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MÓDULO II //curso de APERFEIÇOAMENTO FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE IMUNIZAÇÃO NOS TERRITÓRIOS MUNICIPAIS Aula 12 // CUIDADO EM SAÚDE C r é d i t o s / / Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. O conteúdo desta publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado pela equipe MaisCONASEMS e Faculdade São Leopoldo Mandic. Material de Referência. Mais CONASEMS. Curso de Aperfeiçoamento Fortalecimento das Ações de Imunização nos Territórios Municipais. Módulo II: Bases Imunológicas, Epidemiológicas, Vigilância Epidemiológica e Cuidado em Saúde - Aula 12 – Cuidado em Saúde. Ficha Catalográfica Ficha Técnica Curadoria e Produção de Conteúdos Mandic André Ricardo Ribas Freitas Fabiana Medeiros Lopes de Oliveira Giuliano Dimarzio Laura Andrade Lagoa Nóbrega Márcia Fonseca Regina Célia de Menezes Succi Gestor Educacional Rubensmidt Ramos Riani Coordenação Técnica e Pedagógica Cristina Crespo Valdívia Marçal Coordenação Pedagógica – Faculdade São Leopoldo Mandic Fabiana Succi Patricia Zen Tempski Especialista em Educação a Distância Kelly Santana Priscila Rondas Designer instrucional Alexandra Gusmão Carla Cristini Justino de Oliveira Juliana de Almeida Fortunato Pollyanna Micheline Lucarelli Simone Ferreira de Assis Web Desenvolvedor Aidan Bruno Alexandre Itabayana Cristina Perrone Paloma Eveir Vitor Almas de Moura Este material foi elaborado e desenvolvido pela equipe técnica e pedagógica do Mais CONASEMS em parceria com a Faculdade São Leopoldo Mandic. Coordenação Geral Conexões Consultoria em Saúde Ltda. Revisão textual Gehilde Reis Paula de Moura Olá! Este é o seu Material de Referência da Aula 12 do Módulo 2 que apresenta de forma mais aprofundada o conteúdo referente ao tema Cuidado em Saúde. A proposta é agregar mais conhecimento à sua aprendizagem, por isso leia- o com atenção e consulte-o sempre que necessário! Objetivos de aprendizagem Conceituar Rede de Atenção à Saúde no contexto do Sistema Único de Saúde. Relacionar a importância do território e dos determinantes sociais da saúde no processo saúde- doença-cuidado em nível individual e coletivo. Reconhecer os atributos essenciais e derivados da Atenção Básica (AB) e seu papel como coordenadora do cuidado dentro da Rede de Atenção à saúde (RAS). Aplicar adequadamente os conceitos de prevenção primária, secundária, terciária e quaternária, além da prevenção oportuna, na sua prática de cuidado. Relacionar os conceitos de risco e de vulnerabilidade inseridos no contexto das necessidades de saúde. Conhecer a importância do território no planejamento e execução das ações. 01 02 03 04 05 06 intro dução Na Aula 12, você irá aprimorar seus conhecimentos, habilidades e atitudes para as competências de cuidador e colaborador no sentido de melhor direcionar sua prática, a partir da compreensão dos conceitos de Redes de Atenção à Saúde aplicados ao contexto do cuidado à saúde de indivíduos e da população, considerando suas condições de vida e seu processo singular de adoecimento dentro de um dado território ou realidade. A compreensão ampla e crítica sobre esses conceitos aplicados à prática de cuidado pode contribuir com o aprimoramento das competências de cuidador no sentido de ampliar suas possibilidades de entendimento da pessoa que adoece e da competência de colaborador à medida que a prática do cuidado o convida a trabalhar em rede de forma colaborativa. Boa leitura! // Níveis de Atenção à Saúde Como o conceito de Saúde mudou ao longo dos anos A definição da OMS Segundo o conceito da Organização Mundial da Saúde, de ampla divulgação e conhecimento em nossa área, a saúde é definida como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. Essa definição é válida oficialmente até os dias de hoje, apesar de, desde sua formulação, ter recebido críticas e reflexões de muitos profissionais, pesquisadores e outros protagonistas da área da saúde. Esses, de modo geral, classificam-na como “utópica” e “não- operacional”, caracterizando-a mais como uma “declaração” do que propriamente uma definição (Narvai, et al.,2008). // Níveis de Atenção à Saúde 01 Plano individual Dentre as diversas abordagens possíveis para se entender o conceito de saúde, apresenta-se uma que parece mais útil para esta discussão e que tem sido defendida por alguns autores (Narvai, et al.,2008). Pode-se então descrever a condição de “saúde”, didaticamente, segundo a soma de dois “planos” apresentados a seguir: // Níveis de Atenção à Saúde Entende-se que as disfunções e anormalidades ocorrem em indivíduos que são seres biológicos e sociais ao mesmo tempo. Portanto, as alterações no estado de saúde resultam não apenas de aspectos biológicos, mas também das condições gerais da existência dos indivíduos, grupos e classes sociais, ou seja, teria então dimensões individuais e coletivas. Segundo essa concepção, a condição de saúde poderia variar entre um extremo de “mais perfeito bem-estar” até o outro extremo da “morte”, com uma série de processos e eventos intermediários entre os dois (Narvai, et al.,2008). 02 Plano coletivo Expande-se ainda mais esse entendimento que é encarado não como a simples soma das condições orgânicas e sociais de cada indivíduo isoladamente, mas sim como a expressão de um processo social mais amplo, que resulta de uma complexa trama de fatores e relações, representados por determinantes do fenômeno nos vários níveis de análise: família, domicílio, microárea, bairro, município, região, país, continente, etc.( Narvai, et al.,2008). Nessa linha, fica mais fácil compreender a definição de Minayo (1994) [Apud (Narvai, et al.,2008)] sobre saúde: “fenômeno clínico e sociológico vivido culturalmente”. // Níveis de Atenção à Saúde Enxergando-se a condição de saúde segundo esses 02 planos, compreende-se melhor porque somente em situações muito específicas, a “saúde” resulta apenas da disponibilidade e do acesso aos serviços de saúde. Assim, o “direito à saúde” deveria ser entendido de forma mais abrangente do que apenas o “direito ao acesso aos serviços de saúde” (Narvai, et al.,2008). A nossa própria Constituição Federal de 1988, em sua seção da saúde (Art. 196), define-a nesses termos (grifos meus): “a saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”, o que deve ser a base de nosso Sistema Universal de Saúde (SUS). // Níveis de Atenção à Saúde Figura 1: Bandeira do Brasil e Constituição Brasileira de 1988. O que seria então Atenção à Saúde? Conforme vimos na semana anterior, para uma visão ampliada, as práticas de saúde devem ir além da “assistência” à saúde de indivíduos, ocupando-se também da “atenção à saúde”. “Assistência” seria entendida como um conjunto de procedimentos clínico-cirúrgicos dirigidos a indivíduos, estejam eles doentes ou não; e “Atenção” seria um conjunto de atividades intra e extra setor saúde (intersetorialidade) que, incluindo também a assistência individual, não se esgota nela, atingindo grupos populacionais com o objetivo de manter a condição de saúde, requerendo ações concomitantes sobre todos os determinantes do processo saúde-adoecimento (PSa) (Narvai, et al.,2008). // Níveis de Atenção à Saúde Dentro dessa perspectiva ampliada de saúde, podemos entender a “Atenção à Saúde” como sendo o campo de competência do profissional de saúde dentro de um processo saúde-adoecimento compreendido como “complexo e multideterminado”, reconhecendo-se as limitações importantes do setor saúde nesse processo. Também, e com a mesma conotação,a “atenção à saúde” seria o objeto de atuação dos serviços de saúde, tanto os de Saúde Pública, quanto os de Saúde Suplementar (Narvai, et al.,2008). // Níveis de Atenção à Saúde // Atenção Básica // Atenção Básica A história da (re) organização de serviços e sistemas de saúde orientados pelos princípios da “Atenção Básica” (AB) (também chamada de “Atenção Primária à Saúde” - APS) é marcada por uma trajetória de sucessivas reconstruções até se consolidar como uma política de reforma, uma alternativa diante da permanente crise (financeira e de resultados) dos sistemas de saúde contemporâneos. Do ponto de vista administrativo, o delineamento teórico de um sistema de saúde hierarquizado e integrado em rede, baseado na assistência primária, secundária e em hospitais terciários, surge em 1920, na Inglaterra, com as propostas do “Relatório Dawson” [Apud (Westphal, 2006)]. // Atenção Básica Mas, foi o clássico estudo de White et al. (1961) que chamou definitivamente atenção para a “atenção médica primária”, ao demonstrar que a imensa maioria do cuidado médico nos EUA e Reino Unido era realizada neste nível de atenção, muitas vezes em centros de saúde comunitários, evidenciando que o atendimento em hospitais universitários representava apenas uma discreta fração do total. Vale ressaltar que o modelo de atenção baseado em centros de saúde comunitários remontava a iniciativas pioneiras francesas do final do século XIX, e americanas do início do século XX (Gil et al, 2006), as quais já promoviam e efetivaram conceitos-chaves, muitos incorporados pela AB no futuro: população de risco, ações de base territorial, descentralização, assistência social, prevenção associada à assistência médica, educação sanitária, ações sobre o meio ambiente, cogestão e controle por colegiados e conselhos, assistentes de quarteirão, e rede de atenção à saúde organizada em distritos. O grande marco teórico da AB deu-se durante a Conferência da OMS que culminou com a “Declaração de Alma Ata”, organizada pela OMS em 1978, na antiga União Soviética, na qual a saúde foi reconhecida como direito fundamental das pessoas e comunidades, sendo enfatizados o acesso universal aos serviços de saúde e a intersetorialidade das ações, e ficando evidenciada a AB como estratégia básica para a consecução desses objetivos (Mello et al. 2009). O lema “Saúde para Todos no ano 2000” foi o mote das discussões, o qual seria alcançado pelo desenvolvimento da AB e seus princípios em todos os países do mundo. // Atenção Básica A AB foi definida como: Atenção essencial à saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, cientificamente comprovados e socialmente aceitos, tornados universalmente acessíveis a indivíduos e famílias na comunidade, a um custo que tanto a comunidade quanto o país possa arcar em cada estágio de seu desenvolvimento. É parte integral do sistema de saúde do país, do qual é função central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo de atenção continuada à saúde [Apud (Starfield, 1998)]. “ ” // Atenção Básica Definiram-se, também, os elementos essenciais da AB para aquele momento histórico, como apontado anteriormente. Muitos deles similares aos dos centros de saúde comunitários: • educação em saúde conforme as necessidades locais; • promoção de nutrição adequada; • abastecimento de água e saneamento básico apropriados; • atenção materno-infantil (incluindo o planejamento familiar); • imunização, prevenção e controle das doenças endêmicas; • tratamento apropriado das doenças comuns e acidentes na comunidade; • distribuição de medicamentos básicos e essenciais. Esses elementos nortearam a evolução do conceito de AB e de seus princípios até os dias de hoje (Starfield, 1998). // Atenção Básica Princípios Modernos da AB Podemos circunscrever, com base no trabalho de Barbara Starfield, uma das mais importantes autoras da área, os princípios gerais da AB, com base na Declaração de Alma-Ata (1978) e na evolução do conceito até os dias de hoje: oferta de ações de atenção à saúde integradas e acessíveis segundo as necessidades locais, desenvolvidas por equipes multiprofissionais responsáveis por abordar uma ampla maioria das necessidades individuais e coletivas em saúde, desenvolvendo uma parceria sustentada com as pessoas e comunidades (Starfield, 1998). Figura 2: Barbara Starfield (2010) // Atenção Básica A mesma autora resume os princípios da AB em quatro características ou atributos essenciais: a) Primeiro contato, integralidade, longitudinalidade e coordenação; b) mais três derivados (orientação familiar, comunitária, e competência cultural), explicitados na figura 3. // Atenção Básica Figura 3- Atributos essenciais e derivados da AB. Assim, a AB deve ser o primeiro contato preferencial das pessoas com o sistema de saúde, sem restrição de acesso, independente de gênero, condições socioculturais e problemas de saúde; com abrangência e integralidade das ações individuais e coletivas; e continuidade (longitudinalidade) e coordenação do cuidado ao longo do tempo, tanto no plano individual, quanto no coletivo, mesmo quando houver necessidade de referenciamento das pessoas para outros níveis e equipamentos de atenção do sistema de saúde. Deve ser praticada e orientada para os contextos familiar e comunitário, entendidos em sua estrutura e conjuntura socioeconômica e cultural. // Atenção Básica Sabe-se hoje, por diversos estudos científicos, que um sistema de saúde com forte referencial na AB é mais efetivo, mais satisfatório para as pessoas e comunidades, têm menores custos, e é mais equitativo - mesmo em contextos de grande iniquidade social (Starfield et al., 2005). Assim, a AB vem sendo entendida como o primeiro nível de atenção nos sistemas de saúde nacionais, regionais e locais, como também como estratégia política e princípios para (re) organização dos serviços e sistemas de saúde. Para tal, necessita de práticas profissionais específicas e construídas num modo complexo, integral e sistêmico de pensar o processo saúde-adoecimento, incorporando o conceito mais moderno de “promoção da saúde” apresentado anteriormente na Aula 9. Atenção! No Brasil, a expressão atual da AB na política de saúde (SUS), para tratar dos mesmos princípios e características, é a “Estratégia Saúde da Família” (ESF). // Atenção Básica Carteira de Serviços da Atenção Básica A Carteira de Serviços da AB é uma orientação contida na atual Política Nacional da Atenção Básica (PNAB 2017), que estabeleceu, nas suas diretrizes sobre funcionamento das unidades de saúde, a necessidade de definição de um amplo escopo dos serviços a serem ofertados como forma de garantia da coordenação do cuidado e ampliação do acesso. A PNAB 2017 definiu, ainda, que as ações e serviços da AB deverão seguir padrões essenciais e ampliados. Consideram-se padrões essenciais, ações e procedimentos básicos relacionados a condições básicas/essenciais de acesso e qualidade na AB; já os padrões ampliados são ações e procedimentos estratégicos para avançar e alcançar padrões elevados de acesso e qualidade na AB, observando especificidades locais, indicadores e parâmetros estabelecidos nas Regiões de Saúde. // Atenção Básica Ao longo do tempo, serão definidos os padrões essenciais e ampliados com base na avaliação da implantação da Carteira de Serviços, e essa definição poderá obter recortes regionais ou de acordo com a tipologia do município com base na atual classificação do IBGE. Orienta- se também que a oferta dos serviços seja pública, cabendo a cada gestor municipal, baseado na legislação vigente,realizar análise de demanda do território e ofertas das unidades de saúde para mensurar sua capacidade resolutiva, adotando as medidas necessárias para ampliar o acesso, a qualidade e a resolutividade das equipes e serviços da APS em parceria com o conselho gestor local. A Carteira de Serviços não visa enumerar nem esgotar todos os sinais, sintomas, ações, cuidados e patologias mais prevalentes que devem ser acompanhadas na AB, especialmente porque a epidemiologia e as necessidades das pessoas são dinâmicas e variadas. Da mesma forma, os procedimentos e as ações a serem realizados devem respeitar as regulamentações específicas dos conselhos profissionais bem como as habilidades individuais, sendo mote para a organização e a identificação de treinamentos adicionais necessários a serem ofertados aos profissionais. // Atenção Básica Atenção Básica Centrada na Pessoa e Baseada em Evidência Dentro da ideia de uma Carteira de Serviços abrangente, temos a consulta clínica integral na AB. A consulta clínica na AB deve idealmente seguir dois pilares, aparentemente distintos, mas que na realidade se complementam: o Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP), e a Saúde Baseada em Evidência. // Atenção Básica Tomada de decisões clínicas É um processo que leva em consideração três elementos: as evidências, as particularidades de cada pessoa e suas preferências. A saúde baseada em evidências fez enormes avanços nesse sentido, sendo um método robusto e extremamente útil de estruturar questões clínicas e avaliar evidências. Por outro lado, o MCCP traz o estabelecimento de uma base comum entre as perspectivas do profissional de saúde e da pessoa que é atendida, sendo a confluência dos dois métodos a chave para um desfecho clínico favorável. Saúde baseada em evidências Ajuda o profissional de saúde a determinar quais elementos podem ser apropriados para a tomada de decisão clínica, e o MCCP tem o intuito de garantir que as características particulares e as preferências de cada pessoa sejam levadas em consideração e de que se chegue a um plano de tratamento elaborado de acordo com esses fatores. // Atenção Básica // Redes de Atenção à Saúde (RAS) Qual a importância das Redes de Atenção (RAS)? Na última década, tem-se ressaltado dentro do SUS a importância da configuração de redes regionalizadas de atenção à saúde nos estados, envolvendo conglomerados de municípios. A portaria n.º 4.279 de 2010 define as regiões como áreas de abrangência territorial e populacional sob responsabilidade das redes de saúde, e o processo de regionalização como estratégia fundamental para sua configuração. Além disso, estabelece outros elementos constitutivos para o funcionamento das redes. // Rede de Atenção à Saúde (RAS) O Decreto Presidencial n.º 7508, publicado em 28 de junho de 2011, regulamenta a Lei n.º 8.080 de 1990 e dá novo destaque às redes, estabelecendo instrumentos para sua efetivação: •o mapa da saúde (que inclui a oferta pública e privada nas regiões); •os Contratos Organizativos de Ação Pública (COAP), os planos de saúde; • a Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (Renases); • a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) e • as Comissões Intergestores (instâncias de governança regional das redes, incluindo as Comissões Intergestores Regionais em substituição aos Colegiados de Gestão Regional). O objetivo, explicitado no documento, é proporcionar maior transparência na gestão do SUS, controle social e segurança jurídica nas relações entre os entes federados. // Rede de Atenção à Saúde (RAS) A região de saúde é definida a partir de um rol mínimo de ações e serviços (Resolução CIT n.º 1, de 29/09/2011), visando à organização, ao planejamento e à execução das redes de atenção à saúde (segundo conceitos e critérios definidos pela Portaria n.º 4.279/10). Apesar de manter a flexibilidade dos desenhos regionais, respeitando as diversidades territoriais, o Decreto n.º 7.508/11 condiciona estes desenhos ao cumprimento do rol mínimo de ações e serviços que uma região de saúde deve oferecer para garantir a integralidade do atendimento à saúde. Prevê, ainda, a solidariedade entre as regiões com o objetivo de garantir a oferta e cobertura das ações e serviços previstos na Renases (Resolução CIT n.º 2, de 17/01/2012) e na Rename (Resolução CIT n.º 1, de 17/01/2012). A construção das redes de atenção à saúde deve ocorrer, portanto, em diferentes escalas, conforme a complexidade e especialidade dos serviços e a necessidade de estabelecimento de fluxos assistenciais entre as regiões de saúde. // Rede de Atenção à Saúde (RAS) Os Colegiados de Gestão Regional (CGR), criados pelo Pacto pela Saúde, são expressos como espaços de governança regional do SUS, sendo renomeados como Comissões Intergestores Regionais (CIR) e mantidas sua estrutura de organização e funcionamento. O pressuposto da forte interdependência entre os governos e da necessidade de consolidar a “rede interfederativa” no SUSpor meio da criação de uma “força vinculante entre as esferas governamentais” está subjacente à proposta. // Rede de Atenção à Saúde (RAS) Regiões de saúde Objeto principal do processo de regionalização, as regiões de saúde constituem-se como base territorial para o planejamento das redes de atenção que possuem distintas densidades tecnológicas e capacidades de oferta de ações e serviços de saúde. São também espaços geográficos que engendram diferentes agentes (governos, organizações e cidadãos) e suas ações na condução do sistema de saúde. // Rede de Atenção à Saúde (RAS) Rede regionalizada de Atenção à Saúde Pressupõe a região como atributo fundamental para sua organização e funcionamento. Esta se constitui por um conjunto de: Unidades (ou pontos de atenção), de diferentes funções, complexidades e perfis de atendimento, que operam de forma ordenada e articulada no território, de modo a atender as necessidades de saúde da população. // Rede de Atenção à Saúde (RAS) Por seus significados e pelas relações existentes entre regiões e redes de atenção, considera-se que o avanço do processo de regionalização pode interferir positivamente no acesso às ações de serviços de saúde. Atenção! Faz-se necessário, portanto, identificar as condições que favorecem ou dificultam a regionalização para compreensão de possíveis entraves à diminuição das desigualdades regionais no acesso à saúde no Brasil. // Rede de Atenção à Saúde (RAS) Entende-se que a AB é a estratégia principal para a organização da RAS, por ser a porta de entrada preferencial dos usuários no SUS e por ordenar todos os recursos do sistema para satisfazer às necessidades, às demandas e às representações da população, o que coloca a AB como coordenadora estratégica da RAS (Figura 4). Figura 4: AB como coordenadora estratégica da RAS. // Rede de Atenção à Saúde (RAS) Fonte: MENDES (2011) // Processo saúde- adoecimento-cuidado // Processo Saúde-Adoecimento-Cuidado Várias definições têm sido utilizadas nos meios técnico e científico na atualidade Mas, primeiramente, é necessário deixar claro que a concepção de saúde-doença está diretamente atrelada à forma como o ser humano, no decorrer de sua existência, foi se apropriando da natureza para transformá-la, buscando o atendimento às suas necessidades. Um outro ponto a ser destacado é o fato de que a concepção de saúde-doença dá suporte aos projetos de intervenção sobre a realidade. Em outras palavras, a prática cotidiana de assistência, junto aos indivíduos e aos grupos sociais, é orientada pela visão que se tem de saúde, doença, vida, trabalho e assim por diante. A compreensão diferenciada dos fenômenos sociais e inclusive de saúde, consolida o desenvolvimento da Teoria da Determinação Social do Processo Saúde- Doença, também denominado Determinantes Sociais da Saúde (DSS), que buscarelacionar a forma como a sociedade está organizada às manifestações de saúde ou de doença (Figura 5). Figura 5: Determinantes Sociais da Saúde (DSS). // Processo Saúde-Adoecimento-Cuidado Modelo de Determinantes Sociais proposto Dahlgren e Whitehead Isso quer dizer que o processo saúde- adoecimento compõe momentos de um processo maior, que se refere à vida das pessoas, que, por sua vez, está intrinsecamente ligada ao potencial que elas têm ao acesso às necessidades para viver a vida, seja a moradia, a alimentação, a educação, a saúde, o lazer, etc. Ter acesso, numa sociedade como a brasileira, depende da inserção no sistema de produção, ou seja, do local que a pessoa ocupa no trabalho. Assim, a depender da inserção no sistema de produção, poder-se-á dispor de possibilidades maiores ou menores para o consumo. Portanto, verifica-se que a saúde- doença depende, em última instância, do lugar ocupado na sociedade. // Processo Saúde-Adoecimento-Cuidado Na abordagem da Vigilância à Saúde está se remetendo a uma forma de atuação que tem em vista a cotidianidade, ou seja, o constante monitoramento da saúde-doença dos grupos sociais. Neste aspecto, consideram-se como objeto de atenção, os perfis de saúde- doença dos grupos sociais e as questões que desencadearam os processos de adoecimento/fortalecimento. A atuação, neste caso, não se reduz à espera de sinais de alarme ou dos denominados eventos sentinela, mas da detecção precoce de estrangulamentos ou de nós críticos que evidenciam os problemas e as necessidades de saúde. Veja-se que estes ganham uma nova dimensão, pois deixam de ser fatores e passam a integrar processos de vida. // Processo Saúde-Adoecimento-Cuidado Níveis de prevenção Retomamos, aqui, também, essa discussão dos níveis de prevenção à saúde que já foram abordados na Aula 8, sendo, portanto, quatro, os níveis de prevenção estabelecidos. a) Prevenção primária é a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica. Inclui promoção da saúde e proteção específica (ex.: imunização, orientação de atividade física para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade). b) Prevenção secundária é a ação realizada para detectar um problema de saúde em estágio inicial, muitas vezes, em estágio subclínico, no indivíduo ou na população, facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou prevenindo sua disseminação e os efeitos de longo prazo (ex.: rastreamento, diagnóstico precoce). c) Prevenção terciária é a ação implementada para reduzir em um indivíduo ou população os prejuízos funcionais consequentes de um problema agudo ou crônico, incluindo reabilitação (ex.: prevenir complicações do diabetes, reabilitar paciente pós- infarto – IAM ou acidente vascular cerebral). d) Prevenção quaternária, de acordo com o dicionário da WONCA é a detecção de indivíduos em risco de intervenções, diagnósticas e/ou terapêuticas, excessivas para protegê-los de novas intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis. // Processo Saúde-Adoecimento-Cuidado A prevenção de doenças compreende três categorias: manutenção de baixo risco; redução de risco e detecção precoce. A imunização contribui nas duas primeiras categorias. a) Manutenção de baixo risco tem por objetivo assegurar que as pessoas de baixo risco para problemas de saúde permaneçam com essa condição e encontrem meios de evitar doenças. b) Redução de risco foca nas características que implicam risco de moderado a alto, entre os indivíduos ou segmentos da população, e busca maneiras de controlar ou diminuir a prevalência da doença. c) Detecção precoce visa estimular a conscientização dos sinais precoces de problemas de saúde – tanto entre usuários leigos como em profissionais – e rastrear pessoas sob risco de modo a detectar um problema de saúde em sua fase inicial, se essa identificação precoce traz mais benefícios que prejuízos aos indivíduos. Ela baseia-se na premissa de que algumas doenças têm maiores chances de cura, sobrevida e/ou qualidade de vida do indivíduo quando diagnosticadas o mais cedo possível. Alguns tipos de câncer, as doenças cardiovasculares, o diabetes e a osteoporose são alguns exemplos. // Processo Saúde-Adoecimento-Cuidado A detecção precoce pode ser realizada tanto nos encontros clínicos – em que o paciente procura o serviço por algum motivo – quanto nos encontros em que não há demanda por cuidado, como: atestados e relatórios, acompanhamento de familiares, vacinação, coleta de Papanicolaou etc. Em ambos os casos, os profissionais de saúde precisam estar receptivos e atentos para, além das atividades em foco (o motivo principal do encontro), observar possíveis sinais de doenças e, se necessário, tomar as providências para detectá-los precocemente. É fundamental que a habilidade e o respeito dos profissionais, bem como o diálogo com os usuários norteiem e limitem essa missão, evitando qualquer tendência à intromissão imprópria e a intervenções inadequadas e possivelmente iatrogênicas. // Processo Saúde-Adoecimento-Cuidado Saiba mais! Estratégias para a detecção precoce são o diagnóstico precoce e o rastreamento. O diagnóstico precoce diz respeito à abordagem de indivíduos que já apresentam sinais e/ou sintomas de uma doença, enquanto o rastreamento é uma ação dirigida à população assintomática, na fase subclínica do problema em questão. // Processo Saúde-Adoecimento-Cuidado Diagnóstico precoce são ações destinadas a identificar a doença em estágio inicial a partir de sintomas e/ou sinais clínicos. Na área oncológica, o diagnóstico precoce é uma estratégia que possibilita terapias mais simples e efetivas, ao contribuir para a redução do estágio de apresentação do câncer. Por essa razão, o conceito de diagnóstico precoce é por vezes nomeado de down-staging, ou seja, no menor estágio do desenvolvimento da doença. Rastreamento é a realização de testes ou exames diagnósticos em populações ou pessoas assintomáticas, com a finalidade de diagnóstico precoce (prevenção secundária) ou de identificação e controle de riscos, tendo como objetivo final reduzir a morbidade e mortalidade da doença, agravo ou risco rastreado. O rastreamento viabiliza a identificação de indivíduos que têm a doença, mas que ainda não apresentam sintomas. Por vezes, confunde-se a questão do rastreamento com a simples adoção de protocolos ou guidelines, recomendações de associações médicas ou outras instituições respeitadas sobre condutas profissionais. Essa ideia está mais próxima do rastreamento oportunístico, que, por sua vez, pode trazer mais problemas para os pacientes do que alívio do sofrimento. O rastreamento não está isento de riscos, pois significa interferir na vida de pessoas assintomáticas, ou seja, que até provem o contrário são saudáveis. // Processo Saúde-Adoecimento-Cuidado // Necessidades em saúde As necessidades em saúde e seus pressupostos // Necessidades em Saúde 01 Considerar que a concepção sobre necessidades de saúde vincula-se à noção de necessidades sociais e representa um conceito de junção de diferentes disciplinas como a economia, política, sociologia, antropologia, psicologia e biologia. 02 Considerar a natureza complexa da realidade e que existem diferentes saberes, desejos e interesses na perspectiva de profissionais de saúde, pacientes/responsáveis, cuidadores, podendo, inclusive, ser conflitantes. // Necessidades em Saúde 03 Na perspectiva dos profissionais de saúde, a identificação de necessidades de saúde deve estar orientada por princípios éticos e científicos e pelas diretrizes da universalidade, integralidade e equidade do cuidado e defesa da vida. 04 A abordagem construtivista da educação em saúde pressupõe a interação entre as pessoas e o confronto de diferentes saberes naconstrução de novos significados, a partir da ampliação das capacidades de análise, síntese e reflexão crítica, da autonomia e da co-responsabilização, num ambiente colaborativo e respeitoso. Diretrizes para a identificação de necessidades de saúde As necessidades de saúde são aquilo que falta na situação atual “para um dever ser” na situação desejada. Subordina-se aos conceitos de normatividade e de saúde-doença, concepções essas com caráter histórico, construído no desenvolvimento das sociedades. São uma tradução singular e operacional de problemas de saúde, embora possam existir necessidades sem que haja um problema, como no caso da prevenção. É um produto do encontro do profissional com a pessoa quando se dá a explicitação da necessidade [obtida de forma percebida, referida, expressa, normativa ou comparativa] do que precisa ser satisfeito para a vida continuar. A necessidade de saúde seria uma ferramenta para ampliar a abordagem do diagnóstico, problema ou condição, e embasaria a anamnese e o plano de cuidado e/ou intervenção. // Necessidades em Saúde A identificação de necessidades de saúde é uma ação da prática profissional na área da saúde, com especificidades para a prática médica, uma vez que têm interface com a formulação do(s) problema(s) do paciente, vinculados ou não a diagnósticos clínicos. As necessidades de saúde podem ser individuais e/ou coletivas (familiar, grupos sociais, comunidade) e abrangem as dimensões biológica e psicológica, tendo caráter histórico e sociocultural. As necessidades de saúde compreendem aquelas referidas (demandadas) pelo paciente/responsável e as percebidas pelos profissionais de saúde. O discurso do paciente/responsável é indispensável para o levantamento de necessidades referidas. Deve haver um diálogo entre as necessidades percebidas e referidas. Todas as necessidades devem ser abordadas no processo de construção do planejamento terapêutico, porém nem todas acabam pactuadas. Quanto maior a confluência entre necessidades referidas e percebidas, maior potencialidade do plano terapêutico (individual) ou projeto de intervenção (coletivo). // Necessidades em Saúde O plano terapêutico, como resultado de uma negociação que considera o contexto, a autonomia dos pacientes e o compromisso ético e social dos profissionais de saúde, deve explicitar tanto o que foi pactuado, como as dificuldades ou obstáculos a determinadas orientações ou intervenções. O próprio contexto atual da pandemia da covid19 já traz impacto de elevada relevância e magnitude de caráter psicossocial com relação ao cuidado individual e coletivo, na perspectiva da vigilância, do próprio autocuidado e do isolamento social. // Necessidades em Saúde // Territorialização // Territorialização Qual a importância da territorialização? Com o objetivo de se promover uma abordagem promotora de cuidado no âmbito da Atenção Básica, o reconhecimento do território, espaço vivo e dinâmico das vivências das pessoas, suas famílias e comunidades, é estratégico. O reconhecimento desse território é um passo básico para a caracterização da população e de seus problemas de saúde, bem como para a avaliação do impacto dos serviços sobre os níveis de saúde dessa população. Além disso, permite o desenvolvimento de um vínculo entre os serviços de saúde e a população, mediante práticas de saúde orientadas por categorias de análise de cunho geográfico. Essa proposta, contida no novo modelo de vigilância em saúde, é justificada pelo agravamento das desigualdades sociais associado a uma segregação espacial aguda, que restringem o acesso da população a melhores condições de vida. A territorialização consiste em um dos pressupostos da organização dos processos de trabalho e das práticas de saúde, considerando-se uma atuação em uma delimitação espacial previamente determinada. A territorialização de atividades de saúde vem sendo preconizada por diversas iniciativas no interior do Sistema Único de Saúde (SUS), como a Estratégia Saúde da Família, a Vigilância Ambiental em Saúde, Cidades Saudáveis e a própria descentralização das atividades de assistência e vigilância. // Territorialização Muito além de ser meramente o espaço político-operativo do sistema de saúde, o território do distrito sanitário ou do município, onde se verifica a interação população-serviços no nível local, caracteriza-se por uma população específica, vivendo em tempo e espaço determinados, com problemas de saúde definidos e que interage com os gestores das distintas unidades prestadoras de serviços de saúde. Esse espaço apresenta, portanto, além de uma extensão geométrica, um perfil demográfico, epidemiológico, administrativo, tecnológico, político, social e cultural, que o caracteriza como um território em permanente construção. Dessa forma, vem se fortalecendo a ideia das ações de promoção da saúde, orientadas para as ações coletivas e intersetoriais, independentemente do sistema de atenção à saúde. A atenção voltada para a produção social da saúde das populações gera a necessidade de esclarecer as mediações que operam entre as condições reais em que ocorre a reprodução dos grupos sociais no espaço e a produção da saúde e da doença. // Territorialização No Programa Nacional de Imunizações, a definição da população adscrita a um serviço de saúde, possibilita monitoramento constante dos indicadores de coberturas vacinais nas diversas faixas etárias, e intervenção oportuna, como por exemplo, a busca de faltosos. Atenção! Vale lembrar que, mesmo havendo população adscrita numa Sala de Vacina, deve-se atender e vacinar todos que procurarem o serviço, independente do local de moradia. // Territorialização Práticas de vigilância em saúde e a territorialização Os problemas de saúde apresentam uma diversidade de determinações, fazendo com que propostas de resolução sejam baseadas em múltiplas estratégias, medidas e atores. Destaca-se, ainda, nesse processo, o conhecimento popular e a participação social decorrente desse saber como base para a formulação conceitual e das ações de promoção da saúde. Para a reorientação dos sistemas de saúde na direção de afirmar-se como “espaço da saúde”, e não exclusivamente da atenção à doença, exige um processo de construção social de mudanças que se darão, concomitante e dialeticamente, na concepção do processo saúde-doença, no paradigma sanitário e na prática sanitária. O entendimento do processo saúde-doença tem evoluído consideravelmente de uma concepção eminentemente monocausal do pensamento clínico a concepções ampliadas de saúde, que articulam saúde com condições de vida, o que a Carta de Ottawa e todo o movimento contemporâneo da promoção social da saúde incorporaram plenamente. // Territorialização Essa nova visão considera a saúde como uma acumulação social, expressa num estado de bem- estar, que pode indicar acúmulos positivos ou negativos. Portanto, compreende que a dinâmica das relações sociais seja o fator que define as necessidades de saúde. Para o setor saúde, a perspectiva do modelo da vigilância em saúde configura-se no construto operacional que se propõe a dar resposta aos problemas de saúde. Para a constituição de uma base organizativa dos processos de trabalho nos sistemas locais de saúde em direção a essa nova prática, é importante o reconhecimento dos territórios e seus contextos de uso, uma vez que estes materializam diferentemente as interações humanas, os problemas de saúde e as ações sustentadas na intersetorialidade. // Territorialização // Considerações Finais Chegamos ao final deste conteúdo. É importante destacar os seguintes pontos abordados: • Os Determinantes Sociais da Saúde e o território em saúde exercem relevante impacto no processo saúde-doença-cuidado. • A Atenção Básica (AB) é um nível de atenção essencial para a ordenação do cuidado dentro da rede de Rede de Atençãoà Saúde, contribuindo para um cuidado integral, continuado e promotor de acesso. • A vigilância em saúde é um conjunto de ações fundamentais para a promoção de saúde, redução de agravos e iniquidades em saúde. // Considerações Finais • A abordagem centrada na pessoa, e a medicina baseada em evidências são ferramentas importantes para um cuidado efetivo na Atenção Básica. Esperamos que o conhecimento sobre a Rede de Atenção à Saúde auxilie você no seu dia a dia de Trabalho. // Considerações Finais Até a próxima! Almeida, L M. Da prevenção primordial à prevenção quaternária. Revista Portuguesa de Saúde Pública. 2005, Vol. 23, 1, pp. 91-96. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 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