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RESUMO CRÍTICO - FAKE NEWS NAS REDES SOCIAIS

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TRABALHO DE LEGISLAÇÃO EM JORNALISMO
UNIVERSIDADE DE VILA VELHA
BYANCA GUIMARÃES E LUCAS STEPHANELLI
RESUMO CRÍTICO DO ARTIGO FAKE NEWS NAS REDES SOCIAIS ONLINE: PROPAGAÇÃ E REAÇÕES À DESINFORMAÇÃO EM BUSCA DE CLIQUES
Com o advento da internet a comunicação se transformou. A rapidez e facilidade em se comunicar dita as relações no século XXI e com o advento das redes sociais isso se tornou uma regra. Tudo chega primeiro e mais rápido lá. Com a possibilidade de compartilhar conteúdos e notícias em apenas segundos, as pessoas se tornaram imediatistas. Nesse novo âmbito digital, as Fake News se tornam uma ameaça ao jornalismo real e comprometido com a verdade. 
Mas notícias falsas não começaram com a internet. Como citado no artigo de Delmazo e Valente (2018), já no século XVI, os chamados Pasquins, na Itália, se tornaram um meio de difundir notícias falsas e desagradáveis, sobre personalidades públicas. Paul Veyne em seu ensaio “Os Gregos acreditam em seus mitos” elucida sobre como verdades e mentiram se fundem desde a antiguidade. 
Compreendemos que notícias moldam nosso relacionamento com a realidade na qual estamos inseridos ou idealizamos para um futuro. Dito isto, o impacto que uma notícia falsa exerce no ambiente social e político transforma nossos pensamentos e decisões. Além da falsa sensação de pertencimento à um sistema democrático e ao exercício da cidadania. Essas histórias fabricadas assombram não apenas os atuais sistemas midiáticos, mas há tempos se faz presente nos meios de comunicação. 
A internet facilitou o engajamento de fake news tanto nos quesitos de praticidade de divulgação quanto na fluidez comportamental do público. Um estudo através de um conjunto de tecnologias chamado eye-tracking do Nielsen Norman Group, divulgou em 2013 que existe uma queda na porcentagem de olhares no decorrer de um texto no ambiente digital, o que facilita o desenvolver da “notícia” e o empobrecimento da escrita. Já no primeiro parágrafo, o público ao qual compactua desse mesmo viés ideológico compartilham os links da notícia dando cada vez mais visibilidade à boatos. 
Essa facilidade de propagação se tornou a menina dos olhos de ouro para alguns políticos que não se sentem mal em romper seu compromisso com a veracidade dos fatos, colocando a ética de escanteio para derrubar um adversário na corrida eleitoral. O alcance transforma um boato em Fake News e é este o ponto de aproveitamento que alguns candidatos utilizam para seu benefício eleitoral. 
Na prática temos o exemplo do impacto das fake news nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016 e na campanha eleitoral do atual presidente eleito do Brasil, Jair Messias, em 2018. À proporção que essas notícias tomam é de fato uma problemática mundial já que líderes diplomáticos são de fato eleitos através de inverdades. 
Uma fake news ganha notoriedade quando os argumentos apresentados são convincentes o suficientes para não serem contestados por uma grande quantidade de pessoas. Essas mesmas pessoas procuram consumir conteúdos destacados por influenciadores digitais que viabilizam e articulam fatos ou inverdades relacionados ao seu interesse. Em muitos dos casos o julgamento dos influencers reforça a idealização do que é real dentro desses contextos e pensamentos previamente estabelecidos por interesses pessoais. 
Em 2016, a Universidade de Columbia e o Instituto Nacional Francês lançaram um estudo que dizia que mais de 59% dos links compartilhados em redes sociais não chegam nem a serem abertos. Isso é um prato cheio para a viralização das Fake News, visto que uma pessoa que compartilha um link sem sequer ler o que ele diz, não está apta a questionar a veracidade dele.
Hoje, o Facebook e o Twitter possuem notificações em conteúdos que possuem chances de não serem verdadeiros. Durante a apuração dos votos da Eleição Presidencial Americana deste ano, o republicano Donald Trump publicou um tweet falso sobre seus adversários estarem “roubando” a eleição. O Twitter então emitiu uma notificação sobre este tweet dizendo que poderia conter informações contestáveis e irreais. 
Imagem 1 - Exemplo de notificação do Twitter sobre Fake News.
Em contrapartida ao movimento antidemocrático das fake news, grandes empresas e donos de canais de comunicação digital, buscam por mapear notícias que divergem da realidade e que se apresentam de diferentes formas nas plataformas. O intuito de tal ato é reduzir a quantidade de informação irrelevante e/ou notícias inventadas vindas de um espaço de muita parcialidade e pouca credibilidade.
É claro que apenas estas soluções não são de fato soluções para a disseminação irrefreada de Fake News nas redes sociais. Há muito o que ser feito, partindo da educação e pensamento crítico para os cidadãos e popularização de ferramentas verificadoras de boatos. O caminho da verdade está cheio de obstáculos, mas devemos criar maneira de sobrepô-los em busca de um compartilhamento mais saudável de notícias no âmbito digital.

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