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Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário

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Direito Tributário
1ª edição
2017
Direito Tributário
7
3
Unidade 7
Suspensão, exclusão e extinção 
do crédito tributário
Para iniciar seus estudos
Olá! Seja bem-vindo(a) ao estudo desta unidade, que trata de suspensão, 
exclusão e extinção do crédito tributário. Neste material vamos abordar o 
conceito do crédito tributário e de lançamento, pois é fundamental para o 
entendimento do tema que vamos estudar com mais detalhes a partir de 
agora. Assim, aproveite para ampliar seu conhecimento e bons estudos!
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender as hipóteses em que é cabível a extinção, suspen-
são ou exclusão dos créditos tributários.
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Direito Tributário | Unidade 7 - Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário
7 Introdução
Inicialmente, vamos apresentar algumas questões centrais que nos ajudarão na melhor compreensão do con-
teúdo que vamos estudar. Para compreender quais são as causas de suspensão, exclusão e extinção do crédito 
tributário, lembre-se das definições de crédito tributário e de lançamento previstos no Código Tributário Nacio-
nal (CTN). 
O CTN, em seu art. 139, define o crédito tributário; e no art. 142 trata do lançamento. Observe na sequência o 
que dizem tais artigos.
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
Art.142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo 
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do 
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante 
do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade 
cabível. (BRASIL, 1966).
Com base no que a lei apresenta, o crédito tributário surge com a obrigação tributária e com a ocorrência do fato 
gerador. Já o lançamento constitui o crédito tributário identificando o fato gerador. A figura a seguir apresenta a 
linha sobre incidência tributária.
Figura 7.1 – Linha sobre incidência tributária
Legenda: A imagem ilustra uma linha de ações que dão ensejo ao crédito tributário, em que: HI: Hipó-
tese de incidência, FG: Fato gerador, OT: Obrigação tributária, L: Lançamento e CT: Crédito tributário.
Fonte: Elaborada pela autora (2017).
A partir dessas informações, passemos ao estudo propriamente dito de suspensão, exclusão e extinção do crédito 
tributário.
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Direito Tributário | Unidade 7 - Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário
7.1 Da suspensão do crédito tributário
Em regra, a exigência na cobrança dos tributos decorre da concretização do fato jurídico tributário, mas, ocor-
rendo a antecipação no recolhimento de algum tributo, não se dá o lançamento e, consequentemente, não há o 
credito tributário. Em consequência disso, na realidade, a suspensão afeta a exigibilidade, e não a constituição do 
crédito tributário, considerando a possibilidade de recolhimento antecipado do tributo.
Dessa forma, ocorrendo alguma causa de suspensão, não há que falar-se na exigibilidade do tributo, mas, caso o 
tributo tenha sido lançado e efetivado o crédito tributário, e nesse processo advenha alguma causa suspensiva, a 
exigibilidade na cobrança do tributo ficará suspensa. 
Importante destacar que a suspensão não impede sua continuação, ou seja, ao fim da suspensão, voltam a revi-
gorar os efeitos anteriores à causa suspensiva, diferentemente da interrupção que impede que o exercício do 
direito seja revigorado.
Nesse sentido, vejamos as causas que segundo o artigo 151 e incisos I ao VI do CTN suspendem a exigibilidade 
do crédito tributário:
• moratória;
• depósito do seu montante integral;
• reclamações e recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
• concessão de medida liminar em mandado de segurança;
• concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
• parcelamento (BRASIL, 1966).
O Código Tributário Nacional não conceituou a moratória, mas, segundo o professor Ricardo Chimenti (2012, 
p. 151), “[...] a moratória significa a concessão, pelo credor, de um prazo para que o devedor pague seu débito”.
Uma das principais características da moratória é que sua concessão depende de lei, pois, conforme prevê o 
inciso VI, do artigo 97 do CTN, “Somente a lei pode estabelecer: VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extin-
ção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades” (BRASIL, 1966). Tal previsão decorre do 
princípio da legalidade. Além disso, o CTN determina que a moratória somente poderá ser concedida em caráter 
geral e em caráter individual. 
A moratória em caráter geral é aquela que decorre totalmente da lei em favor dos devedores, e que segundo 
a lei enquadre-se na hipótese de concessão. A moratória em caráter geral dispensa a necessidade de um ato 
administrativo que defira concretamente o favor a cada beneficiário. Veja o seguinte exemplo: “Município de 
Niterói publica uma lei prorrogando em 45 dias o prazo para que os contribuintes de Niterói paguem o tributo”. 
A competência da moratória em caráter geral pode ser de moratória autonômica ou autônoma (art. 152, I, “a” do 
CTN), que é aquela concedida pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se 
refira e pela União. Esta é a regra geral.
A moratória heterônoma (art. 152, I, “b” do CTN) seria aquela concedida pela União quanto a tributos de com-
petência dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos 
tributos de competência federal e às obrigações de direito privado. Esta é uma forma excepcional. 
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Direito Tributário | Unidade 7 - Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário
Importante destacar que o tema suscita divergência doutrinária, pois há entendimento opinando pela inconsti-
tucionalidade da moratória heterogênea por violar a autonomia dos entes federativos, prevista no artigo 1º da 
CF, a qual implicaria benefício fiscal concedido pela União em relação a tributo de competência de outro ente 
federativo. Opinam pela inconstitucionalidade os professores Eduardo Sabbag e José Eduardo Soares de Melo 
(MELO, 2008, p. 281). Ao contrário, o outro lado da doutrina entende ser constitucional a moratória heterônoma 
pelo fato de o constituinte vedar a concessão das isenções que afastam a pretensão tributária, e não da morató-
ria, que somente é um benefício dilatório do prazo para o pagamento do tributo. Opina pela constitucionalidade 
o professor Hugo de Brito Machado (MACHADO, 2008, p. 15-18). 
Já a moratória individual é condicional, pois a lei que a concede exige determinado requisito, como o despa-
cho da autoridade administrativa que defira ou beneficie em favor do sujeito passivo devedor. Em consequên-
cia disso, para que seja concretizada a moratória individual, é indispensável que a lei a autorize, assim como o 
despacho da autoridade administrativa, conforme preceitua o artigo 152, inciso II do CTN, “[...] por despacho da 
autoridade administrativa, desde que autorizada por lei [...]” (BRASIL, 1966). Nesse sentido, fica claro que, dife-
rentemente da geral, a individual é um tipo vinculado. Além disso, a competência para instituí-la segue a regra 
da moratória em caráter geral. 
No caso da concessão da moratória em caráter individual, segundo o artigo 155 do CTN, não gera direito adqui-
rido e será revogada de ofício sempre que se apure que o beneficiado não satisfaz ou deixou de satisfazer as 
condições; ou não cumpriu ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito 
acrescido de juros de mora. Observe a seguir o que descreve a lei.
I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de 
terceiro em benefício daquele. Neste caso tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua 
revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito;
II - sem imposição de penalidade,nos demais casos. E neste caso a revogação só pode ocorrer 
antes de prescrito o referido direito. (BRASIL, 1966).
Por ser a concessão da moratória de caráter individual vinculativa, não haveria revogação, mas sim cassação.
A suspensão do crédito tributário na moratória de caráter geral ocorre com a publicação da 
lei, mas, no caso da moratória de caráter individual, somente após o despacho administra-
tivo. E de acordo com o Parágrafo Único, do art. 154 do CTN, a moratória não aproveita os 
casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele.
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Direito Tributário | Unidade 7 - Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário
Independentemente de ser a moratória de caráter geral ou de caráter individual, de acordo com o CTN, art. 153, 
incisos I ao III, a lei que conceda ou autorize sua concessão especificará, sem prejuízo de outros requisitos:
I - O prazo de duração do favor;
II - As condições da concessão do favor em caráter individual;
III - Sendo caso:
a) os tributos a que se aplica;
b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo 
atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em 
caráter individual;
c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter indi-
vidual. (BRASIL, 1966).
Prevê o artigo 154 do CTN: “Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente 
abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conce-
der, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado 
ao sujeito passivo” (BRASIL, 1966).
O depósito do seu montante integral é outra causa de suspensão do credito tributário e, diferentemente da 
moratória, pode ser realizado por um depósito administrativo (processo administrativo) ou por um depósito judi-
cial (juízo).
Sobre o tema do depósito do seu montante integral, é pertinente registrar as seguintes súmulas:
• Súmula 373/STJ - É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso adminis-
trativo.
• Súmula Vinculante 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamentos prévios de dinheiro 
ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. Convém destacar que as súmulas vinculantes 
estão preceituadas no artigo 103-A da Constituição Federal de 1988, e sua edição se dá em razão do 
fato de que várias decisões reiteradas já foram proferidos no mesmo sentido. Some-se que somente o 
Supremo Tribunal Federal tem a legitimidade para editar este tipo de súmula, mediante a aprovação de 
2/3 de seus membros, vinculando todo o poder executivo e judiciário. 
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Direito Tributário | Unidade 7 - Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário
Para conhecer mais sobre a Súmula 373/STJ, acesse o link: <https://ww2.stj.jus.br/docs_
internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2013_33_capSumula373.pdf>.
Já em relação à Súmula Vinculante 21, acesse: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/
menuSumario.asp?sumula=1255>.
A partir dessa Súmula fica claro que o depósito somente poderá ser realizado por dinheiro.
• Súmula 112/STJ - O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em 
dinheiro.
• Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibili-
dade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.
Para conhecer mais sobre a Súmula 112/STJ, acesse o link: <https://ww2.stj.jus.br/docs_
internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2010_8_capSumula112.pdf>.
Já em relação à Súmula Vinculante 28, acesse: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/
menuSumario.asp?sumula=1278>.
Além disso, o depósito será considerado como integral na data de sua realização, ou seja, não incide juros e multa 
sobre depósito tempestivo. 
As reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo, são outra 
causa de suspensão do crédito tributário e, segundo a doutrina, por ser uma opção prévia à via judicial, dispensa 
a exigência do pagamento de custas judiciais. Vale recordar aqui a garantia constitucional prevista no artigo 5º: 
[...] LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contra-
ditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (BRASIL, 1988).
https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2013_33_capSumula373.pdf
https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2013_33_capSumula373.pdf
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1255
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1255
https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2010_8_capSumula112.pdf
https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2010_8_capSumula112.pdf
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1278
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1278
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Direito Tributário | Unidade 7 - Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário
Com relação à modalidade suspensiva da concessão de medida liminar em mandado de segurança e conces-
são de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial, em realidade, impedem a 
exigibilidade do crédito. Nesse sentido, veja o entendimento do STJ:
REsp 575991 - liminar concedida em mandado de segurança só suspende a exigibilidade do cré-
dito, o que inibe a Fazenda de cobrar, exigir, executar, mas não a impede de lançar, ou seja, tornar 
certa a obrigação tributária, enfim, desconstituir a obrigação tributária. Afinal, não pode o Judici-
ário impedir que o fato gerador ocorrido seja processado pelo fisco, o que é feito através do lan-
çamento formal. (Disponível em: <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7214352/recurso-
especial-resp-575991-sp-2003-0145480-0-stj/relatorio-e-voto-12962436>).
Também haverá suspensão quando o sujeito passivo, na busca da concessão de medida liminar, impetre man-
dado de segurança preventivo (art. 5º, XXXV, CF) para que o Fisco deixe de exigir a cobrança de algum tributo que 
esteja ainda por vencer, ou seja, que ainda não ocorreu o lançamento.
Segundo Sabbag (2014, p. 899):
Ao conceder a liminar, o juiz só poderá impedir que o crédito tributário seja exigido coercitiva-
mente, determinando a suspensão de sua exigibilidade - “antecipação dos efeitos”. Todavia, 
ainda que subsistam os mencionados “efeitos de antecipação” é vedada a expedição de ordem 
objetivando impedir a autoridade fiscal de promover o lançamento tributário.
De acordo com a Súmula 266: 
[...] não cabe mandado de segurança contra lei em tese, mas o STJ em julgamento decidiu ao 
contrário ao entender que é cabível mandado de segurança contra lei tributária capaz de produ-
zir efeitos concretos na esfera patrimonial dos contribuintes, o que afasta a aplicação da Súmula 
266/STF (EMENTA: PROCESSUAL CÍVEL - MANDADO DE SEGURANÇA - ART. 1º DA LEI N. 1.533/51 
– CABIMENTO - REsp n. 56096, MINISTRA ELIANA CALMON).
A outra forma de suspensão tributária é o parcelamento, que nada mais é que parcelar o montante devido ao 
Fisco. Mas, para que o sujeito passivo recorra ao parcelamento, terá que atentar para determinados requisitos, 
conforme previsão do artigo 155A e parágrafos correlatos do CTN: é concedido na forma e condição estabele-
cidas em lei específica e, salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a 
incidência de juros e multas. E ainda convém salientar que o parcelamento seguirá subsidiariamente as normas 
legais relativas à moratória.
Além disso, caso não haja uma lei específica para parcelamento do credito tributário, serão aplicáveis as leis gerais 
referentes ao tema de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial. Destaca-seque, 
segundo o artigo 155A, § 4º do CTN, em tal caso, não poderá ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido 
pela lei federal específica.
Doutrinadores como Hugo Machado de Brito consideram o parcelamento como uma moda-
lidade da moratória; já Sabbag opina serem estas unidades autônomas.
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7214352/recurso-especial-resp-575991-sp-2003-0145480-0-stj/relatorio-e-voto-12962436
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7214352/recurso-especial-resp-575991-sp-2003-0145480-0-stj/relatorio-e-voto-12962436
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Direito Tributário | Unidade 7 - Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário
7.2 Exclusão do crédito tributário
A anistia e a isenção são as causas que extinguem o crédito tributário. Recordemos aqui o estudo realizado sobre 
a isenção, na unidade referente à incidência, não incidência, imunidades e isenção. 
Como sabemos, a isenção é a dispensa legal prevista em leis específicas para a cobrança de pagamento de deter-
minados tributos, além disso, a lei que a especifica deve prever o prazo de sua duração, conforme prevê o artigo 
176 do CTN. Quando concedida por prazo determinado, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer 
tempo, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte. 
De acordo com o artigo 176, Parágrafo Único, do CTN, a isenção pode ser restrita a determi-
nada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.
Além disso, a isenção não se estende aos tributos contraprestacionais, como as taxas e as contribuições de 
melhoria, além dos tributos instituídos posteriormente a sua concessão.
Já a anistia consiste no perdão concedido por lei específica sobre penalidades anteriores ao lançamento da pena-
lidade, impedindo assim a constituição do crédito tributário. Os efeitos da anistia, assim como a isenção, incidem 
sobre a obrigação tributária principal, mas não sobre as obrigações tributárias acessórias.
Observe na sequência o que diz o art. 175 do CTN:
A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias depen-
dentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.
CF, Art. 150 § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito 
presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser conce-
dido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as maté-
rias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no 
art. 155, § 2.º, XII, g. (BRASIL, 1966).
E importante destacar que a anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência 
da lei que a concedeu, ou seja, possui efeito retrospectivo. Contudo, de acordo com o artigo 180, incisos I e II do 
CTN, não se aplicará a anistia:
I - Aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qua-
lificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em 
benefício daquele;
II - Salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas 
naturais ou jurídicas. (BRASIL, 1966).
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Direito Tributário | Unidade 7 - Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário
Além disso, segundo o artigo 181 do CTN, a anistia pode ser concedida em caráter geral (decorre da lei e engloba 
as infrações cometidas antes da concessão da anistia e também segundo a doutrina de interesse do órgão polí-
tico que a concedeu) ou limitadamente (para ser concedida, a lei que a concede deve prevêr o cumprimento de 
determinados requisitos e prévio requerimento ao órgão competente). Assim, segundo o inciso II do artigo 181 
do CTN, a anistia pode ser concedida limitadamente:
a) Às infrações da legislação relativa a determinado tributo; 
b) Às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou 
não com penalidades de outra natureza;
c) A determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela pecu-
liares; 
d) Sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação 
seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa. (BRASIL, 1966).
É possível perceber que a anistia exclui as infrações tributárias, não atingindo a obrigação principal, diferente-
mente da remissão, que extingue totalmente a cobrança do tributo, ainda que haja pensamento contrário. E 
quanto à imunidade, segundo a doutrina, ela veda a incidência que dê caso à obrigação tributária; já a isenção 
e a anistia, ainda que tenha ocorrido a incidência, seriam normas que impedem o lançamento que daria caso ao 
crédito tributário.
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Direito Tributário | Unidade 7 - Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário
7.3. Extinção do crédito tributário
Segundo Chimenti (2012, p. 140): 
[...] pode ocorrer a extinção de um crédito sem a extinção da obrigação, desde que a causa extin-
tiva tenha afetado apenas a formalização do crédito, como exemplo o erro no lançamento, que 
pode ser revisado (art. 149 do CTN). 
Assim, segundo o autor, “[...] a regra prevista na parte final do § 1º do art. 113 do Código Tributário Nacional não 
seria absoluta”.
O CTN, em seu artigo 156, incisos I ao XI, prevê como causas de extinção do crédito tributário:
I. Pagamento;
II. Compensação;
III. Transação;
IV. Remissão;
V. Prescrição e a decadência;
VI. Conversão de depósito em renda;
VII. Pagamento antecipado e a homologação do lançamento;
VIII. Consignação em pagamento;
IX. Decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que 
não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X. Decisão judicial passada em julgado.
XI. Dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. (BRASIL, 
1966).
O pagamento, que nada mais é do que pagar algo devido, é disciplinado nos artigos 157 a 169 do CTN. Em 
regra, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo, ou seja, do devedor. E 
como o pagamento é causa direta extintiva do crédito tributário, não depende de autorização legal para que seja 
efetivado, bastando o pagamento em moeda corrente, cheque ou vale postal e, nos casos previstos em lei, em 
estampilha, em papel selado ou por processo mecânico.
Caso o devedor efetue o pagamento por cheque, somente se considerará extinto o pagamento com o resgate 
deste pelo sacado. No caso da estampilha, será considerado extinto o crédito com a inutilização regular da 
estampilha, salvo o lançamento por homologação. Curiosamente, o pagamento em papel selado ou por processo 
mecânico equipara-se ao pagamento em estampilha, conforme prevê o artigo 162, § 1º ao § 4º do CTN.
As regras da imputação de pagamento são visualizadas no artigo 163 do CTN, que assim disciplina:
Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a 
mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou prove-
nientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para 
receber o pagamento determinará a respectiva imputação [...]. (BRASIL, 1966).
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Direito Tributário | Unidade 7 - Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário
De acordo com o CTN, art. 158, o pagamento de um crédito não importa em presunção de 
pagamento: I - quando parcial, das prestações em que se decomponha; II - quando total, de 
outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos (BRASIL, 1966).
Em regra, o prazo para o pagamento do tributo é definido em lei própria, mas, caso não haja a previsão tributária 
para o pagamento, o vencimento do crédito ocorrerá trinta dias após a notificação do lançamento ao sujeito 
passivo. No entanto, é importante saber que, segundo a lei, em caso de antecipação do pagamento, é admissível 
desconto nas condições que estabeleçam a legislação tributária. 
Caso o sujeitopassivo não pague integralmente o crédito devido na data de seu vencimento, fará com que inci-
dam juros de mora, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas 
de garantia previstas no CTN ou em outras leis tributarias. Além disso, se a lei não dispuser de modo diverso, os 
juros de mora são calculados à taxa de 1% ao mês. Nesse quesito, segundo a doutrina e jurisprudência, tal taxa 
de 1% ao mês passou a ter caráter supletivo, sendo, na prática, aplicada a taxa Selic, que abrange juros e correção 
monetária, previstos no artigo 84 da Lei nº 8.981/95. 
Independentemente da modalidade escolhida pelo sujeito passivo para a realização do pagamento, caso pague 
o tributo em valor superior ao que corresponderia de fato, ou caso ocorra (segundo o artigo 165 do CTN) erro 
na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na 
elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento ou em caso de reforma, anulação, 
revogação ou rescisão de decisão condenatória, terá o sujeito passivo direito à restituição total ou parcial do 
tributo, visto a realização de pagamento indevido. Ressalta-se ainda que decai em cinco anos o prazo para que o 
sujeito passivo possa requerer a restituição, a contar das hipótese previstas no artigo 168 do CTN; e, além disso, o 
sujeito passivo deverá observar que a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição pres-
creve em dois anos.
De acordo com o Parágrafo Único do artigo 169 do CTN, o prazo de prescrição é interrom-
pido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da 
intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada.
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Quanto ao prazo prescricional, veja como tem opinado a jurisprudência:
STJ - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL EDcl no REsp 1057662 AL 2008/0104431-3 (STJ) 
Ementa: TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMEN-
TAL. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. FIN SOCIAL. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLO-
GAÇÃO. PRESCRIÇÃO. “TESE DOS CINCO MAIS CINCO”. ENTENDIMENTO CONSAGRADO EM RECURSO ESPECIAL 
REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA (REsp 1.002.932/SP). PEDIDO ADMINISTRATIVO. PRESCRIÇÃO. SUSPEN-
SÃO DO PRAZO. NÃO OCORRÊNCIA. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Embargos declaratórios recebidos como agravo 
regimental, dado o seu caráter manifestamente infringente, em observância aos princípios da fungibilidade 
recursal. Precedentes do STJ. 2. O prazo prescricional para o contribuinte pleitear a restituição do indébito, nos 
casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação, referente a pagamento indevido efetuado antes da 
entrada em vigor da LC 118 /05, continua observando a “tese dos cinco mais cinco” (REsp 1.002.932/SP, Rel Min. 
LUIZ FUX, Primeira Seção, DJ 18/12/09). 3. “O prazo prescricional, para fins de restituição de indébito de tributo 
indevidamente recolhido, não se interrompe e/ou suspende em face de pedido formulado na esfera administra-
tiva” (AgRg no Ag629.184/MG, Rel. Min. JOSÉ DELGADO, Primeira Turma, DJ 13/6/05). 4. Embargos de declaração 
recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento.
Os artigos 170 ao 174 do CTN preveem outras formas de extinção do crédito tributário. Vejamos na sequência.
A compensação é disciplinada nos artigos 170 e 170A do CTN e sua aplicação é condicionada à estipulação 
legal que a autorize, logo, o sujeito passivo não pode por si só compensar o crédito tributário. Observe o que 
aponta a lei.
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada 
caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com 
créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. 
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos 
deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a 
correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da com-
pensação e a do vencimento.
Art. 170 A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contes-
tação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. 
(BRASIL, 1966).
Vejamos aqui o conceito de compensação definido no Código Civil em seu art. 368: “Se duas pessoas forem ao 
mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem” 
(BRASIL, 2002).
Assim, por exemplo, Sérgio deve R$ 60,00 a Vinicius, que, de outra parte, deve R$ 30,00 a Sérgio. Logo, Vinicius 
pode compensar o débito que possui com Sérgio descontando-lhe o valor de R$ 30,00 dos R$ 60,00 devido.
Sobre o assunto tributário, de acordo com a Lei nº 12.016/09, artigo 7º, § 2o:
Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, 
a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de 
servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de 
qualquer natureza (BRASIL, 2009).
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Segundo a Súmula 460/STJ, é incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tri-
butária realizada pelo contribuinte.
Destaca-se que a compensação poderá ser judicial, legal ou voluntária. Segundo o professor Sacha Coelho (2015, 
p. 15), a compensação legal é feita nos termos da lei; a compensação voluntária resulta de convenção entre as 
partes; e a judicial é aquela quando a dívida se faz líquida e certa por decisão judicial.
Outra modalidade de extinção do crédito tributário é a transação que é disciplinada no artigo 171 do CTN e 
conceituada no artigo 840 do Código Civil. Observe na sequência o que dizem os artigos referidos.
Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obriga-
ção tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação 
de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário.
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso. 
(BRASIL, 1966).
C.C. Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões 
mútuas. (BRASIL, 2002).
Para Cassone (2014, p. 175), 
[...] a transação somente ocorre em casos excepcionais, de extrema dificuldade econômico-finan-
ceira do sujeito passivo, situação que merecerá o devido exame para justificar a transação, cujas 
hipóteses estão contidas em projetos de lei.
A seguinte modalidade de extinção do crédito tributário é a remissão, que é o perdão parcial ou total de uma 
dívida tributária, competindo a uma lei específica sua instituição. A remissão difere da isenção porque ocorre 
após o lançamento do tributo, que é dispensado; já a isenção ocorre antes do lançamento do tributo, pois se trata 
de causa impeditiva da obrigação (artigo 172 do CTN). 
De acordo como o artigo 172, incisos I ao V do CTN, a lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, 
por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I. A situação econômica do sujeito passivo;
II. Ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;
III. A diminuta importância do crédito tributário;
IV. A considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;
V. A condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante. (BRASIL, 
1966).
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Quanto à modalidade de extinção do crédito tributário nas formas de decadência e prescrição, segundo Cas-
sone (2014, p. 9-10):A decadência é a perda de um direito em conseqüência de seu titular não tê-lo exercido durante 
determinado período, o prazo corre sem solução de continuidade: inexiste interrupção ou sus-
pensão. Já a prescrição segundo Cassone é a perda da ação atribuída a um direito e de toda sua 
capacidade defensiva, em conseqüência do não uso dela, durante determinado espaço de tempo. 
Admite a interrupção do seu prazo (CTN, art. 174 p.u que recomeça novamente) e a suspensão 
(CTNT, art. 151 que continua pelo tempo faltante).
Em razão do artigo 146, inciso III, “b” da CF, cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de 
legislação tributária, especialmente sobre: obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários. 
Assim, a previsão do § 2º do art. 8º da Lei de Execução Fiscal (no 6.830/80) – o despacho do Juiz que ordenar a 
citação interrompe a prescrição – seria inconstitucional. 
Com relação à decadência, segundo o artigo 173 do CTN, o direito que a Fazenda Pública tem de constituir o 
crédito tributário extingue-se após cinco anos, contados:
I - Do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - Da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lança-
mento anteriormente efetuado.
Parágrafo único - O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso 
do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tri-
butário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao 
lançamento. (BRASIL, 1966).
Em se tratando dos tributos que sejam sujeitos ao lançamento por homologação, o artigo 173 deve ser lido em 
comunhão com artigo 150, § 4º, do CTN. Segundo a interpretação do artigo 150, § 4º, do CTN, o prazo conta-se 
da ocorrência do fato gerador e, expirado o prazo de cinco anos sem que a Fazenda Pública se tenha pronun-
ciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocor-
rência de dolo, fraude ou simulação.
Segundo o CTN, artigo 171, a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da 
data da sua constituição definitiva. Interrompendo-se a prescrição:
• pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;
• pelo protesto judicial;
• por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
• por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo 
devedor.
Segundo Chimenti (2012, p. 148), a prescrição só tem início quando o crédito já está definitivamente constituído.
Assim, a prescrição intercorrente seria a pronunciação de ofício feita pelo juiz sobre a prescrição que surge após 
a propositura da ação. Segundo a doutrina, a prescrição intercorrente é prevista na Lei nº 6.830, de 22 de setem-
bro de 1980, art. 40 § 4o: “Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, 
depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de 
imediato” (BRASIL, 1980).
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Direito Tributário | Unidade 7 - Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário
Por ser o tema da decadência e da prescrição de grande discussão doutrinária, convém con-
sultar a bibliografia e visualizar as diversas opiniões doutrinárias sobre o tema.
Já a modalidade extintiva da conversão do depósito em renda, segundo Sabbag (2014, p. 927), “[...] após deci-
são definitiva administrativa ou judicial favorável ao sujeito ativo, o depósito integral efetuado no feito é conver-
tido em renda a favor daquele, extinguindo-se o crédito tributário”.
Recordemos aqui que o depósito do seu montante integral é causa de suspensão do crédito tributário, assim, em 
uma ação processual ficará suspensa a exigência do crédito tributário (CTN, art. 151, inciso II); mas, finalizado o 
processo em favor do sujeito ativo, o Fisco, o montante depositado será convertido em renda em favor do Fisco, 
extinguindo-se assim o crédito tributário. 
Com relação à modalidade extintiva do crédito tributário na forma do pagamento antecipado e homologação 
do lançamento, entenda que o pagamento antecipado recebe esse nome por ser realizado antes do lançamento 
do crédito, mas, como já sabemos, em caso de lançamento por homologação, o crédito não se extingue com o 
pagamento, mas quando a autoridade competente o homologa. 
Observe na sequência o que diz o art. 150 do CTN.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua 
ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administra-
tiva, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim 
exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob con-
dição resolutória da ulterior homologação ao lançamento [...]. 
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do 
fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se 
homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência 
de dolo, fraude ou simulação.
Em opinião divergente, Sacha Coelho (2015, p. 15-22), aponta que: 
Não há pagamento antecipado, e sim pagamento puro e simples no prazo assimilado pela lei, sob 
pena de o inadimplemento ocasionar a infliçao de multas, juros e correção monetária ao sujeito 
passivo. E não há homologação tácita do lançamento – que não existe enquanto ato privativo da 
Administração -, mas homologação expressa do pagamento ou inércia da Fazenda em, praticar 
o ato jurídico do lançamento (preclusão) e, pois, decadência do direito ao crédito que porventura 
não tenha sido recolhido.
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Direito Tributário | Unidade 7 - Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário
No que diz respeito à modalidade extintiva na forma de consignação em pagamento, em razão de o sujeito pas-
sivo encontrar barreiras para realizar o pagamento, nos termos do artigo 164 e incisos do CTN, poderá consignar 
judicialmente o crédito tributário nos casos de:
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de pena-
lidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem funda-
mento legal;
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um 
mesmo fato gerador. (Caso de bitributação). (BRASIL, 1966).
Caso a demanda seja julgada procedente à consignação, do pagamento se reputa efetuado e a importância con-
signada é convertida em renda. Fica claro que será convertida em favor do sujeito ativo, ou seja, do credor, além 
disso, a consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar. Caso seja a demanda 
julgada improcedente à consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem 
prejuízo das penalidades cabíveis (§ 1º do art. 164 do CTN).
Com relação à modalidade extintiva da decisão administrativa irreformável, esta se trata da decisão definitiva 
favorável ao sujeito passivo, não passível de anulação.
Já a modalidade extintiva da decisão judicial passada em julgado refere-se à previsão constitucional do artigo 
5º, XXXVI da CF: “[...] a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada” (BRASIL, 
1988).
Quanto à modalidade extintiva da dação em pagamento em casos tributários, depende de lei específica que a 
autorize e será aplicada somente aos bens imóveis, e não aos bens móveis. Lembrando que a dação em paga-
mento é o caso do sujeito passivo que oferece o seu bem como forma de extinguir o crédito tributário. 
Importa recordar aqui os preceitos do Código Civil, artigos 356 ao 359, explicando um exemplo de dação em 
pagamento: Edvaniadeve a Edvaldo cem mil reais, mas, como não possui o valor, propõe a entrega de um apar-
tamento avaliado na quantia devida. Caso Edvaldo aceite a proposta, configurada estará a dação em pagamento.
E assim encerramos o estudo de suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário. Bons estudos e até breve!
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Considerações finais
Finalizamos o estudo desta unidade e, no decorrer deste material, tivemos 
a oportunidade de conhecer os seguintes pontos: 
• Para Ricardo Chimenti (2012), a moratória significa a concessão, 
pelo credor, de um prazo para que o devedor pague seu débito. 
Divide-se em: moratória em caráter geral, que se subdivide em 
heterônoma e heterogênea; e a moratória individual.
• O depósito do seu montante integral pode ser realizado por depó-
sito administrativo ou por um depósito judicial. 
• A concessão de medida liminar em mandado de segurança e a 
concessão de medida liminar ou de tutela antecipada impedem a 
exigibilidade do crédito. 
• Parcelamento é uma forma de suspensão tributária que permite 
ao sujeito passivo parcelar o montante devido. 
• Isenção é a dispensa legal prevista em leis específicas para a 
cobrança de pagamento de determinados tributos, e anistia 
consiste no perdão concedido por lei específica sobre penalida-
des anteriores ao lançamento da penalidade, impedindo assim a 
constituição do crédito tributário. Ambas são formas de exclusão 
do crédito tributário. 
• O pagamento, a compensação, a transação, a remissão, a prescri-
ção e a decadência, a conversão de depósito em renda, o paga-
mento antecipado e a homologação do lançamento, a consig-
nação em pagamento, a decisão administrativa irreformável e a 
decisão judicial passada em julgado sãos formas concedidas por 
lei para extinção do crédito tributário.
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