréia nasolabial 
Edemaciada 
Palidez 
Riboflavina 
 Kwashiorkor 
Ferro 
Olhos 
Conjuntiva pálida 
Membranas vermelhas 
Mancha de Bitot 
Xerose conjuntival 
Xerose de córnea 
Ceratomalácia 
Vermelhidão e fissura nos epicantos 
Arco córneo (anel branco ao redor dos olhos) 
Xantelasma (bolsas pequenas amareladas ao 
redor dos olhos) 
Anemia 
Anemia 
Vitamina A 
Vitamina A 
Vitamina A 
Vitamina A 
Riboflavina, piridoxina 
Hiperlipidemia 
Hiperlipidemia 
Lábios 
Estomatite angular (lesões róseas ou 
Brancas nos cantos da boca) 
Escaras do ângulo 
Queilose (avermelhamento ou edema 
dos lábios ) 
Riboflavina 
Língua 
Língua escarlate e inflamada 
Língua magenta (púrpura) 
Língua edematosaPapila filiforme, atrofia, hipertrofia 
 
Ácido nicotínico 
Riboflavina 
Niacina 
Ácido fólico e vitamina B12 
Dentes 
Esmalte manchado 
Flúor 
Gengivas 
Esponjosas: sangrando 
Vitamina C 
 
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Pele 
Xerose 
Hiperceratose folicular 
Petéquias 
Dermatose, pelagra 
Vitamina A 
Vitamina A 
Vitamina C 
Ácido nicotínico 
 Fonte: Cuppari, 2006. 
 
3.2.3 Anamnese alimentar 
 
• Deverá ser feita na primeira consulta, visando conhecer os hábitos alimentares 
prévios do indivíduo. 
• Nas consultas subsequentes, checar se padrões dietéticos considerados 
inadequados e consumo de alimentos não recomendados ainda permanecem ou foram 
introduzidos. 
• Utilizar recordatório de 24 horas. 
 
3.2.4 Exames laboratoriais 
 
• Na primeira consulta, investigar resultados de exames bioquímicos específicos que 
já tenham sido solicitados pelo médico. 
• Solicitar exames complementares (quadro 5), caso necessário, para fechar o 
diagnóstico nutricional. 
• Os valores de referência dos exames estão listados no quadro 5, mas sempre 
compará-los com aqueles adotados pelo laboratório onde foram realizados. 
• Anotar os resultados dos exames solicitados, bem como os valores de referência, 
no prontuário eletrônico, comparando valores antigos e novos. 
 
Quadro 5 – Exames laboratoriais auxiliares para obtenção do diagnóstico nutricional 
EXAME VALOR DE REFERÊNCIA 
Albumina 3,5 a 5g/dl . 
Proteína Total 6,0 a 8,5g/dl 
Ácido úrico ( Wallach, 2013) 
Homens 2,5 a 8,0 mg/dL. 
Mulheres: 1,9 a 7,5 mg/d 
Colesterol Total 
Desejável: < 200 mg/dl 
Limitrófe: 200 a 239mg/dl 
Alto risco: > 240mg/dl 
Colesterol HDL Adultos > 35 mg/dl 
 
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Colesterol LDL 
Desejável: < 130 mg/dl 
Limitrófe: 130 a 159mg/dl 
Alto risco: ≥ 160mg/dl 
Triglicerídeos < 150 mg/dl 
Creatinina 
0,5 a 1,2 mg /dl (idoso até 1,6), (superior a 2 = IR) 
Transplante: 0,6 a 1,2 mg/dL. 
Diálise: 7 a 12 mg/dL. (de acordo com a massa mus- 
cular e função renal residual) 
Uréia 
20 a 40 mg/dL. 
Transplante: 15 a 50 mg/dL. 
Hemodiálise: 130 a 200 mg/dL 
Glicemia de Jejum < 100 mg/dL 
Teste de tolerância oral com 75 g de 
glicose 
2 horas < 140 mg/dL (após a 20ª semana) 
Hemoglobina glicada ( Wallach, 2013) 
≤ 5,6 % 
Risco aumentado para DM: de 5,7 a 6,4% 
 ≥ 6,5% faixa diabética 
Hemácias 
Homem 4.500.000 a 6.000.000 
Mulher 4.000.000 a 5.500.000 
Hemoglobina 
Homem 14 a 18 g 
Mulher 12 a 16 g 
Hematócrito 
Homem 38% a 54% 
Mulher 36% a 47%
 
36% a 47% 
VCM (volume corpuscular médio) 82 a 92 fL3 
HCM (hemoglobina corpuscular média) 27 a 33 μg 
CHCM (concentração de hemoglobina 
corpuscular média) 
32 a 36% 
Fonte: adaptado de Costa, 2015; Wallach; Williamson, 2013. 
 
• Após diagnosticar o estado nutricional, avaliar a necessidade de cálculo de dieta 
específica para a condição clínica. 
• Calcular dieta por equivalentes, seguindo os passos adiante, caso necessário. 
• Em todos os casos, havendo ou não necessidade de cálculo de dieta, deve ser dada 
orientação alimentar e nutricional padronizada, por escrito, ao paciente, conforme apêndice 1. 
 
3.3 Cálculo da necessidade estimada de energia 
 
• Calcular o Gasto Energético: o peso que deverá ser aplicado nos cálculos do 
planejamento dietético, varia conforme a necessidade do paciente. Para manutenção do peso 
 
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corporal, deve-se utilizar o peso atual do indivíduo e para a recuperação do estado nutricional, deve-
se utilizar o peso usual ou habitual recente do indivíduo ou o peso ajustado (COSTA E GALISA, 2018). 
• Peso ajustado (Kg) = (Peso atual – Peso ideal) x 0,25 + Peso ideal 
• Peso ideal (Kg) = IMC ideal (Kg/m²) x Estatura (m) 
 
Quadro 6 – Equações para o cálculo da necessidade estimada de energia (EER) proposta pela DRI de energia para 
homens e mulheres com idade superior a 19 anos 
Categoria EER (Kcals/dia) 
Homens 662 – 9,53 x idade + CAF x (15,91 x peso + 539,6 x estatura) 
Mulheres 354 – 6,91 x idade + CAF x (9,36 x peso + 726 x estatura) 
Onde: idade em anos, peso em Kg, estatura em metros 
CAF - Coeficiente de Atividade Física 
CAF = 1 se NAF sedentário (>1 < 1,4) 
CAF = 1,11 se NAF leve (>1,4 < 1,6) 
CAF = 1,25 se NAF moderado (>1,6 < 1,9) 
CAF = 1,48 se NAF intenso (>1,9 < 2,5) 
Fonte: adaptado Cuppari, 2006; Institute of Medicine/Food and Nutricion Board, 2002. 
 
Quadro 7 - Nível de atividade física (NAF) 
Nível de Atividade Física 
(NAF) 
Tipo de Atividade Física 
Estilo de vida sedentário 
(> 1 < 1,4) 
Trabalhos domésticos de esforço leve a moderado, caminhadas 
para atividades relacionadas com o cotidiano, ficar sentado por 
várias horas. 
Estilo de vida leve 
(> 1,4 < 1,6) 
Caminhadas (6,4km/h), além das mesmas atividades relacionadas 
ao NAF sedentário. 
Estilo de vida moderado 
(> 1,6 < 1,9) 
Ginástica aeróbica, corrida, natação, jogar tênis, além das mesmas 
atividades relacionadas ao NAF sedentário. 
Estilo de vida intensa 
(> 1,9 < 2,5) 
Ciclismo de intensidade moderada, corrida, pular corda, jogar 
tênis, além de atividades relacionadas ao NAF sedentário. 
Fonte: Cuppari, 2006. 
 
• Após calcular as necessidades energéticas, seguir para a distribuição percentual e 
quantitativo (g) de macronutrientes, conforme descrito no tópico a seguir. 
 
 
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Quadro 8 - Ingestão dietética de macronutrientes (Dietary Reference Intakes – DRIS) 
Fonte: adaptado de Cuppari, 2006; Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2002. 
 
• Após distribuição de macronutrientes, fazer cardápio qualitativo e quantitativo, 
seguindo a dieta por equivalentes. 
• Nos casos em que não houver necessidade de cálculo da dieta, fornecer as 
orientações para alimentação saudável (apêndice 1). 
 
4. REFERÊNCIAS 
 
COSTA, M. J.C. Interpretação de exames bioquímicos para o nutricionista. 2. ed. São Paulo-SP: 
Editora Atheneu, 2015. 
 
CUNHA, D.T.; ALBANO, R.D. Educação nutricional por meio de atividade de grupo: o desempenho 
de intervenção educativa de curto prazo. Rev Bras Nutr Clin; v.27, n.3, 2012. 
 
CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Nutrição Clínica no Adulto. 2.ed. rev. e ampl. Barueri, SP: Manole, 
2006. 
 
INSTITUTE OF MEDICINE, FOOD AND NUTRITION BOARD. Dietary Reference Intakes. 2002. 
 
JUNG, I.L. Consumo alimentar de usuários com doença crônica não transmissível de UBS antes e 
após intervenção nutricional no município de Canela, RS. 2017. 
 
LINDEMANN, I.L.; OLIVEIRA, R.R.; MENDONZA-SASSI, R.A. Dificuldades para alimentação saudável 
entre usuários da atenção básica em saúde e fatores associados. Ciênc. saúde colet., v.21, 
n.2, 2016. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderneta de Saúde da Pessoa idosa. 3.ed. Brasília – DF, 2014. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. IMC em adultos. 2017. 
<https://www.saude.gov.br/component/content/article/804-imc/40509-imc-em-adultos> 
Características do grupo 
Proporção de energia provenientedos macronutrientes 
(%) 
Proteínas 10 a 35 
Carboidratos 45 a 65 
Lipídios 20 a 35 
 
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SIMÕES, M.O.; DUMITH, S.C.; GONÇALVES, C.V. Recebimento de aconselhamento nutricional por 
adultos e idosos em um município do Sul do Brasil: estudo de base populacional. Revista brasileira 
de epidemiologia, v.22, 2019. 
 
WALLACH, J; WILLIAMSON, M.A. Interpretação de Exames de Laboratoriais. 9. Ed. Rio de Janeiro-
RJ: Editora Guanabara Koogan, 2013. 
 
5. HISTÓRICO DE REVISÃO 
 
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO 
1 10/03/2020 Novo. 
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaboração 
Renata Layne Paixão Vieira 
Nataly Cézar de Lima Lins 
Walnara Arnaud Moura Formiga 
Data: 10/03/2020 
Validação 
Ocilma Barros De Quental - Enfermeiro /Setor de Vigilância em 
Saúde e Segurança do Paciente 
Data: 11/09/2020 
Conforme Processo SEI N° 23771.005821/2020-69 
Aprovação 
Renata Layne Paixão Vieira – Chefe da Unidade de Nutrição Clínica 
Data: 18/09/2020 
Conforme Processo SEI N° 23771.005821/2020-69 
 
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Apêndice 1 – Orientações nutricionais para alimentação saudável 
 
• Faça pelo menos 3 refeições (café da manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. 
Mastigue bem os alimentos e prefira refeições pequenas e frequentes. 
• Evite deitar logo após as refeições para evitar a azia. 
• Entre as refeições beba água, pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) por dia. O consumo de água gelada 
entre as refeições pode aliviar os enjoos e contribuir para o bom funcionamento do intestino. Evite 
beber líquidos durante as refeições. 
• Inclua diariamente nas refeições 6 porções do grupo de cereais (arroz, milho, pães e alimentos 
feitos com farinha de trigo e milho), tubérculos (como as batatas e raízes como a mandioca/ 
macaxeira/aipim). Dê preferência aos alimentos na sua forma mais natural, pois são boas fontes de 
fibras, vitaminas e minerais. 
• Procure consumir diariamente pelo menos 4 porções de legumes e verduras como parte das 
refeições e 3 porções ou mais de frutas no desjejum, nas sobremesas e lanches. Além de fornecer 
vitaminas e minerais importantes, são fontes de fibras que ajudam a regularizar o funcionamento 
do intestino. 
• Consuma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato 
brasileiro é uma combinação completa de proteínas e excelente para a saúde. 
• Substitua o leite e seus derivados integrais pelos desnatados. 
• Consuma pelo menos 1 porção de carnes, aves, peixes ou ovos. 
• Diminua o consumo de gorduras e alimentos gordurosos em geral (retire a gordura aparente das 
carnes e a pele das aves antes da preparação). Consuma, no máximo, uma porção diária de óleos 
vegetais, azeite (1 colher de sopa por dia), ou soja. Fique atento aos rótulos dos alimentos e prefira 
aqueles livres de gorduras trans. O excesso de alimentos gordurosos (creme de leite, manteigas, 
margarina, sorvetes, entre outros) e frituras (pasteis, coxinhas, batata frita, carnes fritas, ovo frito, 
entre outros) são prejudiciais à saúde. 
• Evite refrigerantes e sucos industrializados, biscoitos recheados e outras guloseimas no seu dia a 
dia. Esses alimentos são ricos em açúcar, gorduras e pioram a azia e os vômitos. 
• Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite consumir alimentos 
industrializados com muito sal como hambúrguer, charque, salsicha, linguiça, presunto salgadinhos, 
conservas de vegetais, sopas prontas, molhos e temperos prontos. 
• Para evitar a anemia, consuma diariamente alimentos fontes de ferro como: carnes, vísceras 
(fígado, rins, coração, moela), grãos integrais, castanhas, feijão. Consuma principalmente nas 
grandes refeições alimentos fontes de vitamina C como: acerola, laranja, caju, limão. 
• Mantenha o seu peso dentro de limites saudáveis. Pratique, seguindo orientação de um 
profissional de saúde, alguma atividade física e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. 
 
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Apêndice 2 - Orientações nutricionais para Diabetes 
 
Diabetes é uma doença provocada pela deficiência de produção e/ou da ação da insulina. 
Ocorrem diversas causas de resistência a ação da insulina, sendo o principal deles a obesidade, que 
está presente na maioria dos pacientes. A insulina leva o açúcar do sangue para dentro das células, 
produzindo, então energia para que você possa fazer suas atividades. Com a falta de produção da 
insulina há um acúmulo de glicose no sangue, o que caracteriza a hiperglicemia. As principais formas 
de controlar o diabetes são a utilização de medicação, prática de atividade física e alimentação 
saudável. 
 
As principais orientações nutricionais são: 
▪ Alimente-se a cada 3 horas, realize 6 refeições/dia. Não pular nenhuma refeição ou repetir 
refeições. 
▪ Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis 
(frutas) por dia. Não pule as refeições e respeite os horários. 
▪ Evitar substituir as refeições principais por lanches rápidos. 
▪ Evitar longos períodos em jejum (não fique sem se alimentar por mais de 3 horas), para evitar 
hipoglicemias. 
▪ Substitua o açúcar por adoçante (exemplo: estévia – 8 gotas equivalem a 2 colheres de chá de 
açúcar). 
▪ Evite sucos industrializados; refrigerantes e/ou outras bebidas açucaradas. 
▪ Substitua os leites e derivados que você toma pelos desnatados ou na versão light. 
▪ Consuma uma alimentação variada e colorida. Experimente novos sabores! 
▪ Adquira alimentos menos gordurosos e evite comprar guloseimas (salgadinhos, refrigerantes, 
doces, biscoitos recheados). 
▪ Evite comprar alimentos pré-prontos/congelados (Exemplos: empanado de frango, sopas 
industrializadas, lasanhas congeladas, entre outros). 
▪ Atenção: não é porque o alimento é diet ou light que ele é saudável ou pode ser consumido à 
vontade. 
 
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▪ Leia sempre os rótulos dos produtos industrializados (diet e light), pois às vezes não contem 
açúcar, mas podem conter alto teor de gorduras prejudicais a sua saúde. 
▪ Dê preferência aos cereais integrais (pães, biscoitos, macarrão, arroz etc); eles contêm fibras 
que melhoram o funcionamento do intestino, ajudam a manter bons níveis de colesterol e 
glicemia. 
▪ O plano alimentar permite o uso de todas as frutas, verduras e legumes para a construção de 
um cardápio variado e saudável. No entanto, converse com o nutricionista sobre as frutas e 
verduras que apresentam menores teores de açúcar. 
▪ Dê preferência às verduras cruas e consuma as frutas com casca para aumentar o consumo de 
fibras. 
▪ Evite as frituras. Dê preferência aos alimentos cozidos, assados ou grelhados. 
▪ Dê preferência às carnes brancas (peixes e aves). 
▪ Tempere as saladas com 1 colher de azeite extra virgem. 
▪ Coma devagar, mastigando bem os alimentos. Procure alimentar-seem ambiente tranquilo e 
não se alimente realizando outras atividades (ex.: assistindo televisão, usando celular ou lendo). 
▪ Quando for necessário, utilize óleo de soja no preparo dos alimentos. 
▪ Pratique atividade física 5x/semana. Consulte seu médico antes de fazê-la. 
▪ Iniciar as refeições com saladas cruas (almoço) e/ou frutas no desjejum, lanches e jantar. 
▪ DEZ POSSÍVEIS SINAIS DE GLICEMIA ELEVADA: sede excessiva, poliúria, cansaço sem motivos ou fora 
do comum, aumento de apetite, perda de peso de forma rápida, dificuldade de concentração, 
câimbras, dores nas pernas, visão embaçada, náuseas ou vômito. 
 
RECEITA DE PANQUECA DE AVEIA COM BANANA 
 
INGREDIENTES: 
• Banana - 1 unidade 
• Aveia - 1 colher de sopa 
• Ovo - 1 unidade 
 
MODO DE PREPARO: 
 
 
 
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Amassar a banana com um garfo, adicionar o ovo e misturar bem. Em seguida, adicionar a 
aveia e mexer até ficar homogêneo. Logo após, assar em uma frigideira antiaderente até dourar, 
servir. 
 
Atenção para o consumo dos seguintes alimentos: 
 
Alimentos Alimentos Recomendados Alimentos Evitados 
Leite, Queijos e Iogurtes Desnatados e sem açúcar. 
Leite e iogurte integrais e com 
açúcar, queijos gordurosos, como 
os amarelos. 
Carnes 
Carne bovina magra, frango e 
peixes. Retirar a pele do frango 
antes de assar. 
Embutidos, carnes gordas, aves com 
pele, defumados, vísceras. 
Gorduras e óleos 
(Evite as frituras) 
Óleo vegetal como soja, canola, 
azeite de oliva moderadamente. 
Manteiga, margarinas duras, bacon, 
torresmos, creme de leite, gordura 
hidrogenada. 
Doces 
Alimentos diet com stévia, 
sucralose ou aspartame, pois 
não contém açúcar. 
Deve ser evitados açúcar e 
alimentos que contenham açúcar, 
como balas, mel, geléias, leite 
condensado, refrigerantes, 
chocolates, bolos, broas, entre 
outros (a não ser que sejam diet e 
quando orientado pelo 
nutricionista) 
 
 
 
 
 
 
 
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Apêndice 3 - Orientações nutricionais para dieta hipolipídica 
 
 
As principais orientações nutricionais são: 
 
▪ Realize de 5 a 6 refeições por dia. Alimente-se a cada 3 horas. 
▪ Substitua os leites e derivados que você toma pelos desnatados ou na versão light. 
▪ Dê preferência aos cereais integrais (pães, biscoitos, macarrão, arroz); eles contêm fibras que 
melhoram o funcionamento do intestino, ajudam a manter bons níveis de colesterol e glicemia. 
▪ Faça uma alimentação variada e colorida de forma natural. Experimente novos sabores! O 
plano alimentar permite o uso de todas as frutas, verduras e legumes. Devem ser consumidas 
de 3 a 5 porções de frutas por dia e duas porções de verduras e legumes. 
▪ Adquira alimentos naturais como frutas, verduras e evite comprar alimentos industrializados 
como sopas (miojo® e sopão®), guloseimas (salgadinhos de pacote, refrigerantes, doces, 
biscoitos recheados, achocolatados encaixados) e molhos prontos, pois contém uma quantidade 
grande de gordura e sódio; 
▪ Evite comprar alimentos pré-prontos/congelados (Exemplos: empanado de frango, sopas 
industrializadas, lasanhas congeladas, entre outros); 
▪ Evite os embutidos como salsicha, mortadela, presunto, carnes enlatadas (Kitut®), além de carne 
de charque ou de sol, pois também tem quantidades exageradas de gordura e sódio; 
▪ Para temperar os alimentos use temperos naturais como alho, cebola, coentro, pimenta, 
manjericão, orégano, cebolinha, alecrim, louro, cominho, entre outros. NÃO utilize temperos 
comprados prontos como Sazón®, tempero completo, Knor®. 
▪ Para temperar as saladas utilize limão, vinagre e azeite extra virgem (com moderação). 
▪ Evite as frituras. Dê preferência aos alimentos cozidos, assados ou grelhados. 
▪ Coma devagar, mastigando bem os alimentos. Procure alimentar-se em ambiente tranquilo e 
não se alimente realizando outras atividades (ex.: assistindo televisão, brincando, lendo, 
estudando). 
▪ Evite utilizar gorduras no preparo dos alimentos, tais como: óleo, manteiga, margarina, creme 
de leite, banha de porco, leite de coco, entre outras. 
 
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▪ Pratique uma atividade física 5x/semana. Consulte seu médico antes de fazê-la. 
 
 
 
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Apêndice 4 - Orientações nutricionais para dieta hipossódica 
 
▪ Realize de 5 a 6 refeições por dia. 
▪ Alimentar-se a cada 3 horas. 
▪ Substitua os leites e derivados que você toma pelos desnatados ou na versão light. 
▪ Dê preferência aos cereais integrais (pães, biscoitos, macarrão, arroz); eles contêm fibras que 
melhoram o funcionamento do intestino, ajudam a manter bons níveis de colesterol e glicemia. 
▪ Faça uma alimentação variada e colorida de forma natural. Experimente novos sabores! 
▪ Adquira alimentos naturais como frutas, verduras e evite comprar alimentos industrializados 
como sopas (miojo® e sopão®) e guloseimas (salgadinhos de pacote, refrigerantes, doces, 
biscoitos recheados, achocolatados encaixados), pois contém uma quantidade grande de 
gordura e sódio; 
▪ Evite comprar alimentos pré-prontos/congelados (Exemplos: empanado de frango, sopas 
industrializadas, lasanhas congeladas, etc); 
▪ Evite os embutidos como salsicha, mortadela, presunto, carnes enlatadas (Kitut®), além de carne 
de charque ou de sol, pois também tem quantidades exageradas de gordura e sódio; 
▪ Para temperar os alimentos use temperos naturais como alho, cebola, coentro, pimenta, 
manjericão, orégano, cebolinha, alecrim, louro, cominho, entre outros. NÃO utilize temperos 
comprados prontos como Sazón®, tempero completo, Knor®. Você pode fazer o sal de ervas e 
usar em substituição ao sal para temperar a comida. Veja a receita!! 
▪ O plano alimentar permite o uso de todas as frutas, verduras e legumes. Devem ser consumidas 
de 3 a 5 porções de frutas por dia e duas porções de verduras e legumes. 
▪ Para temperar as saladas utilize limão, vinagre e azeite, NÃO UTILIZE SAL DE ADIÇÃO À MESA. 
▪ Evite as frituras. Dê preferência aos alimentos cozidos, assados ou grelhados. 
▪ Coma devagar, mastigando bem os alimentos. Procure alimentar-se em ambiente tranquilo e 
não se alimente realizando outras atividades (ex.: assistindo televisão, brincando, lendo, 
estudando). 
 
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▪ Evite utilizar gorduras no preparo dos alimentos, tais como: óleo, manteiga, margarina, creme 
de leite, entre outras. E quando for indispensável, substitua margarinas pelas versões sem sal 
ou por manteiga sem sal. 
▪ Pratique uma atividade física (caminhada, bicicleta, natação, futebol, etc) 5x/semana. Consulte 
seu médico antes de fazê-la. 
 
 
 
 
 
AlimentosAlimentos recomendados Alimentos evitados 
Pães, cereais, arroz e 
massas 
Pão seda e biscoitos sem sal. 
Cereais, arroz e bolos sem 
adição de sal. Pães, biscoitos e 
cereais integrais. 
Biscoito água e sal, salgadinhos de 
lanchonete e industrializados, biscoitos 
de polvilho, pão francês e com 
coberturas salgadas, bolos 
industrializados. 
Frutas Todas. Nenhuma. 
Hortaliças Todas as não industrializadas. 
Chucrute, milho, ervilhas, picles, 
azeitonas, cogumelos, aspargos, 
palmitos e outras processadas. 
Leite, queijo e iogurte 
Queijos brancos e sem sal 
(cottage, ricota, minas sem sal) 
Leites, iogurtes e queijos light 
e desnatados. 
Queijos amarelos e curados: parmesão, 
provolone, prato, cheddar, mussarela, 
entre outros. Leites, iogurtes e queijos 
integrais. 
Carnes, aves, peixes e 
ovos 
Carnes assadas, grelhadas, 
empanadas e cozidas magras 
preparadas com pouco sal. 
Presunto gordo, apresuntado, salame, 
mortadela, salsicha, lombinho, 
sardinha e atum em lata e defumados. 
Gorduras e óleos 
Óleos vegetais, margarinas e 
manteiga sem sal com 
moderação. 
Bacon, banha de porco, maionese, 
margarina e manteiga com sal. 
Molhos e temperos 
Ervas e temperos naturais: 
alho, orégano, salsinha, 
cebolinha, louro, entre outros. 
Molhos caseiros sem muito 
sal. 
Temperos prontos, sopas desidratadas, 
enlatados, catchup, mostarda, caldos 
de galinha concentrados, amaciantes 
de carne, molho de tomate 
industrializado. 
 
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Apêndice 5 - Orientações nutricionais para Anemia Ferropriva 
 
 
▪ Realizar de 5 a 6 refeições por dia. 
▪ Mantenha uma alimentação variada e colorida. Experimente novos sabores! 
▪ O plano alimentar começa com as compras. Adquira alimentos naturais como frutas, verduras 
e evite comprar alimentos industrializados como sopas (miojo® e sopão®) sucos em pó e 
guloseimas (salgadinhos, refrigerantes, doces, biscoitos recheados, achocolatados encaixados), 
pois contém uma quantidade grande de sódio; 
▪ Evite comprar alimentos pré-prontos/congelados (Exemplos: empanado de frango, lasanhas 
congeladas, entre outros); 
▪ Evite alimentos como salsicha, mortadela, presunto, carnes enlatadas (Kitut®), Knor®, Sazón®, 
tempero completo, pois contem quantidades exageradas de sódio. Tempere a comida com alho, 
cebola, coentro, pimentão, cominho, orégano ou outros temperos naturais de sua preferência; 
▪ Use todas as frutas, verduras e legumes para a construção de um cardápio variado e saudável. 
Devem ser ofertadas de 5 porções de frutas por dia e duas porções de verduras e legumes. 
▪ Evite as frituras. Dê preferência aos alimentos cozidos, assados ou grelhados. 
▪ Consuma feijão todos os dias e carne vermelha pelo menos 3 vezes por semana. 
▪ Consuma fígado bovino 1 vez por semana. 
▪ Sempre após o almoço consuma uma porção de fruta cítrica (laranja, abacaxi, manga) para 
auxiliar na absorção de ferro. 
▪ Evite consumir preparações que contenham leite no almoço e no jantar ou logo após essas 
refeições, para que não interfira na absorção de ferro dos alimentos. 
▪ Evite consumir chás e café após o almoço e o jantar para não interferir na absorção de ferro dos 
alimentos. 
▪ Coma devagar, mastigando bem os alimentos. Procure alimentar-se em ambiente tranquilo e 
não se alimente realizando outras atividades. 
▪ Pratique atividade física regularmente. 
 
 
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Apêndice 6 - Orientações nutricionais para dieta laxativa 
 
 
Leia algumas dicas que podem te ajudar a melhorar o funcionamento do intestino: 
• Beber em torno de 2 litros de água por dia; 
• Substitua alimentos refinados por integrais como pães, arroz, biscoitos e macarrão (3 ou 
mais porções por dia); 
• Selecione as frutas para consumo: mamão, abacate, ameixa, manga, laranja, melancia, são 
sempre boas opções; 
• Tente incluir 2 a 4 colheres de sopa de algum tipo de farelo ou grão como de aveia ou linhaça; 
• Alimentos feitos à base de milho como: cuscuz, bolo de milho, pamonha, pipoca caseira; 
canjica são ótimos laxantes; 
• Comer 5 ou mais porções de vegetais e frutas/dia, incluindo feijão. Estes são ricos em fibras, 
importantes para um bom funcionamento intestinal. 
• Consumir frutas frescas de preferência com casca e bagaço; 
• Leia os rótulos dos alimentos e procure por alimentos com 3 ou mais gramas de fibra por 
porção. 
ALIMENTOS PARA MELHORAR O FUNCIONAMENTO DO INTESTINO: 
Os melhores alimentos laxantes são as frutas, legumes e os iogurtes que têm 
microrganismos que ajudam a regular a flora intestinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mamão, pera, ameixa maçã, laranja e uvas: possuem substâncias 
laxantes naturais, tão eficientes quanto alguns remédios para 
soltar o intestino. São frutas ricas em fibras que colaboram para 
manter as fezes macias, evitando os sintomas da constipação. 
Feijão: a casquinha dessa leguminosa tem uma fibra que é bastante laxante, 
ajudando na formação do bolo fecal, melhorando assim o funcionamento do 
seu intestino. Outros alimentos que possuem a mesma função: alface, couve, 
abobrinha, aveia e linhaça. 
 
 
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Apêndice 7 - Fluxo de atendimento nutricional ambulatorial a adultos e idosos

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