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5º ACÓRDÃO - Presunção de inocência

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Ementa e Acórdão
11/11/2019 PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 175.673 RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) :HELIO CRESPO 
ADV.(A/S) :ANDRE GOMES PEREIRA 
AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
EMENTA: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM 
HABEAS CORPUS. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUBSTITUÍDA 
POR RESTRITIVA DE DIREITOS. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. 
POSSIBILIDADE. 
1. A execução provisória de decisão penal condenatória 
proferida em segundo grau de jurisdição, ainda que sujeita a recurso 
especial ou extraordinário, não viola o princípio constitucional da 
presunção de inocência ou não culpabilidade. Precedentes do Plenário do 
Supremo Tribunal Federal.
2. Esta Corte não restringiu o alcance da decisão apenas aos 
condenados a penas privativas de liberdade não substituídas. Nessa 
linha: o RHC 142.845, de minha relatoria; os HCs 142.750 e 141.978, 
ambos da relatoria do Ministro Luiz Fux; e o RE 1.055.792, Rel. Min. Celso 
de Mello.
3. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da 
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual, na 
conformidade da ata de julgamento, por maioria de votos, em negar 
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido 
o Ministro Marco Aurélio. 
Brasília, 1º a 8 de novembro de 2019. 
 
 MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 5D6A-6F9B-CB15-10D4 e senha 0E71-87A5-09D6-5F03
Supremo Tribunal FederalSupremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Relatório
11/11/2019 PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 175.673 RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) :HELIO CRESPO 
ADV.(A/S) :ANDRE GOMES PEREIRA 
AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator):
1. Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão 
monocrática em que neguei seguimento ao habeas corpus, nos seguintes 
termos:
“1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de concessão 
de liminar, impetrado contra acórdão unânime da Sexta Turma 
do Superior Tribunal de Justiça, da Relatoria do Ministro 
Sebastião Reis Júnior, assim ementado:
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO 
REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
USO DE DOCUMENTO FALSO. RECURSO QUE NÃO 
INFIRMOU, DE FORMA ESPECÍFICA, OS 
FUNDAMENTOS DO DECISUM COMBATIDO. 
INADMISSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 
182/STJ. OMISSÃO. AUSÊNCIA. INÍCIO DE 
CUMPRIMENTO DE PENA. DESARRAZOADA 
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. 
MATÉRIA CONSTITUCIONAL. STF. 
1. A insurgência não merece prosperar, haja vista a 
parte embargante não ter atacado, de forma específica, os 
fundamentos da decisão agravada, incidindo, no caso, a 
Súmula 182/STJ.
2. A questão tratada nos autos foi decidida e 
fundamentada à luz da legislação federal. Inexiste, 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 3D45-0B0E-0556-6426 e senha 439A-24BB-C02B-22A1
Supremo Tribunal Federal
11/11/2019 PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 175.673 RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) :HELIO CRESPO 
ADV.(A/S) :ANDRE GOMES PEREIRA 
AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator):
1. Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão 
monocrática em que neguei seguimento ao habeas corpus, nos seguintes 
termos:
“1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de concessão 
de liminar, impetrado contra acórdão unânime da Sexta Turma 
do Superior Tribunal de Justiça, da Relatoria do Ministro 
Sebastião Reis Júnior, assim ementado:
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO 
REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
USO DE DOCUMENTO FALSO. RECURSO QUE NÃO 
INFIRMOU, DE FORMA ESPECÍFICA, OS 
FUNDAMENTOS DO DECISUM COMBATIDO. 
INADMISSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 
182/STJ. OMISSÃO. AUSÊNCIA. INÍCIO DE 
CUMPRIMENTO DE PENA. DESARRAZOADA 
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. 
MATÉRIA CONSTITUCIONAL. STF. 
1. A insurgência não merece prosperar, haja vista a 
parte embargante não ter atacado, de forma específica, os 
fundamentos da decisão agravada, incidindo, no caso, a 
Súmula 182/STJ.
2. A questão tratada nos autos foi decidida e 
fundamentada à luz da legislação federal. Inexiste, 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 3D45-0B0E-0556-6426 e senha 439A-24BB-C02B-22A1
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
HC 175673 AGR / RJ 
portanto, vício consistente em omissão, contradição, 
obscuridade ou erro material (art. 619 do CPP).
3. Diante do nítido caráter protelatório dos embargos 
de declaração, determino a comunicação ao Juízo de 
primeiro grau para que dê início imediato à execução das 
penas, independentemente da publicação do presente 
acórdão.
4. A violação de preceitos, de dispositivos ou de 
princípios constitucionais revela-se quaestio afeta à 
competência do Supremo Tribunal Federal, provocado 
pela via do extraordinário; motivo pelo qual não se pode 
conhecer do recurso especial nesse aspecto, em função do 
disposto no art. 105, III, da Constituição Federal.
5. Embargos de declaração rejeitados com a 
determinação de início da execução da pena imposta à 
parte embargante.’
2. Extrai-se dos autos que o Tribunal Regional 
Federal da 2ª Região deu parcial provimento à apelação 
ministerial para condenar o paciente pela prática do crime 
previsto no art. 40 da Lei 9.605/98 à pena de 2 anos e 11 meses 
de reclusão, em regime aberto, e 174 dias-multa. A pena 
privativa de liberdade foi substituída por duas restritivas de 
direitos. Contra essa decisão, foram opostos embargos de 
declaração, rejeitados; e, em seguida, apresentado recurso 
especial, inadmitido na origem. 
3. A defesa então interpôs agravo em recurso 
especial. O Superior Tribunal de Justiça não conheceu do 
agravo. Na sequência, sobreveio agravo regimental, 
desprovido; e, após, foram opostos embargos de declaração, 
rejeitados. Na mesma ocasião, foi determinado o início da 
execução da pena imposta ao paciente. 
4. Neste habeas corpus, a parte impetrante sustenta, 
em síntese, que ‘o Supremo Tribunal Federal, ao modificar sua 
jurisprudência, não considerou a possibilidade de se executar 
provisoriamente, especificamente, a pena restritiva de direitos. No 
julgamento do HC nº 126.292/SP, a análise se restringiu à 
2 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 175673 AGR / RJ 
portanto, vício consistente em omissão, contradição, 
obscuridade ou erro material (art. 619 do CPP).
3. Diante do nítido caráter protelatório dos embargos 
de declaração, determino a comunicação ao Juízo de 
primeiro grau para que dê início imediato à execução das 
penas, independentemente da publicação do presente 
acórdão.
4. A violação de preceitos, de dispositivos ou de 
princípios constitucionaisrevela-se quaestio afeta à 
competência do Supremo Tribunal Federal, provocado 
pela via do extraordinário; motivo pelo qual não se pode 
conhecer do recurso especial nesse aspecto, em função do 
disposto no art. 105, III, da Constituição Federal.
5. Embargos de declaração rejeitados com a 
determinação de início da execução da pena imposta à 
parte embargante.’
2. Extrai-se dos autos que o Tribunal Regional 
Federal da 2ª Região deu parcial provimento à apelação 
ministerial para condenar o paciente pela prática do crime 
previsto no art. 40 da Lei 9.605/98 à pena de 2 anos e 11 meses 
de reclusão, em regime aberto, e 174 dias-multa. A pena 
privativa de liberdade foi substituída por duas restritivas de 
direitos. Contra essa decisão, foram opostos embargos de 
declaração, rejeitados; e, em seguida, apresentado recurso 
especial, inadmitido na origem. 
3. A defesa então interpôs agravo em recurso 
especial. O Superior Tribunal de Justiça não conheceu do 
agravo. Na sequência, sobreveio agravo regimental, 
desprovido; e, após, foram opostos embargos de declaração, 
rejeitados. Na mesma ocasião, foi determinado o início da 
execução da pena imposta ao paciente. 
4. Neste habeas corpus, a parte impetrante sustenta, 
em síntese, que ‘o Supremo Tribunal Federal, ao modificar sua 
jurisprudência, não considerou a possibilidade de se executar 
provisoriamente, especificamente, a pena restritiva de direitos. No 
julgamento do HC nº 126.292/SP, a análise se restringiu à 
2 
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
HC 175673 AGR / RJ 
reprimenda privativa de liberdade, na medida em que dispôs tão 
somente sobre a prisão do acusado condenado em segundo grau, antes 
do trânsito em julgado’. Ao fim, requer ‘a suspensão da execução 
provisória da pena até o transito em julgado da ação penal, sob 
pena da violação ao princípio constitucional da presunção de 
inocência’. 
Decido.
5. O habeas corpus não deve ser concedido.
6. Lembro a jurisprudência do Plenário do Supremo 
Tribunal Federal, firmada a partir do julgamento do HC 
126.292, Rel. Min. Teori Zavascki, assim ementado: 
‘CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS. 
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DE 
INOCÊNCIA (CF, ART. 5º, LVII). SENTENÇA PENAL 
CONDENATÓRIA CONFIRMADA POR TRIBUNAL DE 
SEGUNDO GRAU DE JURISDIÇÃO. EXECUÇÃO 
PROVISÓRIA. POSSIBILIDADE. 
1. A execução provisória de acórdão penal 
condenatório proferido em grau de apelação, ainda que 
sujeito a recurso especial ou extraordinário, não 
compromete o princípio constitucional da presunção de 
inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII da 
Constituição Federal. 
2. Habeas corpus denegado.’
7. Esse entendimento foi confirmado pelo Plenário 
do Supremo Tribunal Federal, ao examinar as medidas 
cautelares nas ADCs 43 e 44, Rel. Min. Marco Aurélio. 
Jurisprudência reafirmada, em repercussão geral, na análise do 
ARE 964.246, Rel. Min. Teori Zavascki.
8. Acrescento, por fim, que o STF não restringiu o 
alcance da decisão apenas aos condenados a penas privativas 
de liberdade não substituídas. Nessa linha, em habeas corpus, 
vejam-se o RHC 142.845, de minha relatoria; os HCs 142.750 e 
141.978, ambos da relatoria do Ministro Luiz Fux; o RE 
1.125.909-AgR, de minha relatoria; e o RE 1.055.792, Rel. Min. 
Celso de Mello, do qual se extrai da decisão o seguinte trecho:
3 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 175673 AGR / RJ 
reprimenda privativa de liberdade, na medida em que dispôs tão 
somente sobre a prisão do acusado condenado em segundo grau, antes 
do trânsito em julgado’. Ao fim, requer ‘a suspensão da execução 
provisória da pena até o transito em julgado da ação penal, sob 
pena da violação ao princípio constitucional da presunção de 
inocência’. 
Decido.
5. O habeas corpus não deve ser concedido.
6. Lembro a jurisprudência do Plenário do Supremo 
Tribunal Federal, firmada a partir do julgamento do HC 
126.292, Rel. Min. Teori Zavascki, assim ementado: 
‘CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS. 
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DE 
INOCÊNCIA (CF, ART. 5º, LVII). SENTENÇA PENAL 
CONDENATÓRIA CONFIRMADA POR TRIBUNAL DE 
SEGUNDO GRAU DE JURISDIÇÃO. EXECUÇÃO 
PROVISÓRIA. POSSIBILIDADE. 
1. A execução provisória de acórdão penal 
condenatório proferido em grau de apelação, ainda que 
sujeito a recurso especial ou extraordinário, não 
compromete o princípio constitucional da presunção de 
inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII da 
Constituição Federal. 
2. Habeas corpus denegado.’
7. Esse entendimento foi confirmado pelo Plenário 
do Supremo Tribunal Federal, ao examinar as medidas 
cautelares nas ADCs 43 e 44, Rel. Min. Marco Aurélio. 
Jurisprudência reafirmada, em repercussão geral, na análise do 
ARE 964.246, Rel. Min. Teori Zavascki.
8. Acrescento, por fim, que o STF não restringiu o 
alcance da decisão apenas aos condenados a penas privativas 
de liberdade não substituídas. Nessa linha, em habeas corpus, 
vejam-se o RHC 142.845, de minha relatoria; os HCs 142.750 e 
141.978, ambos da relatoria do Ministro Luiz Fux; o RE 
1.125.909-AgR, de minha relatoria; e o RE 1.055.792, Rel. Min. 
Celso de Mello, do qual se extrai da decisão o seguinte trecho:
3 
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Relatório
HC 175673 AGR / RJ 
‘[...] 
São essas as razões que me levaram, em voto vencido, 
a sustentar a tese segundo a qual a execução provisória (ou 
prematura ) da sentença penal condenatória revela-se 
frontalmente incompatível com o direito fundamental do réu 
de ser presumido inocente até que sobrevenha o trânsito em 
julgado de sua condenação criminal, tal como expressamente 
assegurado pela própria Constituição da República ( CF, art. 5º, 
LVII). 
[...] 
Ocorre, no entanto, que o Plenário desta Suprema 
Corte, ainda que por exígua maioria, adotou entendimento 
diverso, que me cabe, agora, observar em respeito e em 
atenção ao princípio da colegialidade. 
Cabe registrar, por oportuno, que essa mesma 
orientação vem sendo aplicada em se tratando de execução 
provisória de pena restritiva de direitos ( ARE 737.305-
AgR/SC , Rel. Min. GILMAR MENDES HC 142.750-
AgR/RJ , Rel. Min. LUIZ FUX, v.g. ): 
1. A execução provisória de pena restritiva de direitos 
imposta em condenação de segunda instância, ainda que 
pendente o efetivo trânsito em julgado do processo, não ofende o 
princípio constitucional da presunção de inocência, conforme 
decidido por esta Corte Suprema no julgamento das liminares 
nas ADC nºs 43 e 44, no HC nº 126.292/SP e no ARE nº 
964.246, este com repercussão geral reconhecida Tema nº 925. 
Precedentes: HC 135.347-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. 
Edson Fachin, DJe de 17/11/2016, e ARE 737.305-AgR, 
Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 10/8/2016 . 
( HC 141.978-AgR/SP , Rel. Min. LUIZ FUX) 
Isso significa, portanto,que a ora recorrida poderá 
sofrer, desde logo , a execução ( provisória ) da pena que lhe 
foi imposta. 
[…].’”
2. No presente agravo regimental, a defesa reitera os 
4 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 175673 AGR / RJ 
‘[...] 
São essas as razões que me levaram, em voto vencido, 
a sustentar a tese segundo a qual a execução provisória (ou 
prematura ) da sentença penal condenatória revela-se 
frontalmente incompatível com o direito fundamental do réu 
de ser presumido inocente até que sobrevenha o trânsito em 
julgado de sua condenação criminal, tal como expressamente 
assegurado pela própria Constituição da República ( CF, art. 5º, 
LVII). 
[...] 
Ocorre, no entanto, que o Plenário desta Suprema 
Corte, ainda que por exígua maioria, adotou entendimento 
diverso, que me cabe, agora, observar em respeito e em 
atenção ao princípio da colegialidade. 
Cabe registrar, por oportuno, que essa mesma 
orientação vem sendo aplicada em se tratando de execução 
provisória de pena restritiva de direitos ( ARE 737.305-
AgR/SC , Rel. Min. GILMAR MENDES HC 142.750-
AgR/RJ , Rel. Min. LUIZ FUX, v.g. ): 
1. A execução provisória de pena restritiva de direitos 
imposta em condenação de segunda instância, ainda que 
pendente o efetivo trânsito em julgado do processo, não ofende o 
princípio constitucional da presunção de inocência, conforme 
decidido por esta Corte Suprema no julgamento das liminares 
nas ADC nºs 43 e 44, no HC nº 126.292/SP e no ARE nº 
964.246, este com repercussão geral reconhecida Tema nº 925. 
Precedentes: HC 135.347-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. 
Edson Fachin, DJe de 17/11/2016, e ARE 737.305-AgR, 
Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 10/8/2016 . 
( HC 141.978-AgR/SP , Rel. Min. LUIZ FUX) 
Isso significa, portanto, que a ora recorrida poderá 
sofrer, desde logo , a execução ( provisória ) da pena que lhe 
foi imposta. 
[…].’”
2. No presente agravo regimental, a defesa reitera os 
4 
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Relatório
HC 175673 AGR / RJ 
argumentos da inicial, insistindo que “a possibilidade de execução provisória 
de pena não se estende para as hipóteses de substituição de pena privativa de 
liberdade”.
3. É o relatório.
5 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 175673 AGR / RJ 
argumentos da inicial, insistindo que “a possibilidade de execução provisória 
de pena não se estende para as hipóteses de substituição de pena privativa de 
liberdade”.
3. É o relatório.
5 
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
11/11/2019 PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 175.673 RIO DE JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator):
1. O agravo regimental não deve ser provido.
2. Tal como assentado na decisão agravada, as decisões das 
instâncias de origem estão alinhadas à jurisprudência do Plenário do 
Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do HC 126.292, Rel. Min. 
Teori Zavascki, assim ementado: 
“CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS. PRINCÍPIO 
CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (CF, 
ART. 5º, LVII). SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA 
CONFIRMADA POR TRIBUNAL DE SEGUNDO GRAU DE 
JURISDIÇÃO. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. POSSIBILIDADE. 
1. A execução provisória de acórdão penal condenatório 
proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a recurso 
especial ou extraordinário, não compromete o princípio 
constitucional da presunção de inocência afirmado pelo artigo 
5º, inciso LVII da Constituição Federal. 
2. Habeas corpus denegado.”
3. Esse entendimento foi confirmado pelo Plenário do STF, ao 
examinar as medidas cautelares nas ADCs 43 e 44, Rel. Min. Marco 
Aurélio. Jurisprudência reafirmada, em repercussão geral, no ARE 
964.246-RG, Rel. Min. Teori Zavascki.
4. Ademais, ressalto que o STF não restringiu o alcance da 
decisão apenas aos condenados a penas privativas de liberdade não 
substituídas. Nessa linha, em habeas corpus, vejam-se o RHC 142.845, de 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código A7E0-C729-40A2-7451 e senha B7A6-EB23-3528-D074
Supremo Tribunal Federal
11/11/2019 PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 175.673 RIO DE JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator):
1. O agravo regimental não deve ser provido.
2. Tal como assentado na decisão agravada, as decisões das 
instâncias de origem estão alinhadas à jurisprudência do Plenário do 
Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do HC 126.292, Rel. Min. 
Teori Zavascki, assim ementado: 
“CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS. PRINCÍPIO 
CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (CF, 
ART. 5º, LVII). SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA 
CONFIRMADA POR TRIBUNAL DE SEGUNDO GRAU DE 
JURISDIÇÃO. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. POSSIBILIDADE. 
1. A execução provisória de acórdão penal condenatório 
proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a recurso 
especial ou extraordinário, não compromete o princípio 
constitucional da presunção de inocência afirmado pelo artigo 
5º, inciso LVII da Constituição Federal. 
2. Habeas corpus denegado.”
3. Esse entendimento foi confirmado pelo Plenário do STF, ao 
examinar as medidas cautelares nas ADCs 43 e 44, Rel. Min. Marco 
Aurélio. Jurisprudência reafirmada, em repercussão geral, no ARE 
964.246-RG, Rel. Min. Teori Zavascki.
4. Ademais, ressalto que o STF não restringiu o alcance da 
decisão apenas aos condenados a penas privativas de liberdade não 
substituídas. Nessa linha, em habeas corpus, vejam-se o RHC 142.845, de 
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
HC 175673 AGR / RJ 
minha relatoria; os HCs 142.750 e 141.978, ambos da relatoria do Ministro 
Luiz Fux; o RE 1.125.909-AgR, de minha relatoria; e o RE 1.055.792, Rel. 
Min. Celso de Mello, do qual se extrai da decisão o seguinte trecho:
“[...] 
São essas as razões que me levaram, em voto vencido, a 
sustentar a tese segundo a qual a execução provisória (ou 
prematura ) da sentença penal condenatória revela-se frontalmente 
incompatível com o direito fundamental do réu de ser 
presumido inocente até que sobrevenha o trânsito em julgado de 
sua condenação criminal, tal como expressamente assegurado pela 
própria Constituição da República ( CF, art. 5º, LVII). 
[...] 
Ocorre, no entanto, que o Plenário desta Suprema Corte, 
aindaque por exígua maioria, adotou entendimento diverso, que me 
cabe, agora, observar em respeito e em atenção ao princípio da 
colegialidade. 
Cabe registrar, por oportuno, que essa mesma orientação vem 
sendo aplicada em se tratando de execução provisória de pena 
restritiva de direitos ( ARE 737.305-AgR/SC , Rel. Min. GILMAR 
MENDES HC 142.750-AgR/RJ , Rel. Min. LUIZ FUX, v.g. ): 
1. A execução provisória de pena restritiva de direitos imposta 
em condenação de segunda instância, ainda que pendente o efetivo 
trânsito em julgado do processo, não ofende o princípio constitucional 
da presunção de inocência, conforme decidido por esta Corte Suprema 
no julgamento das liminares nas ADC nºs 43 e 44, no HC nº 
126.292/SP e no ARE nº 964.246, este com repercussão geral 
reconhecida Tema nº 925. Precedentes: HC 135.347-AgR, Primeira 
Turma, Rel. Min. Edson Fachin, DJe de 17/11/2016, e ARE 737.305-
AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 10/8/2016 . 
( HC 141.978-AgR/SP , Rel. Min. LUIZ FUX) 
Isso significa, portanto, que a ora recorrida poderá sofrer, 
desde logo , a execução ( provisória ) da pena que lhe foi imposta. 
[…].” 
5. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 175673 AGR / RJ 
minha relatoria; os HCs 142.750 e 141.978, ambos da relatoria do Ministro 
Luiz Fux; o RE 1.125.909-AgR, de minha relatoria; e o RE 1.055.792, Rel. 
Min. Celso de Mello, do qual se extrai da decisão o seguinte trecho:
“[...] 
São essas as razões que me levaram, em voto vencido, a 
sustentar a tese segundo a qual a execução provisória (ou 
prematura ) da sentença penal condenatória revela-se frontalmente 
incompatível com o direito fundamental do réu de ser 
presumido inocente até que sobrevenha o trânsito em julgado de 
sua condenação criminal, tal como expressamente assegurado pela 
própria Constituição da República ( CF, art. 5º, LVII). 
[...] 
Ocorre, no entanto, que o Plenário desta Suprema Corte, 
ainda que por exígua maioria, adotou entendimento diverso, que me 
cabe, agora, observar em respeito e em atenção ao princípio da 
colegialidade. 
Cabe registrar, por oportuno, que essa mesma orientação vem 
sendo aplicada em se tratando de execução provisória de pena 
restritiva de direitos ( ARE 737.305-AgR/SC , Rel. Min. GILMAR 
MENDES HC 142.750-AgR/RJ , Rel. Min. LUIZ FUX, v.g. ): 
1. A execução provisória de pena restritiva de direitos imposta 
em condenação de segunda instância, ainda que pendente o efetivo 
trânsito em julgado do processo, não ofende o princípio constitucional 
da presunção de inocência, conforme decidido por esta Corte Suprema 
no julgamento das liminares nas ADC nºs 43 e 44, no HC nº 
126.292/SP e no ARE nº 964.246, este com repercussão geral 
reconhecida Tema nº 925. Precedentes: HC 135.347-AgR, Primeira 
Turma, Rel. Min. Edson Fachin, DJe de 17/11/2016, e ARE 737.305-
AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 10/8/2016 . 
( HC 141.978-AgR/SP , Rel. Min. LUIZ FUX) 
Isso significa, portanto, que a ora recorrida poderá sofrer, 
desde logo , a execução ( provisória ) da pena que lhe foi imposta. 
[…].” 
5. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2 
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
HC 175673 AGR / RJ 
 
6. É como voto.
3 
Supremo Tribunal Federal
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HC 175673 AGR / RJ 
 
6. É como voto.
3 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Voto Vogal
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 175.673 RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) :HELIO CRESPO 
ADV.(A/S) :ANDRE GOMES PEREIRA 
AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
V O T O
 
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O habeas corpus é ação 
constitucional voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão. O 
processo que o veicule, devidamente aparelhado, deve ser submetido ao 
julgamento de Colegiado. Descabe observar quer o disposto no artigo 21 
do Regimento Interno, no que revela a possibilidade de o Relator negar 
seguimento a pedido manifestamente improcedente, quer o artigo 932 do 
Código de Processo Civil. Ante o fato de atuar na sessão virtual, quando 
há o prejuízo da organicidade do Direito, do devido processo legal, 
afastada a sustentação da tribuna, provejo o agravo para que o habeas 
corpus tenha sequência.
A par desse aspecto, vencido no ponto, cumpre divergir do relator 
quanto à questão de fundo envolvida. Precipitar a execução da pena 
importa antecipação de culpa, por serem indissociáveis. Conforme dispõe 
o inciso LVII do artigo 5º da Constituição Federal, ninguém será 
considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória, ou seja, a culpa surge após alcançada a preclusão maior. 
Descabe inverter a ordem natural do processo-crime – apurar-se para, 
selada a culpa, prender-se, em verdadeira execução da reprimenda. Ante 
o quadro, provejo o habeas para determinar a suspensão da execução 
provisória do título condenatório.
 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Supremo Tribunal Federal
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 175.673 RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) :HELIO CRESPO 
ADV.(A/S) :ANDRE GOMES PEREIRA 
AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
V O T O
 
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O habeas corpus é ação 
constitucional voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão. O 
processo que o veicule, devidamente aparelhado, deve ser submetido ao 
julgamento de Colegiado. Descabe observar quer o disposto no artigo 21 
do Regimento Interno, no que revela a possibilidade de o Relator negar 
seguimento a pedido manifestamente improcedente, quer o artigo 932 do 
Código de Processo Civil. Ante o fato de atuar na sessão virtual, quando 
há o prejuízo da organicidade do Direito, do devido processo legal, 
afastada a sustentação da tribuna, provejo o agravo para que o habeas 
corpus tenha sequência.
A par desse aspecto, vencido no ponto, cumpre divergir do relator 
quanto à questão de fundo envolvida. Precipitar a execução da pena 
importa antecipação de culpa, por serem indissociáveis. Conforme dispõe 
o inciso LVII do artigo 5º da Constituição Federal, ninguém será 
considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória, ou seja, a culpa surge após alcançada a preclusão maior. 
Descabe inverter a ordem natural do processo-crime – apurar-se para, 
selada a culpa, prender-se, em verdadeira execução da reprimenda. Ante 
o quadro, provejo o habeas para determinar a suspensão da execuçãoprovisória do título condenatório.
 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 8D9A-D116-BA88-D126 e senha B837-1260-4807-82F7
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Extrato de Ata - 11/11/2019
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 175.673
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) : HELIO CRESPO
ADV.(A/S) : ANDRE GOMES PEREIRA (116487/RJ)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo 
regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro 
Marco Aurélio. Primeira Turma, Sessão Virtual de 1.11.2019 a 
8.11.2019.
Composição: Ministros Luiz Fux (Presidente), Marco Aurélio, 
Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. 
João Paulo Oliveira Barros
Secretário da Primeira Turma
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http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 6739-A7D9-9E10-E6DA e senha B588-95B7-08DE-7CF8
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 175.673
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) : HELIO CRESPO
ADV.(A/S) : ANDRE GOMES PEREIRA (116487/RJ)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo 
regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro 
Marco Aurélio. Primeira Turma, Sessão Virtual de 1.11.2019 a 
8.11.2019.
Composição: Ministros Luiz Fux (Presidente), Marco Aurélio, 
Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. 
João Paulo Oliveira Barros
Secretário da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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