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CASO 1 1.1) Essa paciente apresenta diabetes do tipo 2 com resistência à insulina pois a alta de peptídeo C nos mostra que a insulina está sendo secretada. Ocorre uma deficiência na enzima glicoquinase que fosforila a glicose em glicose-6-fosfato à medida em que os níveis de glicose no sangue aumentam. Essa enzima está presente nas células do parênquima hepático e nas células beta das ilhotas do pâncreas. A deficiência dessa enzima faz com que no fígado não ocorra a fosforilação da glicose em Glc-6-P para a síntese de glicogênio (reserva de glicose). No pâncreas, a deficiência dessa enzima fará com que não haja sensibilidade de glicose para determinar o limiar de secreção de insulina. BAYNES, J.W.; DOMINICZAK, M.H. Bioquímica Médica - 4ªed. - Capítulo 13 - Armazenamento e Síntese de Carboidratos no Fígado e no Músculo Silverthorn, Dee Unglaub. Fisiologia Humana, 7th edição. ArtMed, 2017 - Capítulo 22 - Metabolismo e Equilíbrio Energético 1.2) Os diabéticos tipo 2, possuem deficiência na secreção de insulina pelas células beta do pâncreas, pois como no caso dessa paciente, haverá essa deficiência na enzima culminando em dificuldades do controle de índice glicêmico. A glibenclamida age nos canais de potássio (K+) sensíveis à ATP (Katp) nas células beta da ilhota pancreática. Ela atuará no lado externo da membrana plasmática simulando o efeito regulatório do ATP intracelular fazendo com que haja estimulação à secreção de insulina que reduzirá a concentração de glicose no sangue. BAYNES, J.W.; DOMINICZAK, M.H. Bioquímica Médica - 4ªed. - Capítulo 8 - Membranas e Transporte CASO 2 2.1) O paciente apresenta um quadro de hipoglicemia severa que por baixa liberação de insulina causa uma baixa captação de glicose pelo fígado onde há uma tentativa de compensar com a gliconeogênese e glicogenólise para causar hiperglicemia, no entanto excede-se o limiar renal para a captação de glicose que causa um aumento de urina provocando desidratação que consequentemente diminui o volume sanguíneo e a pressão arterial levando esse paciente a desmaiar e através do metabolismo anaeróbio produz ácido lático resultando em acidose metabólica. Além disso, ocorre um aumento na produção de cetonas no tecido hepático gerando um cetoacidose que contribui ainda mais para o quadro de acidose metabólica. MARZZOCO, A; TORRES, B. Bioquímica básica, 4ª edição - Capítulo 16.4 - Metabolismo do etanol Silverthorn, Dee Unglaub. Fisiologia Humana, 7th edição. ArtMed, 2017 - Capítulo 22 - Metabolismo e Equilíbrio Energético 2.2) A gasometria arterial nos mostra uma acidose (pH abaixo de 7,35) metabólica ([HCO3- abaixo de 22mmHg) com compensação respiratória (PCO2 <40 mmHg). Essas alterações de pH são provocadas pela cetoacidose induzida pela ingestão de álcool em que ocorre grande produção de corpos cetônicos como mostrado no exame (alta de beta-hidroxibutirato - ácido graxo). Isso causa uma proporção alta de NADH/NAD+ que inibe o Ciclo de Krebs e desloca o Acetil-CoA para a rota de corpos cetônicos que possuem caráter ácido. Bioquímica Médica Básica de Marks: uma abordagem clínica / Colleen Smith, Allan D. Marks, Michael Lieberman – 2. ed. – Artmed, 2007 - Capítulo 25 - Metabolismo do Etanol CASO 3 3.1) A enzima deficiente na paciente é a glicose-6-fosfatase. A deficiência dessa enzima afeta o fígado e o rim, aumentando a quantidade de glicogênio, diminuindo sua degradação e fazendo com que a glicose não saia do fígado. As vias metabólicas afetadas são a glicogenólise, pois não há a degradação do glicogênio, e a gliconeogênese porque os hepatócitos não liberam a molécula de glicose derivadas do glicogênio para o sangue. Bioquímica ilustrada - Richard A. Harvey, Denise R. Ferrier - 5. ed. - Artmed, 2012 - Capítulo 11 - Metabolismo do Glicogênio 3.2) Em condições fisiológicas, no estado de jejum (hipoglicemia), o glucagon é liberado por células alfa das ilhotas do pâncreas. Há a atuação da via glicogenólise em que o glicogênio hepático é degradado fornecendo glicose para o sangue. Atua-se também a via da gliconeogênese em que há síntese de glicose a partir de compostos não-carboidratos como lactato, glicerol e aminoácidos. Dessa forma, essas vias visam manter os níveis glicêmicos dentro da normalidade. Bioquímica Médica Básica de Marks: uma abordagem clínica / Colleen Smith, Allan D. Marks, Michael Lieberman – 2. ed. – Artmed, 2007 - Capítulo 3 - Jejum CASO 4 4.1) O quimioterápico utilizado atua na etapa da replicação do DNA (dogma central da biologia molecular). Este fármaco atuará evitando que a enzima topoisomerase II aja fazendo com que as ligações fosfodiésteres não sejam rompidas temporariamente. Assim, essa inibição fará com que o DNA não se replique e assim as células cancerígenas não se propaguem. ALBERTS, B. Biologia Molecular da Célula - Porto Alegre – Artmed, 2017 - 6ª ed. - Capítulo 5 Replicação, reparo e recombinação do DNA 4.2) O gene alvo é o myc que é um oncogene em que o RNAi agirá silenciando-o. Esse silenciamento é importante porque bloqueia eficientemente a produção da proteína codificada pelo mRNA e pelo tumor, assim esse gene do carcinoma em questão será inibido. Fundamentos da Biologia Celular - Bruce Alberts – 3. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2011 - Capítulo 8 - Controle da Expressão Gênica CASO 5 5.1) Não, não haverá produção de fator transcricional pois a metilação ela suprime a transcrição de determinados genes e não permite que os fatores de transcrição se liguem a esse gene, no caso o gene de síntese da insulina (Pdx1/IPF-1). Fundamentos da Biologia Celular - Bruce Alberts – 3. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2011 - Capítulo 8 - Controle da Expressão Gênica 5.2) Splicing alternativo que ocorre no controle pós-transcricional no processamento do RNA, assim há a retirada dos íntrons e reorganização dos éxons para a produção de proteínas diferentes. ALBERTS, B. Biologia Molecular da Célula - Porto Alegre – Artmed, 2017 - 6ª ed. - Capítulo 7: Controle da expressão gênica
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