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Conselho Federal dos Jornalistas Disciplina: Legislação e Ética em Jornalismo Professora: Paula Miranda História • A discussão da necessidade de criação de um órgão de fiscalização profissional que substituísse as DRTs é bastante antiga. • Os defensores do projeto alegaram que os exageros cometidos pela imprensa desde a eclosão da crise moral e política demonstram que o país precisaria de um órgão regulador para monitorar o trabalho dos jornalistas e das empresas de mídia em geral. • Vários projetos já foram encaminhados ao Congresso Nacional, o primeiro em 1965. História • Na década de 80, esse debate foi retomado com vigor entre os jornalistas. • A criação do Conselho Federal de Jornalismo entrou na pauta de discussões dos Congressos Nacionais de Jornalistas em 1990 (Florianópolis), 1991 (Brasília), 1996 (Porto Alegre) e 1997 (Extraordinário -Vila Velha). • A proposta da Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas) foi acolhida, em agosto de 2004, tomando forma no projeto de lei de criação do CFJ (Conselho Federal de Jornalismo). Reflexões • Os que são contra o conselho: argumento de que jornalistas não geram risco de vida com sua atividade profissional, como médicos e engenheiros, por exemplo. • Existem argumentos de que a indústria de mídia não precisa ser porque lida basicamente com a geração de ideias e pensamentos, e qualquer instrumento legal de coerção, portanto, fere a liberdade de imprensa e de expressão. • A indústria de mídia do Brasil é uma das mais concentradas do mundo, com pouquíssimos grupos empresariais no controle dos veículos de massa. • Poder desproporcional: fato agravante gerado pela concentração de meios de divulgação e informação em algumas poucas empresas do setor. Problemas • Após apreciar a proposta da Fenaj, o Ministério do Trabalho e Emprego elaborou o anteprojeto de lei prevendo para o CFJ a atribuição de: “orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de jornalista”. • Depois de passar pela Casa Civil, o trecho foi alterado para : “orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de jornalista e da atividade de jornalismo”. Problemas • Segundo os críticos, além do interesse explícito de controlar os meios de comunicação, a proposta desconsiderou a legislação que obriga o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras de profissionais de suas respectivas atividades. • A Fenaj e o Governo Federal queriam “abrir uma exceção” para os jornalistas, criando somente para essa profissão um conselho de regulamentação “livre de patrões”. Iniciativas e debates • Em 2015, cerca de 900 jornalistas já aderiram ao manifesto do grupo Jornalistas Pró-Conselho Profissional que desde abril de 2013 propõe a criação de uma entidade para os que exercem essa atividade no país.
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