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Aspectos Controversos do caso Lula nos HC 164

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Trabalho teoria da pena
Nome /matrícula: Priscila Eucilene da Silva Mendes – 01340080
Aspectos Controversos do caso Lula nos HC 164.493 e 193.726 do STF
Habeas corpus 193726
Imposto pela defesa do Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 03 de novembro 2020 ao Supremo Tribunal Federal (STF), tendo como autoridade coatora 5° turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) o pleito da defesa é em relação à nulidade com base a incompetência territorial do juízo da 13° vara da justiça federal de Curitiba, sendo que os casos em que Lula é acusado não tem nenhuma ligação com a Petrobrás. Assim a defesa alega que o caso deveria ser julgado no Distrito Federal e não em Curitiba.
Em 08 de Março de 2021, o ministro Edson Fachin decidiu de forma monocrática à nulidade do processo, os atos decisórios inclusive ao recebimento da denúncia. Essa decisão deu-se de caráter liminar e provisório dentro de um embaído de declaração, pois o próprio ministro Edson Fachin entendeu quando esse HC chegou ao STF que a turma não tinha a competência para julgar, então ele remeteu para o plenário. Porém o Plenário entendeu que a 2° turma tinha competência para julgar as questões oriundas do processo da 13° vara federal de Curitiba. Assim Fachin proferiu uma decisão tornando-a nula e em seu despacho que os autos devem ser enviados para a Justiça do Distrito Federal e que caberá "ao juízo competente decidir sobre a possibilidade de convalidação" de depoimentos e de coleta de provas.
Ao anular apenas os "atos decisórios praticados nas respectivas ações penais", Fachin deixa de fora as decisões proferidas por Moro na fase de investigação (as buscas e apreensões, a interceptação telefônica, quebras de sigilo). E dá a possibilidade de Brasília validar os atos instrutórios e apenas proferir novas sentenças.
Segundo um precedente do Superior Tribunal de Justiça, no RHC 40.514, em caso de incompetência relativa, "o recebimento da denúncia por parte de juízo territorialmente incompetente tem o condão de interromper o prazo prescricional". Assim, segundo esse precedente, se o juízo do Distrito Federal recomeçar o processo, a ação poderá ser tocada normalmente, pois os crimes atribuídos a Lula não estariam prescritos.
Habeas corpus 164493
 Impetrado pela defesa do Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro de 2018, o habeas corpus em questão trata da suspeição do Ex-Juiz Sergio Moro.
Suspeição é o ato pelo qual o juiz, por sua condição pessoal ou posicionamento tem a sua imparcialidade questionada, prejudicando a sua função de julgamento e exercício da jurisdição e, consequentemente, ameaçando os pressupostos processuais. Os advogados de Lula argumentam que Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, foi parcial e agiu com motivação política ao condená-lo no caso do tríplex do Guarujá.
O ministro Edson Fachin determinou o arquivamento desse habeas corpus, segundo ele ouve perda do objeto, uma vez que o outro habeas corpus que ele concedeu gerou a nulidade do processo.
Em 09 de março de 2021, Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, do STF, votaram, na sessão da Segunda Turma, pelo reconhecimento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na condução da ação penal que culminou na condenação do ex-presidente Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro referente ao tríplex em Guarujá. Para os ministros, Moro teve interesse político na condenação de Lula e atuou com o objetivo de inviabilizar sua participação na vida política nacional. O julgamento do Habeas Corpus (HC) 164493 foi suspenso por pedido de vista do ministro Nunes Marques.
O caso começou a ser julgado pela Segunda Turma em dezembro de 2018, quando, após os votos do relator, ministro Edson Fachin, e da ministra Cármen Lúcia, que não conheceram do habeas corpus, o ministro Gilmar Mendes pediu vista. Faltando apenas o voto do ministro Nunes Marques para finalizar a votação e termos uma decisão do caso em questão, podendo ainda alguns ministros mudar de voto.
Fachin ainda ressalta 	uma grande preocupação com o julgamento da suspeição de Moro segundo ele isso pode ter efeitos gigantescos. Isso porque caso seja julgado procedente a parcialidade de Moro todos os processos serão anulados.

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