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AV2 – DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO E ÉTICA EM JORNALISMO NOME: Ana Beatriz Barbosa Ribeiro TURMA: 856 MATRÍCULA: 2017200821 LEIAM AS INSTRUÇÕES COM ATENÇÃO! 1. NÃO ESQUEÇAM DE ANOTAR O NOME, TURMA E MATRÍCULA!!! 2. O trabalho é individual e vale 8,0 pontos. 3. Os critérios para a avaliação do trabalho estão no AVA. 4. O material de apoio para responder as questões está disponível no AVA. 5. O aluno deve incluir os conceitos abordados em aula como base para as argumentações em suas respostas, segundo a proposta de reflexão sobre o material estudado na disciplina. Questão 1 (2,5 pontos) A partir da leitura dos artigos da revogada Lei de Imprensa e do capítulo 5 da Constituição Federal de 1988, disponíveis no AVA, cite três artigos da Lei de Imprensa que impediam a liberdade de expressão e, assim, eram totalmente contrários aos artigos da Constituição Federal. Justifique sua resposta. R: Conforme foi estudado durante o semestre, a Lei da Imprensa, criada durante o Regime Militar e revogada em 2009, impedia a liberdade de expressão, que segundo a Constituição Federal é direito de todos os cidadãos. Nesse contexto, alguns artigos da Lei eram contrários aos artigos da Constituição Federal, como por exemplo: Art. 7o: No exercício da liberdade de manifestação do pensamento e de informação não é permitido o anonimato. Será, no entanto, assegurado e respeitado o sigilo quanto às fontes ou origem de informações recebidas ou recolhidas por jornalistas, radiorepórteres ou comentaristas. Art. 12. Aqueles que, através dos meios de informação e divulgação, praticarem abusos no exercício da liberdade de manifestação do pensamento e informação ficarão sujeitos às penas desta Lei e responderão pelos prejuízos que causarem. Parágrafo único. São meios de informação e divulgação, para os efeitos deste artigo, os jornais e outras publicações periódicas, os serviços de radiodifusão e os serviços noticiosos. Art. 15. Publicar ou divulgar: a) segredo de Estado, notícia ou informação relativa à preparação da defesa interna ou externa do País, desde que o sigilo seja justificado como necessário, mediante norma ou recomendação prévia determinando segredo, confidência ou reserva; b) notícia ou informação sigilosa, de interesse da segurança nacional, desde que exista, igualmente, norma ou recomendação prévia determinando segredo, confidência ou reserva. Pena: De 1 (um) a 4 (quatro) anos de detenção Exposto este cenário, tais artigos vão contra o capítulo 5 da Constituição Federal, que aborda a Comunicação Social. No Art. 7, ao deixar de permitir o anonimato em uma manifestação de pensamento, exceto quando é um pensamento ofensivo ou preconceituoso, há um tipo de censura. No caso do Art. 12, deveria ser explicado o que é considerado “praticar abuso no exercício da liberdade e manifestação do pensamento”, visto que se for uma ofensa ou preconceito disfarçado de liberdade de expressão, conforme exemplificado na justificativa anterior, o artigo é convincente. Assim como atualmente muitas pessoas se integram de assuntos relevantes na sociedade, tais como debates sobre racismo, machismo e homofobia nas redes sociais (apesar de não serem consideradas de fato meios jornalísticos), durante o regime militar certamente havia outros meios de se obter e repassar informações importantes sem ser por jornais, rádio ou televisão, tornando válida outras formas de comunicação que não deveriam ser censuradas. Por fim, o Art. 15 é um exemplo de repressão política que vai contra a liberdade de expressão e o direito dos cidadãos de ter acesso as informações de interesse público. Como ocorria durante a ditadura, muitos veículos eram censurados caso não seguissem a mesma opinião e/ou ideologia do governo, e, no caso do jornalismo como uma dos principais instrumentos de comunicação, é seu dever passar para o público tudo que for identificado como interesse público, inclusive as informações governamentais. Questão 2 (2,5 pontos) Selecione duas notícias que, na sua avaliação, ultrapassam os limites éticos e legais da liberdade de imprensa, segundo conteúdo do material de estudo, disponível no AVA. Justifique sua escolha. Disponibilize os links das notícias escolhidas na sua resposta. R: Considerando o atual momento de colapso na saúde pública do país e do aumento diário do número de mortes em consequência da pandemia do coronavírus, o jornalismo deve ser responsável em relação aos dados e fatos, e, nesse caso, eles explicam o porquê da crise no Brasil em meio à isso tudo. Embora o gênero da matéria em questão seja de caráter opinativo, não se deve ignorar a quantidade de mortes, aumento do número de infectados, superlotação nos hospitais de todo o país, tal como as mudanças no ministério da Saúde e o discurso do presidente da república que vai no sentido oposto às recomendações de segurança e saúde do mundo todo. Tendo em vista que a postura e discurso do representante do Brasil são completamente imprudentes de acordo com a gravidade da pandemia, a partir do momento que matérias como essa são publicadas, é possível que isso influencie a opinião pública do leitor, que nesse momento precisa estar ciente da realidade. Exaltar um tipo de governo ou política nessa ocasião vai contra as principais funções do jornalismo. link: https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/20804/porque-continuo-apoiando- bolsonaro Outro exemplo de matéria jornalística que ultrapassa os limites da liberdade de imprensa, é o caso da Veja, que publicou em uma matéria fotos do corpo morto do ex policial apontado como chefe da milícia no Rio, Adriano Nóbrega. Também foram publicadas fotos da situação da casa após a operação policial. Todas as imagens são consideradas “fortes” e são de caráter investigativo, considerando que uma das imagens obtidas faziam parte da autópsia. Vale ressaltar que segundo o Código de Ética, não cabe ao jornalista substituir o papel de outro órgão/poder e, sendo assim, não era necessário divulgar essas imagens na matéria. Era possível fazer o trabalho investigativo através de dados e fontes, sem apelar para o sensacionalismo.Na ocasião, os repórteres estavam apurando as circunstâncias da morte do ex PM, em fevereiro de 2020, que tinha ligação com o senador Flávio Bolsonaro. OBS: Para o desenvolvimento da questão, também foi utilizado o link da repercussão do caso, abordado em uma matéria da Folha de S. Paulo, além do link da própria reportagem da Veja. links: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/reporteres-da-veja-que-apuravam-morte-de- miliciano-sao-detidos-pela-policia-da-bahia.shtml https://veja.abril.com.br/brasil/os-bastidores-da-operacao-que-encontrou-o-miliciano-adriano-na- bahia/ Questão 3 (3,0 pontos) Os processos mais comuns contra jornalistas são os relativos aos crimes contra a honra: calúnia, injúria e difamação. Muitos deles envolvem direitos de imagem, inclusive. A partir da leitura do material de estudo no AVA, responda os seguintes itens: a) Diante dos atos cometidos por alguns jornalistas, você acha necessária a aprovação do projeto de lei que cria o Conselho Federal dos Jornalistas (CFJ)? R: Concordo com a criação de um Conselho Federal dos Jornalistas, já que dependendo da gravidade/inconsequência de uma matéria publicada, seja por acusação sem provas ou pela prática de crimes como a calúnia, injúria e difamação, isso pode gerar risco de vida da vítima em questão. Uma vez que esses erros são gravíssimos, um órgão fiscalizador como o Conselho Federal dos Jornalistas, assim como existem Conselhos de outras profissões, ajudaria a regulamentar e penalizar esses casos. b) Selecione uma notícia em que, na sua opinião, o jornalista ou a organização jornalística cometeram crimes contra a honra. Cite o crime cometido e justifique sua resposta. R: Exposta a explicaçãodos crimes contra a honra e suas consequências, na notícia apresentada, o jornalista Léo Dias, conhecido como publicar matérias/polêmicas sobre famosos, desrespeitou e difamou a cantora Anitta quando falou sobre assuntos que a envolvia. Ao citar que Anitta se relacionava com 3 pessoas ao mesmo tempo e ao insinuar que a cantora adotou o Candomblé como religião, indo contra sua criação católica, houve o crime de difamação. Visto que os assuntos da vida pessoal da cantora dizem respeito à ela, mesmo que essas situações sejam verdade, não cabe ao jornalista expor publicamente esses fatos que podem atingir a reputação da Anitta. Além disso, tais exposições contribuem para falas machistas e intolerantes quanto à religião, dando abertura para ofensas desse cunho contra a artista, que pode vir a sofrer ataques sobre essas questões nas redes sociais, uma vez que os internautas estão praticando cada vez mais o linchamento virtual. Esse é só mais um exemplo que como a prática errada do jornalismo pode prejudicar uma pessoa e sujar a imagem do jornalismo em geral. link: https://tvefamosos.uol.com.br/colunas/leo-dias/2020/05/19/mae-de-anitta-sai-de-casa-por- nao-concordar-com-vida-louca-da-filha.htm
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