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A COMPOSIÇÃO E O CALOR DA TERRA As descontinuidades mais notáveis do interior da Terra: A primeira descontinuidade detectada na Terra foi o limite crosta-manto, descoberta pelo sismólogo Andrija Mohorovicic, em 1909.Ele observou que a velocidade era sensivelmente maior para distâncias ao epicentro superiores a 200 km. A interface manto-núcleo, ou descontinuidade de Gutenberg localiza-se a 2.900km de profundidade, implicando que o manto forma 83% do volume da Terra. Analisando as ondas S, que são transversais, distinguiu-se que elas não se alastraram no núcleo, o que levou ao resultado de que a rigidez do material é nula. O núcleo interno começa a aproximadamente 5.100 km de profundidade e nela se propagam não só as ondas P mas também as ondas S. Portanto, o núcleo é composto por uma parte externa que é líquida e uma interna, sólida. OBS: O calor interno da Terra e os processos de sua redistribuição são importantes para entender os movimentos dentro de e entre as camadas da Terra. A crosta terrestre: Dentre as rochas expostas na superfície dos continentes, encontram-se desde as rochas sedimentares pouco ou não deformadas até as metamórficas. Nisso, podem estar presentes, também, rochas plutônicas que cristalizam em níveis crustais desde rasos a profundos. Desse modo, a crosta continental retrata espessura bastante variável, assim, a evidência sísmica exibe que, em algumas localidades cratônicas, a crosta continental está dividida em duas partes maiores pela descontinuidade de Conrad que determina um rápido aumento das velocidades sísmicas com a profundidade e que separa rochas de densidade menina crosta superior de rochas de maior densidade na crosta inferior. OBS: A crosta, o manto e o núcleo são domínios heterogêneos. A crosta oceânica sugere a presença de três camadas de rochas sobre o manto. O Manto: O manto superior encontra-se abaixo da descontinuidade de Mohorovicic até a primeira das descontinuidades mantélicas abruptas. Um controle a mais em relação à possível composição do manto superior é dado pelas rochas máficas observadas na superfície terrestre. Nesse caso, para o manto superior poder produzir estas rochas máficas, as rochas dele presente são, com maior probabilidade, o periodismo ou eclogito. Nesse viés, as rochas se fundem ao longo de um específico intervalo de temperatura, logo que são compostas por vários minerais que possuem faixas de temperaturas de fusão distintas. ● Outra forma de analisar a possível composição das camadas internas do planeta é por meio dos fragmentos retirados do magma, esse transporta os fragmentos até a superfície, onde se solidifica para formar rochas vulcânicas. Ao descer da crosta e do topo do manto superior, vamos de uma parte rígida, acima da zona de baixa velocidade, para uma parte plástica dentro da zona de baixa velocidade. A parte rígida chama-se litosfera, já a parte dúctil é astenosfera. Na mesosfera, o manto está submetido a uma pressão mais alta. Núcleo: O núcleo interno, sólido, tem que ser composto pela liga ferro-níquel, uma vez que sua densidade corresponde à densidade calculada. Ele deve crescer lentamente pela solidificação do núcleo externo. Esse núcleo interno gira com velocidade maior que a do resto do planeta, o que diz que numa época anterior todo planeta girava com maior rapidez. Por estar isolado mecanicamente do resto do planeta pelo núcleo externo líquido, o núcleo interno mantém sua velocidade. O calor do interior da Terra: A radiação solar é a grande responsável pelos fenômenos que acontecem na superfície da Terra e na atmosfera. No entanto, a poucas dezenas de centímetros de profundidade da superfície, seus efeitos diretos sobre a temperatura terrestre são quase desprezíveis. Desta maneira, a energia para processos como a movimentação essencialmente horizontal da litosfera sobre a astenosfera e a geração geomagnética debe provir do calor da Terra. Dependendo da composição, idade e natureza do material da litosfera e dos processos que acontecem abaixo dela, o fluxo de calor varia com a região da Terra. O transporte de calor no interior da Terra acontece de duas formas: condução e convecção. ➢ Condução: processo mais lento, com transferência de energia de uma molécula para as outras. Ocorre nos sólidos e é importante na crosta e litosfera. ➢ Convecção: processo mais rápido e eficiente, com o movimento de massa, que ocorre nos fluidos, quando o gradiente térmico excede um certo valor, denominado de gradiente adiabático. Atualmente, considera-se que o modelo clássico da Terra em camadas é suficiente para demonstrar sua estrutura grossa apenas. Os movimentos da Terra têm como origem a presença de material mais frio e mais denso, que pode afundar, e de material mais quente e mais leve, que tende a ascender. Os movimentos são lentos, e as distâncias, grandes. Nesse caso, o interior da Terra contém células de convecção em que o material está em movimento essencialmente vertical. fluxo térmico
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