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Hipertensão arterial • PA: Débito cardíaco (deb.sistólico x Freq. cardíaca) X Resistência vascular periférica - RVP (dificuldade de passar pelo sist. Vascular) • Ao falar dos fármacos que atuam no sistema renina angiotensina aldosterona, ele ataca a RVP, diminui a resistência e diminui a PA. Controle de pressão sanguínea arterial • Fatores: o Metabolismo endotelial e da musculatura lisa vascular o Resistencia vascular periférica o Sistema adrenérgico e parassimpático o Complacência da aorta e reflexão da onda de pulso/arterioesclerose o Remodelação vascular o Vol. Sanguíneo e tônus venoso: pressão venosa central o Força de contratilidade cardíaca o Angiogênese Sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA) • Responde a diminuição da pressão arterial • Quando tem uma diminuição da PA, o sistema renal percebe e faz com que as cels. Justa glomerulares dos túbulos renais liberem renina para a circulação, essa renina vai atuar sobre o angiotensinogeneo, transformando em angiotensina I, essa angiotensina vai ser transformada em angiotensina II perifericamente e vai ter 2 mecanismos principais: 1- Estimula a suprarrenal pra liberar aldosterona, e ela vai atuar retendo sódio e retendo água 2- Vasoconstrição periférica, ela vai levar a um aumento da PA. - Pela ação direta da angiotensina II ou indireta através do estimulo a secreção de aldosterona. • A vasculatura percebe a redução da PA e vai estimular a produção de renina, essa renina vai transformar o angiotensinogênio em angiotensina I, e então ela vai ganhar a circulação e perifericamente em todo o corpo vai encontrar a ECA (enzima conversora da angiotensina) – Pulmão (local que tem mais ECA e onde acontece a maior parte da conversão de angiotensina I em angiotensina II), ai após transformar em angiotensina II, ela vai fazer com que ocorra uma vasoconstricção para poder aumentar a PA que estava diminuída. • TODO O SISTEMA TEM COMO OBJETIVO ELEVAR A PA, INIBINDO O SISTEMA, VAI TER A PA DIMINUIDA E É ASSIM QUE OS MEDICAMENTOS IRÃO ATUAR. à Pelo angiotensinogênio ter ajuda da renina para transformar em angiotensina I, pode ser um local de atuação de fármaco, bloqueando a renina (ex: alisquireno). à Como a ECA também faz a conversão de angiotensina I em II, a inibição da ECA também é uma forma de um fármaco atuar. à Também podem atuar nos BRAs, a angiotensina II vai atuar causando vasoconstrição ou vai atuar estimulando a secreção de aldosterona, os BRA vão agir aí (na atuação direta da angiotensina II) inibindo essa atuação direta. RENINA • Ela é sintetizada em resposta principalmente a redução da PA renal (reflexo da PA como um todo) mas também secretada em resposta a diminuição do sódio. • É produzida pelas células justaglomerulares • Atua transformando angiotensinogênio em angiotensina I Angiotensina • Causa vasoconstrição, mas também leva a retenção de sódio como por exemplo através do estimulo da secreção de aldosterona. • A angiotensina II pode ser convertida em III na suprarrenal e ela tem essa função também de estimular a secreção de aldosterona. • A angiotensina II pode ser sintetizada em alguns tecidos como no coração. E pode ter um efeito quanto a contratilidade e frequência (resposta barorreceptora). Quando faz o uso de BRAS nem sempre se sabe como será a resposta barorreceptora. ALDOSTERONA • Mineralocorticóide produzido pela zona glomerulosa da adrenal • Ela atua na parte cortical do ducto coletor. • Vai estimular a troca de sódio por potássio ou hidrogênio (sódio dentro do túbulo, potássio (K) e H fora do túbulo – no nosso vaso sanguíneo) e ai vai ter o estimulo da reabsorção de sódio (Na) para o vaso arterial e aí sim fara a secreção de potássio ou hidrogênio através disso. Isso pode levar a hipocalemia ou alcalose. Inibidores do ECA • Mecanismo de ação: o Atua em todo o corpo (pulmão atua mais o ECA) o A enzima se chama PEPTIDIL DIPEPTIDASE o Esse fármaco vai inibir a ação dessa enzima! o E devido a essa inibição, não vai ter a conversão de angiotensina I em II (pois ela não vai causar vasoconstrição, então acontece a vasodilatação e vai ter uma diminuição do estimulo de secreção de aldosterona, o sódio vai excretado na urina), acarretando a uma redução da PA. • A enzima leva a inativação de bradicinina, acumulo de bradicinina assim que começa a usar o IECA. • Reduz a PA, por redução da resistência vascular periférica (RVP). • É desnecessário conhecer o valor da renina. • Muito utilizado para doença renal crônica (freiam a progressão da DRC), no ICC e após IAM (redução de mortalidade) • Captopril, enalapril, lisinopril, ramipril, fosinopril, perindopril, tandrolapril • Aplicação terapêutica: curto e longo prazo; o HAS, ICC, prevenção de nefropatia diabética e microalbuminúria, diminui o remodelamento cardíaco após IAM, diminui hipertrofia ventricular, homeostase do endotélio. o Redução da pré e pós carga por atuarem nos leitos vasculares de rins, coração e cérebro. à Exemplos detalhados de IECA: • Enalapril: o Enalaprilate (metabólito ativo) o Concentrações máximas: 3-4h o Meia vida: 11hs o Doses típicas: 10-20 mg, 1- 2x/dia • Captopril: o 65% de biodisponibilidade o Meia vida: 2 hs o Dose inicial: 50-75 mg/dia o Manutenção habitual: 75-150 mg/dia à Eventos adversos: • Pacientes hipovolêmicos podem ter hipotensão acentuada • Pode levar a injuria renal aguda (IRA) – pacientes que tem estenose de artéria real (bilateral) ou pacientes que tem rim único e estenose daquela artéria renal, não deve fazer uso do IECA. • Hipercalemia • Tosse seca: bradicinina e substância P (essas duas são irritantes para o pulmão). • Angioedema (acúmulo de bradicinina (causa vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular) – por inibição da cininase) • Principal contraindicação: GESTAÇÃO. à Interações medicamentosas: • Antiácidos: diminui a absorção, tem um efeito hipotensor muito baixo • AINES: redução da resposta anti- hipertensiva • Medicamentos que elevem o potássio: Espironolactona ou beta-bloqueadores. Bloqueadores de receptor de angiotensina (BRAS) • Atuam basicamente nos receptores AT1, também nos AT2 mas no AT1 é mais potente. • Receptores AT1: causa um antagonismo insuperável (enquanto o fármaco estiver lá atuando, não importa a quantidade de angiotensina, não irá “vencer” o bloqueio), o metabólito ativo é a losartana. • Os BRAS inibem: o A contração do musculo liso vascular (por causa da angiotensina II) o Respostas pressóricas (que fazem com que tenha elevação da pressão) o Liberação de vasopressina e catecolaminas o Aumento de tônus simpático. à BRA x IECA: • Os dois são medicamentos de primeira linha, pode usar um ou outro. • Há mais estudos com IECA, mas não há estudos que comprovam que o IECA é melhor do que o BRA. • Há um uso a mais de IECA por causa da disponibilidade desse medicamento, do custo e também por se conhecer mais sobre IECA. • Só não pode usar BRA e IECA ao mesmo tempo; atuam no mesmo sistema! AUMENTO DE MORTALIDADE. • Dois grandes estudos controlados e randomizados, comparando a monoterapia com IECA ou BRA com a terapia combinada, mostraram que o tratamento combinado produz mais sintomas atribuídos à hipotensão, e nenhum benefício na sobrevida de pacientes com IAM, quando comparado com a monoterapia. Sem efeito terapêutico sobre o controle da HAS. Não é utilizada. Além do risco de disfunção/lesão renal. • Mecanismo de ação BRA o Atua em todo o corpo o Vão bloquear os receptores AT1, não permitindo que a angiotensina II atue sobre eles o Vai reduzir a PA, por vasodilatação. • Losartana, valsartana, candesartana, ibesartana, olmesartana • Aplicação terapêutica: curto elongo prazo; o HAS, ICC, prevenção de nefropatia diabética e microalbuminúria, diminui o remodelamento cardíaco após IAM, diminui hipertrofia ventricular, homeostase do endotélio. à Exemplos de BRAs: • Losartana: o 14% convertido no metabólito ativo (mas ele é muito potente) o Níveis plasmáticos máximos: 1- 3 horas o Meia-vida: 2,5-9 hs (muito variável) o Depuração renal e hepática o Administração: 1-2x ao dia; dose de 25-100 mg/dia • Walsartana: o Alimento diminui a absorção o Niveis plasmáticos máximos: 2- 4 horas o Meia vida: 2,5-9 horas (muito variável) o Depuração hepática o Administração: 1x ao dia; 80- 320 mg/dia à Eventos adversos: • Menos tosse que IECA: bradicinina • Menos angioedema que IECA • Contraindicado na gestação, diferentes graus de insuficiência renal e hipercalemia. à Outros medicamentos • Inibidores da vasopeptidase: o Vasopeptidase é uma enzima semelhante à ECA o Efeitos anti-hipertensivos associados à expansão volêmica • Inibidores da Renina: o Fármacos em desenvolvimento - Absorção ineficaz - Metabolismo de primeira passagem muito acentuado o Ex: alisquireno • Bloqueador da aldosterona: o Espironolactona – diurético poupador de potássio o Usos: coadjuvante - ICC – Diminuir o remodelamento do ventrículo esquerdo; quando é terapia conjunta com outros diuréticos espoliadores de K; HAS o Efeitos adversos: hipercalemia, hiponatremia, ginecomastia, mastalgia, Regulação normal da PA • Existem vários mecanismos regulatórios: • SNC simpático: saem os nervos simpáticos do SNC, vão causar um aumento na resistência das arteríolas (pode causar vasoconstrição arteriolar, regular ela, aumentando ou diminuindo a RVP), a mesma coisa com a capacitância nas vênulas, podem atuar diretamente no coração (bomba cardíaca), aumentando ou diminuindo a sua frequência (a sua força contrátil) e também tem atuação renal (ter receptores beta estimulando a renina, que leva o aumento da angiotensina, por si só ela já leva a uma vasoconstrição arteriolar e também estimula a liberação de aldosterona – recaptação de sódio ou água) • Barorreflexo postural: também é uma das formas de se regular o Ajustes rápidos e contínuos destes reflexos o Estiramento das paredes vasculares (muito sangue passando por aquela arteríola por ex – tem as paredes mais estiradas). Os barorreceptores vão perceber que está passando muito sangue por ali e vão inibir a descarga simpática para ter uma diminuição na pressão daquele local. o Hipotensão postural: quando fica em pé, faz necessário que o retorno venoso consiga vencer mais ainda a gravidade para que o sangue consiga chegar ao coração. Então precisa do reflexo postural (contrair as veias, para que o sangue consiga subir e ter um reflexo simpático atuante um pouco mais forte de forma instantânea para não tem hipotensão postural) SUBTIPOS DE ADRENORECEPTORES • Beta1 o Atua: coração e células justaglomerulares o Ações - No coração: Aumento da força e frequência de contração; - Nas células J.: Aumento da liberação de renina o Então ao bloquear beta1: diminuição da força e frequência de contração e diminuição da liberação de renina • Beta2: o Atua: músculos lisos respiratórios, uterinos e vasculares o Ações: - Promoção do relaxamento de músculos lisos o Não tem a ver com a PA mas tem a ver com os efeitos adversos e contraindicações que alguns betabloqueadores podem apresentar, principalmente ao falar do musculo liso respiratório (contração, perigoso em paciente que tem chance de ter broncoespasmo). o Atua: músculo esquelético o Ações: - Promoção de captação de potássio o Atua: fígado humano o Ações: - Ativação da glicogenólise • Beta3: o Atua: células adiposas o Ações: - Ativação da lipólise • Betabloqueadores não são mais medicamentos de primeira linha para hipertensão, mas ainda muito utilizados. Fármacos que atuam nesses receptores à Propranolol: • Betabloqueador que a principal ação é na cardiopatia isquêmica (pós IAM) pois reduzem mortalidade, re infarto nesses pacientes. • Hoje em dia mais utilizado para hipertensão grave – Para prevenir taquicardia reflexa em pacientes que estão fazendo uso de vasodilatadores • Mecanismo de ação: o Bloqueio Beta-seletivo (bloqueio competitivo- vai se acoplar ao receptor e não vai deixar que a noraepinefrina atue ali) o Reduz o debito cardíaco e com isso reduzir a pressão arterial o Inibe a produção de renina por catecolaminas (cels. Justaglomerulares) - receptores beta1 o Reduz vasoconstrição – ação mais proeminente na hipertensão • Farmacocinética e posologia: o Via oral, 2x/dia o Há preparações de liberação mais prolongada, que pode usar apenas uma vez ao dia • Eventos adversos: o Bloqueio cardíaco (para quem já tem o bloqueio, o betabloqueador pode lentificar ainda mais esse estimulo elétrico atrioventricular e além disso o bloqueio cardíaco como um todo – quer diminuir a pressão, gera hipotensão, quer diminuir a frequência, gera uma bradicardia) e brônquico (pode ter atuação também em beta2 (que relaxa o musc. brônquico), bloqueando beta2, contraindo o musculo brônquico) o Síndrome de abstinência o Bradicardia o Arritmia o Asma o Diabetes o Insuficiência vascular periférica à Metoprolol • Cardiosseletivo: atua mais em beta1 e não tem tantas contraindicações como o propranolol por que é muito mais atuante em beta do que em alfa (as contraindicações vão ser basicamente pelas ações em receptores beta). • Alto metabolismo de primeira passagem • Meia vida: 4-6 horas à Atenolol • Menor metabolismo de primeira passagem • Excreção renal • Administrado 1x/dia; 50- 100mg/dia • Meia vida: 5 horas • Um pouco mais cardiosseletivo, com menos efeitos brônquicos, um pouco mais seguros para pacientes com asma ou DPOC por exemplo. à Carvedilol • Ele é beta bloqueador e vasodilatador • Administrado 1x/dia; 50- 100mg/dia • Dose inicial: 6,25mg, 2x/dia • Meia vida: 7-10 horas • Muito utilizado em pacientes que já tem IC à Labetalol • Atuação maior em receptores beta do que em alfa • Usos clínicos: - Não são tanto para hipertensão crônica - Feocromocitoma (tumor de suprarrenal, que libera catecolaminas) - Emergências hipertensivas à Nebivolol • Beta1 seletivo: efeito vasodilatador (por causa de uma liberação de óxido nítrico) indireto • Administrado 1x/dia; 5-40 mg/dia • Meia vida: 10-12 horas àEsmolol • Meia vida: 10 minutos • Uso clínico: - Hipertensão intra e pós- operatória (a partir do momento que retira ele, em 10 min já não está mais atuando) - Emergências hipertensivas • Administrado sempre IV SUBTIPOS DE ADRENORECEPTORES • Alfa1: o Atua: maioria dos músculos lisos vasculares (inervados)- vasoconstrição periférica, difusa o Ação: contração o Atua: músculo dilatador da pupila o Ação: contrai o músculo dilatador o Atua: coração o Ação: aumento da força de contração cardíaco o Atua: próstata o Ação: contração da prostata o Atua: músculo liso pilomotor o Ação: eriça o do pelo • Alfa2: o Atua: neurônios pós simpáticos do SNC o Ação: provavelmente múltiplas ações o Estimula a agregação plaquetária o Causa contração em alguns músculos lisos vasculares ou quando utilizado em forma local (anestésicos) ou em doses muito altas. o Células adiposas, inibe a lipólise o Em terminais nervosos, adrenérgicos ou colinérgicos inibe a liberação do transmissor. Fármacos que atuam nesses receptores à Prazosina e outros alfa-1 • Causam um bloqueio nas arteríolas e nas vênulas • Menos taquicardia do que os bloqueadores alfas que não são seletivos • Alguns usos clínicos além de hipertenso, é para hiperplasia prostática benigna (diminui o tônus da próstatae diminui a contração prostática) à Efeitos adversos: • Retenção de sal e água: administrar juntos com diuréticos • Fenômeno da primeira dose: na primeira dose os efeitos adversos devem vir muito proeminentes; iniciar com dose pequena e em decúbito (antes de dormir) • Tontura • Palpitação • Cefaleia • Fadiga à Prazosina: • Altamente seletiva para alfa1 (não tem ação inibitória de alfa1), menos taquicardica • Muito metabolizada, 50% disponível após via oral • Meia vida: 3 hs à Terazosina • Alfa1 seletivo • Muito metabolizado no fígado, biodisponibilidade alta • Meia vida: 9-12 hs à Doxazosina • Muito metabolizada no fígado; • Biodisponibilidade moderada • Meia vida: 22 hs Bloqueadores adrenérgicos e fármacos de ação central • Bloqueio dos receptores adrenérgicos em nível sistêmico e SNC. • Mecanismo de ação: bloqueio adrenérgico no músculo liso vascular, diminui indiretamente a entrada de cálcio para as células • Uso terapêutico: HAS, ICC, arritmias cardíacas, enxaqueca vasogênica, hipertensão em gestante, hiperplasia prostática benigna, glaucoma • Bloqueio adrenérgico de ação central: o Clonidina: tem local de ação predominante no bulbo principalmente sobre receptores alfa 2 centrais o Metildopa: é um agente anti- hipertensivo de ação central. É metabolizado a a- metilnorepinedrina no cérebro, e acredita-se que esse composto seja capaz de ativas os receptores alfa2 centrais e reduzir a pressão arterial de modo semelhante ao mecanismo da clonidina. Gestantes. • Efeitos adversos: sonolência, torpor, lentidão, anemia hemolítica com a metildopa. • Reduz o uso de glicose pelo musculo esquelético – intolerância a glicose – elevação da glicemia • Efeito dopping. à Vasodilatador de ação direta Bloqueadores de canais de cálcio • Qual a diferença entre a Di- hidropiridina e a não Di- hidropiridina? A subunidade do canal de cálcio do tipo L (eles dificultam a entrada de cálcio na célula). Cada um bloqueia uma subunidade diferente de um canal de cálcio do tipo L. • Todos eles são indicados para tratamento da hipertensão e também a maioria deles é indicada para angina. • à Di-hidropiridinas • Amlodipino Meia vida de 30-50 hs • Nifedipino Meia vida de 4 hs - Ação curta: não tão usado para o controle crônico da HAS mais indicado para emergências hipertensivas. • Causam mais vasodilatação – vão atuar mais na musculatura lisa vascular (inibe) • Leve efeito crono e inotropismo negativo. à Não Di- hidropiridinas/fenilalquilaminas/ benzotiazepinas • É um depressor cardíaco • Verapamil (mais potente) – Fenillalquilaminas à cronotropismo e inotropismo negativo, ação cardíaca • Diltiazem – Benzodiazepinas à Ação intermediária entre o coração e artéria. Cronotropismo negativo e vasodilatação arterial fraca • Igualmente efetivos para a HAS à Farmacocinética dos bloqueadores dos canais de cálcio • Ativos por via oral • Elevado efeito de primeira passagem (em alguns isso vai levar a uma baixa disponibilidade) • Extenso metabolismo • Verapamil e diltiazem à intravenosa à Como atuam esses bloqueadores dos canais de cálcio: • Normalmente: para que tenha contratilidade da musculatura (lisa, cardíaca e esquelética), é preciso ter o cálcio (ele se acopla ao miofilamente para que tenha a contração). Para o cálcio estar disponível na célula, é preciso que os canais de cálcio estejam abertos, para entrar. • Como atuam esses BCC: o Reduzem a frequência de abertura em resposta à despolarização (redução da disponibilidade de cálcio) o Menos corrente de cálcio transmembrana e menos cálcio disponível o Que leva a um relaxamento no m. liso e redução da contratilidade no m. cardíaco (miocárdio) o Reduz a frequência do nó sinusal e da velocidade de condução do nó AV. Isso pode predispor a um bloqueio atrioventricular o Simpaticomiméticos revertem o efeito dos BCC – podem ser usados como antídotos para reverter à Músculo liso: • Vascular é o mais sensível • Arteríolas respondem mais do que as veias • Hipotensão ortostática – raramente como efeito colateral • Outros locais em que a musculatura lisa responde a esses medicamentos: o Uterino (nifedipino) o Bronquiolar o Gastrointestinal • PA reduz com todos os BCC, alguns agem melhor em algum leito vascular, mas todos podem reduzir a PA. • Di-hidropiridinas o Atuam mais na musculara lisa vascular do que na cardíaca o Levando a maior vasodilatação do que depressão cardíaca o Leito vascular o Nimodipino (leva a vasodilatação cerebral mais efetiva do que outros medicamentos) o Hipotensão ortostática (não tao comum) • Verapamil e diltiazem o Seus efeitos como depressor cardíacos são mais exacerbados do que na musculatura lisa vascular à Músculo cardíaco • Nó sinusal e nó atrioventricular dependem de cálcio – pode levar a uma diminuição da freq. cardíaca de um retardo no transporte desse estimulo elétrico pelo nó AV – podendo gerar um bloqueio atrioventricular. • Vão atuar no acoplamento excitação-contração (cálcio precisas se acoplar para levar a contração) • BCC: o Reduzem a contratilidade da musculara cardíaca o É dose-dependente o Pode reduzir o débito cardíaco (diminui a contratilidade, diminui o deb. Sistólico, diminuindo a quantidade se sangue que vai para frente, diminuindo a freq. Cardíaca) • Angina: o Alguns desses medicamentos são usados para tratar angina, pois reduz a função mecânica do miocárdio. à Músculo esquelético • Não atua na contratilidade do musculo esquelético por que usa reservas intracelulares de cálcio, não dependendo do influxo transmembrana. TOXICIDADE • Ação terapêutica exacerbada o Se queria deprimir o miocárdio, pode levar a depressão demais. o Levar a uma bradicardia o Levar a um bloqueio atrioventricular o E também a uma Insuficiência cardíaca (piorar ou predispor um paciente) • BCC de ação curta (nifedipino) não é utilizado para tratamento crônico da pressão pois aumenta o risco cardiovascular. • Eventos menores: o Rubor o Tontura o Constipação (verapamil) o Edema periférico (um dos sintomas da IC) – uso de anlodipino. Efeitos adversos • Edema de MMII • Flush facial • Enxaqueca • Impotência • Arritmias • Agracar a ICC • Bradicardia • Hipotensão arteiral Interações medicamentosas • Beta-bloqueadores juntos com bloqueadores de canais de cálcio (principalmente os não di- hidropiridinos): efeitos cardiodepressores muito exacerbados. • Verapamil + digitálico: eleva o nível sanguíneo de digoxina (ficando difícil de fazer o controle) Revisão fisiologia • Néfron: tem a filtração do plasma na capsula de bowman que vai dar o filtrado glomerular no túbulo contorcido proximal e vai sofrer processos de secreção e reabsorção na alça de henle, túbulo distal e depois ductor coletor que irá excretar a urina formada para ser eliminada pelo sistema urinário. • O que acontece mesmo dentro desses túbulos: à Alça de Henle: • Descendente: canais abertos para água, mas não tem para eletrólitos; Reabsorção de água para a medula renal e ela vai embora para o plasma. • Ascendente: é ao contrário, fecham os canais para a água (sem permeabilidade para a água) e abrem para a permeabilidade para os eletrólitos (onde serão reabsorvidos para a medula renal); os eletrólitos são: sódio, potássio e cloreto. • Esses eletrólitos vão cair na medula renal, mas não conseguirão sair como a água foi, então vai ficar retidos ali e vai acarretar uma densidade elevada (a med. Renal cheia de eletrólitos vai estar puxando água sempre que tiver a oportunidade) à Túbulo contorcido distal:• Nele temos a reabsorção (sai do túbulo e vai para o plasma) de água e alguns íons (exclusivamente: sódio e cloreto). à Ducto coletor (cortical) • Nele tem alguns canais que vão responder a aldosterona (mineralocorticoide), e ela vai agir nesses canais fazendo a troca de sódio por potássio ou hidrogênio. • Sódio na urina e potássio e hidrogênio no nosso sangue; tendo então a reabsorção vai estar perdendo o potássio e hidrogênio do plasma e ganhando sódio • Se ocorrer de forma exacerbada essa reabsorção, pode levar a hipocalemia ou alcalose. à Néfron • A parte cortical do ducto coletor está no córtex e a parte medular está na medula • Alça de henle está na medula. à Se reabsorve muitos eletrólitos e “joga” eles na medula, passa a ter uma medula hiperosmolar (ávida por água), como ela “puxa” água, vai meio que diminuir com essa grande quantidade de eletrólitos. Hipertensão arterial • Pressão arterial= DC (dsXfc) X RVP • Plasma hipervolemico, coração precisa trabalhar mais para conseguir bombear todo esse plasma, mas se conseguir eliminar parte desse volume, ficando hipovolêmico, o DS diminui, DC diminui e assim a pressão cai. Sendo esse o mecanismo do diurético. Diuréticos • De alça • Tiazídicos • Poupadores de potássio à Diuréticos de alça – Furosemida • Mecanismo de ação: o Age na alça de henle (ramo ascendente espesso) o No cotransportador Na+/K+/ 2Cl- (que faz a reabsorção de todos os eletrólitos) estará sendo inibido pelo diurético de alça. o Se inibe, deixa de ter reabsorção desses eletrólitos para a medula renal, ela não fica tão hiperosmolar (diminuição da osmolaridade medular), e esses eletrólitos vão embora no ducto coletor. o A partir do momento em que não está mais hiperosmolar, não tem por que a água ser puxada, tendo então a excreção da água. Diurese aumentada, gerando um grau de volemia e a pressão cai. o Existe estudos que falam que ele quando endovenoso, é vasodilatador em alguns casos. Mas não na ação anti- hipertensivo. • Eliminação de 15-25% do sódio filtrado • Via oral: o Anti-hipertensivo o Atua em 1 hora • Via intravenosa: edema agudo de pulmão e pico em 30 minutos • Secretado no túbulo renal (ela não é filtrada no nosso glomérulo, pois circula no plasma associada a proteínas plasmáticas). • Terapêutica: IC crônica, cirrose hepática complicada por ascite, síndrome nefrótica e insuficiência renal. • Eventos adversos: o Perda excessiva de sódio - Hipovolemia - Hipotensão o Hipocalemia (aldosterona agindo mais sódio do que o normal, secretando mais potassio e hidrogênio) o Alcalose • Interações medicamentosas o Outros diuréticos (um aumento da diurese se usar mais de um) o Antiarrítmicos (furosemida pode diminuir a calemia, assim como um antiarrítmico) - Hipocalemia o Ototoxicidade - Aminoglicosideos (pode levar até a perda auditiva) à Tiazídicos- Hidroclorotiazida • Clortalidona também é muito utilizado e também indapamida. • Mecanismo de ação: o Ela age no túbulo contorcido distal – no sitio do cloreto o Inibe o cotransportador de Na+/CL- o Ele tenta inibir a reabsorção de cloreto, mas acaba que inibe toda a função desse cotransportador. o Se não reabsorve sódio, vai eliminar sódio na urina (natriurese). o Ela tem efeito vasodilatador • Utilizado para hipertensão não complicada (por não fazer uma diurese tão importante – por isso muitas vezes é usado como tratamento inicial da hipertensão crônica) • Menor eliminação de cálcio do que dos de alça – idosos • Administrar pela manhã – muita vontade de urinar • Risco reduzido de AVC e IAM por HAS • Efeitos adversos: o Disfunção erétil o Alcalose hipoclorêmica o Hipocalemia o Hipomagnesemia o Hiperglicemia o Hiperuricemia • Interações medicamentosas: o Outros diuréticos: diuréticos de alça à Poupadores de potássio – Espironolactona • Outros medicamentos além da espironolactona: Trianterenos e amilorida. • Mecanismo de ação: o Vão atuar na parte cortical do ducto coletor o Vão competir com a aldosterona o Os cotransportadores que trocam o sódio por potassio ou hidrogênio, vão acabar sendo inibidos pois a espironolactona vai se ligar a eles e não vai permitir que a aldosterona se ligue o Natriurese • Por que usar? Pois para de fazer a troca de sódio por potassio e hidrogênio que os outros medicamentos maximizam, tendo então uma prevenção de hipocalemia e alcalose. • Pouco efeito diurético (2%) • Insuficiência cardíaca (aumenta a sobrevida de pacientes com IC) • Prevenção de hipocalemia e alcalose • Coadjuvante para ICC, HAS, cirrose hepática. • Eventos adversos: o Hipercalemia o Desconforto gastrointestinal (principalmente na introdução do medicamento) o Ação sobre receptores andrógenos e de progesterona (ginecomastia, distúrbios menstruais e atrofia testicular) • Interações medicamentosas: o Outros diuréticos (tem pouco efeito sinérgico diurético) o Potássio (pois eles retem potassio na corrente sanguínea): - Inibidores da ECA - Antagonistas dos receptores da angiotensina - Antagonistas dos receptores beta- adrenergicos à Outros diuréticos: • Osmóticos à Manitol: por onde ele passa, puxa água – ele acaba sendo filtrado pelo glomérulo, entra no túbulo e não é reabsorvido. Ele acaba prendendo água lá dentro, e depois ele é eliminado. Não tão utilizado como anti- hipertensivo. o Atua nas partes do néfron que são livremente permeáveis à água: o túbulo proximal, o ramo descendente da alça e os túbulos coletores. Tem eliminação de sódio e de todos eletrólitos. Por efeito osmótico carrega vários eletrólitos na urina. o Ef. Adversos: expansão súbita do volume intravascular por efeito osmótico e rápida queda de PA, desidratação, distúrbio eletrolítico. • Inibidores da anidrase carbônica à Acetazolamida: Era utilizado como diurético antigamente por aumentar a concentração de bicarbonato na urina e com isso tendo ação diurética aumentada, mas agora é mais utilizada para alcalinizar a urina. Aumento do fluxo de urina alcalina. • Ativadores de canais de potássio • Vasodilatador de mecanismo incerto • Inibidores da fosfodiesterase • Nitratos Ativadores de canais de potássio • Minoxidil à vasodilatador de ação direta. o Relaxa a musculatura lisa vascular, ação prolongada. o Pouca ou nenhuma ação sobre a musculatura cardíaca o Atua hiperpolarizando a membrana celular por meio da ativação (abertura) dos canais de K+ ATP. Essa ação hiperpolariza as células e “desliga” os canais de cálcio dependentes de voltagem. o Terapêutica: HAS resistente, HAS com disfunção renal. o Fármaco usado como ultimo recurso no tratamento de HAS grave. o Efeitos adversos: hirsutismo (pelos em mulheres em locais comuns de homem), hipotensão arterial, retenção de sódio e taquicardia reflexa (prevenida com uso de beta- bloqueadores), edema de MMII. o Geralmente prescrito juntamente com diurético de alça, por tem uma acentuada retenção de água e sal. Vasodilatador de mecanismo incerto • Hidralazina à atua principalmente sobre artérias e arteríolas, causando queda de pressão arterial acompanhada por taquicardia reflexa e aumento do débito cardíaco e diminuição da pós carga. o Interfere com a ação do trifosfato de inositol sobre a liberação de Ca2+ do reticulo sarcoplasmático o Seu uso clínico original foi na hipertensão e ainda é usada para tratamento de curto prazo de hipertensão grave na gravidez. o Uso importante: ICC associado a nitratos. Inibidores da fosfodiesterase • As fosfosdiesterase (PDE) compreendem pelo menos 14 isoenzimas distintas. à Inibidor seletivo da fosfodiesterasedo tipo III (subtipo especifico do coração - Enzima responsável pela degradação intracelular da AMPc): • Milrinona à Aumentam a contratilidade (efeito inotrópico positivo) do miocárdio. • Consequentemente, assim como ocorre nos agonistas beta-adrenergicos, aumentam a AMPc intracelular, causando arritmias pela mesma razão. à Inibidor da fosfodiesterase tipo IV è Sildenafila • O seu efeito final é a redução da pré-carga (redução da pressão de enchimento, a pressão venosa central) e pós-carga (redução da resistência vascular, a pressão arterial) cardíacas, reduzindo assim o trabalho cardíaco. • Indicação inicial: hipertensão pulmonar • Indicação secundária: Disfunção erétil (a sildenafila e a tadalafila são usadas no tratamento de tal pois potencializam as ações do óxido nítrico no corpo cavernoso do pênis por esse mecanismo) • Efeitos adversos: hipotensão, rubor e cefaleia • Efeito da associação de sildenafila com nitrato: A sildenafila inibe a isoforma da fosfodiesterase 5 que inativa o GMPc; consequentemente, ela potencializa os nitratos orgânicos, que ativam a guanilil ciclase e podendo causar hipotensão grave nos pacientes que usarem esses fármacos. NITRATOS • Os nitratos orgânicos relaxam os músculos lisos (especialmente a musculatura lisa vascular). Eles relaxam veias, causam venodilatação importante, com consequente diminuição da pressão venosa central (redução da pré-carga) muito intensa e importante. • Tal efeito proporcionou sua principal indicação terapêutica: diminuição da pré-carga (diminuição do retorno venoso e consequentemente a diminuição do trabalho cardiaco) • Nitratos mais utilizados: o Mononitrato de issorbida o Propatinilnitrato o Nitroglicerina o Nitroprussiato de sódio • O consumo de oxigênio pelo miocárdio se reduz em razão da redução da pré e pós-carga cardíacas. • Também reduz a pressão central (aórtica) e a pós-carga cardíaca, mas esse efeito é secundário • O efeito dilatador direto sobre as artérias coronárias opõe-se ao espasmo coronariano na angina. • Relaxamento do musculo cardíaco na diástole. • Dilatação de vasos colaterais • Nitroprussiato: efeito dilatador tanto em arteríolas quanto em vênulas. à Mecanismo de ação: doadores de óxido nítrico o O oxido nítrico ativa a guanilil ciclase solúvel aumentando a formação de GMPc, que ativa a proteína quinase G e leva a uma cascata de efeitos na musculatura lisa: - Culminando em desfosforilação das cadeias leves da miosina - Sequestro de Ca2+ intracelular e consequentemente relaxamento - Diminuição da agregação plaquetária (fraco) à Em resumo: ação antianginosa dos nitratos envolve: - Redução do trabalho cardíaco, pela redução da pré-carga (venodilatação) e da pós-carga (redução da onda reflexa arterial), levando a redução da necessidade de oxigênio pelo miocárdio; - Redistribuição do fluxo coronariano em direção a áreas isquêmicas através de colaterais; - Alívio do espasmo coronáriano. à Tolerância ao uso: Taquifilaxia à Efeitos adversos: o Hipotensão arterial o Dor de cabeça o Flush facial o Náuseas o Vômitos o Taquicardia reflexa o Nitroprussiato: cianeto Insuficiência cardíaca congênita • Inibidor da ECA ou bloqueador de receptor angiotensina • Beta bloqueadores: carvedilol, bisoprolol, metoprolol, nebivolol. • Espironolactona • Diureticos de alça ou tiazídico • Combinação de hidralazina com nitratos • AAS • Antiagregantes plaquetarios • Cardiotonicos em uso endovenoso Angina pectoris • Beta bloqueadores • Inibidores da eca ou bloqueador de receptor angiotensina • AAS • Anti-agregante plaquetário • Ivabradina • Vastatina • Nitratos • Bloqueador de canais de cálcio: diltiazem e verapamil. Cardiotônicos • Eles agem aumentando a força de contração, principalmente quando se tem paciente com Insuficiência cardíaca congestiva (perda da força de contratilidade da musculatura cardíaca) • O principal representante dessa classe é a digoxina (tem janela terapêutica estreita e tempo de meia vida elevado). • Digoxina e deslanosídeo – são digitálicos • Mecanismo de ação: o Fisiologia do processo de contração cardíaca: cálcio entra através dos canais de cálcio voltagem dependente e no meio celular se deslocam para o reticulo sarcoplasmático (unidade de armazenamento dentro da célula) e quando necessárias são deslocadas para promover a contração através da simulação da actina e miosina. o Clinicamente: se a pessoa tem um coração com insuficiência congestiva, é preciso que pra melhora os níveis de cálcio estejam altos, para impedir que ele saia da célula e continue a promover sua atividade. o Fisiologicamente: o cálcio quando está na quantidade que o corpo entende que é mais elevada, ele faz com que o cálcio saia da célula (dentro do processo normal homeostático), para isso acontecer, o trocador requer entrada de sódio (está mais presente no meio extracelular), então ele vai entrar como íon participante dessa troca. Mas para essa entrada, exigirá um gasto de energia (ATP), para fazer a bomba de sódio e potássio – para que tenha a entrada de sódio e influxo de potássio. • Quando o paciente tem uma baixa contratilidade (deficiência da contratilidade cardíaca) é preciso que faça com que o cálcio não saia da célula – para aumentar a contração. • De que forma a digoxina vai agir para promover a manutenção do cálcio no meio? Ela vai inibir a bomba de sódio e potássio, fazendo com que o cálcio esteja mais presente no meio, não saindo (por não ter o influxo de sódio), e o cálcio se mantem no meio intracelular. Fazendo assim que com ele fique em maior quantidade, se transporte para o reticulo sarcoplasmático, fazendo com que ele promova a contração. • Outro fármaco: dobutamina – mais utilizada em situações de emergência. Ela é um beta- agonista (agem estimulando os receptores beta1 que estão presentes em todo o coração), que aumenta a contratilidade do coração, aumentando a frequência cardíaca. à DIGITÁLICOS (digoxina e deslanosídeo) • Os glicosídios cardíacos são chamados assim pois a maioria dos fármacos é proveniente da planta conhecida como digital (dedaleira) • São fármacos que podem aumentar a contratilidade do músculo cardíaco, e assim podendo ser usado para tratamento de insuficiência cardíaca. • Tem baixo índice terapêutico com uma pequena margem entre a dosagem terapêutica e toxica ou mesmo fatal. • O digitálico mais utilizado é a digoxina. à Digoxina e deslanosídeo: • Mecanismo de ação: o mecanismo pelo qual eles aumentam a força de contração (efeito inotrópico positivo) é a inibição da porção extracelular da bomba de sódio e potássio nos miocitos cardíacos. • Aumento do cálcio IC e da condutância do potássio • Acelera a fase 4 do potencial de membrana: aumenta automatismo • Menor duração do potencial de ação e menor potencial de membrana: aumento do cálcio e aumenta da condut. Do potassio. • Aumenta a força de contração do miocárdio, aumenta a velocidade de encurtamento do sarcômero • Aumento do volume de sangue ejetado. • Diminui a FC por ação no NSA. • Indicações terapêuticas: relativas e bem restritas o Fibrilação atrial o Insuficiencia cardíaca congestiva • Cuidados: o Alta sensibilidade a distúrbios eletrolíticos: K, Ca e Mg o Interação com beta- bloqueadores e bloque. De canal de cálcio o Diuréticos • Efeitos adversos: o Como a troca de Na+/K+ é eletrogênica, a inibição da bomba pelos glicosídeos causa despolarização, predispondo a distúrbio do ritmo cardíaco à fibrilação ventricular. o Bloqueios de condução elétrica • Toxicidade: visão colorida laranja-amarela, bloqueio • Excreção renal • Meia vida de 36 horas à Simpatomiméticos • Ativaçãodos receptores simpáticos ou aumento do SNA simpático • Melhoram a performance cardíaca causando efeitos inotrópicos positivos e vasodilatação. • Fazem ligação nos beta adrenérgicos. • α: norepinefrina > epinefrina • β: epinefrina > norepinefrina • A distinção entre receptores beta1 e beta 2 adrenérgicos é importante, pois: o Os receptores beta1 são encontrados principalmente no coração, no qual são responsáveis pelos efeitos inotrópicos (força de contração) e cronotrópicos (aumento da frequência cardíaca) das catecolaminas. o Por outro lado, os receptores beta2 são responsáveis pelo relaxamento da musculatura lisa em vários órgãos. à Dobutamina: • Agonista beta1-adrenergico seletivo; é usado por via intravenosa exclusiva quando se necessita de uma resposta rápida em curto prazo. • Inotropismo e dromotropismo positivo. • Não causa taquicardia. • Indicações: ICC, choque cardiogênico, choque séptico, pós operatório de cirurgia cardíaca, pós-IAM, situações de bloqueio de condução. • Meia-vida: 2 min • Efeitos adversos: arritmia (todos tem arritmia como efeito adverso por estar mexendo na contratilidade), aumento do consumo de oxigênio cardíaco. à Adrenalina • Receptores adrenérgicos centrais e periféricos • Via administração: intravenosa e sub-cutânea ou intramuscular. • Ino, crono, dromotropismo positivo via receptor beta1. Vasoconstrição periférica. Estimulo elétrico cardíaco generalizado. Dilatação dos brônquios e bronquíolos. • Uso terapêutico: o Emergenciais – parada cárdio repitarória, ICC, broncoespasmo severo, choque anafilático. Elevação da PA. Coadjuvante na anestesia local • Efeitos adversos: o Arritmias o Taquicardia o Vasoconstrição periférica importante o Picos hipertensivos o Convulsões o A perfusão tecidual periférica pode ficar muito comprometida o Hiperglicemia o Libera HAD diminuindo a diurese. à Noradrenalina • Receptores adrenérgicos centrais e periféricos • Via adm: intravenosa à sua meia vida é 2 min. • No coração Inotropico (aumenta contração), cronotrópico (aumento da frequência cardíaca), dromotropismo (aumento da velocidade do impulso cardíaco) positivo. Estímulo elétrico cardíaco generalizado. Dilatação dos brônquios e bronquíolos. Redistribuição de fluxo sanguíneo para órgãos vitais via receptor beta2 • Uso terapêutico: o Emergenciais: alvo cardíaco e recirculação visceral, choque cardiogênico, choque séptico, pós-PCR. Elevação da PA mantendo perfusão tecidual. • Efeitos adversos: o Vasoconstrição periférica o Necrose de extremidades o Arritmias cardíacas e taquicardia o Delírio hiperativo o Hiperglicemia (todas as catecolaminas) o Libera HAD (hormônio antidiurético) diminuindo diurese – pois precisa aumentar a pressão à Dopamina • Dopamina, precursor metabólico da norepinefrina e epinefrina, e também transmissor/neuromodulador no sistema nervoso central • Agonista como as outras, mas tem afinidade maior com beta1 • Uso controverso. Restabelecer perfusão tecidual. • Dopamina em baixas doses é definida como a dose que produz, preferencialmente, efeitos dopaminérgicos e beta- adrenérgicos, por essa razão causa vasodilatação renal e esplâncnica. • Foi muito utilizado para prevenir IRA em pacientes em choque cardiogênico e séptico. Hoje não mais tem essa utilização, sem eficácia. à Vasopressina • Ela é um hormônio com efeito antidiurético e vasoconstrictor. Possui ação hemostática, efeitos na termorregulação e é um secretagogo do adrenocorticotrópico. É liberado pelo hipotálamo em resposta a elevação da osmolaridade plasmática, hipovolemia grave e/ou hipotensão. • Provoca vasoconstricção pela interação com receptores V1 presentes na musculatura lisa vascular, e exerce efeito antidiurético pela ativação de receptores V2 presentes nos ductos coletores renais. Em baixas concentrações plasmáticas, promove vasodilatação coronariana, cerebral e na circulação pulmonar. Melhora o fluxo sanguíneo de órgãos vitais. • Uso: o Emergencial endovenoso, nos casos onde a noradrenalina e dopamina não são suficientes. o Choque séptico, choque hipovolêmico ou cardiogênico. Pós PCR. • Efeitos adversos: insuficiência renal, arritmias, vasoconstricao de extremidades e hipercoagulabilidade. à Levosimedan • Através da ação sensibilizadora da troponina C ao cálcio, o levosimendan tem o potencial de melhorar a contratilidade cardíaca na sístole sem prejudicar o relaxamento na diástole. Além disso, teria ação vasodilatadora, o que resultaria em melhora do débito cardíaco sem aumentar a demanda miocárdica de oxigênio. • Não tem aumento importante do influxo celular de cálcio, mas tem a sensibilização da troponina ao cálcio, ocorrendo aumento da contratilidade com menor dispêndio energético e sem aumento da ocorrência de arritmias. • Uso terapêutico: inotropismo positivo. Usada na ICC refratária ao uso de dobutamina. • Meia vida: 1 hora • Eliminação renal e hepática • Limitações: tem ação apenas nas primeiras 24/48 hs de uso. o Hipotensão arterial. Pacientes em choque cardiogênico. Anti-lipêmicos • Os anti-lipemicos incluem estatinas/vastatinas, niacina, fibratos, sequestrantes de ácidos biliares, inibidores da absorção de colesterol e ácidos graxos ômega-3. • Esses fármacos podem ser usados isolados ou em associação. Contudo, o tratamento farmacológico deve ser acompanhado de modificações no estilo de vida. à Vastatinas • São inibidores competitivos, específicos e reversíveis da HMG-CoA redutase (etapa limitante da síntese de colesterol). Bloqueia a conversão de HMG-CoA em ácido mevalônico. • Lovastatina, sinvastatina, pravastatina, atorvastatina, fluvastatina, pitavastatina e rosuvastatina. • Mecanismo de ação: esses medicamentos são inibidores competitivos de HMG-CoA redutase, a etapa limitante da síntese de colesterol. Ao inibirem essa síntese, elas esgotem seu estoque intracelular, levando a célula aumentar, na superfície, o numero de receptores específicos de LDL-C podendo ligas ao LDL-C circulante e internaliza-lo. Dessa forma, o colesterol no plasma diminui por redução da síntese e aumento do seu catabolismo. • Efeito terapêutico: o Diminuição do LDL o Efeito terapêutico pleiotrófico: melhora da função endotelial, redução da inflamação vascular, redução da agregação plaquetaria, aumento da neovacularzação em tecido isquêmico, aumento de células progenitoras endoteliais circulantes, estabilização da placa aterosclerótica, efeitos antitrombóticos e aumento da fibrinólise. • Metabolismo: hepático • Cuidados: monitorar CPK, TGO e TGP > acompanhar função renal • Efeitos adversos: o Rabdomiólise o Miosite o Hepatite medicamentosa o Desconforto gástrico à Fibratos • Eles reduzem acentuadamente a VLDL circulante e os triglicerídeos. São agonistas dos receptores nucleares – receptores ativados por proliferadores de peroxissomo -; aumentam a captação hepática de LDL (10%). Além dos efeitos sobre lipoproteínas, os fibratos reduzem a proteína C reativa e o fibrinogênio plasmático, aumentam a tolerância à glicose e inibem a inflamação da musculatura lisa vascular por inibição da expressão do fator de transcrição nuclear NFxB. • Genfibrozila, bezafibrato, fenofibrato, ciprofibrato • O fenofibrato é mais eficaz do que a genfibrozila na redução dos níveis de triglicerídeos. • Efeito terapêutico: diminuição dos triglicerídeos • Cuidados: interações com vastatinas: toxicidade hepática, rabdomiólise. • Efeito pleotrófico, metabolismo hepático, cuidados: monitorar CPK, TGO e TGP • Efeitos adversos: o Rabdomiólise o Miosite o Hepatite medicamentosa o Desconforto gástrico à Inibidores da absorção do colesterol • A ezetimiba inibe seletivamente a absorçãode colesterol por bloqueio de uma proteína transportadora (NPC1L1) nas microvilosidades dos enterocitos sem afetas as vitaminas lipossolúveis. o Diminui a oferta de colesterol intestinal para o fígado, o que acarreta na redução das reservas de colesterol hepático e aumenta a remoção de colesterol do sangue. o Age predominantemente na luz intestinal o Usada predominantemente com combinação das vastatinas para diminuir LDL. o Efeitos adversos: gastrite, dor abdominal e diarreia. • A colestiramina, colestipol sequestra os sais biliares no intestino e previssem sua reabsorção e recirculação ênterohepática. • Seus benefícios são menores do que os obtidos com a estatinas. o Uso terapêutico: diminuição de LDL o Alvo: gestantes, crianças e intolerantes as vastatinas o Efeitos adversos: diarreia e flatulência. Elevação transitória dos triglicerídeos. à Niacina (ácido nicotínico ou vit B3) • É convertido em nicotinamida, que inibe a secreção hepática de VLDL, com consequente redução de triglicerídeos e LDL circulantes (entre 10-20%), incluído Lp(a) e o aumento do HDL. • Também diminui triglicerídeos em 20-35%. • Pode ser usada combinada com estatinas, estando disponível uma associação de doses fixas de lovastatina e niacina de longa duração (farmacologia ilustrada) • Efeitos colaterais: gastrointestinais, gastrite importante, rubor, suor com odor medicamentoso, aumento da glicemia e ácido úrico. à Derivados do óleo de peixe (ácidos graxos ômega-3) • Mecanismo de ação do óleo de peixe sobre as concentrações plasmáticas de triglicerídeos é desconhecida. • Usadas predominantemente para reduzir triglicerídeos. • O óleo de peixe é rico em PUFAs, incluindo ácidos eicosapentaenoico e docosaexaenoico, e tem outros efeitos potencialmente importantes, como inibição da função plaquetária, prolongamento do tempo de sangramento, efeitos anti- inflamatórios e redução do fibrinogênio plasmático. • Efeito terapêutico: diminuição de triglicerídeos, elevação do HDL e diminuição do LDL. • Ácidos graxos ω-3 6 9 polinsaturados melhoram a sobrevida em pacientes. • Efeitos adversos: intolerância gástrica (dor abdominal, nause, diarreia) e o gosto de peixe. à Imunobiológicos: • Evolocumabe - um anticorpo monoclonal (um tipo de proteína especializada desenvolvida para se ligar a uma substância alvo no corpo). Se liga a uma substância chamada PCSK9 que afeta a capacidade do fígado de absorver colesterol. Ao ligar-se e inibindo o PCSK9, o medicamento aumenta a quantidade de colesterol que entra no fígado e assim reduz o nível de colesterol no sangue. • Indicação: hipercolesterolemia primária hetero ou homozigótica e dislipidemia mista. • Efeitos adversos: diminuição da imunidade, reação de antígeno- anticorpo com lesões cutâneas e insuficiência renal • Obs: O PCSK9 é uma proteína que promove a degradação de receptores hepáticos de LDL, levando à hipercolesterolemia. • Quando a PCSK9 é inibida, ocorre uma maior captação de LDL por seus respectivos receptores presentes nos hepatócitos, com redução de níveis séricos e plasmáticos de LDL. àO que acontece na formação do trombo: lesão endotelial, levando a ativação das plaquetas fazendo adesão a esta lesão e terá ativação também da cascata de coagulação gerando fibrina, levando ao trombo. à Cascata de coagulação: proteases trabalhando a todo momento para ter a coagulação e fibrinólise equilibradas no sangue, de forma que o sangue fique líquido dentro do vaso. à Quando precisa de uma terapia antitrombótica: quando a parte de coagulação “pesa” mais do que a parte de fibrinólise. Ou seja, tendo uma coagulação aumentada, tendo dificuldade de ter o sangue fluindo nos vasos. • Os anticoagulantes são dirigidos para vários fatores na cascata da coagulação, interrompendo, assim, a cascata e impedindo a formação de uma rede de fibrina estável (tampão hemostático secundário). à 4 classes de fármacos anticoagulantes: - Varfarina -Heparinas não-fracionadas e de baixo peso molecular - Os inibidores seletivos do fator Xa - Os inibidores diretos da trombina à Terapia antitrombótica: • Objetivo: manter fluidez sanguínea intravascular • Utilizado para prevenção e tratamento da trombose • Métodos: o Antiplaquetários o Fibrinolíticos o Anticoagulantes - Orais: antagonistas da vitamina K (cumarínicos, varfarina) e inibidores diretos (Trombina ou fator 10ª) - Parenterais: heparinas biológicas e sintéticas Anticoagulantes orais • Utilizados nos casos de arritmias, situações pró-trombóticas (câncer, colagenose), TEP, AO, TVP, discrasias sanguíneas pró- trombóticas, pós-cirurgia ortopédica. à Antagonistas da vitamina K (cumarínicos) • Mecanismo de ação: fatores vitamina K dependente. o Fatores dependentes da vitamina K na cascata de coagulação: fatores 2,7,9 e 10 + proteínas C e S (anti- coagulação) o Para transformar esses fatores em fatores ativados, é necessário CO, O2 e vit. K reduzida. o Para transformar a vitamina K oxidada em vitamina K reduzida, é necessária a vit. K redutase (VKOR) – nela atua a varfarina (produz o seu efeito ao interferir na conversão cíclica da vitamina K e do seu 2,3-epóxido, bloqueando a síntese de fatores de coagulação dela dependentes (fatores II, VII, IX e X). o A partir do momento que se entrega a varfarina para o paciente, vai ter uma inibição dessa enzima, não tendo formação de vit. K reduzina, não conseguindo fazer a ativação dos fatores dependentes de vitamina K. • Meia vida: 20-60h – atua no corpo por 2 até 5 dias • Excreção: metabólitos inativos (urina/fezes) • Metabolização hepática • Interações: o Alimentos: com estomago cheio absorve menos. Não tomar o remédio juntamente com alimentos de muita quantidade de vit. K. o CYP2C9 – medicações que ativam mais essa enzima, são medicações que vai acarretar em uma ação menor da varfarina. • Hipersensibilidade: o CYP2C9 o VKORC1 – quando tem mutação nesse gene, tem maior sensibilidade a varfarina • Efeitos adversos: o Sangramentos o Necrose cutânea • Todas as provas de coagulação podem ser alteradas pelo uso da varfarina: tempo de coagulação, de protrombina, tromboplastina parcial ativada e de sangramento. • Exame controle de coagulação para varfarina: TP e INR. à Novos anticoagulantes orais • Tem menos interações medicamentosas do que a varfarina. • São inibidores diretos do fator X ativado (FXa): rivaroxabana, apixabana, edoxabana, fondaparinux àAnticoagulante injetável • Heparina – é uma substância biológica (mastócitos) e ela é trazida pela indústria também. • Heparina não fracionada (HNF) • Heparina de baixo peso molecular (HBPM) • Fondaparinux – heparina sintética • Mecânismo de ação da heparina: o Heparina por si só funciona como catalisadora de uma reação; o Heparina solta e se encaixará com a antitrombina III (efeito de inibir algumas proteases que estão trabalhando na cascata de coagulação – ex: fator X e II ativado). Ao se encaixarem, ela muda o sitio de ligação do fator X ativado, fazendo com que tenha uma maior afinidade ao fator X, para fazerem a ligação com maior facilidade, levando a uma inativação desses fatores. o Ela não é consumida na reação por ser apenas um catalisador. • A de baixo peso molecular tem maior inibição do fator X ativado do que o II ativado. Relação de 1 p/2 ou p/3. • Via de administração: subcutânea ou endovenosa • Controle: o Heparina não fracionada: feito através do TTPA o Heparina de baixo peso molécular (enoxiaparina): não necessita de um controle • Antidoto/antagonista: protamina • Uso clínico: prevenção de eventos trombóticos em pacientes acamados, no tratamentode IAM, AVC, TEP ou TVP • Efeitos adversos: o Sangramento o Anemia o Leucopenia – trombocitopenia induzida por heparina o Plaquetopenia o Hematoma à Inibidores da trombina • Lepirudina • Hirudina • Bivalirudina – pode utilizar em paciente que teve trombocitopenia induzida por heparina • Argatroban à Contraindicações: • Sangramento • Discrasias sanguíneas • Insuficiência renal e hepática à Fibrinólise in vivo: quebra de fibrina feita através da plasmina. • Para ativar o plasminogênio precisa da fibrina, t-PA, u-PA. Se não tiver um desses, ou ele não chega a ativar, ou serão degradados ou inativados pela PAI. à Sempre que se indica fibrinolise terapêutica, é por que há fibrina no sangue, mas esse estimulo não está sendo grande o suficiente para aumentar a quantidade de ativador do plasminogênio e conseguir realmente degradar esse trombo. E enquanto o trombo está ali, ele está pondo em risco a vida do paciente. Aumenta a quantidade sérica desse ativador da plasmina, de forma que os mecanismos antifibrinolíticos in vivo sejam menos importantes do que a quantidade de ativador de plasminogenio no sangue. à 2 tipos de ativador do plasminogenio formada no endotélio: t-PA (intravascular) e u- TA (extravascular). à Agentes trombolíticos são utilizados para a lise de coágulos já formados restaurando, assim, a perviedade de um vaso obstruído antes que ocorra necrose tecidual distal. à Os agentes trombolíticos atuam através da conversão do zimogênio inativo, o plasminogênio, na protease ativa, a plasmina. • Dissolve trombos: intracoronária, acidentes isquêmicos cerebral, tromboembolismo pulmonas • Finalidade de reperfusão da circulação sanguínea e diminuindo os efeitos isquêmicos da oclusão arterial trombótica. • Mecanismo de ação: o Ativar o plasminogênio em sua transformação para plasmina, esta sim tem capacidade para degradar a fibrina, o maior componente do trombo. à Estreptoquinase à Ativador tecidual do plasminogênio (t-PA) à Reteplase (r-PA) à Tenecteplase (TNK-tPA) à Alteplase • Os seus mecanismos de ação são consideravelmente iguais. à A indicação é relativa e segue protocolos de utilização que consideram variadas condições clinicas e contra indicações: o Hipotensão e hipertensão arterial o Sangramento o Cirurgias recentes o Pós PCR o Pós trauma o Idade o Delta t o Bloqueio de ramo no ECG o Localização e extensão do IAM o Imunogenicidade e utilização há menos de 1 ano. à Contraindicação absoluta ao uso de trombolíticos: o Sangramento interno em atividade, exceto menstruação o Suspeita de dissecção aórtica o Traumatismo craniano recente ou neoplasia intracraniana o História de AVC hemorrágico, em qualquer época, ou de outros eventos cerebrovasculares, nos últimos doze meses. à A formação de um tampão plaquetario localizado em resposta à lesão endotelial constitui a etapa inicial no processo de trombose arterial. à A inibição da função plaquetária constitui uma estratégia profilática e terapêutica útil contra o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral causado por trombose nas artérias coronárias e cerebrais. AAS – inibidor da COX-1 das plaquetas • Mecanismo de ação: inibir de forma irreversível a enzima cicloxigenase (COX), bloqueando dessa formação do tromboxane A2, um potente mediador da agregação plaquetária e da vasoconstrição. E como as plaquetas são incapazes de nova síntese de COX, o efeito é permanente durante a vida de sete a dez dias da plaqueta afetada. • O AAS também pode ser usado para prevenção de trombose de stent • Contraindicações: o Alergia ao AAS o Sangramento ativo Clopidogrel, prasugrel, ticagrelor • Inibidor da ADP plaquetária • O clopidogrel é um fármaco na classe dos inibidores da agregação plaquetária mediada pela adenosina difosfato (ADP), que agem bloqueando o recepto P2Y12 de maneira irreversível. Também reduzem o nível de fibrinogênio circulante e também bloqueiam parcialmente os inibidores da glicoproteina IIb/IIIa, dificultando sua ligação ao fibrinogênio e ao fator de von Willebrand. Inicialmente criado com a intenção de substituir o AAS nos pacientes que possuíam alguma contraindicação ao uso, o clopidogrel se mostrou muito eficaz inclusive quando usado em conjunto com o AAS, reduzindo o risco de eventos cardíacos combinados (óbito cardiovascular, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico) com um pequeno aumento no risco de sangramento. • O prasugrel é um inibidor da ADP P2Y12 mais potente e possui uma farmacocinética mais favorável com um início de ação mais rápido que o clopidogrel. No estudo TRITON com pacientes de risco moderado a alto para síndromes coronarianas agudas, pacientes que receberam o prasugrel apresentaram um menor índice composto para morte por causas cardiovasculares, infarto não fatal do miocárdio ou acidente vascular encefálico não fatal em comparação com aqueles que receberam clopidogrel, mas com um risco mais elevado de grandes sangramentos. • O ticagrelor também age inibindo o ADP P2Y12, porém de maneira reversível. O medicamento não precisa ser metabolizado no fígado, fato este que confere ao ticagrelor efeito antiagregante mais rápido, intenso e consistente em relação ao clopidogrel. O medicamento apresentou redução significativa de desfecho primário (morte cardiovascular, (re) infarto do miocárdio e AVE) em relação ao clopidogrel, com um aumento discreto, porém significativo, na taxa de sangramento não fatal. O ticagrelor apresentou como efeito colateral dispneia, o que levou a interrupção de seu uso em menos de 1% dos pacientes no principal estudo que avaliou sua eficácia (PLATO); acredita- se que a dispneia estaria relacionada ao metabolismo da adenosina. O ticagrelor está aprovado para uso nas mesmas indicações do clopidogrel. • Clopidogrel e outros inibidores do ADP ligam -se a proteína de membrana P2Y12 impedindo a interação com ADP e assim impedindo a agregação plaquetária Abciximab, tirofiban, epitifibatide • Inibidor da glicoproteína 2B/3A Dipiridamol • Inibidor da fosfodiesterase à Inibição da agregação plaquetária: • Indicação: o Uso de stent (coronário, encefálico...) o Obstruções arteriais (IAM, AVC, OAA) e venosas (tromboses) o TEP o Arritmias cardíacas o ICC o Trombofilia o Anemia falciforme com eventos trombóticos à Efeitos adversos: • Sangramento • Plaquetopenia • Anemia • Leucopenia à Contra-indicações: • Sangramentos • Discrasias sanguíneas • Algumas cirurgias
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