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Leishmaniose ● Protozoário flagelado ● Ciclo de vida heteroxeno (digenetico) ● Zoonose ● Hospedeiros vertebrados - mamiferos em geral ● Hospedeiros invertebrados (flebotomíneos) ● Filo Kinetoplastida ● Familia Trypanosomatidae ● Genero Leishmania ● Existem dezenas de especies patogenicas ao homem ● A classificação leva em consideração aspectos biologicos, clinicos, imunologicos, bioquimicos e localização geografica ● Duas formas de vidas ● Amastigotas (aflageladas, intracelular) ● Promastigotas (flageladas livres ou aderidas no trato digestivo hospedeiro invertebrado) ● Estruturas ● Bolsa flagelar ● Cinetoplasto ● Corpusculo basal ● Nucleo ● Divisão binaria ● Ciclo de vida 1. Flobotomineos realizam repasto sanguineo injetando promastigotas 2. Promastigotas são fagocitos por macrogafos e outras celulas fagociticas 3. Promastigotas se difereciam em amastigotas 4. Amastigotas se multiplam e infectam novas celulas 5. Flobotomineos realizam repasto sanguineo ingerindo macrofagos e outras celulas infectadas 6. Ingestao de celulas parasitadas 7. Amastigotas se diferenciam em promastigotas 8. Amastigotas dividem-se no intestino e migram para a probóscide (ficam armazenadas aguardando o novo repasto) ● A maioria dos infectados são assintomaticos - relação parasito-hospedeiro ● Ativação de linfocitos Tcd4 e cd8 ● Ativação de macrofagos ● Produção de citocinas e anticorpos ● Produção de especies reativas de oxigenio e de oxido nitrico Leishmaniose tegumentar americana (LTA) ● Doença antiga - asia central ● No Brasil - ulcera de bauru ● Formas clinicas: relacionadas com diversidade do parasito e resposta imunologica do hospedeiro 1. Leishmaniose cutanea localizada (LCL) 2. Leishmaniose cutanea difusa (LCDf) 3. Leishmaniose cutanea disseminada (LCDs) 4. Leishmaniose mucocutanea (LMC) LTA - curso clinico ● Periodo de incubação: 2 semanas a 3 meses ● Lesão inicial pode regredir espontaneamente, permanecer estacionaria ou evoluir para nodulo dermico "histiocitoma" - lesao em moldura ● Histiocitoma - infiltrado inflamatório com necrose, resultando na desintegração da epiderme (lesão ulcero-crostosa) ● A progressao da lesao leva a formação de exsudato seropurulento (ulcera tipica da leishmaniose - circular, com bordas altas, ffundo granuloso, com dor avermelhada, exsudativa) ● Em seguida pode ocorrer disseminação linfática ou hematogenica, prduzindo metastase cutanea, subcutanea ou mucosa PATOGENESE LTA Leishmaniose visceral americana ● Calazar ● Complexo leishmania (L. chagasi (Brasil)) ● Fatores de risco: desnutrição, falta de tratamento, uso de imunossupressores e coinfecção por HIV ASPECTOS BIOLOGICOS ● Mecanismo de transmissão 1. Vetorial (lutzomya longipalpis) 2. Uso de drogas injetaveis 3. Transfusao sanguinea ● Reservatório - canídeos IMUNOPATOGENESE A interação entre o parasita e a resposta imune do hospedeiro resulta em um amplo espectro de manifestações clinicas Assintomaticos - resposta imune HT1 - resposta imune mais eficiente - ELIMINAÇÃO Sintomaticos - resposta imune TH2 e Treg - PERSISTENCIA CURSO CLINICO ● Forma assintomatica: maioria da população - febre baixa recorrente, tosse seca, diarreia, sudorese - sintomas inespecificos ● Forma aguda : 2 meses iniciais, febre alta, palidez de mucosas, hepatoesplenomegalia discreta ● Forma cronica/calazar: desnutrição, caquexia acentuada, hepatoesplenomegalia associada a ascite, edema, dispneia, dores musculares, infecção oportunista para portadores de HIV ● Leishmaniose dermica pos calazar: ocorre após o ttm da forma visceral, lesoes de pele com aparencia variada, areas de hipopigmentação, papulas ou maculas Obs: maior indice de obitos esta relacionado com a desnutrição - negligencia LTA - DIAGNOSTICO - as feridas podem ser confundidas com outras infecções, como por S. aureas ● Clinico ● Laboratorial 1. Pesquisa do parasito (esfregaços corados, histopatológicos, cultura, inóculo em animais, PCR) 2. Metodos imunológicos (teste de montenegro - leitura em 48h, negativo em LTDf) e imunofluorescencia indireta LTV - DIAGNOSTICO ● Diagostico laboratorial (pesquisa do parasito) 1. Aspirado de medula ossea, baço, figado, linfonodo 2. Crescimento em meio de cultura 3. PCR ● Metodos imunologicos 1. Imunofluorescencia indireta 2. Enzima 3. Reações cruzados com o T. cruzi LTA - TRATAMENTO ● Primeira escolha: antimonial pentavalente 20 dias (intramuscu ou endov) 30 dias forma mucosa Efeitos colaterais: vasculares e renais Alternativas: anfotericina B lipossomal, miltefosina Imunoterapia: pentofixilina inibe a prod de TNF alfa, citocina pro-inflamatória Alternativas são usadas em casos resistentes (LTDf) ou no ttm de cardiopatas e nefropatas LTV - TRATAMENTO Tradicionalmente realizado com antimoniais pantavalentes (glucantime) por 20 dias via venosa ou intramuscular Anfotericina B lipossomal: menor toxicidade + eficacia aceitavel: ttm de primeira linha mais adequada para LV LT no Brasil - regiao amazonica LV no Brasil - 2003 - 2007 - 95% dos casos das Americas - mudança no padrao epidemiologico (rural (NORDESTE) p/ urbano) norte, centro-oeste, sudeste ● LV é endemica no DF VETORES LEISHMANIA São artropodes; classe insecta, ordem diptera Todos possuem 1 par de asas desenvolvido e o outro par modificado (forma de halteres) FLEBOTOMINEO - Psychodidae - corpo cm muitas cerdas; parece a mosca de banheiro (mesma familia) Cor mais palha; abdome cheio de sangue Tambem podem ser vetores de outros patogenos - Bartonella bacilliformis - anemia (invade hemacias) e verrugas (invade celulas endoteliais) - reação a picada forma eritema que dura 2 dias Apesar de ser chamado de mosquito palha, o flebetomíneo não é mosquito É menor, possui asas semi-eretas, varias cerdas, 90 graus eixo da cabeça com o corpo Existem mais de 100 especies, nem todas são vetores de leishmania Ciclo biologico: Lutzomyia longipalpis Ambos os sexos precisam de açucar para completar o ciclo de vida. Femeas necessictam de sangue (nutrição e ovos) Habitats de flebotomineos Locais de descanso diurno: sombreados e umidos Formas imaturas são terrestres: diferentes dos mosquitos, os criadouros não são molhados, ficam sobre o solo umido Ex: buracos em troncos de arvores; tocas e cavernas calcareas Comportamento alimentar: habitos crepusculares/noturnos Dispersão dos flebotomíneos é pequena: cerca de 100m Como eles vem da floresta, uma forma interessante de prevenção é a construção de casas a cerca de 200/500m da floresta Desmatamento favorece a transmissão de leishmaniose para os seres humanos Controle de flebotomineos: inseticidas quimicas; uso de mosqueteiros Medidas profiláticas ● Telar as casas ● Uso de repelentes e roupas fechadas ● Casas a distancia de matas - 200 a 500m ● Saneamento ambiental ● Construção de galinheiros/canis mais distantes da casa e limpeza regular ● Proteção de cães - vacinação e coleira com deltamethrin Controle da leishmaniose canina: eutanasiar, tratar ou proteger? 1. A eutanasia é realizada há duas decadas e não produziu sucesso no controle da LV 2. O tratamento reduz a carga parasitaria, porem tem limitações - ainda pode infectar 3. A proteção com vacinação e coleiras impregnadas, porem ainda faltam estudos para avaliar impato na redução dos casos humanos e o custo ainda é alto p/ aplicação em larga escala
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