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Anti Hipertensivos

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Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
Hipertensão arterial: 
- Definida como doença crônica não- 
transmissível caracterizada por elevação 
persistente dos níveis tensionais acima 
dos valores normais na circulação. 
• Quais seriam essas valores normais? 120 x 
80 mmHg. 
• Existem variabilidades que depende da 
idade, do peso… 
• Começamos a nos preocupar quando a PA 
começa a sub i r 130 x 85 mmHg 
(bordeline, pré hipertenso, temos que 
investigar). 
• HA estágio III sempre associar um 
diurético. 
 
- HA é uma doença multifatorial: ela é 
idiopática, não conseguimos definir a sua 
causa primária. 
• Determinantes sociais: 
- Riqueza e renda. 
- Educação. 
- Ocupação/ emprego. 
- Acesso ao sistema de saúde. 
• Ambiente: 
- Dieta não saudável (aumento sódio e 
diminui potássio). 
- Sedentarismo. 
- Sobrepeso/ obesidade. 
• Genética/ epigenética: 
- Múltiplos alelos com poucos efeitos. 
- Interação gene/ gene. 
- Mecanismos epigenéticas. 
- Programação fetal. 
6
Anti hipertensivos 1 
Elizabeth - DATA: 05/04
- A mortalidade em indivíduos hipertensos é alta 
- preocupante. 
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
- Quem tem mais risco de ficar hipertenso? 
• Consumo de muita bebida alcoólica. 
• Hipertenso na família: “hipertensos 
espontâneos”. 
• Excesso de peso/ obesidade. 
• Tabagistas. 
• Muito sal na alimentação. 
• Diabético. 
• N ã o t e m a l i m e n t a ç ã o s a u d á v e l / 
sedentarismo. 
• Idade. 
• Estresse/ qualidade de visa. 
• Raça negra. 
Fatores de risco: 
- Modificáveis: HA, ingestão de álcool, DM, 
tabagismo, sedentar ismo, estresse , 
obesidade, colesterol elevado. 
- Não modificáveis: idade (envelhecimento), 
hereditariedade, sexo, raça. 
Tipos de hipertensão: 
- 90% = HA primária ou essencial: indefinida, 
multifatorial, e altamente complexa. 
- 10% = HA secundária: doença conhecida. 
• Causa renal (ex: aumento da secreção de 
renina), da hipófise… 
Como tratar a hipertensão? 
- Temos vários níveis de HA, as vezes apenas 
uma mudança de rotina (direta, atividade 
física, diminuir álcool e tabagismo) podem 
ser uma primeira opção. 
- Tratamento não medicamentoso: menos 
sal na alimentação, maior qualidade de vida, 
atividade física, cessar tabagismo, diminuir 
ingesta de álcool, alimentação mais saudável 
- Tratamento medicamentoso: se o paciente 
não conseguir baixar a pressão. 
• Hipertensão leve (estágio I): único 
fármaco (monoterapia). 
• Hipertensão severa: vários fármacos. 
- Estágio III: entramos com diurético. 
- Pacientes refratários: tentativas de 3 classes 
farmacológicas (inclusive diuréticos) e o 
paciente não responde. 
• Existem outros tipos de tratamentos para 
esses pacientes: exemplo denervação 
renal que desativa o SRAA (diminui 
estímulo simpático = diminui a PA). 
Classes farmacológicas dos anti-
hipertensivos: 
3. Inibidores da enzima conversora de 
angiotensina (IECA). 
4. Antagonistas dos receptores de 
angiotensina II. 
5. Inibidores da renina. 
6. Simpatolíticos centrais. 
7. Bloqueadores alfa adrenérgico. 
8. Beta bloqueadores. 
9. Antagonistas dos canais de sódio. 
10. Diuréticos. 
11. Vasodilatadores diretos. 
- Precisamos entender o mecanismo de ação 
deles, e para isso retomamos a fisiologia. 
7
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
Pressão arterial: 
- É a força exercida pelo sangue contra a 
parede do vaso arterial. 
• Quando maior essa força, quanto mais ele 
distende esse Vado, maior vai ser a PA. 
• Existem barorreceptores que detectam 
aumento de PA e regulam ela. 
• Ao longo do dia nossa PA varia, e é então 
controlada por esses barorreceptores. 
- Mecanismos que regulam a PA: neurais, 
renais/ locais e hormonais. 
• Mecanismos neurais regulam mais 
r a p i d a m e n t e a PA ( a t r a v é s d o s 
barorreceptores) - segundos/ minutos (ex: 
quando levantamos rapidamente é esse 
mecanismo que regula a PA). 
• Já a resposta hormonal depende da 
produção de hormônios (angiotensina II, 
renina, vasopressina), portanto demoram 
mais para regular a PA - horas/ semanas. 
• E as respostas renais/ locais pode ser pela 
função renal através da diurese (consumir 
bastante água para eliminar sódio pela 
diurese e baixar a PA). 
➡ PA = DC x RVP: 
• DC = VS (quanto sangue chega no 
coração, é o RV) x FC (comando simpático 
e vago - autorregulada). 
- DC é diretamente proporcional a PA. 
- Simpático: aumenta a PA, entro em um 
paciente com HA temos que inibir o 
simpático (receptores adrenérgicos). 
• RVP :depende da le i de poiseui l le 
(comprimento, viscosidade, raio). 
- O raio é o mais importante, e elevado a 
4ª potência = pequenas modificações 
no raio geram grandes alterações na 
RVP (pois o raio é elevado à 4). 
- Se eu aumento meu raio, diminui a RVP. 
- Comando simpático (fatores locais, 
hormonais). 
• Volemia: hormônios e função renal. 
- Resistência vascular periférica: 
• Artéria aorta é um regime de alta pressão 
(que expende e retrai muito, devido à 
fibras elásticas). A medida que ela vai se 
distanciando do coração, ela vai perdendo 
essas fibras elásticas e ficam só a camada 
de músculo liso que é responsivo a 
hormônios e a medida que se afasta do 
coração, vai diminuindo o raio e 
aumentando a resistência. 
• A maior resistência ao fluxo reside nas 
artérias e nas arteríolas (pois os 
capilares possuem baixa resistência ao 
fluxo – possuem grande área de secção 
transversal). 
• Arteríolas - são vasos de resistência, 
capazes de regular a perfusão tecidual 
graças a sua camada muscular e a sua 
responsividade a substâncias vasoativas. 
8
- Comprimento e viscosidade são mais 
estáveis no sistema cardiovascular. 
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
• Capilares (vasos de troca): tem raio 
pequeno e resistência baixa, por conta da 
disposição desses vasos. 
- Dispostos em paralelos = diminuir 
resistência para ocorrer as trocas 
gasosas e nutrientes. 
- Onde há maior velocidade sanguínea, onde 
o fluxo passa mais rápido? Nas artérias 
(vasos de alto fluxo). 
• A velocidade sanguínea tem a ver com a 
área de secção transversa (AST). 
• A velocidade é inversamente proporcional 
à AST. 
• No nosso organismo temos mais capilares 
que artérias, portanto temos mais AST em 
capilares, portanto, menor a velocidade 
de condução do sangue. 
Sistema nervoso autônomo: 
- A regulação de PA é feita pelo SNA. 
• O SNA simpático tem mais efeito sob 
nossa PA. 
• Estimulação simpática nunca é zero (existe 
um tons simpático continuamente). 
- Sempre vai ter ativação simpática. 
- O SNA é independente do controle do SNC. 
- As fibras deles saem da medula. 
- Dependendo da região de onde saem esses 
neurônio, chama-se de simpático ou 
parassimpático. 
- Dividimos a medula em: cervical, torácica, 
lombar e sacral. 
• Fibras do SNA simpático saem da região 
torácica e lombar. 
- Neurônio pré ganglionar curta e NT é 
Ach. 
- Neurônio pós ganglionar longa e NT é 
noradrenalina. 
- Ativação do simpático: 
• No coração: nó sinusal, nó AV, 
ventrículo. 
- R e c e p t o r a d r e n é r g i c o B 1 
(taquicardia). 
- E x i s t e u m a c l a s s e d e 
medicamentos beta bloqueadores 
(bloqueia esses receptores). 
• Nos vasos sanguíneos. 
- R e c e p t o r a l f a 1 ( e x i s t e m 
antagonistas dos receptores alfa 1). 
• Fibras do SNA parassimpático saem da 
região cervical e sacral. 
- O mais importante para o sistema CV é 
o nervo vago. 
- O NT é a Ach. 
- Inerva nó sinusal, nó AV e pequena no 
ventrículo = diminui a Fc e diminui 
moderadamente a força de contração. 
9
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
- Controle autonômico do leito vascular: 
• Alfa 1 (nos vasos): vasoconstrição 
periférica = aumenta RVP e aumenta PA. 
• Beta 1 (no coração): aumenta DC 
(taquicardia). 
• Beta 2 (músculo esquelético, ex: pulmões): 
vasodilatação no músculo esquelético. 
- SNS é o grande responsável pelo tono 
vasomotor: mesmo numa condição basal, 
existe uma atividadenervosa simpática para 
a vasculatura que mantém o tono vascular. 
- S i s t e m a p a ra s s i m p á t i c o : c o n t ro l e 
autonômico do coração. 
• Receptores M2: diminui FC, diminui força 
de contração (atrial) - inibição da 
condução AV. 
Controle da PA: 
- O sistema nervos simpático tem controle 
sobre o DC (no coração) e RVP (nos vasos) 
pelos receptores. 
- Além disso, a RVP também é controlada pelo 
SRAA que constringe os vasos e libera 
aldosterona, que retém Na para aumentar a 
PA. 
- Existem vários fármacos que interferem em 
diferentes partes dessas vias: 
Sistema renina angiotensina aldosterona: 
- Renina é uma enzima produzida no rim pelo 
aparelho justa glomerular por estímulo da 
q u e d a d a P A d e t e c t a d a p e l o s 
barorreceptores. 
- Na circulação ela cliva a molécula de 
angiotensinogênio (peptídeo) produzido no 
fígado, formando angiotensina I. 
- A angiotensina I não tem função biológica 
para nós no sistema CV. 
- A enzima conversora de angiotensina (ECA) 
está aderida nas células endoteliais do vaso, 
e cliva a angiotensina I em angiotensina II, 
que é um vaso 
c o n s t r i t o r e 
estimulador do 
c ó r t e x d a 
a d re n a l p a ra 
p ro d u ç ã o d e 
a l d o s t e r o n a 
(retém sódio e 
água). 
10
- Sempre temos um tonus vasomotor 
simpático, que se for inibido causa 
vasodilatação mas se for mais ativado gera 
vasoconstrição. 
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
- A angiotensina II : mecanismos que 
aumentam a PA. 
I. É vaso constritora, diminui a RVP. 
II. Age no bulbo, aumentando a atividade 
simpática. 
III. No hipotálamo aumenta ADH e sede 
(aumenta volemia = aumenta PA). 
IV. Age no córtex da adrenal, aumentando 
produção de aldorestorna. 
• Se reduz i rmos a ang iotens ina I I , 
conseguimos reduzir a PA do nosso 
paciente. 
- Funções normais da ECA: 
✓ C o n v e r t e r a a n g i o t e n s i n a I e m 
angiotensina II (sistema SRAA). 
✓ Influi no metabolismo da bradicinina 
(processo inflamatório). 
- A ECA promove degradação da 
bradicinina em peptídeos inativos. 
Drogas que atuam sobre o SRAA: 
1) Inibidores da enzima conversora de 
angiotensina (IECA): 
- Mecanismo de ação: 
• Inibe a conversão de Angiotensina I em 
Angiotensina II. 
• Influencia no metabolismo da Bradicinina 
(inibe a degradação da bradicinina). 
- Farmacocinética: 
• Absorção adequada no TGI. 
• Distribuição ampla pelo corpo. 
• Metabolismo hepático/ pró fármacos. 
- Exceto captopril e lisinopril. 
• Excreção renal ou fezes. 
- Farmacoterapia: uso clínico. 
• Tratamento da pressão arterial instável. 
• Insuficiência cardíaca. 
• Tratamento pós infarto. 
11
Sufixo “pril”. 
- A maioria são pró fármacos (precisa de 
efeito de 1ª passagem hepática para se 
tornar ativo). 
- Lisinopril e Captopril são os únicos que 
não necessitam de ativação hepática. 
- Via de administração é a mesma. 
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
- Interações: cuidado. 
• Aumentam efeito hipotensor das 
drogas utilizadas na hipertensão (ex: se 
usar vários fármacos) 
• Aumentam o nível sérico do lítio: efeito 
tóxico. 
• Associados poupadores de potássio: 
risco de hipercalemia. 
- Reações adversas : cefaleia, fadiga, 
angioedema (principalmente na língua), 
reações no TGI, hipercalemia, alterações na 
ureia, alterações na creatinina. 
- IECAS aumentam nível de bradicinina = 
leva a processo inflamatório (aumento 
de PGL e leucotrienos). 
• Captopril : proteinúria, leucopenia, 
erupção cutânea, hipotensão, reação 
alérgica, tosse seca (pigarro). 
- Lembre-se: 
• Hipotensão de primeira dose , em 
hipovolêmicos com renina elevada. 
• Tosse seca (10 a 30%). 
• Erupções cutâneas (2 a 3%). 
• Efeitos teratogênicos: anormalidades 
ósseas do feto, insuficiência renal 
neonatal e morte, principalmente no 2o e 
3o trimestre. 
- Existem outros fármacos indicados para 
gestante. 
2) Antagonistas dos receptores de 
angiotensina II (ARA): 
- Receptor AT1 de angiotensina: principal 
receptor no vaso, promove…aumento da PA. 
• Vasoconstrição. 
• Reabsorção de sódio e 
água. 
• P r o l i f e r a ç ã o e 
crescimento celular 
(hipertrofia). 
• Ativação simpática. 
• L i b e r a ç ã o d e 
aldosterona. 
- S e q u e re m o s re d u z i r a PA v a m o s 
antagonizar esses receptores para a 
angiotensina II não se ligar e promover seus 
efeitos. 
- Mecanismo de ação: antagonistas de 
receptores de angiotensina II. 
• Inibe a ligação da angiotensina II em seu 
receptor. 
• Vai ter vasodilatação, excretar água e 
sódio, diminui volume sanguíneo, diminui 
hipertrofia celular, diminui a PA. 
- Indicações: mesmas indicações dos IECAs. 
12
Sufixo “Ana”. 
- Maioria sofre metabolização hepática pelo 
CIP2C9. 
- E a maioria são metabólitos ativos. 
- Losartana: 
• 50-100mg em 1 a 2 doses. 
• Meia vida 2 horas (6 a 9 para metabólito 
ativo). 
• Metabolismo hepático, principalmente via 
CIP2C9. 
• Tem metabolismo ativo. 
• Urina: via de eliminação predominante. 
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
• Efeitos sinérgicos com os IECAs. 
• Alternativos dos IECAs. 
- Efeitos adversos: 
• Teratogênese. 
- Contraindicado pra gestantes. 
• Hipotensão ortostática. 
• Hipercalemia. 
• Reações cutâneas. 
3) Inibidores de renina: 
- Exemplos: alisquireno (Rasilez e Tekturna). 
- Mecanismo de ação: alisquireno inibe a 
renina ao se ligar com alta afinidade ao 
sítio catalítico da enzima, bloqueando 
dessa maneira o s istema renina-
angiotensina no seu ponto inicial de 
ativação. 
- Farmacocinética: 
• Baixa biodisponibilidade oral (~ 2,5%), 
interação com alimentos. 
• Meia vida 24h. 
• 81% é el iminado de maneira não 
modificada pela bile. 
- Efeitos adversos: diarreia e angioedema. 
Drogas que atuam sobre o SNA simpático: 
4) Simpatolíticos centrais: 
- Exemplos: alfa-metildopa, clonidina, 
moxonidina. 
- Mecanismo de ação: 
• Inibem ou bloqueiam o SNS. 
• Agonista de receptores alfa2 adrenérgico. 
• Capacidade de reduzir a pressão arterial 
(PA). 
- RECEPTORES ALFA 2: ficam nos neurônios 
pré sinápticos (produz o NT que vai ser 
liberado na fenda sináptica): 
• Receptores alfa 2 (adrenérgicos) promovem 
a receptação de NOR, diminuindo o efluxo 
do SNS vasos e coração = função do 
receptor alfa 2 é receptar a NOR da fenda 
(e diminuir sua ação simpática). 
- Agonista alfa 2: reduz a quantidade de 
NOR na fenda sináptica, portanto 
diminui ação do SNA simpático. 
• Agonista receptores alfa 2 adrenérgico 
diminui efluxo para musculatura lisa dos 
vasos: 
- Vasodilatação (diminui RPT). 
- Diminui PA. 
- Reações adversas: 
• Acompanhadas por ansiedade, tremores, 
cefaleia, sudorese, dor abdominal e 
taquicardia (evidencia de atividade 
excessiva do SNC) - casos raros em que 
ocorre o oposto, ativa outras vias do SNC. 
• Sonolência e sedação (pois diminui fluxo 
simpático). 
• Retenção de volume. 
METILDOPA: 
- Mais prescrito para gestantes. 
- Ações: 
✓ Reduz PA por diminuir RVP. 
• Causa vasodilatação. 
✓ Pouco efeito sobre DC e FC. 
✓ In ibe a secreção de renina (sem 
importância para diminuir PA). 
✓ Causa redução da resistência vascular 
renal em pacientes com insuficiência 
renal. 
• Bom para pacientes com IR por 
causar essa vasodiltação. 
✓ Pouca hipotensão postural. 
✓ “Pseudotolerância”: retenção de sais e 
líquidos. 
• Quando se associa com diuréticos. 
✓ Fazer associação com diurético. 
- Farmacologia: 
• Boa absorção VO: transporte ativo no 
intestino. 
• Concentração plasmática máxima em 2-3 
horas. 
• Meia vida ~ 2 horas. 
13
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
• Efeito máximo em 6-8 horas persistindo 
por até 24 horas. 
• Acesso ao SNC por transporte ativo. 
• E xc re t a d a p e l o r i m ( c o n j u g a d o ) : 
insuficiência renal X meia vida. 
• Eficácia máxima reduzida dependendo da 
dose. 
- Toxicidade e efeitos colaterais: 
• Sedação, depressão. 
• Redução acuidade mental / esquecimento. 
• Distúrbiosdo sono. 
• Cefaleia. 
• Impotência, diarreia, visão embaçada. 
• Bradicardia. 
• Hipersensibilidade do seio carotídeo. 
• Anemia hemolítica (raramente). 
CLONIDINA: 
- Ações: ela não reduz a RVP, ela reduz a FC 
(reduz o DC e a PA). 
✓ Redução da PA decorre de: 
- Diminuição FC. 
- R e l a x a m e n t o d e v a s o s d e 
capacitância (veias). 
- Diminuição RVP principalmente na 
posição ereta. 
✓ Fluxo sanguíneo renal é mantido. 
✓ Há retenção de sais e líquidos —> 
associar diurético. 
- Farmacocinética: 
• Boa absorção VO: altamente lipossolúvel. 
• Concentração plasmática e efei to 
hipotensor máx 1-3 horas (VO). 
• Meia vida ~ 12 horas. 
• Doses iniciais baixas com elevação 
gradual. 
• Emplastros de liberação transdérmica. 
- Toxicidade e efeitos colaterais: 
• Sedação, depressão. 
• Disfunção sexual. 
• Bradicardia. 
• Dermatite de contato. 
• Interação com antidepressivos tricíclicos 
(bloq. Alfa). 
• Crise hipertensiva na suspensão abrupta. 
5) Bloqueadores alfa adrenérgico: 
- Mecanismo de ação: 
• Bloqueio dos receptores a l fa 1 
adrenérgico (nos vasos) levando ao 
relaxamento da musculatura lisa dos 
vasos e vasodilatação (por redução da 
RVP). 
• Diminui a PA. 
- Efeitos adversos: 
• S N C ( t o n t u ra , c e f a l e i a , f a d i g a e 
sonolência). 
• Hipotensão ortostática. 
• Edema periférico. 
• Palpitação. 
• Síncope. 
14
Sufixo “ina”. 
- Mais usado: prazosina. 
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
6) Beta bloqueadores: 
- Receptores beta: 
- Exemplos de beta bloqueadores: 
- Mecanismo de ação: 
• Antagonizam de forma específica, 
competitiva e reversível a ação das 
catecolaminas endógenas ou exógenas 
nos receptores beta-adrenérgicos. 
- Efeitos adversos: 
• Broncoconstrição para os não seletivos. 
• Bradicardia excessiva. 
• Mascara sintomas de hipoglicemia. 
- Sintomas de hipoglicemia: sudorese, 
t remor , taquicard ia (e fe i tos de 
estimularão do simpático). 
• Fadiga. 
• Sintomas gastrointestinais: cólica, diarreia, 
obstipação, dor epigástrica, flatulência em 
< 10%. 
- Obs: não devem ser usados em idosos com 
HA. Os beta bloqueadores são os fármacos 
de última escolha. Ele sozinho não deve ser 
prescrito como anti hipertensivo, são mais 
usados em jovens. 
Caso clínico: 
- Gustavo, 90 Kg, 39 anos, negro, fuma e 
consome 20 unidades de álcool por 
semana há 18 anos. Além disso, ele não 
possu i d ieta saudáve l e apresenta 
colesterol total de 210 mg/dL e colesterol 
HDL de 19,8 mg/dL. Apresenta pressão 
arterial clínica de 151/95 mmHg, sem 
histórico médico de doença cardiovascular, 
renal e/ou diabetes. Exames clínicos e 
ambulatoriais não revelam causas 
secundárias da hipertensão , porém 
Gustavo apresentou hipertrofia ventricular 
esquerda e evidência de relaxamento 
15
- No coração inervação simpática em 
receptores beta 1 = aumenta Fc e 
aumenta PA. 
- Usamos um beta bloqueador para inibir 
esses beta 1 no coração. 
- Cuidado com beta bloqueadores não 
seletivos: bloqueiam vários recuperes 
betas em várias partes do organismo. 
‣ BETA 1: coração. 
‣ BETA 2: musculatura lisa. 
Sufixo “nolol”. 
- Propanolol: bloqueadores beta 1 e beta 2 
adrenérgicos (inespecífico). 
• Não podemos prescrever para paciente 
asmático, pois ao bloquear receptor beta 2 
(vasodilatação) vai constringir mais ainda os 
brônquios.. 
- Atenolol: bloqueadores beta 1 seletivo. 
- Carvedilol: antagonista de receptor alfa 1 e 
beta 1. 
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
diastólico prejudicado no ecocardiograma. 
Iniciou o tratamento com enalapril e 
propranolol. 
‣ Nosso paciente se enquadra no estágio I da 
HA. 
‣ Fatores de risco: sobrepeso, ração negra, 
tabagista, etilismo, colesterol alto, sem 
causa secundária de hipertensão. 
‣ Considerada HA essencial/ primária. 
‣ Esses 2 fármacos não tem o mesmo 
mecanismo de ação. 
‣ P r o p a n o l o l é b e t a b l o q u e a d o r 
inespecífico. 
‣ Enalapril tem a ver com SRAA: faz parte 
dos IECA. 
Questões: 
1) Paciente do sexo masculino, 50 anos de 
idade. Chegou ao PS com dificuldade 
respiratória, além de um histórico clínico 
de hipertensão arterial. Relata que 
começou a fazer uso de medicações 
prescritas pelo médico do SUS, após ter 
apresentado por dias níveis pressóricos de 
140 x 95 mmHg. A terapia medicamentosa 
deste pac iente baseava-se em: ( i ) 
Losartana: 2 comprimidos de 100 mg ao 
dia; (ii) Carvedilol: 25mg 2 vezes ao dia. 
Pergunta-se: 
- Qual o mecanismo de ação desses dois 
fármacos? 
- Quais os efeitos adversos de cada um deles? 
-
2) Américo é hipertenso e obeso e com 
hiperglicemia no último exame bioquímico. 
Usa vários fármacos durante o dia 
(captopril , losartana e antes usava 
propranolol), em horários estipulados pelo 
médico, porém os níveis pressóricos 
permanecem sem controle. Com relação 
relação aos anti-hipertensivos analise as 
frases: 
I. Os inibidores da ECA são úteis na 
hipertensão, pois reduzem a produção de 
angiotensina 2. 
II. Se fosse utilizada a metildopa como anti-
hipertensivo ocorreria o bloqueio de 
receptores alfa 1; 
III. Quando Américo começou a apresentar 
h iperg l i cemia o médico re t i rou o 
p ro p ra n o l o l e s u b s t i t u i u p o r u m 
vasodilatador indireto (captopril), o que foi 
um procedimento correto; 
IV. Se estivesse tomando o captopril com o 
café da manhã teria uma melhor resposta 
medicamentosa; 
V. O losartan é um agonista da angiotensina. 
3) Complete a tabela a baixo: 
16
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
Caso clínico:
- Sra JRS, 46 anos, mulher, branca, casada, 
aposentada devido a cardiopatia, natural e 
procedente de Sorocaba. Paciente com 
história de hipertensão arterial severa sob 
controle medicamentoso, necessitando de 
visitas periódicas ao Posto de Saúde para 
adequação de medicação e controle da 
pressão arterial, sendo utilizada hoje como 
tratamento da hipertensão Anlodipino, 
Hidralazina e Hidroclorotiazida associada 
a Espironolactona. 
1. Quais tratamentos farmacológicos 
poderiam ser utilizados na terapêutica 
da HA da paciente do caso clínico? 
• IECA, bloqueadores de canais de calcio e 
diuréticos. 
2. Qual a c lasse farmacológ ica do 
Anlodipino? 
• Bloqueador do canal de cálcio. 
3. Q u a l o m e c a n i s m o d e a ç ã o d o 
Anlodipino? 
• E x e r c e u m e f e i t o v a s o d i l a t a d o r 
predominante com mínimo efeito na Fc 
era função sistólica. 
4. Quais são as reações adversas do 
Anlodipino? 
• Cefaleia, tontura, rubor facial e edema 
periférico. 
5. Qual a classe farmacológica pertence a 
hidralazina? 
• Vasodilatador direto. 
6. Qual o mecanismo de ação da hidrazina? 
• Relaxam a musculatura lisa arterial, 
levando a redução da resistência 
periférica total. 
7. Quais os feitos adverso da hidralazina? 
• Cefaleia pulsatil severa. 
8. Qual tipo de diuréticos hidrocloratiazida 
é? 
• Diurético tiazídico. 
9. Por que a hidrocloratiazida foi associada 
a espironolactona? 
• M i n i m i z a r o e f e i t o c o l a t e r a l d a 
hipopotassemia da hidrocloritiazida. 
Antagonistas dos canais de cálcio:
- Classes: 
• Diidropirimidinas: sufixo “DIPINO”. 
- Nifedipino (Adalat®, Procardia®), 
anlodipino, nicardipino, felodipino, 
m a n i d i p i n o , l e v a n l o d i p i n o , 
lercanidipino, lacidipino. 
• Não diidropirimidinas: 
- Fenialquilaminas: Verapamil (Calan®, 
Isoptin®) 
- B e n z o t i a z e p í n i c o s : D i l t i a z e m 
(Cardizem®). 
- Mecanismo de ação: 
• O íon cálcio é um importante transdutor 
celular. 
• Participa da excitação e contração do 
miocárdio e da musculatura lisa vascular. 
• O influxo de cálcio é requerido para a 
atividade marcapasso do nódulo sinoatrial 
e para a condução AV. 
• A passagem de cálcio para o interior da 
célula ocorre pela abertura de canais 
seletivos, o que permite a difusão passiva 
d o c á l c i o a t ra v é s d a m e m b ra n a 
plasmática. 
➡ Inibem a entrada de cálcio, ligando-se 
a o s c a n a is l e n t o s v o l t a g e m 
dependente na membrana celular. 
- Nestes canais existem sítios de ligação 
específicos (subunidade alfa1), onde 
se ligam estes fármacos. 
24
Anti Hipertensivos II 
Beth - DATA: 12/04
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
- Diminuição do cálcio na musculatura 
lisa dos vasos e redução da resistência 
vascular periférica. 
• Diidropiridínicos: efeito vasodilatador 
predominante. 
- Mínima interferência na FC e na função 
sistólica. 
- Mais frequente usado como anti 
hipertensivo. 
• Não diidropiridínicos (difenilalquilaminas 
( ve rapami la ) e as benzoKazep inas 
(dilKazem): menor efeito vasodilatador e 
agem na musculatura e no sistema de 
condução cardíaco = reduzem a FC. 
- Efeitos antiarrítmicos podem deprimir 
a função sistólica, principalmente nos 
pacientes que já tenham disfunção 
miocárdica, devendo ser evitados nessa 
condição. 
- Eficácia: 
• Diminuem níveis da HA leve e moderada. 
• Diminuem a morbo-mortalidade CV em 
idosos. 
• Menos eficientes que outros ant i 
h i p e r t e n s i v o s n a r e d u ç ã o d a 
hospitalização por ICC e IAM. 
- Lembrar: 
• Todos dilatam as arteríolas coronárias e 
reduzem a pós-carga, mas cada classe 
tem diferentes efeitos na frequência e 
contratilidade cardíacas: 
- Verapamil e diltazem têm efeitos 
inotrópico, cronotrópico e dromotrópico 
negativos diretos. 
- Nifedipina (O) tem efeitos diretos 
cardíacos sem valor, mas pode causar 
resposta simpática reflexa por diminuir 
a PA. 
• Todos são ativos oralmente. 
• Exibem alto metabolismo de 1ª passagem 
e alta ligação à proteínas plasmáticas. 
• Após administração oral agem dentro de 
30 min e têm meia-vida plasmática de 
algumas horas. 
ANLODIPINO: 
- É um derivado di-hidropiridínico de 
terceira geração que apresenta maior 
seletividade para o tecido vascular e maior 
duração de ação. 
- Apresenta início de ação lento e, com uma 
a d m i n i s t ra ç ã o d i á r i a ( 5 a 1 0 m g ) , 
proporciona efetivo controle da pressão 
arterial por 24 horas. 
LERCANIDIPINO: 
- Altamente lipofílico , este similar ao 
anlodipino tem um início de ação lenta, mas 
com duração prolongada. 
- É para os vasos, apresentando atividade 
i n o t r ó p i c a n e g a t i v a m e n o r q u e o 
nitrendipino e o felodipino. 
- Nas doses utilizadas para o tratamento da 
hipertensão arterial (5 a 40 mg/dia), o 
lercanidipino não interfere na excitação e na 
condução cardíaca 
- Reações adversas: 
• Mais comuns: cefaleia, tontura, rubor 
facial, edema periférico. 
• Mais raros: hipertrofia gengival. 
• Diidropirimidínicos de curta duração 
podem causar estimulação simpática 
reflexa. 
• Verapamil e Diltiazem podem deprimir a 
contratilidade e produzir bloqueio AV em 
pacientes recebendo beta-bloqueadores. 
Vasodilatadores diretos:
- Exemplos: hidralazina (Apresolina®; 
N e p re s o l ® ) , m i n ox i d i l ( L o n i t e n ® ) , 
nitroprussiato de sódio (Nipride®). 
- Como promover vasodilatação? 
• Liberando NO (menos cálcio relaxa o 
músculo liso periférico). 
- NO = fator relaxante do endotélio. 
25
Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
• A b r i n d o c a n a i s d e p o t á s s i o 
(hiperpolariza a célula e relaxa o músculo 
liso vascular). 
• Bloqueando canais de cálcio (menos 
cálcio relaxa a musculatura lisa do vaso). 
- Mecanismo de ação: 
• Relaxam a musculatura lisa artéria, 
levando a redução da RVP total. 
- Farmacocinética: 
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO (Nipride): 
- Usado em emergências hipertensivas. 
- Vasodilatador arterial e venoso = diminui 
pré e pós carga. 
• Vasodilatação venosa: 
- Diminui RV. 
- Diminui VS. 
- Diminui força de contração. 
- Diminui a PA. 
- Dose: 0,3 a 10 mcg/Kg/min. 
NITROGLICERINA (Tridil): 
- Emergências hipertensivas: 
• Venodilatador. 
• Metabolismo hepático. 
• Pico de ação em 2 a 5 minutos. 
• Dose: 5 a 10 mcg/min até 100 a 200mcg/
min. 
• Contraindicação com uso de drogas para 
disfunção erétil. 
• Causa resistência e tolerância. 
• Monitorizar cefaleia: pode causar 
hipotensão e taquicardia reflexa. 
Diuréticos:
- São fármacos que aumentam o fluxo 
urinário e a excreção de sódio para ajustar o 
volume e/ou a composição dos líquidos 
corporais. 
• Promovem diurese = aumento da 
excreção de água (débito urinário), 
produzida nos rins. 
- Unidade funcional dos rins: NÉFRONS. 
• 1,3 milhões em cada rim. 
• 2 a 4cm de comprimento. 
1. Corpúsculo renal (capilar glomerular e 
cápsula de Bowman). 
2. Túbulo contorcido proximal. 
3. Alça de Henle (ramo descendente fino, 
ramo ascendente fino, ramo ascendente 
grosso). 
4. Túbulo contorcido distal. 
5. Ducto coletor medular. 
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Farmacologia ATD2 Catarina Alipio XXIIB
99% do filtrado glomerular é reabsorvido pelo 
túbulo e volta para circulação. 
- Tipos de diurético: 
• Diuréticos de alça. 
• Diuréticos tiazídicos. 
• Diuréticos puxadores de potássio. 
DIURÉTICOS DE ALÇA: 
- Exemplos: 
• Furosemida (Lasix ®). 
• Bumetamina (Burinax®). 
• Piretanida (Arelix®). 
- Farmacocinética: ação de curta duração 
(natriurese aguda) usado 2x/ dia. 
• Bem absorvidos no TGI. 
• Rapidamente distribuídos. 
• Metabolismo hepático. 
• Meia vida de 3 a 4hrs. 
• Excreção renal. 
- Mecanismo de ação: atua na alça espessa 
de Henle (entra sódio, entra potássio). 
• Bloqueiam o co transportador Na-K-2Cl 
n o s e g m e n t o e s p e s s o d a a l ç a 
ascendente de Henle. 
• É o mais potente, pois excreta 15 a 25% do 
sódio presente no filtrado. 
- Inibindo o co transportador: 
• Reduz a reabsorção de sódio 
(aumenta excreção) = aumenta 
volemia = aumenta a PA. 
• Aumenta excreção de potássio (risco 
de hipopotassemia). 
- Reações adversas: 
• Hipopotassemia e hipovolemia. 
- O sódio que não foi reabsorvido na alça 
de Henle pela ação do diurético passa 
pelo TCD e chega ao ducto coletor 
(entra Na, saí K) que acaba sendo um 
pouco reabsorvido e mais potássio 
sendo excretado (pe las cé lu las 
principais) = hipopotassemia. 
• Ototoxicidade (furosemida) provoca 
lesão do ouvido interno. 
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS: 
- Exemplos: 
• Hidroclorotiazida (Clorana®). 
• Clortalidona (Higroton®). 
• Indapamina. 
- Farmacocinética: ação mais lenta. 
• Absorção rápida e incompleta pelo TGI. 
• Distribuição ampla, atravessa placenta. 
• Metabolismo hepático. 
• Excreção renal e no leite. 
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- Mecanismo de ação: atua no TCD (entra 
sódio, entra cloreto). 
• Bloqueiam o co transportador NaCl no 
túbulo contorcido distal. 
• Aumenta excreção de sódio e água = 
diminui volemia = diminui DC e PA. 
- Efeitos adversos: 
• Hipopotassemia (mesmo mecanismo dos 
diuréticos de alça). 
• Impotência sexual. 
• Alcalose metabólica (perde cloreto junto). 
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO: 
- Exemplos: 
• Espirolactona (Aldactone). 
• Eplerona. 
• Amilorida. 
• Triantereno. 
- Farmacocinética: 
• Administração apenas oral. 
• Bem absorvidos no TGI. 
• Metabolismo hepático. 
- Amilorida não sofre metabolismo 
hepático. 
• Excreção renal. 
- Mecanismo de ação: atua no ducto coletor 
(entra sódio, sai potássio), então se excreta 
sódio, aumenta potássio (hipercalemia). 
• Espironolactona: 
- Antagonista competitivo da aldosterona 
(na célula principal). 
- Aumenta a excreção de sódio, água e 
cloreto. 
• Amilorida e triantereno: 
- Bloqueia os canais de transporte de 
sódio = excreção. 
- Diminui a troca de Na/K. 
‣ Deixam de reabsorver sódio e excretar 
postáss io = d iminu i ou rever te a 
hipopotassemia = usado em associação 
pois minimiza o efeito colateral 
(hipopotassemia) dos outros diuréticos. 
- Excretam sódio pelo ducto coletor, 
enato entra potássio (reverte efeito da 
hipopotassemia). 
- Efeitos adversos: 
• Distúrbios do TGI. 
• Letargia. 
• Confusão. 
• Hiperuricemia. 
• Hipercalcemia (excreta sódio, entra 
potássio). 
Combinação de fármacos:
- Como combinar anti hipertensivos? 
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Questões:
1) Paciente do sexo masculino, 50 anos de 
idade, iniciou tratamento anti-hipertensivo. 
A sua queixa e de seus familiares, é que 
atualmente tem apresentado cefaleia 
persistentemente, as vezes relata que 
sente pulsações na cabeça, apesar de não 
haver sinais e sintomas de doença 
neurológica, segundo a observação. 
• Sugira um anti-hipertensivo que o 
paciente possa estar tomando e causando 
essas reações adversas. 
• Descreva mecanismo de ação do suposto 
medicamento anti-hipertensivo. 
2) Doente de 40 anos, sexo feminino, com 
hipertensão arterial, desenvolveu edema 
dos membros inferiores após começo de 
tratamento com medicamentos anti-
hipertensores. Qual dos seguintes 
fármacos terá mais provavelmente 
causado o efeito adverso? 
a. Hidrocloratiazida. 
b. Nifedipina. 
c. Captopril. 
d. Losartana. 
e. Atenolol. 
3) Complete a tabela abaixo: 
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