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Método histórico-comparativo

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MÉTODO HISTÓRICO-COMPARATIVO
O método histórico-comparativo apresenta relevante importância para os estudos filológicos, contribuindo para o aprofundamento da análise das línguas genealogicamente afins. A partir do momento em que o método é aplicado com devida eficiência, é possível, através dos dados coletados no estudo das línguas com a mesma origem, compará-las entre si para encontrar a forma originária, averiguar as alterações fonéticas ocorridas, verificar os significados, a formação de campos semânticos e os motivos de tais formações, além de diversos outros aspectos.
Auxiliando na reconstituição do latim vulgar, o método histórico-comparativo tem apresentado evidente eficácia, uma vez que, sendo o latim vulgar a principal fonte léxica das línguas românicas, provavelmente nunca terá seu arcabouço vocabular completamente documentado, tendo-se perdido muitos termos usuais e recorrentes. Entretanto, a partir dos dados obtidos a partir do estudo aprofundado das línguas românicas, é possível admitir a existência dos vocábulos fontes correspondentes ao latim vulgar ainda não documentados, mas que poderão vir a ser.
O método histórico-comparativo continua sendo, até os dias atuais, um campo fecundo, corroborando para o conhecimento tanto do latim vulgar como das línguas românicas. Compreende-se que, uma vez que uma palavra é panorâmica ou encontrada na maioria das línguas românicas, é possível supor que ela figure um correspondente no latim vulgar.
Embora apresente resultados notórios, este método não obteve resultados satisfatórios em todos os níveis da linguagem, visto que, mesmo que na fonética, no léxico e na morfologia tenha se revelado profícuo, ainda encontra dificuldades no que se refere à sintaxe, posto que nesse nível torna-se ainda mais difícil comprovar a regularidade e a constância das correspondências em que o método se fundamenta, encontrando particularidades individuais e coletivas.
Tendo em vista esses aspectos, a filologia propõe a suposição da existência de uma expressão, palavra ou função no latim vulgar nos casos em que ele se encontre em várias línguas românicas. No entanto, é possível concluir que, quando uma palavra eventualmente se encontra em uma só língua, maior é a probabilidade de que se trate de uma criação própria. É necessário ressaltar que, a fim de garantir a execução de uma análise crítica e de devido rigor, cada caso deve ser analisado de forma individual, garantindo uma série de contribuições ao núcleo dos estudos filológicos.

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