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Ética e legislação em publicidade

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04/01/2024, 12:55 Ética e legislação em publicidade
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02450/index.html# 1/51
Ética e legislação em publicidade
Profª. Raquel Evangelista
Descrição
A legislação brasileira e suas relações com a ética e o exercício
profissional na área de Publicidade e Propaganda.
Propósito
A adoção de comportamentos éticos na produção de campanhas
publicitárias é essencial para a formação e o desenvolvimento da
sociedade; logo, ela precisa ser avaliada por quem atua nesse setor,
fazendo do conhecimento de suas questões algo imprescindível. Além
disso, para o exercício profissional da publicidade e da propaganda, é
fundamental conhecer a legislação concernente à área.
Preparação
Leia o Código de ética dos profissionais da propaganda, disponível no
portal do Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP), e tenha em
mãos o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CBARP),
presente no site do Conselho Nacional de Autorregulamentação
Publicitária (Conar).
Objetivos
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02450/index.html# 2/51
Módulo 1
Ideologia, publicidade e ética pro�ssional
Relacionar ideologia, publicidade e ética profissional.
Módulo 2
Regulamentações pro�ssionais em
publicidade
Comparar as regulamentações profissionais em publicidade.
Módulo 3
Conselho e código de autorregulamentação
Identificar as regras do Conar em processos avaliativos de
campanhas publicitárias.
Discussões sobre a ética ultrapassam os limites da filosofia e dos
estudos científicos. Elas marcam presença na formação de
profissionais – e a publicidade está incluída nessa dinâmica, uma
vez que sua capacidade persuasiva pode contribuir para mudar
hábitos, influenciar a economia, criar uma imagem, promover o
consumo, vender produtos e informar o consumidor.
A adoção de comportamentos e valores éticos na produção de
campanhas publicitárias, portanto, é essencial para a formação e o
desenvolvimento de nossa sociedade. Para que haja uma
conciliação entre os interesses de mercado, o atendimento de
necessidades ou desejos dos consumidores e o exercício
profissional ético das agências de comunicação, é preciso que os
Introdução
04/01/2024, 12:55 Ética e legislação em publicidade
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1 - Ideologia, publicidade e ética pro�ssional
Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de relacionar ideologia, publicidade e ética
pro�ssional.
Primeiras palavras
Em uma sociedade como a brasileira, em que o sistema capitalista
determina as práticas econômicas, é esperado que os interesses e as
ideias da elite política e econômica sobre jornada de trabalho, salários e
produtividade também sejam assimilados por boa parte dos
trabalhadores. Por isso, a ideologia capitalista é tida como um
importante elemento legitimador das desigualdades e da dominação de
um pequeno grupo sobre os demais.
Partindo do pressuposto de que a obtenção de lucro é a máxima
seguida pelas organizações brasileiras e de que a ideologia capitalista
exerce influência sobre atitudes e comportamentos no ambiente
profissional, surge, com isso, uma questão importante: como manter
uma atuação ética nesse contexto de pressão por resultados?
publicitários compreendam a relação entre ideologia, ética e sua
prática profissional diária.
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Relacionando esse contexto com a atuação publicitária, apresentaremos
duas situações que servem como exemplos de tal dilema:

A pressão exercida por empresas para que um produto, cujos atributos
são duvidosos, seja publicizado de forma desonesta.

As organizações que demandam que suas campanhas publicitárias
apelem diretamente ao público infantil, mesmo sabendo que a
regulamentação brasileira não permite tal abordagem.
Mas, a�nal, o que é ideologia?
Se ideologia é um conjunto de ideias e convicções que caracteriza o
pensamento de um indivíduo ou uma sociedade, é preciso refletir sobre
quais ideias têm marcado a atividade dos publicitários.
O filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) trabalhou esse conceito para
evidenciar a prevalência do ideário e da cultura própria da burguesia na
sociedade capitalista.
O marxismo trouxe à luz uma ideologia da classe operária
como uma concepção de mundo alternativa àquela
imposta pelo capitalismo.
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Dessa maneira, a ideologia, no sentido marxista, utiliza-se de estratégias
que facilitam a sua reprodução e dominação. O uso da mídia a favor da
consolidação do ideário capitalista, valendo-se, para tal, de táticas como
a da legitimação de ideias a partir do uso de argumentos científicos é
um testemunho disso.
Exemplo
Podemos citar a apresentação das vantagens dos alimentos
transgênicos pelas empresas multinacionais que os desenvolvem, não
dando ênfase às desvantagens e aos prejuízos eventualmente
associados a eles.
Ainda nesse processo relacional entre publicidade e ideologia, cabe
observar que a propaganda (mais que um simples anúncio) veicula
mensagens cujo objetivo final é influenciar representações ou visões de
mundo de todos nós, formando o que chamamos de imaginário social.
De outra forma, podemos considerar a publicidade uma ferramenta
ideológica de informação, isto é, a ideologia se materializa em práticas
sociais diversas, sendo uma delas a publicidade.
E se a ética entrar em ação?
Do grego ethos, a palavra “ética” etimologicamente também quer dizer
conduta, modo de agir. No entanto, ela se distingue da moral por não ter
uma função normatizadora das situações.
Conhecer-se, julgar a si mesmo e condicionar-se à prática profissional
são estados da consciência que dependem de vários fatores e
conexões. Como o campo ético não possui uma normatização como a
de uma legislação, há órgãos que estudam e propõem códigos de ética
a fim de que a conduta dos profissionais não se limite ao subjetivismo.
Exemplo
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Um publicitário precisa criar uma campanha digital para uma empresa
de cigarros. Ainda que ele não fume e se oponha veemente a esse
consumo, ele terá de agir proativamente dentro da sua equipe de criação
para que o resultado final atenda ao briefing do cliente.
É aí que nossa conduta, como fruto da consciência, passa não só por
julgamentos próprios, mas também de terceiros, tornando-se, nesse
caso, genuinamente ética.
Distinções entre ética e moral
É importante relembrar que muitas pessoas usam os termos “ética” e
“moral” como sinônimos. No entanto, ambos são conceitos diferentes.
Vejamos:
Moral
A palavra “moral” deriva
do latim mores, que
significa costume.
Dizemos que alguém
agiu com base em
princípios morais
quando suas ações
estão de acordo com
costumes e valores de
determinada sociedade.
Quem não segue tais
regras é, então, uma
pessoa imoral, o que
nos leva à conclusão de
que a moral é fruto do
padrão cultural vigente.
Ética
A ética, por sua vez,
possui diferentes
concepções. Uma delas
é a área do
conhecimento que
procura estudar e
explicar as regras
morais existentes numa
sociedade. Dessa
forma, tal conteúdo
pretende discutir o que
é certo e o que é errado
em uma visão geral
sobre o mundo, ou seja,
baseando-se em regras
universais.
A partir de 1950, foi possível notar uma crescente valorização do papel
da ética nos negócios.
Apesar de tal movimento ter adquirido força devido aos escândalos de
corrupção, como, por exemplo, os de Watergate e Lockheed, ainda há
muito por fazer – especialmente no Brasil.

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Complexo de Watergate - Washington, DC.
Ética aplicada à publicidade
A ética aplicada ao contexto do publicitário requer o domínio de
conceitos e de legislações específicas.
Exemplo
Um profissional da área de atendimento não deve atender contas de
empresas concorrentes ao mesmo tempo.
Bragaglia (2017, p. 38) define que os princípios da ética publicitária
precisam ter em vista os interesses do consumidor, excetuando,
portanto, as agências e os anunciantes, e que os profissionais devem ter
uma "postura reflexiva sobre as normas morais preexistentes no setor
disseminadas culturalmente, sem intenso esforço reflexivo, quanto à
revisão desses princípios morais publicitários derivada de tal reflexão”.
A ética traz em si a ideia da universalidade, ou seja, a
justi�cativa de uma ação não pode se dar exclusivamente
em razão de interesses de um grupo social em particular.
Ao emitir juízos éticos, portanto, é necessário extrapolar
preferências ou aversões.
Isso significa que um juízo, para ser ético, tem de ser formado a partir de
um ponto de vista universal. Portanto, a ética configura uma forma de
solucionar conflitos de interesses por meio de argumentos racionais de
caráter universal.
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[...] uma das questões mais
importantes quando se trata
da conceituação da ética é
de que ela trata de princípios,
um pensamento re�exivo
sobre as normas e valores
que regem as condutas
humanas. Essas regras não
estão acabadas ou postas em
de�nitivo. A ética como
ciência da moral vive num
eterno pensar, re�etir e
construir para o bem da
humanidade.
(CRISÓSTOMO, 2018, p. 25)
A partir de uma atuação ética, um publicitário conseguiria resolver, por
exemplo, a pressão do cliente por uma campanha desonesta. Mais do
que isso, ele estaria atento a uma série de procedimentos comuns a seu
dia a dia, como:
• Dar créditos a imagens que não foram produzidas por si próprio;
• Analisar o discurso de suas campanhas para garantir que elas sejam
honestas;
• Usar comerciais e outros formatos publicitários como recursos para
a promoção da igualdade de gênero.
Quando um publicitário produz uma peça publicitária, ele deve se
preocupar com o conjunto de valores estabelecidos na sociedade, uma
vez que os anúncios podem estimular uma parcela da população a
determinados comportamentos (bons ou maus) apresentados por ele.
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A publicidade in�uencia o consumo e a formação de um
imaginário coletivo.
Há uma dimensão normativa
ou ética para o novo tipo de
publicidade criado pela
mídia? Essa questão pode
parecer estranhamente
antiquada para alguns. Pois
já se tornou habitual em
círculos de teoria social e
cultural considerar a re�exão
ética como uma preocupação
do passado, uma expressão
residual da razão legisladora
que procurou – inutilmente e,
em alguns casos, com
desastrosas consequências –
princípios universais e
obrigatórios para a conduta
humana.
(THOMPSON, 2004, p. 223)
Verifica-se, assim, a relevância desse compromisso social a ser firmado
entre os publicitários e a sociedade nos dias atuais.
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Código de ética
Como veremos adiante, o Código de ética dos profissionais da
propaganda surgiu no final dos anos 1950, já quase na década de 1960.
Dada a sua necessidade de atualização, ele precisou ser revisto e
atualizado cerca de 55 anos depois.
Atualmente, o documento é dividido em três partes:

Introdução

Normas

Recomendações
Em seus cinco parágrafos iniciais, o Código explicita a importância ética
do profissional da propaganda devido à sua influência na sociedade.
Vejamos:
“II - O profissional da propaganda, cônscio do poder que a
aplicação de sua técnica lhe põe nas mãos, compromete-se a
não utilizá-la, senão em campanhas que visam ao maior
consumo dos bons produtos, à maior utilização dos bons
serviços, ao progresso das boas instituições e à difusão de
ideias sadias.
Código de ética dos profissionais da propaganda 
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III - O profissional da propaganda, para atingir aqueles fins,
jamais induzirá o povo ao erro; jamais lançará mão da inverdade;
jamais disseminará a desonestidade e o vício.” (BRASIL, 2015)
Após destacar a importância do componente ético na atividade
publicitária, o Código apresenta um total de 28 pontos delimitados entre
definições, normas e recomendações. A leitura atenta dele, enfim, é
fundamental para a orientação das práticas profissionais.
Videocases: publicidade infantil e de
bebidas alcóolicas
Dois exemplos de como os valores e a conscientização da sociedade
mudam são os casos da publicidade infantil e das propagandas de
bebidas alcóolicas. Quer conhecer os cases? Assista aqui!

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Ser ético na propaganda, além do respeito à concorrência, aos
clientes e à sociedade em geral, tem a ver com a promoção de uma
comunicação que não reforça preconceitos, preserva valores
positivos e promove uma boa relação das pessoas com os
produtos e entre elas mesmas. Identifique a narrativa ideal de um
comercial publicitário para que o trabalho realizado seja
considerado ético.
A
Um carro em alta velocidade ultrapassa sinais
vermelhos, mas consegue deixar o motorista a
tempo no seu local de trabalho.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
A publicidade de uma boneca negra contribui para a melhoria das
questões de identificação e representatividade perante a
comunidade negra, caracterizando a preocupação do discurso
publicitário com o combate contra o racismo e o preconceito. Além
disso, a letra A está incorreta, pois estimula o comportamento
perigoso na direção de trânsito. Já a C abusa da confiança de um
público que, por vezes, tem dificuldade de leitura, enquanto a D
estimula os adolescentes a um comportamento inapropriado de
invasão à propriedade particular. Por fim, na alternativa E, os
créditos de produção intelectual devem ser sempre respeitados.
Questão 2
Em relação à ética e à cidadania, leia as afirmações a seguir:
I. O respeito aos semelhantes e o direito a uma vida digna deverão
ser relativizados numa peça publicitária quando ela tratar de
pessoas condenadas pela Justiça, pois elas não possuem esses
direitos.
B
Uma criança brinca de boneca com outras crianças
em seu quarto. Após um close na cena, percebe-se
que a boneca é negra.
C
As letras que informam os detalhes de um
financiamento com condições especiais para
aposentados são minúsculas e aparecem
rapidamente no fim de um comercial.
D
Uma adolescente pula o muro de seu vizinho e deixa
uma lata de Coca-Cola em cima da pia da cozinha
sem que ele perceba.
E
Um publicitário reproduz ou usa a propriedade
intelectual de outros publicitários sem a menção de
crédito.
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II. Sem o estabelecimento de regras de conduta, não se constrói
uma sociedade democrática, pluralista por definição, nem se pode
contar com referenciais para instaurar a cidadania como valor.
III. Segundo o princípio da dignidade humana, que é contrário ao
preconceito, toda e qualquer pessoa é digna e merecedora de
respeito, não importando, portanto, sexo, idade, cultura, raça,
religião, classe social, grau de instrução e orientaçãosexual.
Selecione a alternativa correta:
Parabéns! A alternativa E está correta.
A sentença I está incorreta, pois todas as pessoas têm esses
direitos, mesmo as que foram julgadas por seus delitos e estão
cumprindo pena de privação de liberdade, já que a Constituição
Federal prevê essa proteção. As afirmativas II e III estão corretas,
porque apresentam aspectos relacionados ao direito à dignidade
humana.
A Todas as sentenças estão corretas.
B Apenas a sentença I está correta.
C Apenas a sentença II está correta.
D As sentenças I e II estão corretas.
E As sentenças II e III estão corretas.
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2 - Regulamentações pro�ssionais em publicidade
Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de comparar as regulamentações pro�ssionais
em publicidade.
Um pouco de história
A publicidade não está presente desde o início da história da
comunicação no Brasil. O crescimento exponencial dos meios de
comunicação de massa nos anos 1930, principalmente o rádio, fez com
que o governo regulamentasse a propaganda para essa mídia. Mesmo
assim, foi preciso esperar 20 anos para que surgisse o primeiro
compilado de diretrizes da atividade profissional.
Saiba mais
Somente em outubro de 1957 surgiram as primeiras orientações
formais relacionadas a essa categoria profissional: o Código de ética
dos profissionais da propaganda. No caso brasileiro, então, o atual
equilíbrio entre as demandas mercadológicas e a performance
publicitária tem origem no final da década de 1950, quando o I
Congresso Brasileiro de Propaganda definiu as normas que até hoje
organizam a publicidade.
Acompanhe esta linha cronológica para conhecer os diversos marcos
relacionados ao tema:
1957
A A i ã B il i d
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A Associação Brasileira de
Agências de Propaganda (ABAP)
convoca um congresso para
reestruturar o setor de
propaganda.
1965
Entra em vigor a Lei nº 4.580,
que dispõe sobre o exercício da
profissão de publicitário e de
agenciador de propaganda.
1978
O CBARP é aprovado durante o
3º Congresso Brasileiro de
Propaganda, realizado em São
Paulo.
1980
O Conar é fundado.
1989
A ABAP reforça a ilegalidade dos
bureaux e aconselha a
desconstituição desses
escritórios, já que eles não
apresentavam o mesmo fim que
as agências de publicidade e
propaganda.
1996
O CENP é i d
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Bureaux
Empresas que compram antecipadamente grandes volumes de espaço e
tempo dos veículos, vendendo-os depois para agências e clientes grandes e
médios com os quais chegam a ter contratos de negociação permanente.
APP
Veja uma matéria da própria APP sobre o assunto na seção Explore+.
Tipos de regulamentação
Na atividade da publicidade, são possíveis três modelos de regulação:
Regulação
Determinada por diretrizes do Estado para o ordenamento e a
classificação da atividade publicitária.
O CENP é criado.
2014
A Associação dos Profissionais
de Propaganda (APP) faz a
revisão do Código originalmente
lançado em 1957 por entender
que novas questões éticas
surgiram em função da
globalização e da internet.
2021
O Conar lança um guia de
publicidade para influenciadores
digitais.
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Autorregulação
Erigida a partir de um consenso entre os profissionais da área,
que determinam as principais regras e seus códigos de conduta.
Híbrido
Etapa em que determinadas situações não podem ser avaliadas
inicialmente por um código autorregulado. Nesse caso, as
legislações específicas do país são adotadas.
Atenção
O sistema de regulação brasileiro, conforme aponta o Conar, é misto. Há
uma autorregulamentação, com o estabelecimento consensual entre o
mercado, as empresas e os próprios profissionais da área, porém, além
do seu Código (de autorregulação), existem inúmeras leis e outros
códigos, esses sim de caráter governamental, compondo o sistema
misto de regulamentação da publicidade brasileira.
Principais leis
Listaremos agora as principais leis que compõem o sistema misto de
regulação da publicidade no Brasil:

Constituição Federal/1988
• Arts. 1º; 5º, incisos IV, V, IX, XIV; 22, inciso XXIX;
220.
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E, mais recentemente, duas leis de extrema importância:
1.
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) – Lei nº
13.709/2018.
2.
Marco Civil da Internet (MIC) – Lei nº 12.965/2014 (estabelece
princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no
Brasil).

Código de Defesa do Consumidor (CDC)
• Lei nº 8.078/1990: Arts. 6º, 10, 30, 31, 33, 35, 36,
37, 38, 60, 63, 67 e 68.
• Lei nº 14.181/2021 (que altera o CDC e o Estatuto
do Idoso): Arts. 6º, XIII; 54A, 54B e 54C.

Estatuto da Criança e do Adolescente
• Lei nº 8.069/1990.

Novo Código Civil - Lei nº 10.406/2002
• Arts. 18 e 19 - uso do nome e apelido.
• Art. 20 - uso de imagem.

Regulamentação da pro�ssão de publicitário
• Lei nº 4.680/1965.
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Além disso, há outras leis, decretos e estatutos que regulamentam:
Acessibilidade;
Alimentos;
Comércio eletrônico;
Direitos autorais;
Igualdade racial;
Jogos de azar;
Apostas esportivas e loterias;
Medicamentos;
Bebidas alcóolicas.
Em outros países, essa situação pode ser diferente. Vejamos três
exemplos:
Portugal
A publicidade é regulada pelo governo, uma vez que existe um
conjunto de regras jurídicas específicas.
Alemanha
Conta com um modelo híbrido, em que o primeiro passo é a
submissão às regras propostas pelo mercado (autorregulação)
para, em seguida, haver uma análise do cumprimento jurídico
(regulação).
Estados Unidos
A regulamentação da mídia é feita por diferentes legislações e
sem um consenso ou iniciativas do próprio mercado. No caso
das telecomunicações (rádio, TV aberta e a cabo, internet e
telefonia móvel e fixa), a regulação fica a cargo da Federal
Communications Commission (FCC), agência independente do
governo criada em 1934.
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De olho no conteúdo
De volta ao nosso histórico, criadas as diretrizes da profissão
publicitária ainda em meados do século passado, faltava uma regulação
sobre o conteúdo publicitário. Embora houvesse uma busca pela
conduta ética do profissional, tal realidade não se aplicava ao próprio
anúncio produzido.
Por isso, conforme apontamos, foram criados o Conar, em 1980, e o
CENP, em 1996. Esses dois conselhos partiram de entidades nacionais
representativas dos principais agentes econômicos do mercado
publicitário brasileiro.
Sobre a história do Conar, é importante lembrar que, nos anos 1960, o
Brasil passava por momentos de tensão. A aprovação da Constituição
de 1967 (que buscava legalizar o regime militar) e das leis de imprensa
e de segurança nacional acabaram garantindo ao então presidente Artur
da Costa e Silva poderes quase ilimitados, formalizando a ditadura
iniciada por um golpe militar três anos antes.
Na década de 1970, houve censura a vários dos principais veículos
comunicativos do país. Aqueles que faziam tentativas de burlá-la ou que
se manifestavam contra a ditadura quase sempre eram perseguidos
pelos órgãos repressivos.
Na mesma época, o governo federal fez ameaças da promulgação de
uma lei de censura prévia à publicidade, em que todo tipo de
propaganda comercial no Brasil precisaria ser submetido à avaliação de
umórgão do governo antes de ser veiculado. Para evitar a intervenção
do governo militar – e inspirados no modelo inglês de autorregulação –,
os signatários do CBARP fundaram o Conar em 1980.
A ideia era preservar a liberdade de expressão comercial e a defesa dos
interesses das partes envolvidas no mercado – até mesmo os do
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consumidor. Desse modo, o grupo convenceu as autoridades federais a
abandonar o projeto da censura e confiar aos publicitários a
possibilidade de autorregulação.
Atualmente, a entidade afirma, em seu site institucional, que tem a
missão de “impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause
constrangimento ao consumidor ou a empresas e defender a liberdade
de expressão comercial” (BRASIL, 2021).
A seção Decisões do site do Conar traz estatísticas significativas a
respeito da atuação do conselho nos últimos 20 anos. É possível
acompanhar a “evolução” dos casos, os tipos de reclamação e em que
veículos eles estão concentrados, além de outras informações.
Vejamos:
Gráfico 1: Tipos de queixa 2010
Extraído de: Conar – Código brasileiro de autorregulamentação publicitária.
Gráfico 2: Tipos de queixa 2015
Extraído de: Conar – Código brasileiro de autorregulamentação publicitária.
Gráfico 3: Setores envolvidos 2016
Extraído de: Conar – Código brasileiro de autorregulamentação publicitária.
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Gráfico 4: Setores envolvidos 2018
Extraído de: Conar – Código brasileiro de autorregulamentação publicitária.
Gráfico 5: Setores envolvidos 2020
Desde 2016, por exemplo, o conselho vem incluindo nessas estatísticas
a representatividade de queixas por mídia. Não espanta que a internet
responda pela imensa maioria das reclamações. Em 2016, ela era
responsável pelos seguintes percentuais dos processos instaurados:
Gráfico de percentual de reclamações relacionadas à propaganda na internet
Extraído de: Conar - Código brasileiro de autorregulamentação publicitária.
Em 2015, o setor com a maior porcentagem de processos era o de
alimentação, refrigerantes e sucos (19%), seguido por medicamentos e
cosméticos (18%) e bebidas alcoólicas (16%). Três anos depois, a
ordem era a mesma, ainda que com leves variações nas proporções:
17%, 16% e 12%, respectivamente.
Em 2020, processos contra medicamentos e cosméticos alcançaram
praticamente a mesma proporção: cerca de 16% dos processos se
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concentraram na indústria alimentícia, enquanto as reclamações no
setor de bebidas alcóolicas ficavam levemente atrás (15,6%).
Atenção
Tais números não significam necessariamente que esses setores sejam
menos éticos do que outros. Afinal, como o número total de publicidade
nessas áreas é maior, a quantidade de reclamações também deve ser
superior.
O Conar possibilita que o consumidor reclame de peças publicitárias
específicas veiculadas por meio dos veículos de comunicação. Mas
como as reclamações chegam até ele?
Há duas maneiras de uma reclamação ser feita no Conar:
1.
Aquela realizada, na maioria das vezes, por empresas
anunciantes, que questionam as campanhas de seus
concorrentes. Na ocasião, constituem advogado para elaborar
uma representação formal, a qual, por sua vez, é encaminhada e
posteriormente julgada pelos conselheiros integrantes do
conselho de ética do Conar;
2.
Por meio do site na internet, aberto ao público em geral, que
pode escrever sua reclamação de maneira bastante informal
para que, em seguida, o próprio conselho formule uma denúncia
a ser encaminhada e julgada.
Tudo é perfeito? Não, infelizmente. Embora o Conar tenha uma
composição bastante pluralista (anunciantes, agências de publicidade,
veículos de comunicação, editores de jornal e revista e representantes
civis), não se pode negar que sua raiz no mercado anunciante contribui
para que, de certa forma, exista um atendimento especial desse
mercado.
Nas palavras de Eugenio Bucci, jornalista e importante pesquisador da
ética na comunicação brasileira:
Sem dúvida, a prática
pioneira do Conar tem muito
a ensinar aos comunicadores,
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mas não se pode esperar que
o órgão dê todas as
respostas. Sendo uma
entidade enraizada no
mercado anunciante,
representa os interesses
desse mercado. É uma parte
[dele], portanto. Nesse
sentido, quando combate
desvios ou abusos de alguns
anúncios – e efetivamente os
combate –, ele o faz para
proteger, mais do que a
sociedade em geral, a
credibilidade da propaganda,
ou, em outras palavras, para
proteger o negócio da
propaganda contra seus
abusos.
(BUCCI, 2000, p. 1)
Embora algumas iniciativas do Conar para tornar mais rígidas suas
normas possam ser destacadas, o órgão ainda não dá conta de
equilibrar a demanda social por regulação.
As regras de autorregulamentação, a�nal, costumam ser
bem mais amenas que as determinações legais.
Outro ponto de imperfeição diz respeito à forma com que as denúncias
são feitas. Como já apontamos, existem diferenças de representação
legal nesse processo. Por conta disso, verifica-se uma desigualdade
entre as demandas propostas por advogados ou pessoas jurídicas e
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aquelas provocadas pelos consumidores em geral, o que pode resultar
em uma substantiva diferença de julgamento.
Além disso, poucos são os consumidores cientes da possibilidade de
denunciar peças publicitárias para o Conar, tendo em vista o atual
cenário brasileiro de Educomunicação.
A esse respeito, vejamos:
“[...] tem como meta educar criticamente para a leitura dos meios
de comunicação e, nesse ponto, encontra-se envolvida com as
instituições de ensino, pois é nelas que se supõe que o indivíduo
adquire instrumentos capazes de fazê-lo olhar o mundo sob um
olhar crítico, tornando-o assim um cidadão ativo, que exerce
seus direitos e deveres frente à sociedade da qual participa. Com
a internet e o acesso mais fácil à informação, a seleção dos
conteúdos a serem consumidos tornou-se mais difícil (e
necessária) e, assim, a criticidade em relação ao consumo
midiático assumiu caráter indispensável. Uma das ideias centrais
da Educomunicação ressalta exatamente a necessidade de
tornar o olhar do receptor um olhar crítico, incluindo-se aqui a
produção publicitária.” (GAIA, 2001, p. 15)
O que é o CENP?
Mantido exclusivamente pelo setor privado, o CENP procura assegurar
práticas comerciais éticas entre os seguintes atores do mercado
publicitário:
Educomunicação 
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Anunciantes
Entidade, firma, sociedade ou indivíduo que utiliza a
propaganda.
Exemplo: Omo, Coca-Cola e Samsung.
Agências de publicidade e propaganda
Empresas organizadas para exercer as funções definidas pela
ABAP, tais agências realizam a propaganda para o cliente e
promovem negócios para os veículos de propaganda, que as
reconhecem como tal e pagam uma comissão para elas.
Exemplo: AlmapBBDO, Artplan e Ogilvy.
Veículos de comunicação
São jornais, revistas, estações de rádio e TV, exibidores de
cartazes e outras entidades que recebem autorizações e
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divulgam a propaganda segundo os preços fixados em suas
tabelas.
Exemplo: Grupo Globo, Rádio CBN e Editora Abril.
Nesse contexto, é importante que você conheça duas funções exercidas
pelos profissionais de comunicação que se relacionam diretamentecom
os aspectos regulatórios da área:
Representantes de veículos
São organizações especializadas ou indivíduos que cuidam dos
interesses dos seus representados – em geral, sediados em
outras praças –, dos quais recebem remuneração e para os quais
também contratam propaganda.
Corretor
É o indivíduo registrado no veículo que funciona como
intermediário da publicidade remunerada, estando sujeito à
disciplina e à hierarquia dele.
O CENP (2021) tem como premissa “fomentar a livre e leal concorrência,
auxiliando na compreensão e incentivando a conformidade (compliance)
às normas legais e de autorregulação”. Ele também busca incentivar a
qualidade técnica no atendimento de anunciantes e atua como fórum
permanente de discussão técnico-comercial da área publicitária.
Uma relação delicada
Antes mesmo de a publicidade chegar ao público, outras questões
éticas e legais já estavam em jogo nesse mercado. Quer conhecer as
relações entre importantes atores sociais do setor publicitário? Assista
ao vídeo a seguir.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O Conar é considerado um órgão
Parabéns! A alternativa D está correta.
A alternativa A está errada, porque o Conar não é um órgão público.
A sentença B está errada por ele não estar ligado a qualquer
Ministério e também por orientar a prática profissional em todas as
mídias (e não apenas TV e rádio). Já a C está errada, pois a
entidade não é de cunho jurídico. Finalmente, a letra E está
incorreta, já que o Conar tem sua atuação em âmbito nacional.
Questão 2
A regulação da publicidade e da propaganda no Brasil
A
público federal que se ocupa da regulamentação da
mídia brasileira.
B
do Ministério das Comunicação com a função
específica de regulamentar a publicidade na TV e no
rádio.
C
do sistema judiciário com o objetivo de fiscalizar a
publicidade e a propaganda brasileira.
D de autorregulamentação publicitária em todo o país.
E de regulação publicitária federado.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
A autorregulação no Brasil não surge em função das necessidades
de consumidores ou de empresas concorrentes. Atualmente, o
Conar e o CENP são os principais órgãos reguladores, sendo eles
formados por uma variedade de atores sociais, e não apenas por
anunciantes e veículos. Com isso, a alternativa correta é a letra E
por ela trazer o histórico de proteção à liberdade da atividade
publicitária de forma coletiva.
A
surge a partir de demandas dos próprios
consumidores, que não se veem representados em
peças publicitárias.
B
teve seu início na discussão entre empresas
concorrentes que buscavam legitimar suas práticas
a fim de que todas tivessem as mesmas condições
de disputa.
C
conta atualmente apenas com o Conar como órgão
regulador, tendo ele surgido no contexto da ditadura
militar, na década de 1970.
D
conta com o CENP e o Conar como órgãos
reguladores, ambos formados apenas por
anunciantes e veículos de comunicação.
E
é resultado de uma iniciativa coletiva para proteger a
liberdade de produção no contexto da ditadura
militar e que, desde então, vem se aperfeiçoando por
meio do CENP e do Conar.
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3 - Conselho e código de autorregulamentação
Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de identi�car as regras do Conar em processos
avaliativos de campanhas publicitárias.
Autorregulamentação
Transcorridos mais de 40 anos, o Conar mantém os preceitos básicos
fundantes que definem a ética na produção publicitária:
• Honestidade.
• Respeito.
• Responsabilidade social.
• Responsabilidade da cadeia de produção.
• Respeitar a leal concorrência.
• Respeitar a atividade publicitária.
Seu Código está dividido em 5 capítulos e 22 anexos, sendo cada um
deles destinado às áreas do consumo. Além dele, em 2021, foi lançado
também o Guia de publicidade por influenciadores digitais.
Princípios gerais do Código
O capítulo II do Conar está dividido em 12 seções, as quais, de forma
geral, incluem todos os princípios que devem nortear a atividade
profissional dos publicitários no Brasil. Veremos cada um deles a seguir.
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Comentário
Tente se lembrar de comerciais de TV, de anúncios impressos ou de
outdoors que você considere problemáticos segundo as disposições
incluídas nessas 12 seções.

Respeitabilidade
Valoriza a dignidade humana, combate qualquer
forma de preconceito e garante que não haja
indução à atividade ilegal.

Decência
Prestigia os valores morais e combate as
afirmações que ofendem a decência.

Honestidade
Garante que a confiança do consumidor não seja
abusada, ou seja, anúncios não podem explorar a
falta de experiência ou de conhecimento da
audiência.

Medo, superstição e violência
Os anúncios não podem apresentar qualquer indício
de que medo e superstições sejam explorados
como apelo de venda, nem tampouco incitar a
violência.
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
Apresentação verdadeira
Dividida em oito parágrafos, esta seção garante que
as informações prestadas acerca do produto ou do
serviço publicizado sejam absolutamente
verdadeiras. As marcas devem estar em prontidão
para prestar quaisquer esclarecimentos técnicos
sobre ambos.

Identi�cação publicitária
O anúncio precisa ser claramente distinguido como
tal, não podendo se passar por matéria jornalística,
por exemplo. A única exceção seria a chamada
publicidade subliminar.

Publicidade comparativa
Registra oito condições para que a publicidade
comparativa entre duas marcas atuantes no
mesmo setor, ou seja, concorrentes, seja aceita.
Parte-se do princípio de que seu objetivo seja o
esclarecimento e a defesa dos direitos do
consumidor.

Segurança e acidentes
Registra as cinco condições em que os anúncios
relacionados a tal tema são condenados:
manifestação de descaso pela segurança; uso
perigoso de produtos; ausência de menções a
cuidados especiais no uso de produtos;
bilid d d t i id d i i
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responsabilidade de terceiros; e cuidados especiais
no uso de produtos especificamente por crianças e
terceira idade.

Proteção da intimidade
Indica que todas as imagens ou citações de
pessoas vivas tenham a autorização prévia de uso,
bem como o respeito à propriedade privada e à
dignidade da pessoa humana e à família.

Poluição e ecologia
Garante que os anúncios valorizem a proteção
ambiental e a qualidade de vida, destacando a
necessidade de veracidade e exatidão nas
informações prestadas.

Crianças e adolescentes
Dividida em cinco itens e dois parágrafos especiais,
esta seção define que a publicidade e a propaganda
devem ser coadjuvantes no processo de formação
de cidadãos. Há um especial destaque para o fato
de que nenhum anúncio pode se dirigir de forma
imperativa às crianças.

Direito autoral e plágio
R f ó i L i º 9 610/1998 (L i d Di it
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O conteúdo das 12 seções do capítulo II serve de base para todas as
outras orientações encontradas no próprio Código. Ele ainda é
complementado por três capítulos:
Capítulo III
Trata das categoriasespeciais de anúncio; por serem regras especiais, a
entidade optou por tratá-las como anexos.
Capítulo IV
Determina que o anunciante terá de assumir total responsabilidade por
sua publicidade, ainda que utilize serviço de agências de comunicação.
Capítulo V
Registra as penalidades cabíveis às empresas que desrespeitarem as
regras instituídas pelo Código.
Publicidade enganosa versus abusiva
A princípio, poderíamos imaginar que a publicidade enganosa e a
abusiva significariam a mesma coisa. Mas há, segundo o Código de
Defesa do Consumidor (CDC), uma diferença conceitual significativa
entre os dois termos.
Observemos:
“Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§1º É enganosa qualquer modalidade de informação ou
comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente
Reforça a própria Lei nº 9.610/1998 (Lei de Direito
Autoral), buscando manter o respeito aos direitos
autorais envolvidos na atividade publicitária,
inclusive de intérpretes e de reprodução das mais
diversas formas de conteúdo.
Artigo 37 do CDC 
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falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz
de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza,
características, qualidade, quantidade, propriedades, origem,
preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§2º É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de
qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a
superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e
experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que
seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma
prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
§3º Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por
omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do
produto ou serviço.”
(BRASIL, 1990, art. 37)
É importante entender a diferença entre ambas:
Propaganda enganosa
Sugere que o
consumidor adquire
algo sem ter a clareza
sobre as
especificidades do
produto, incluindo o real
valor do produto
anunciado, o que pode
lhe causar um prejuízo
econômico.
Propaganda abusiva
É aquela que releva
aspectos morais e
éticos estabelecidos na
sociedade brasileira.
Trata-se da propaganda
que, mesmo com uma
clara apresentação do
produto – logo, honesta
–, pode ferir aspectos
relativos a
determinados valores
da sociedade.
Na história da publicidade, aspectos morais sobre a representação da
sociedade já foram mais relativizados. Entretanto, tal preocupação dos
profissionais da propaganda apenas reflete o mesmo interesse –
superior àquele apresentado há algumas décadas – que a sociedade
tem por esse assunto.
Esses aspectos da propaganda abusiva já foram mais relativizados na
história da publicidade; contudo, nos últimos anos, tem havido uma
expressiva preocupação em relação ao modo de representar a
sociedade pela publicidade.
Esse é o caso da fabricante de cervejas Budweiser.

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Estudo de caso
A década de 1950, nos Estados Unidos, ficou conhecida como a era de
ouro, marcada pelo estabelecimento da área de marketing e pelo início
de uma revolução sobre o modo como os produtos eram vendidos aos
consumidores. O problema é que os anos 1950 e 1960 da publicidade
foram extremamente machistas, reproduzindo tipicamente o que era a
sociedade daquele tempo.
De frases como "Até uma mulher pode abrir isso?" para anúncios em que
um homem batia em uma mulher ou a usava como tapete de sala, a
publicidade vigente mostrava uma mulher submissa ao marido, estando
obrigada a, além de inúmeras atribuições domésticas, agradá-lo
incondicionalmente.
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Peça publicitária das Calças Dracon nos anos 1960.
Nesse contexto, surgiria um caso muito interessante relacionado à
marca de cerveja Budweiser. Na era de ouro norte-americana, a empresa
criou diversos anúncios que seriam considerados ofensivos na
atualidade.
Atenta às questões sociais que permeiam nossas discussões morais e
a fim de não perder clientes ou ser boicotada, a Budweiser, em parceria
com a campanha #SeeHer (que luta pela representação adequada da
mulher na publicidade), refez suas campanhas dos anos 1950,
redesenhando anúncios e reescrevendo suas frases de efeito.
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Anúncio da Budweiser de 1956 nas versões original e recriado, respectivamente.
O anúncio original falava que a mulher havia casado com "dois homens",
pois o marido sempre tem um "eu interior", e que uma Budweiser era a
maneira de agradá-lo. Na imagem, o marido chega de viagem enquanto
ela o espera com uma grinalda.
Na recriação de 2019, o anúncio dizia: "Ela descobriu que tem tudo".
Dessa vez, havia três amigas no bar esperando-a. Afinal, nem tudo se
resume a casamento.
Anúncio da Budweiser de 1958 nas versões original e recriado, respectivamente.
No anúncio de 1958, porém, a frase foi mantida: "Onde há vida, há Bud".
A diferença crucial está na própria imagem. Enquanto a vida com uma
Budweiser nos anos 1950 era restrita ao homem (enquanto ele martela,
a esposa serve a gelada), em 2019 a coisa ficou mais simples: junto, o
casal passava a curtir a cerveja.
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Anúncio da Budweiser de 1962 nas versões original e recriado, respectivamente.
Nessa recriação do anúncio de 1962, a mulher que espera o marido em
casa com o jantar pronto se transforma, na recriação do anúncio, em
outra que, mesmo solteira, também é feliz. Afinal, ela tem tudo: uma
cerveja, uma comida chinesa entregue via delivery e um cachorro fofo.
Atenção
As últimas três décadas foram de muitas alterações nas delimitações
regulatórias da atividade publicitária, seja pela perspectiva das
representações sociais, seja por uma maior regulação advinda das leis
que delimitavam a forma de se fazer publicidade. Qualquer profissional
da área precisa compreender as legislações em relação à publicidade
infantil, à de bebidas e à de medicamentos, assim como no tocante ao
entendimento sobre os estereótipos e, portanto, à representação de
grupos minoritários.
Sobre as promoções comerciais no
Brasil
Outra área de grande importância e preocupação ética na publicidade é
a veiculação de promoções comerciais. Consideradas a “distribuição de
prêmios a título de propaganda” (BRASIL, 2021), tais ações têm
legislação própria, incluindo a exigência de autorização para ser
realizada. Desse modo, elas requerem uma documentação a ser
apresentada – até mesmo a prestação de contas ao final.
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Promoção Retornável Todo Dia, da Coca-Cola.
Órgãos envolvidos em tal processo, a Caixa Econômica Federal (CEF), a
Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Secretaria de
Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria (Sefel) têm suas formas de
agir indicadas pelas seguintes leis:
• Lei nº 5.768/1971, que estabelece o marco legal para as promoções
comerciais. • Decreto nº 70.951/1972.
• Portaria nº 41/2008.
Nesse momento, você deve estar se perguntando: quem faz o quê?
Vejamos:
Quanto às promoções comerciais realizadas por instituições
financeiras, a autorização e a fiscalização dessas atividades
competem à Sefel.
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Em casos de títulos de capitalização, a regulação fica a cargo da
Susep.
Para todos os demais casosde promoções comerciais e
filantrópicas, a autorização e a fiscalização são responsabilidade
da CEF.
Há inclusive penalidades para as empresas ou as agências de
comunicação que descumprirem a legislação. As penas podem variar da
cassação de autorização, com a possível proibição da distribuição de
prêmios pelo prazo de até dois anos, a uma multa de até 100% do valor
dos prêmios.
Saiba mais
Há seis modalidades de promoções, mas três delas são as mais
comuns: sorteio, vale-brinde e concurso.
Sorteio
Modalidade de promoção comercial na qual são emitidos, em séries de, no
máximo, cem mil números, elementos sorteáveis numerados, distribuídos
concomitante, aleatória e equitativamente, e cujos contemplados são
definidos com base nos resultados das extrações da Loteria Federal ou na
combinação de números desses resultados.
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Vale-brinde
Modalidade de promoção comercial na qual a forma de contemplação é
instantânea, em que o brinde é colocado no interior do produto ou dentro do
respectivo envoltório.
Concurso
Modalidade de promoção comercial mediante concurso de previsões,
cálculos, testes de inteligência, seleção de predicados ou competição de
qualquer natureza.
A única exceção ao pedido de autorização são as promoções de ordem
cultural, cuja base consta no artigo 30 do Decreto nº 70.951/1972:
Independe de autorização a
distribuição gratuita de
prêmios em razão do
resultado de concurso
exclusivamente cultural,
artístico, desportivo ou
recreativo, desde que não
haja subordinação a qualquer
modalidade de álea [sorte]
ou pagamento pelos
concorrentes, nem
vinculação destes ou dos
contemplados à aquisição ou
uso de qualquer bem, direito
ou serviço.
(BRASIL, 1972, art. 30)
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São exclusivamente culturais, assim, os concursos cuja vitória e a
consequente premiação se devem exclusivamente ao mérito.
Exemplo
Podemos citar concursos literários, cinematográficos, provas esportivas
e gincanas.
Videocases: meio ambiente e
medicamentos
Quer conhecer casos concretos e superatuais? Assista aos videocases
sobre a questão do meio ambiente e a propaganda de medicamentos.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Assinale o tema que ainda não é regulamentado pelo Conar.
A Marco Civil da Internet.
B Publicidade comparativa.
C Infância e adolescência.
D Poluição e ecologia.
E Direito autoral e plágio.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
Apesar de tratar da proteção da intimidade, o Código de
autorregulamentação do Conar não trata da privacidade em relação
à proteção de dados, assunto regulamentado pelo Marco Civil da
Internet. O Capítulo II do Código versa sobre respeitabilidade,
decência, honestidade, medo, superstição e violência, apresentação
verdadeira, identificação publicitária, publicidade comparativa,
segurança e acidentes, poluição e ecologia, crianças e
adolescentes, direito autoral e plágio.
Questão 2
Sobre a propaganda enganosa e a abusiva, considere as asserções
e a relação entre elas.
I. Considerando o Código de Defesa do Consumidor (CDC), fica
evidenciado que os termos “publicidade enganosa” e “publicidade
abusiva” são sinônimos...
Porque
II. Tanto a propaganda enganosa quanto a abusiva, além de induzir
o consumidor a se comportar de forma perigosa, omitem
informações relevantes do produto.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a
II é uma justificativa correta da I.
B
As asserções I e II são proposições verdadeiras,
mas a II não é uma justificativa correta da I.
C
A asserção I é uma proposição verdadeira; a II, uma
proposição falsa.
D
A asserção I é uma proposição falsa; a II, uma
proposição verdadeira.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
Existe uma diferença conceitual entre esses termos. Considerando
o CDC, na publicidade enganosa existe a omissão de informação
referente a um elemento importante do produto, o que pode causar
prejuízo ao consumidor que adquiri-lo. Na abusiva, há violação de
aspectos morais, podendo induzir o consumidor a se comportar de
forma prejudicial e até mesmo perigosa em relação à sua saúde ou
à sua segurança.
Considerações �nais
Começamos nossa caminhada pelos três módulos deste texto refletindo
sobre as diferenças conceituais entre moral e ética e como elas se
relacionam com a noção de ideologia e a prática profissional. Vale
lembrar que as questões éticas sempre permearam as condutas
humanas.
A mensagem que a propaganda irradia pelos meios de comunicação
pode fazer com que a população adquira produtos que sequer estavam
em sua mente. Porém, para evitar abusos por parte das agências de
propaganda a seus clientes, a questão ética tem de ser acompanhada e
fiscalizada – e essa é a função do CENP e do Conar. Tal discussão
norteia o mercado publicitário, e ela envolve as empresas anunciantes,
as agências, os veículos, os órgãos reguladores e a própria sociedade.
Conhecemos ainda o processo de autorregulação da publicidade
brasileira e os órgãos que participaram desse processo, os já
mencionados CENP e Conar. Por fim, aprofundamos nosso
conhecimento acerca da legislação e de certas normas específicas do
Conar.
Podcast
E As asserções I e II são proposições falsas.

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Agora, com a palavra a professora Raquel Evangelista, apresentando
questões práticas sobre o conteúdo estudado. Vamos ouvir!
Explore +
Leia este artigo:
SILVA, L. M. M. G. da; TARSITANO, P. R. A relação agência-cliente: a
ética na ótica do atendimento de publicidade. XXIX Congresso
Brasileiro de Ciências da Comunicação. Brasília. set. 2006.
Veja como os autores abordam a questão ética relacionada ao processo
de atendimento nas agências de publicidade.
Assista aos seguintes vídeos no YouTube:
EBC NA REDE. Entenda o que é regulação da mídia. Publicado em:
28 set. 2015.
GRANDES NOMES DA PROPAGANDA. APP apresenta primeira
revisão do Código de ética dos profissionais de propaganda.
Publicado em: 9 jun. 2014.
Acesse estas páginas:
Biblioteca virtual do CENP
Faça download do livro Compliance e proposições éticas na
autorregulação da publicidade e observe com especial atenção o
conteúdo sobre as relações tanto entre agências e veículos quanto
entre agências e anunciantes para, em seguida, refletir sobre as
dicas listadas.
Conar
No menu do site, escolha a opção Código e, em seguida, Guia de
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influenciadores para o download do Guia de publicidade por
influenciadores digitais. Leia-o com atenção, pois, com o
crescimento no número de influenciadores digitais, é fundamental
que você conheça as orientações da entidade a respeito desse
campo de atuação.
Ouça este podcast:
SILVA, C. Ética criativa. Anchor. Consultado na internet em: 16 set.
2021.
Camile Silva aborda o tema da criatividade e da ética na atuação
profissional do publicitário.
Referências
BACCEGA, M. A. Comunicação/educação: apontamentos para
discussão. Comunicação, mídia e consumo. v. 1. n. 2. 2004. p. 119-138.
BRAGAGLIA, A. P. Ética na publicidade: por uma nova sociedade do
consumo. Rio de Janeiro: Multifoco, 2017.
BRASIL. Conar. Códigobrasileiro de autorregulamentação publicitária.
Consultado na internet em: 16 set. 2021.
BRASIL. Decreto nº 70.951, de 9 de agosto de 1972. Regulamenta a Lei
nº 5.768, de 20 de dezembro de 1971, que dispõe sobre a distribuição
gratuita de prêmios, mediante sorteio, vale-brinde ou concurso, a título
de propaganda, e estabelece normas de proteção à poupança popular.
BRASIL. Lei nº 5.768, de 20 de dezembro de 1971. Abre a legislação
sobre distribuição gratuita de prêmios, mediante sorteio, vale-brinde ou
concurso, a título de propaganda, estabelece normas de proteção à
poupança popular, e dá outras providências.
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a
proteção do consumidor e dá outras providências.
BRASIL. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e
consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.
BRASIL. Portaria nº 41, de 19 de fevereiro de 2008. Regulamenta a
distribuição gratuita de prêmios a título de propaganda, quando
efetuada mediante sorteio, vale-brinde, concurso ou modalidade
assemelhada, a que se refere à Lei nº 5.768, 20 de dezembro de 1971, e
o Decreto nº 70.951, de 9 de agosto de 1972.
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BRASIL. Secretaria Especial de Comunicação Social. Código de ética
dos profissionais da propaganda. Publicado em: 7 jan. 2015.
BUCCI, E. Sobre ética e imprensa. São Paulo: Companhia das Letras,
2000.
CONSELHO EXECUTIVO DAS NORMAS-PADRÃO. CENP. Consultado na
internet em: 16 set. 2021.
CRISÓSTOMO, A. L. Ética. São Paulo: ABDR. 2018.
GAIA, R. V. Educomunicação & mídias. 1. ed. Ufal, 2001.
THOMPSON, J. B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia.
Petrópolis: Vozes, 2004.
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