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Sidnalva dos Santos Viana Torre de Hanói Introdução Existem alguns entraves e barreiras impostas no ensino da matemática, uma delas está relacionada com a forma como era passada pela educação tradicional. A matemática era vinculada a memorização de fórmulas, regras e resolução de situações problemas, criando um sentimento negativo, transformando o seu aprendizado em algo penoso, pesado e complicado. Com a utilização da ludicidade quebra algumas empecilhos impostas pelos alunos para o seu aprendizado, pois contribui para que o mesmo perceba que ela não precisa ser tratada como algo pesado, chato e complicado e o seu ensino-aprendizado pode ser divertido e prazeroso. Uma das tendências em Educação Matemática, bastante relatadas em artigos, teses e dissertações, são os jogos na Educação Matemática. Os jogos configuram uma excelente ferramenta auxiliadora no processo de ensino e aprendizagem. (OLIVEIRA; BRIM; PINHEIRO, 2019). O jogo é um excelente exemplo de trabalho lúdico e a Torre de Hanói é um brinquedo que atende a várias faixas etárias, podendo ser trabalhado diferentes assuntos, com a sua utilização, o mais interessante do jogo que ele pode ser construído pelos próprios alunos com matérias reciclados. Segundo Gonçalves (entre 2015 à 2021) o nome do jogo tem origem Ocidental e é inspirada na Torre da Índia, a qual tinha formato que se assemelhava ao disco sobrepostos e ele foi criado pelo matemático francês Edouard Lucas, em 1883. Torre de Hanói Em uma tábua de madeira são vincadas três hastes verticais, e alguns discos, de diâmetros diferentes, furados no centro, tendo como objetivo do jogo é passar a torre para uma haste diferente, utilizando a outra como auxiliar, mas para jogar precisa obedecer algumas regras: Só pode mover uma peça por vez; Uma peça maior não pode ficar acima de um menor. Para ser construído com material reciclado, com papelão, palito de churrasco pode construir o brinquedo. A Torre Hanói possibilita no desenvolvimento da memória, no planejamento e solução de problemas, além do desenvolvimento cognitivo dos estudantes, através do jogo é possível resolver expressões que envolvem potências, a partir da fórmula: A fórmula consiste em descobrir a quantidade mínima de movimentos para transferir os pinos de uma torre para outra , obedecendo as regras estabelecida, como por exemplo: P(3) = 2³-1 P(3) = 8-1 P(3)=7 P(4)= 24 -1 P(4)= 16-1 P(4)=15 P(5)= 25 P(5)= 32-1 P(5)=31 P(6)= 26-1 P(6)= 64-1 P(6)=63 P(7)= 27 -1 P(7)= 128 – 1 P(7)=127 Podemos notar que a medida que acrescenta um pino a quantidade de movimentos necessários para mover é o dobro do anterior, que já foi somado com mais 1. Sendo assim a fórmula elaborada para calcular a quantidade de movimentos necessários para mover os pinos de uma estaca para outra é provinda de uma progressão geométrica. Com 3 pinos são necessários 7 movimentos, já com 4 pinos serão necessários 15 que é o mesmo 7*2+1 =15. Com cinco pinos pegando o resultado anterior de 15 o dobro do mesmo dá 30 com mais 1 é igual a 31 e dessa forma obteremos os demais resultados. Conclusão A torre de Hanói é um jogo de mais de um século de existência, mas que a sua funcionalidade continua constituindo uma excelente ferramenta no ensino-aprendizagem da matemática, podendo ser utilizada de diferentes formas e maneiras, e a medida que aumenta a quantidade de pinos, as dificuldades aumenta do jogo, podendo atender a vários tipos de público, acima de tudo, podendo ser de fácil deslocamento. Com as inovações no processo de ensino-aprendizagem e o foco na ludicidade, os jogos foram ganhando cada vez mais espaço de forma positiva, trazendo os alunos a desenvolverem a memória, a criatividade, sua competividade de forma sadia, , raciocínio lógico, noção e respeito as regras, coordenação motora e todas essas habilidades podem ser trabalhadas com a Torre de Hanói. Referências Bibliográficas BRITO, Mayara ; BRITO, André. Torre de Hanói. Universidade Federal do Pará, Pará. OLIVEIRA, Bianca Aparecida Holm de; BRIM, Juliana de Fátima Holm; PINHEIRO, Nilcéia Aparecida. O jogo Torre de Hanói como ferramenta mediadora no ensino de potências: um estudo com os alunos do 6° ano do ensino fundamental. Revista brasileira de ensino e tecnologia, volume 12, n°1, 2019, Ponta Grossa. SILVA, Maiara Mozzini Almeida da et.al. Brincar e estudar: os jogos no ensino da matemática. Faculdades Adamantinenses Integradas – FAI, São Paulo.
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