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Endoparasitismos x Ectoparasitismo → ectoparasitas vivem FORA ao corpo do hospedeiro. → endoparasitas, por sua vez, vivem DENTRO ao hospedeiro. Doença de Chagas → é uma doença infecciosa causada pelo parasita Trypanosoma cruzi. → Ela é transmitida pelo inseto triatomíneos hematófagos (o barbeiro). → POSSUEM CINETOPLASTO em todas as formas evolutivas, que por sua vez constitui uma mitocôndria modificada, com alto conteúdo de DNA( microscopicamente a representação é bem escura devido a grande quantidade de DNA) → O T. cruzi possui em seu ciclo biológico, nos hospedeiros vertebrado e invertebrado, três formas evolutivas cada uma com diferentes características morfológicas. ↳tripomastigota • Encontrada no sangue dos vertebrados (principal característica) • apresentam polimorfismo : delgados e largos ↳Epimastigota • fezes do inseto ↳Amastigota • Forma redonda • encontrada no tecido dos vertebrados ciclo de transmissão ↳Ciclo doméstico( homem – triatomíneo doméstico – homem) ↳Ciclo para - doméstico ( Animais domésticos – homem) • cão, gato, porcos ↳Ciclo silvestre (Reservatórios silvestres- zoonose) • Gambá, tatu, roedores, tamanduá. ciclo evolutivo ↳Ciclo Evolutivo no Hospedeiro Vertebrado 1. O triatomíneo no ato da picada, libera as excretas que podem estar infectadas com o T. Cruzi em sua forma tripomastigotas metacrílicos. 2. interagem com as células com as células e se transforma em Amastigotaa ( pois já se encontra nos tecidos) 3. sofre divisão binária e ocorre a diferenciação dos amastigotas em tripomastigotas, que são liberados da célula hospedeira caindo no interstício 4. Estes tripomastigotas caem na corrente sanguínea circulatória: • atingem outras células de qualquer tecido • ou órgão para cumprir novo ciclo celular • ou são destruídos por mecanismos imunológicos do hospedeiro • ou podem ainda ser ingeridos por triatomíneos Parasitologia revisão ↳Ciclo Evolutivo no Hospedeiro invertebrado Triatomíneos se infectam ao ingerir tripomastígotas sanguíneos Sofre Transformação esferomastígotas (Estômago) Diferenciação para epimastigotas ou Tripomastígotas metacíclicos Patogenia ↳Fase aguda: • Febre, astenia, mal estar, cefaléia Sinais de porta de entrada: aparecem 7 a 10 dias e permanecem 2 a 4 meses • Edema no corpo • Hepatoesplenomegalia - (30-40%) • Meningoencefalite ↳Fase Crônica • Duração 5 a 30 anos • Formas indeterminadas: Ausência de manifestações clínicas, radiográficas e eletrocardiográficas; A maioria dos pacientes permanece na forma indeterminada, sem apresentar sintomatologia, por toda a vida; • Cardiopatia chagásica crônica: aparecimento cerca de 15 – 20 anos após a infecção inicial; Profilaxia ↳A transmissão vetorial: controle químico de vetores com inseticidas quando a investigação entomológica indica a presença de triatomíneos e por melhoria habitacional em áreas de alto risco suscetíveis a domiciliação( interior). ↳A transmissão transfusional: manutenção e controle de qualidade rigoroso de hemoderivados ↳identificação de gestantes chagásicas na assistência pré-natal ou de recém-nascidos ↳A transmissão oral: cuidados de higiene na produção e manipulação artesanal e alimentos de origem vegetal ↳A transmissão acidental: é prevenida pela utilização de equipamentos de biossegurança Malária → A malária é uma doença infecciosa causada por parasitas protozoários do gênero Plasmodium → cinco espécies infectam o homem: •Plasmodium falciparum: Brasil (o mais grave); •Plasmodium vivax: Brasil; •Plasmodium malariae: Brasil •Plasmodium ovale: regiões restritas do continente africano; •Plasmodium knowlesi: sudeste asiático. → Os estágios invasivos de Plasmodium são: ↳Oocineto: forma alongada, está entre a luz e a parede do estômago do mostquito ↳Esporozoíto: complexo apical, extremidades afiladas, proteína CS na membrana externa (motilidade); ↳Merozoíto: menor e mais arredondado que o esporozoíto, membrana externa tripla, invade hemácias. → Os trasmissores são: pernilongo, carapanã e mosquito-prego. Gênero Anopheles Ciclo evolutivo no hospedeiro vertebrado Ciclo exo-eritrocítico 1. infecção malárica inicia-se quando esporozoítos infectantes são inoculados nos humanos pelo inseto vetor. 2. Somente no hepatócito se processa o desenvolvimento parasitário, cerca de 30 minutos após a infecção. 3. Após invadir o hepatócito, os esporozoítos se diferenciam em trofozoítos pré-eritrocíticos, os quais se multiplicam por reprodução assexuada dando origem aos esquizontes teciduais 4. posteriormente a milhares de merozoítos que invadirão os eritrócitos. Ciclo eritrocítico 1. Inicia quando os merozoítos tissulares invadem os eritrócitos. 2. Esquizogonia: esquizonte e depois a formação de merozoitos que novos eritrócitos 3. Depois de algumas gerações de merozoítos sanguíneos, ocorre a diferenciação em estágios sexuados 4. os gametócitos, que não mais se dividem e que seguirão o seu desenvolvimento no mosquito vetor, dando origem aos 5. esporozoítos. Transmissão ↳Forma natural: picada da fêmea do mosquito anofelino parasitadas com esporozoítos; ↳ Infecção humana para o mosquito: pessoas doentes ou assintomáticos, albergam formas sexuadas do parasito; ↳ Primatas não-humanos: podem ser reservatório de P. malariae. Aspectos clínicos → Fase sintomática inicial: ↳ Mal-estar; ↳ Cansaço; ↳ Cefaleia; ↳ Mialgia; → Ataque paroxístico agudo (acesso malárico); • Coincide com a ruptura das hemácias ao final da esquizogonia; • Geralmente acompanhado de calafrio e sudorese; • Dura de 15 min – 1 hora; • Seguido de fase febril: 41ºC ou +; • 2 a 6 horas depois: defervescência da febre, sudorese profusa e fraqueza intensa; • Sintomas desaparecem depois de algumas horas. Após essa fase inicial, a febre assume um caráter intermitente relacionado com o tempo de ruptura de uma quantidade suficiente de hemácias contendo esquizontes maduros. Portanto, a periodicidade dos sintomas depende da duração dos ciclos eritrocíticos de cada espécie de plasmódio. Malária não complicada → os acessos maláricos são acompanhados de intensa debilidade física, náuseas e vômitos. Pode ocorrer febre. O paciente apresenta-se pálido e com baço palpável (esplenomegalia). A anemia, apesar de frequente, apresenta-se em graus variáveis. Malária grave → adultos não-imunes, bem como em crianças e gestantes, ocorrem manifestações mais graves da infecção, podendo ser fatal → hipoglicemia, o aparecimento de convulsões, vômitos repetidos, hiperpirexia (> 41ºC), icterícia e distúrbio da consciência são indicadores → podem preceder as seguintes formas clínicas da malária grave e complicada Profilaxia → pode ser feita em níveis individual e coletivo. → proteção individual, evitando o contato do mosquito com a pele do homem: ↳ Evitar sair após o entardecer, pois o mosquito anofelino tem hábito de alimentação noturno; ↳ Uso de repelentes; ↳ Telar portar e janelas; ↳ Dormir com mosquiteiros; ↳ Medicamentos e alimentos que promovem sudorese com odor forte (tiamina e alho) têm sido usados para repelir o mosquito → Essas estratégias, contudo, se aplicam apenas a pessoas que visitam áreas endêmicas. → para reduzir os níveis de transmissão nas áreas endêmicas de forma coletiva: ↳ Medidas de combate ao vetor adulto com inseticidas; ↳ Medidas de combate às larvas com larvicidas; ↳ Medidas de saneamento básico para evitar a formação de “criadouros” de mosquitos; ↳ Medias para melhorar as condições de vida através da educação, informação e comunicação. Leishmaniose → É causada por parasitos do gênero Leishmania, um protozoário digenético quetem seu ciclo biológico realizado em dois hospedeiros( vertebrado e invertebrado) → A leishmaniose tegumentar americana é uma doença de caráter zoonótico que acomete o homem e diversas espécies de animais silvestres e domésticos, podendo se manifestar através de diferentes formas clínicas. → É considerada uma enfermidade polimórfica e espectral da pele e das mucosas. ↳A forma cutânea localizada é caracterizada por lesões ulcerosas, indolores, únicas ou múltiplas; ↳a forma cutaneomucosa é caracterizada por lesões mucosas agressivas que afetam as regiões nasofaríngeas ↳a forma disseminada apresenta múltiplas úlceras cutâneas por disseminação hematogênica ou linfática ↳ a forma difusa com lesões nodulares não- ulceradas. Ciclo evolutivo → Os hospedeiros invertebrados, e vetores da doença, são pequenos insetos da ordem Diptera, família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, gênero Lutzomyia, os flebotomíneos (mosquito- palha, tatuquira, birigui, etc.). → Os hospedeiros vertebrados incluem grande variedade de mamíferos: roedores, edentados (tatu, tamanduá, preguiça), marsupiais (gambá), canídeos e primatas (incluso o homem). → As formas amastigotas de Leishmania são encontradas parasitando células do sistema fagocitário do hospedeiro vertebrado, principalmente macrófagos residentes na pele. Sobrevivem e se multiplicam nesta célula, que é especializada na destruição de agentes estranhos. As formas promastigotas e paramastigotas são encontradas no tubo digestivo dos flebotomíneos livres ou aderidas ao epitélio intestinal, respectivamente. Ciclo evolutivo no vertebrado 1. Durante o processo de alimentação do flebotomíneo é que ocorre a transmissão do parasito. 2. Na tentativa da ingestão do sangue, as formas promastigotas são introduzidas no local da picada. 3. Dentro de quatro a oito horas, estes flagelados são interiorizados pelos macrófagos teciduais. 4. Os neuropeptídios vasodilatadores presentes na saliva do inseto atuam facilitando sua alimentação e, ao mesmo tempo, imunossuprimindo a resposta do hospedeiro vertebrado; 5. O macrófago fagocitam o parasito, introduzindo-o em seu interior, envolto pelo vacúolo fagocitário. 6. Rapidamente as formas promastigotas se transformam em amastigotas que são encontradas 24 horas após a facitose 7. Dentro do vacúolo fagocitário dos macrófagos, as amastigotas estão adaptadas ao novo meio fisiológico e resistem à ação destruidora dos lisossomas, multiplicando-se por divisão binárias até ocupar todo o citoplasma. 8. a membrana do macrófago se rompe liberando as amastigotas no tecido, sendo novamente fagocitadas, iniciando no local uma reação inflamatória. Mecanismos de evasão → LPG (lipofosfoglicano) é modificado durante a metaciclogênese, facilitando a migração do promastigota para o esôfago e caracterizando sua resistência à lise por complemento. Possui enzimas que detoxicam o peróxido de hidrogênio e enzimas proteolíticas do lisossoma. Aspectos clínicos → A lesão inicial é manifestada por um infiltrado inflamatório composto principalmente de linfócitos e de macrófagos na derme, cheios abarrotados de parasitas. O período de incubação varia de duas semanas a 3 meses. → podem ser agrupadas em três tipos básicos: ↳leishmaniose cutânea É caracterizada pela formação de úlceras únicas ou múltiplas confinada na derme, com a epiderme ulcerada. A leishmaniose cutaneodisseminada é uma é uma variação da forma cutânea e geralmente está relacionada com pacientes imunossuprimidos (HIV). ↳leishmaniose cutaneomucosa Conhecida por espúndia e nariz de tapir ou de anta. O agente etiológico é o L. braziliensis. As regiões mais comumente afetadas são o nariz, a faringe a boca e a laringe. A destruição do septo provoca mudança anatômica e aumento do nariz, que se constitui no chamado nariz de anta. Essas graves mutilações criam ao paciente dificuldades de respirar, falar e se alimentar. ↳leishmaniose cutânea difusa. formação de lesões difusas não ulceradas por toda a pele, contendo grande número de amastigotas. Agente etiológico no Brasil é o L. amazonenses. Evolve amplas áreas da pele, particularmente extremidades e outras partes expostas, onde numerosas erupções papulares ou nodulares não-ulceradas são vistas. Não há dúvidas de que a multiplicidade de lesões não é devida a repetidas picadas do vetor → A leishmaniose visceral americana é uma infecção zoonótica que afeta humanos e animais de alta mortalidade cujo agente atiológico é o L. chagasi. Suas formas infectantes atingem órgãos linfoides, como medula óssea, baço, fígado e linfonodos. É transmitido pela picada da fêmea de L. longipalpis e por compartilhamento de drogas injetáveis. → No Brasil, crianças são grupo de risco, apresentando febre irregular, perda de peso acentuada, aumento de baço e fígado e anemia. Profilaxia → Controle do vetor: ↳ Construção de moradias distantes da mata; ↳Telas de proteção; ↳ Repelentes. → Controle dos reservatórios.
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