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Medidas Socioeducativas PSICOLOGIA JURÍDICA DIREITO 2ºPERIODO K CESA/2015 Com o crescente número de delitos praticados por jovens adolescentes e até crianças nas últimas décadas, foi implantado o ECA que possui medidas específicas para esses menores, aplicando a eles um tratamento diferenciado devido a condição peculiar de serem pessoas em desenvolvimento e a necessidade de reeducação e ressocialização. O que são? São medidas aplicáveis a adolescentes autores de atos infracionais que estão previstas no art. 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e apresentam um caráter predominantemente educativo e não punitivo, apesar de configurarem resposta à prática de um delito. Quem aplica? O Juiz da Infância e da Juventude é o competente para proferir sentenças socioeducativas, após análise da capacidade do adolescente de cumprir a medida, das circunstâncias do fato e da gravidade da infração. Quem recebe? Pessoas na faixa etária entre 12 e 18 anos, podendo-se, excepcionalmente, estender sua aplicação a jovens com até 21 anos incompletos, conforme previsto no art. 2º do ECA. Quais são? -Advertência - (art. 115 do ECA) A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada. *É uma repreensão branda; uma advertência verbal ao adolescente sobre o ato infracional que foi praticado e do aconselhamento para que o adolescente não volte a fazê-lo. Responsável pela execução: Juiz da Infância e da Juventude ou servidor com delegação para tal. - Obrigação de reparar o dano - (art. 116 do ECA) Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima. Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por outra adequada. *É a restituição da coisa, ou o ressarcimento do dano causado ou ainda a compensação do prejuízo da vítima, através de pagamento pecuniário ou outra forma prevista em lei. -Prestação de serviço à comunidade (PSC) - (art. 117 do ECA) O que é: realização de tarefas gratuitas e de interesse comunitário por parte do adolescente em conflito com a lei, durante período máximo de seis meses e oito horas semanais. Responsável pela execução: Secretaria de Estado de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude do Distrito Federal, por meio do trabalho desenvolvido nas Unidades de Atendimento em Meio Aberto (UAMAs), com apoio das instituições parceiras. *É a prestação de serviços gratuitos e de interesse geral da comunidade, realizados dentro de um prazo determinado pelo juiz, durante oito horas semanais. Este trabalho deve levar em conta as aptidões do adolescente e não poderá prejudicar sua vida escolar. http://www.tjdft.jus.br/cidadaos/infancia-e-juventude/informacoes/medidas-socioeducativas-1/unidades-de-atendimento-em-meio-aberto-uama2019s http://www.tjdft.jus.br/cidadaos/infancia-e-juventude/informacoes/medidas-socioeducativas-1/unidades-de-atendimento-em-meio-aberto-uama2019s -Liberdade assistida (LA) - (arts. 118 e 119 do ECA) O que é: acompanhamento, auxílio e orientação do adolescente em conflito com a lei por equipes multidisciplinares, por período mínimo de seis meses, objetivando oferecer atendimento nas diversas áreas de políticas públicas, como saúde, educação, cultura, esporte, lazer e profissionalização, com vistas à sua promoção social e de sua família, bem como inserção no mercado de trabalho. Responsável pela execução: Secretaria de Estado de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude do Distrito Federal, por meio do trabalho desenvolvido nas Unidades de Atendimento em Meio Aberto (UAMAs). *É uma maneira de o adolescente ser responsabilizado pelo delito que cometeu sem que ele se afaste do lar, dos estudos e do trabalho. Durante esse período o adolescente fica sob a supervisão de um orientador. http://www.tjdft.jus.br/cidadaos/infancia-e-juventude/informacoes/medidas-socioeducativas-1/unidades-de-atendimento-em-meio-aberto-uama2019s http://www.tjdft.jus.br/cidadaos/infancia-e-juventude/informacoes/medidas-socioeducativas-1/unidades-de-atendimento-em-meio-aberto-uama2019s -Semiliberdade - (art. 120 do ECA) O regime de semi-liberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas, independentemente de autorização judicial. § 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade. § 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à internação. *A medida é cumprida em uma unidade ( CASE – Comunidade de Atendimento Socioeducativo ), em regime semiaberto, com direito a frequentar a escola, cursos profissionalizantes e outras atividades formativas durante o dia, dentro ou fora da unidade, porém, obedecendo às normas da unidade, quanto ao horário de saída e retorno destas atividades. -Internação - (arts. 121 a 125 do ECA) A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. § 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário. § 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses. § 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos. § 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida. § 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade. § 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério Público. § 7o A determinação judicial mencionada no § 1o poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Responsável pela execução: Secretaria de Estado de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude do Distrito Federal, por meio das Unidades de Internação. *É aplicada apenas em casos extremos, onde não houver outra medida adequada ao caso. Se aplica a autores de atos infracionais graves ou que tenham conduta de prática reiterativa de atos infracionais graves. Não pode ultrapassar o prazo de 3 anos e deve ser avaliada no máximo a cada 6 meses pelo juíz. http://www.tjdft.jus.br/cidadaos/infancia-e-juventude/informacoes/medidas-socioeducativas-1/unidades-de-internacao http://www.tjdft.jus.br/cidadaos/infancia-e-juventude/informacoes/medidas-socioeducativas-1/unidades-de-internacao http://www.tjdft.jus.br/cidadaos/infancia-e-juventude/informacoes/medidas-socioeducativas-1/unidades-de-internacao http://www.tjdft.jus.br/cidadaos/infancia-e-juventude/informacoes/medidas-socioeducativas-1/unidades-de-internacao Grupo : Bruno Magri Davison Vinicius Thiago Filardi Ana Paula Andrade Marcos Luiz Guilherme Ferreira
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