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Desenvolvimento de Produto W B A 0 5 24 _ V 1. 1 2/217 Desenvolvimento de Produto Autoria: Sara Martins Vieira Zimmermann Como citar este documento: ZIMMERMANN, SARA M. V. Desenvolvimento de Produto. Valinhos: 2017. Sumário Apresentação da Disciplina 04 Unidade 1: Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 06 Assista a suas aulas 28 Unidade 2: Desenvolvimento do Produto 36 Assista a suas aulas 56 Unidade 3: Ciclo de Vida do Produto 64 Assista a suas aulas 86 Unidade 4: Ferramentas de Representação e Métodos de Projeto 94 Assista a suas aulas 112 2/217 3/2173 Unidade 5: Usabilidade 119 Assista a suas aulas 135 Unidade 6: Valor 142 Assista a suas aulas 161 Unidade 7: Propriedade Intelectual 169 Assista a suas aulas 185 Unidade 8: Marketing e Desenvolvimento do Produto 192 Assista a suas aulas 210 Sumário Desenvolvimento de Produto Autoria: Sara Martins Vieira Zimmermann Como citar este documento: ZIMMERMANN, SARA M. V. Desenvolvimento de Produto. Valinhos: 2017. 4/217 Apresentação da Disciplina O Processo de Desenvolvimento de Produ- to (PDP) envolve o desenvolvimento de no- vos produtos e o aperfeiçoamento daqueles já existentes. Muitas pessoas desconhe- cem o fato de que a engenharia de produ- tos também é responsável pelo redesenho de produtos atuais. Deve-se reconhecer a importância da engenharia de produto, as demandas do mercado e do constante foco em apresentar soluções às mesmas. Isso acontece, diversas vezes, no desenvolvi- mento dos produtos atuais, para os quais a empresa já possui expertise, experiência, e muitas vezes até proteção legal para direito de desenvolvimento e produção. O PDP atua entre a empresa e o mercado no qual a mesma atua para que as neces- sidades do mercado sejam antecipadas e soluções propostas. Dentre outras iniciati- vas, o PDP é responsável por identificar as necessidades do mercado e dos clientes em todas as fases do ciclo de vida do produto; identificar as possibilidades tecnológicas; desenvolver um produto que atenda às ex- pectativas do mercado, em termos de qual- idade total do produto; desenvolver o pro- duto no tempo adequado – ou seja, mais rápido do que os concorrentes – e a um cus- to competitivo. Para que o setor ou prática de engenha- ria de sucesso apresente resultados, toda a organização deve estar envolvida, com o objetivo de desenvolver novos produtos ou até mesmo aperfeiçoar aqueles já existes. É necessária a utilização de profissionais e 5/217 especialistas para apoio no planejamento, execução e tomada de decisão do processo. Nesta disciplina, serão abordados os temas relevantes ao PDP: conceitos de engenharia de produto, desenvolvimento de produto, ciclo de vida de um produto, ferramentas de representação e métodos do projeto, usabi- lidade, valor, propriedade intelectual e mar- keting de desenvolvimento de produto. 6/217 Unidade 1 Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto Objetivos 1. Apresentar conceitos relacionados a engenharia de produto. 2. Discorrer sobre a administração do produto. 3. Abordar aspectos em Processo de De- senvolvimento de Produtos (PDP). Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 7/217 Introdução A Engenharia de Produto, também conheci- da por Desenvolvimento de Produto, refere- -se à composição e ao desenvolvimento do produto, uma vez que indica quais compo- nentes, estruturas e processos estão des- tinados à fabricação do mesmo, a ser rea- lizada na empresa ou em terceiras, muitas vezes, parceiros ou fornecedores. Para que o setor ou prática de engenharia de sucesso apresente resultados, toda a organização deve estar envolvida. É necessária a utili- zação de profissionais e especialistas para apoio no planejamento, execução e toma- da de decisão do processo. O ciclo de vida dos produtos torna-se cada vez mais curto e as organizações deparam-se com novas barreiras competitivas. Logo, a inovação e constante desenvolvimento de produtos para serem ofertados ao mercado é essen- cial para a sobrevivência das organizações. 1. Engenharia de Produto Segundo Gurgel (1995), a engenharia de produto e processos deve permitir o acesso a informações como: • Especificações técnicas. • Materiais utilizados e suas equivalên- cias. • Misturas e controle de receitas. • Modelos. • Roteiro produtivo. • Consumo da matéria-prima nos está- gios produtivos. Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 8/217 • Política de perdas e projeção de resí- duos. • Projeção do tempo/quantidade de acordo com o lote produtivo. Para que o setor ou prática de engenharia de sucesso apresente resultados, toda a or- ganização deve estar envolvida, com o ob- jetivo de desenvolver novos produtos ou até mesmo aperfeiçoar aqueles já existentes. É necessária a utilização de profissionais e especialistas para apoio no planejamento, execução e tomada de decisão do processo. É importante salientar o que se quer di- zer por “desenvolver nossos produtos ou até mesmo aperfeiçoar aqueles já existen- tes”. Muitas pessoas desconhecem o fato de que a engenharia de produtos também é responsável pelo redesenho de produtos atuais, pondera-se que a área não deve ser considerada apenas responsável pela cons- tante criação de novas ofertas ao mercado. O investimento para o desenvolvimento de novos produtos é, na grande maioria das vezes, muito maior do que o investimento para o aperfeiçoamento de produtos já de- senvolvidos pela organização. Não é pos- sível apresentar dados exatos do mercado, mas isso pode ser explicado pela seguin- te lógica: se uma empresa já dispõe de re- cursos como pessoas, estrutura, máquinas e softwares para desenvolvimento de um produto, o ajuste dos mesmos após um pro- jeto de atualização é mais viável financeira- mente do que a utilização e reorganização desses mesmos recursos para o desenvolvi- Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 9/217 mento de novos produtos. Nesse caso, são necessários investimentos em treinamen- to, realocação de pessoal, investimento em máquinas, reorganização do chão de fábri- ca, contratação de novas tecnologias, entre outros. Além da discussão sobre a engenharia de um produto novo ou reestruturado, é im- portante apresentar o papel da atividade na responsabilidade de informar como o pro- duto deve ser obtido: em algumas ocasiões, o produto não necessariamente deve ser fa- bricado pela organização e, sim, comprado de outra. 2. Administração de Produto A administração de produto pode ser en- cargo de um setor ou equipe, responsáveis por toda a administração do processo de engenharia ou desenvolvimento de produ- to, com o objetivo de organizar os processos e eliminar dispersões, falhas de comunica- ção, retrabalho e demais ineficiências pro- venientes de uma administração de produ- to descentralizada, antes dispersas nas or- ganizações. A partir dessa nova proposta de administra- ção, percebe-se: • Redução da necessidade de supervi- são dos processos. • Intensa comunicação entre as pesso- Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 10/217 as. • Redução significativa de erros. • Redução do tempo de execução de todas as tarefas do processo. Gurgel (1995) apresenta as seguintes tarefas da administração de produto, conforme ilustra a Figura 1. Figura 1 - Tarefas da Administração do Produto. Fonte: Gurgel, 1995, p. 17. Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 11/217 Gurgel (1995) apresenta então a descrição de algumas das principais atividades: 1) Arquitetura do produto: também conhecida como design, estrutura a forma do produto, seu visual e de- senvolvimento técnico, com foco no usuário. 2) Desenvolvimento do Produto: ativi- dade de engenharia de produto, res- ponsável por transformar o produto da etapa da arquitetura do produto em um projeto industrial. 3) Prototipia: etapa de desenvolvimen- to de protótipos, a partir das defini- ções das etapas anteriores.4) Laboratório funcional: atividade res- ponsável pela reprodução dos requi- sitos do mercado, testando o protó- tipo no mercado. 5) Desenho para manufatura: definição das ações para que o novo produto seja desenvolvido de forma simples, flexível e estável. 6) Resolução do processo: definição das orientações de processo para que a manufatura seja realizada de forma eficaz, atendendo às especificações do projeto. 7) Desenvolvimento de embalagem: administração e projetos das emba- lagens dos produtos a serem utiliza- dos para contenção, apresentação e comercialização dos mesmos. Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 12/217 8) Sistemas de informação de produ- to: desenvolvimento de informações sobre o produto para as atividades de mercado, orçamento, programa- ção, abastecimento, recebimento de materiais, entre outras. 9) Modulação logística: definição de padrões logísticos para o desenvol- vimento e comercialização do pro- duto. 10) Singularidades mercadológicas: ini- ciativas funcionais de marketing a serem utilizadas para a venda e co- mercialização do produto; 11) Estruturação da assistência técnica: desenvolvimento de orientação para a instalação de um serviço de assis- tência técnica. 12) Manuais de serviços e peças sobres- salentes: desenvolvimento de manu- ais de serviços e peças e treinamento dos usuários. Para saber mais Laboratórios funcionais podem ser criados den- tro das próprias organizações desenvolvedoras dos produtos ou por organizações terceiras. Eles são essenciais para o teste de diversas etapas dos produtos, testes estes funcionais e também en- volvendo a aceitação de mercado. Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 13/217 3. Gestão do Processo de Desenvolvimento de Produtos De modo geral, desenvolver produtos consiste em um conjunto de ativida- des por meio das quais busca-se, a partir das necessidades do mercado e das possibilidades e restrições tecnológicas, e considerando as estratégias competitivas e de produto da empresa, chegar às especificações de proje- to de um produto e de seu processo de produção, para que a manufatura seja capaz de produzi-lo” (ROZENFELD et al, 2014, p. 3-4). O Processo de Desenvolvimento de Produtos (PCP), ilustrado na Figura 2, ganha cada vez mais importância dentro das organizações e diversos são os motivos para esse novo contexto. O de- senvolvimento de produtos é importante desde o primórdio das organizações. Entretanto, com o Link Os principais questionamentos acerca de protótipo, tais como: definição, benefícios, tipos, construção e registro de patentes são brevemente explorados no artigo “5 dúvidas básicas sobre fazer um protótipo para seu negócio”. Disponível em: <https://endeavor.org.br/prototipo/>. Acesso em: 01 out. 2017. https://endeavor.org.br/prototipo/ Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 14/217 aumento da competitividade, processos de inovação e melhorias de processo, além da evolução mercadológica e tecnológica, tornam-se cada vez mais necessário o desenvolvimento e padro- nização desse processo. Figura 2- Processo de Desenvolvimento de Produto (PDP). Fonte: Rozenfeld et al., 2014, p. 14. Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 15/217 O Processo de Desenvolvimento de Produ- tos (PDP) envolve o processo de planeja- mento estratégico e acompanha o processo de produção. Na situação tradicional, a alta cúpula de marketing é responsável pelo pla- nejamento estratégico, a engenharia pelo desenvolvimento de produto e a manufatu- ra pela produção. No novo escopo, pessoas diversas áreas são envolvidas nas três eta- pas do PDP. O ciclo de vida dos produtos torna-se cada vez mais curto e as organizações deparam- -se com novas barreiras competitivas. Logo, a inovação e constante desenvolvimento de produtos para serem ofertados ao mercado é essencial para a sobrevivência das orga- nizações. Segundo Rozenfeld et al. (2014, p. 4), o PDP “situa-se na interface entre a empresa e o mercado, cabendo a ele identificar – e até mesmo se antecipar – as necessidades do mercado e propor soluções (por meio de projetos de produtos e serviços relaciona- dos) que atendam a tais necessidades”. Os autores afirmam que o PDP busca: • Identificar as necessidades do merca- do e dos clientes em todas as fases do ciclo de vida do produto. • Identificar as possibilidades tecnoló- gicas. • Desenvolver um produto que atenda às expectativas do mercado em ter- mos de qualidade total do produto. Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 16/217 • Desenvolver o produto no tempo adequado – ou seja, mais rápido que os concorrentes – e a um custo competitivo. Logo, percebe-se a importância para o constante monitoramento do mercado, processos ágeis, eficientes e eficazes de engenharia de produto, além de foco em oportunidades durante todo o ciclo de vida do produto. O desenvolvimento de produtos, antes de responsabilidade dos pesquisadores e engenheiros passou a ser de responsabilidade de uma ampla gama de áreas e profissionais trabalhando em Link É possível encontrar mais informações sobre o tema Gestão do Desenvolvimento de Produtos (GDP) no Portal do Livro. Disponível em: <http://www.pdp.org.br>. Acesso em: 01 out 2017. Para saber mais Infelizmente, muitas organizações apresentam excelentes processos de desenvolvimento de produto, mas não focam em um curto período de tempo. Isso acarreta em perda de prazo de lançamento, de pa- tentes, além do risco da concorrência apresentar produto similar ao mercado em menor prazo. http://www.pdp.org.br Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 17/217 conjunto. Encontra-se cada vez mais cases de empresas bem-sucedidas que vêm im- plantando o processo e não mais deixando o desenvolvimento de produtos ao exclu- sivo time de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). O PDP possui as principais características: • Elevado grau de incertezas e riscos das atividades de resultados. • Decisões importantes devem ser to- madas no início do processo, quando as incertezas são ainda maiores. • Dificuldades de mudar as decisões ini- ciais. • As atividades básicas seguem um ci- clo interativo do tipo: Projetar (gerar alternativas) – Testar – Otimizar. • Manipulação e geração de alto volu- me de informações. • As informações e atividades provêm de diversas fontes e áreas da empresa e da cadeia de suprimentos. Para saber mais O time de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) faz parte da equipe de Desenvolvimento de Produto, mas não necessariamente da equipe de Enge- nharia de Produção. É possível encontrar profis- sionais dedicados à análise de demanda, testes de mercado e ao desenvolvimento de projetos de protótipos no time de P&D. Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 18/217 • Multiplicidade de requisitos a serem atendidos pelo processo, consideran- do todas as fases do ciclo de vida do produto e seus clientes. É importante explicitar que esse processo não é uma atividade rotineira para a maio- ria das organizações. Esses são projetos de médio a longo prazo, importantes e que im- pactam na sobrevivência das empresas. São necessárias diversas informações para esse processo: internas e externas, como oferta e demanda, capacidade de desenvol- vimento e produção, requisitos legais, for- necedores envolvidos, entre outras. Logo, é necessária a integração de informações provenientes e administradas por diversas áreas dentro de uma mesma organização. Iniciativas de coordenação e de integração entre departamentos são fundamentais. O processo de desenvolvimento de produ- tos envolve diversas etapas, que podem ser diferentes entre as organizações. Ainda as- sim, algumas premissas são importantes, não importando qual o projeto. Por exem- plo, é na fase inicial que são definidas as principais soluções de desenvolvimento, as especificações do produto, materiais e tec- nologias aserem utilizados, processos de fabricação etc. (GURGEL, 1995). Segundo Gurgel (1995), as escolhas de al- ternativas ocorridas no início do ciclo de de- senvolvimento são responsáveis por cerca de 85% do custo do produto final, conforme pode ser visto na Figura 3. Essa informação apresenta a importância desta etapa para todo o projeto. Quando a etapa inicial não é bem desenvolvida, é muito provável que o Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 19/217 projeto seja cancelado no futuro, em função de custos e processos internos. Vale mais a pena investir em um bom planejamento do que focar equipes na solução de problemas encontrados ao longo do desenvolvimento, provenientes de falta de planejamento e especificações iniciais. Figura 3- Curva de Comprometimento do Custo do Produto. Fonte: Gurgel, 1995, p. 7. Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 20/217 Conforme observa-se na imagem acima, o custo do comprometimento é mais elevado no perí- odo de desenvolvimento, mas torna-se estável durante a produção do produto. Já os custos in- corridos são aqueles não planejados, que praticamente não impactam o período de desenvolvi- mento, mas que podem alcançar altos níveis durante a produção, o que impacta significamente a margem prevista para a redução de custos na produção. Entretanto, mesmo que apresentada a importância do planejamento nas fases iniciais do pro- cesso, é natural que a organização não consiga estabelecer 100% das informações, uma vez que há muita incerteza nesse estágio. Logo, sugere-se que as organizações busquem o máximo de informações para o planejamento, mas que administrem as incertezas e que estejam preparadas para custos incorridos não planejados. Segundo Gurgel (1995, p.4): O segredo de um bom desenvolvimento de produtos é garantir que as in- certezas sejam minimizadas por meio da qualidade das informações, e que a cada momento de decisão exista um controle constante dos requisitos a serem atendidos e uma vigilância das possíveis mudanças de mercado. Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 21/217 Logo, o PDP envolve um fluxo de atividades e de informações. O PDP, baseado em processos de entradas e saídas de conhecimentos e informações, envolve diretamente as áreas de Engenha- ria, Produção, Marketing e o mercado. O desenvolvimento de produto envolve muitas atividades a serem execu- tadas por diversos profissionais de diferentes áreas da empresa tais como Marketing, Pesquisa & Desenvolvimento, Engenharia do Produto, Suprimen- tos, Manufatura e Distribuição, cada uma vendo o produto por uma pers- pectiva diferente, mas que são complementares. Essa particularidade exi- ge que essas atividades, e suas decisões relacionadas, sejam realizadas em conjunto e de forma integrada, evidenciando a necessidade de se estruturar um processo específico que reúna esse conjunto de atividades a serem pla- nejadas e gerenciadas de forma dedicada (Rozenfeld et al., 2014, p. 16). Há alguns anos, o PDP ainda era considerado um processo sequencial no qual as tarefas do pro- jeto eram atribuídas a um grande número de áreas funcionais e especializadas. Agora, já está claro que esse processo envolve inputs e outputs de diversas áreas em todos os estágios do de- senvolvimento. Esse processo é conhecido Engenharia Simultânea, conforme mostra a Figura 4. Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 22/217 Figura 4 - Processos Relacionados com o Desenvolvimento de Produtos. Fonte: Rozenfeld et al., 2014, p. 16. O Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP) é central entre as áreas ou iniciativas: plane- jamento estratégico, monitoramento de mercado, venda, atendimento ao cliente, pesquisa e desenvolvimento, distribuição, suprimentos, produção e assistência técnica. Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 23/217 Na engenharia simultânea, as equipes são multifuncionais, geralmente lideradas por gerentes de projetos. Ela é definida em es- truturas matriciais dentro das organizações, compostas por fornecedores e clientes in- ternos, possibilitando maior eficiência e atividades simultâneas. Essa forma de or- ganização aumenta a produtividade do tra- balho da engenharia de produto, além de reduzir erros e retrabalhos. Link A Endeavor disponibiliza um roadmap para o Pro- cesso de Desenvolvimento de Produtos. Disponí- vel em: <https://endeavor.org.br/roadmap/>. Acesso em: 01 out 2017. https://endeavor.org.br/roadmap/ Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 24/217 Glossário Processo de Desenvolvimento de Produto (PDP): todo o processo envolvendo o desenvolvi- mento de produto, desde o monitoramento de mercado, concepção da ideia, até o lançamento e pós-vendas do mesmo. Prototipia: processo de desenvolvimento de protótipos do produto a serem testados. Engenharia Simultânea: processos intercalados e simultâneos no Processo de Desenvolvimento de Produto. Questão reflexão ? para 25/217 Refletindo sobre as mudanças nos processos de enge- nharia de produto, você consegue propor um planeja- mento de projeto de desenvolvimento de um novo pro- duto? Pratique e busque informações adicionais acerca do assunto. 26/217 Considerações Finais • A Engenharia de Produto, ou Desenvolvimento de Produto, envolve o de- senvolvimento de novos produtos para atender às demandas do mercado. • O desenvolvimento do produto pode ser realizado pela organização ou ou- tras terceiras. • O Processo de Desenvolvimento de Produto (PDP) é complexo, envolve toda a organização, uma grande troca de informações e engenharia simultânea. • Um bom planejamento do desenvolvimento de produto é essencial para o controle e diminuição de custos no processo. Unidade 1 • Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto 27/217 Referências ENDEAVOR. 5 dúvidas básicas sobre fazer um protótipo para seu negócio. Disponível em: <ht- tps://endeavor.org.br/prototipo/>. Acesso em: 01 ago. 2017. ENDEAVOR. Roadmap: a bússola para desenvolver seu produto ou projeto. Disponível em: <ht- tps://endeavor.org.br/roadmap/>. Acesso em: 01 ago 2017. GURGEL, F. C. A. Administração de Produto. São Paulo: Atlas, 1a Edição, 1995. PDPnet [Portal do livro sobre Gestão do Desenvolvimento de Produtos (GDP)]. Disponível em: <http://www.pdp.org.br>. Acesso em: 01 ago 2017. ROZENFELD, H; FORCELLINI, F. A; AMARAL, D. C; TOLEDO, J. C; SILVA, S. L; ALLIPRANDINI, D. H; SCALICE, R. K. Gestão de Desenvolvimento de Produtos: uma referência para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 1a Edição, 2014. SEBRAE. Disponível em: <www.sebrae.com.br>. Acesso em: 01 ago 2017. https://endeavor.org.br/prototipo/ https://endeavor.org.br/prototipo/ https://endeavor.org.br/roadmap/ https://endeavor.org.br/roadmap/ http://www.pdp.org.br www.sebrae.com.br 28/217 Assista a suas aulas Aula 1 - Tema: Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto. Bloco I Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/14500e9dacc245d9f39de0c5037ff1ca>. Aula 1 - Tema: Conceitos Preliminares de Engenharia de Produto. Bloco II Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/pA- piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/b0cf- d2ab7d231e3ed8522729bccfbcb5>. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/14500e9dacc245d9f39de0c5037ff1ca https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/14500e9dacc245d9f39de0c5037ff1ca https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/14500e9dacc245d9f39de0c5037ff1ca https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/b0cfd2ab7d231e3ed8522729bccfbcb5 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/b0cfd2ab7d231e3ed8522729bccfbcb5 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/b0cfd2ab7d231e3ed8522729bccfbcb529/217 1. Assinale a alternativa que melhor define engenharia de produto. a) Composição e desenvolvimento de produto. b) Processo fabril de desenvolvimento de produto. c) Ação de prototipagem realizada na engenharia. d) Processo específico de engenharia no desenvolvimento de um novo produto. e) Ação de testes realizados na engenharia. Questão 1 30/217 2. Por que, para que o setor ou prática de engenharia de produto apresen- te resultados, toda a organização deve estar envolvida? a) Porque o processo de engenharia de produto envolve as áreas de engenharia e manufatura. b) Porque o processo de engenharia de produto depende das decisões da diretoria. c) Porque é necessária a utilização de profissionais e especialistas para apoio no planejamento, execução e tomada de decisão de todo o processo de engenharia de produto. d) Porque é necessária a realização de pesquisas de opinião. e) Porque apenas o departamento de engenharia deve estar envolvido no processo de enge- nharia de produto. Questão 2 31/217 3. Com relação a engenharia de produto, assinale a alternativa correta: a) Envolve a criação de novos produtos, apenas. b) Envolve o aperfeiçoamento de novos existentes, apenas. c) É responsável pelos testes de mercado. d) Envolve o desenvolvimento de novos produtos, ou até mesmo aperfeiçoar aqueles já exis- tentes. e) É responsável pelos testes de novos produtos, apenas. Questão 3 32/217 4. A administração de produto, que envolve toda a administração do proces- so de engenharia ou desenvolvimento de produto, faz com que: a) Haja necessidade de maior supervisão de processos. b) O número de erros de processos permaneçam os mesmos. c) Seja necessária a contratação de consultores externos. d) Aumente a pressão na área de teste de produtos. e) A comunicação entre os envolvidos seja intensificada. Questão 4 33/217 5. Por que, no processo de desenvolvimento de produto, é necessária a in- tegração de informações provenientes e administradas por diversas áreas dentro de uma mesma organização? a) Porque iniciativas de coordenação e de integração da comunicação entre departamentos são fundamentais. b) Porque iniciativas de comunicação ajudam as organizações a controlarem o fluxo de deter- minadas informações. c) Porque iniciativas de comunicação ajudam as organizações a controlarem melhor seus for- necedores. d) A integração de informações não é necessária para o desenvolvimento de produto. e) A integração de informações é necessária para uma organização, mas não faz diferença para iniciativas de desenvolvimento de produto. Questão 5 34/217 Gabarito 1. Resposta: A. A Engenharia de Produto, também conhe- cida por Desenvolvimento de Produto, refe- re-se à composição e desenvolvimento do produto, uma vez que indica quais compo- nentes, estruturas e processos estão des- tinados à fabricação do mesmo, a ser rea- lizada na empresa ou em terceiras, muitas vezes, parceiros ou fornecedores. 2. Resposta: C. Para que o setor ou prática de engenha- ria de sucesso apresente resultados, toda a organização deve estar envolvida, com o objetivo de desenvolver novos produtos ou até mesmo aperfeiçoar aqueles já existes. É necessária a utilização de profissionais e especialistas para apoio no planejamento, execução e tomada de decisão do processo. 3. Resposta: D. Muitas pessoas desconhecem o fato de que a engenharia de produtos também é respon- sável pelo redesenho de produtos atuais. A área não deve ser considerada apenas res- ponsável pela constante criação de novas ofertas ao mercado. Deve-se reconhecer a importância da engenharia de produto reco- nhecer as demandas do mercado e do cons- tante foco em apresentar soluções às mes- mas. Isso acontece, diversas vezes, no desen- volvimento dos produtos atuais para os quais a empresa já possui expertise, experiência e muitas vezes até proteção legal para direito de desenvolvimento e produção. 35/217 Gabarito 4. Resposta: E. A administração de produto pode ser de responsabilidade de um setor ou equipe, responsáveis por toda a administração do processo de engenharia ou desenvolvimen- to de produto, com o objetivo de organizar os processos e eliminar dispersões, falhas de comunicação, retrabalho, e demais ine- ficiências provenientes de uma administra- ção de produto descentralizada, antes dis- persas nas organizações. A partir desta nova proposta de administra- ção, percebe-se: • Redução da necessidade de supervi- são dos processos. • Intensa comunicação entre as pessoas. • Redução significativa de erros. • Redução do tempo de execução de to- das as tarefas do processo. 5. Resposta: A. O desenvolvimento de produtos, antes de responsabilidade das áreas de pesquisado- res e engenheiros, passou a ser de respon- sabilidade de uma ampla de áreas e pro- fissionais trabalhando em conjunto. Logo, é necessária a integração de informações provenientes e administradas por diversas áreas dentro de uma mesma organização. Iniciativas de coordenação e de integração entre departamentos são fundamentais. 36/217 Unidade 2 Desenvolvimento do Produto Objetivos 1. Apresentar conceitos sobre o proces- so de desenvolvimento de produto. 2. Discorrer sobre as etapas do processo de desenvolvimento de produto. 3. Caracterizar os processos de desen- volvimento e produto de sucesso.go- gia. Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto37/217 Introdução O Processo de Desenvolvimento de Produ- to (PDP) deve ser cada vez menor e mais estratégico. Ele é responsável por acompa- nhar e avaliar as demandas do mercado, e providenciar produtos que atendam a essa demanda. O PDP envolve quatro principais etapas: geração do conceito, planejamento do produto, engenharia de produto e enge- nharia de produção. É importante lembrar que, mesmo após o lançamento de um produto, e antes mes- mo do ciclo de vida do mesmo chegar à ma- turidade ou ao declínio, muitas vezes são necessárias alterações no projeto. E essas iniciativas de acompanhamento de neces- sidades e de projetos de alteração fazem parte do escopo do PDP. Finalmente, inovação é um tema constan- te quando se aborda o tema de desenvol- vimento de produto. A inovação envolve todos os diversos fatores associados ao de- senvolvimento de produto, desde mudan- ças simples até complexas. 1. Processo de Desenvolvimento de Produto Não se pode negar o fato de que o merca- do está cada vez mais competitivo. Nesse contexto, o Processo de Desenvolvimento de Produto (PDP) é responsável por acom- panhar e avaliar as demandas do mercado e providenciar produtos que atendam a essa demanda. E, uma vez que os consumidores e suas preferências mudam cada vez mais Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto38/217 rápido, as organizações precisam acelerar seu processo de modificação, adaptação e desenvolvimento. Segundo Lambert e Cooper (2000), o ci- clo de vida de produto diminuiu em 400% através de uma ampla gama de categorias de produtos entre 1950 e 2000. Isso sig- nifica que os ciclos de vida do produto são cada vez mais curtos e que novos produtos chegam ao mercado cada vez mais rápido, substituindo diversos outros. Segundo Kotler (2006), a maioria das curvas do ciclo de vida do produto assume a forma de sino, através das seguintes etapas: 1) Introdução 2) Crescimento. 3) Maturidade. 4) Declínio. Essa explicação é importante para que os integrantes de equipe de desenvolvimento de produto estejam atentos a todas as eta- pas do ciclo de vida dos produtos e plane- jem suas iniciativas para que o ciclo de vida seja mais longo ou que alterações sejam previstas e colocadas em prática no período de maturação para que o produto não seja descontinuado. Um clássico exemplo de alterações em li- nhas de produtos para que as mesmas não sejam descontinuadas é o de aparelhos ce- lulares. A cada ano, as grandes empresas que fornecem celulares ao mercado lançam novas versões dos seus produtos ao merca- Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto39/217do. A partir dessa estratégia, o ciclo de vida é reiniciado e o cliente passa pela sensação ou expe- riência de ter em mãos algo totalmente novo. O desenvolvimento de produto também envolve as atividades de acompa- nhamento do produto após o lançamento para, assim, serem realizadas as eventuais mudanças necessárias nessas especificações, planejada a des- continuidade do produto no mercado e no processo de desenvolvimento, as lições aprendidas ao longo do ciclo de vida do produto (ROZENFELD et al, 2014, p. 3-4). Cooper (1986) desenvolveu um interessante processo para o desenvolvimento de produtos: o Stage-Gate-Process (processo em estágios com etapas de avaliação/aprovação), de forma a au- mentar a eficiência do PDP. Esse processo utiliza etapas definidas pela organização, cada uma dividida por gates (portões). A cada etapa são realizadas validações (a partir de investigações, testes e avaliações) para que o desenvolvimento seja autorizado a atravessar o gate (portão) em questão para a próxima etapa. Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto40/217 Finalmente, inovação é um tema constan- te quando se aborda o tema de desenvol- vimento de produto. A inovação envolve todos os diversos fatores associados ao de- senvolvimento de produto, desde mudan- ças simples até complexas. 2. Etapas de Desenvolvimento de Produto O PDP envolve quatro etapas principais: 1) Geração do conceito: definição de produtos e objetivos de mercado. 2) Planejamento do produto: estabe- lecimento de metas, especificações e design básico. 3) Engenharia de produto: desenvolvi- mento de projetos detalhados e pro- tótipos. 4) Engenharia de produção: desenvol- vimento de processos de produção. Pahl e Beitz (1996), importantes pes- quisadores da área de desenvolvi- mento de produto, apresentaram uma Para saber mais De acordo com a Nielsen, identificar os desejos desarticulados é a chave para um lançamento se sobressair. Isso significa observar não apenas o que os consumidores afirmam querer, mas tam- bém o que mostrar querer, com suas ações diárias. Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto41/217 abordagem de design sistemática para o processo: a. Clarificação da tarefa: coleta de informações sobre os requisitos a serem incorporados na solução; definição de restrições do projeto; especificação, um documento de referência que indica o problema a ser resolvido. b. Projeto conceitual: estabeleci- mento de estruturas de função em busca de princípios de solução ade- quada e combinar em variantes de conceitos; o conceito deve resultar dessa fase; são realizados os prin- cipais esforços criativos do proces- so; são definidor custos e projeção prévia do projeto; c. Forma de realização do projeto: a partir do conceito, os projetistas podem determinar o layout do pro- duto; definir as formas; desenvol- ver um produto técnico ou sistema de acordo com as considerações técnicas e econômicas definidas na etapa anterior. d. Desenvolvimento de layout: os layouts preliminar e definitivo são resultados dessa etapa; são de- senvolvidos os layouts e dimensão, análise e simulações são realizadas para que seja avaliada a conformi- dade do projeto. e. Projeto detalhado: refere-se à definição e ao detalhamento do projeto, abrangendo informações Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto42/217 como disposição, forma, dimen- sões e propriedades de superfície de todas as partes individuais fi- nalmente estabelecidas, materiais especificados, viabilidade técnica e econômica verificada novamente, todos os desenhos e documentos de produção feitos. 3. Tipos de Projetos para Desen- volvimento de Produto Segundo Gurgel (1995, p. 9), os projetos de desenvolvimento de produto podem ser classificados por diversos critérios, “sendo que a classificação mais comum e útil é ba- seada no grau de mudanças que o projeto representa em relação a projetos anterio- res, e essa classificação depende das espe- cificidades do setor”. Segue na Figura 1 a classificação de proje- tos de desenvolvimento apresentada pelo autor. Link A Endeavor oferece um workshop gratuito sobre o desenvolvimento de novos produtos. Disponível em: <https://endeavor.org.br/criando-no- vos-produtos-sem-perder-o-foco/>. Acesso em: 15 out 2017. https://endeavor.org.br/criando-novos-produtos-sem-perder-o-foco/ https://endeavor.org.br/criando-novos-produtos-sem-perder-o-foco/ Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto43/217 Figura 1 - Amplitude da Mudança de Projeto. Fonte: Gurgel, 1995, p. 9. Como observa-se pela Figura 1, há cinco principais amplitudes da mudança de pro- jeto: projetos incrementais e derivados, próxima geração ou plataforma, inovações radicais, pesquisa e desenvolvimento avan- çado e alianças ou projetos de parceria. a) Projetos incrementais ou derivados: envolvem projetos que criam produ- tos e processos que são derivados, hí- bridos ou com pequenas modificações em relação aos projetos já existentes. Incluem versões de redução de custo de um produto e projetos com ino- vações incrementais nos produtos e processos. Requerem menos recursos, pois partem dos produtos ou proces- sos existentes estendendo a sua apli- cabilidade e ciclo de vida. Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto44/217 b) Projetos próxima geração ou plata- forma: normalmente representam al- terações significativas no projeto do produto e/ou do processo, sem a in- trodução de novas tecnologias ou ma- teriais, mas representando um novo sistema de soluções para o cliente, o que pode significar uma próxima ge- ração de um produto ou de uma fa- mília de produtos anteriormente exis- tentes, representar o projeto de uma estrutura básica do produto que seria comum entre os diversos modelos que compõem uma família de produtos. c) Projetos de inovações radicais (bre- akthrough): envolvem significativas modificações no projeto do produto ou do processo existente, podendo criar uma nova categoria ou família de produtos para a empresa. São incor- poradas novas tecnologias e materiais e geralmente requerem um processo de manufatura também inovador; d) Projetos de pesquisa e desenvolvi- mento (P&D) avançado: criam co- nhecimento para projetos futuros, precursores do desenvolvimento co- mercial, mas não possuem objetivos comerciais de curto prazo. Ou seja, não se trata de um projeto de desen- volvimento de produto propriamente dito, mas, sim, de pesquisa avançada. e) Projetos de aliança ou projetos de parceria: a diferenciação em relação aos demais projetos não está no grau de mudança incorporado e, sim, no Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto45/217 fato de ser conduzido fora do âmbito da empresa ou em parcerias com ou- tras empresas. 4. Sucesso deum Novo Produto Segundo Cooper (2000) o sucesso de um produto abrange dez fatores críticos: 1. Procurar produtos diferenciados e superiores. 2. Análise prévia de mercado, concor- rência, necessidades e desejos dos clientes, avaliações de viabilidade técnica e operacional. 3. Criar na voz do consumidor. 4. Exigir a definição de um produto pre- ciso e estável. 5. Plano e recurso de lançamento no mercado no início do processo. 6. Criar pontos de difíceis decisões do tipo “prosseguir” (go) ou “encerrar” (kill) no processo. 7. Organizar o design dos projetos com uma equipe multifuncional, liderado por um responsável pelo projeto do início ao fim. 8. Aproveitar as competências essen- ciais do negócio, ou seja, adequar-se às necessidades de projeto do novo produto e recursos, pontos fortes e Para saber mais Projetos de nacionalização, aqueles em que a filial adapta para as condições locais um determinado projeto da matriz, também são considerados. Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto46/217 experiência da empresa em termos de marketing, distribuição, vendas, tecnologia e ope- rações. 9. Criar orientação internacional no processo de novos produtos. 10. O papel da gestão superior é fundamental para o sucesso. Link Dicas para o lançamentode novos produtos. Confira o relatório completo e gratuito. Disponível em: <http://revistapegn.globo.com/Tecnologia/noticia/2016/12/conheca-dicas-para-ter-suces- so-no-lancamento-de-um-novo-produto.html>. Acesso em: 15 out 2017. Principais desafios para o sucesso em projetos de novos produtos. Disponível em: <http://www.crea- -sc.org.br/portal/index.php?cmd=artigos-detalhe&id=3302#.WeSwRqPOo1g>. Acesso em: 15 out 2017. http://revistapegn.globo.com/Tecnologia/noticia/2016/12/conheca-dicas-para-ter-sucesso-no-lancamento-de-um-novo-produto.html http://revistapegn.globo.com/Tecnologia/noticia/2016/12/conheca-dicas-para-ter-sucesso-no-lancamento-de-um-novo-produto.html http://www.crea-sc.org.br/portal/index.php?cmd=artigos-detalhe&id=3302#.WeSwRqPOo1g http://www.crea-sc.org.br/portal/index.php?cmd=artigos-detalhe&id=3302#.WeSwRqPOo1g Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto47/217 5. Diferenciais de Organizações com Excelência no Processo de Desenvolvimento de Produtos Segundo Gurgel (1995), as organizações com excelência no processo de desenvolvi- mento de produtos são aquelas direciona- das para a entrega de valor: enxutas, ágeis, flexíveis, receptivas, competitivas, inovado- ras, eficientes e inteiramente focadas para aumentar o valor percebido pelo mercado. E o foco deve ser sempre o cliente. Segundo o autor, a administração do produto deve- rá preocupar-se com os desejos do cliente quando o desejam, como o desejam e quan- to desejam pagar, e os produtos e serviços devem ser ajustados às necessidades espe- cíficas e peculiares de cada cliente ou seg- mento de mercado. Gurgel (1995) sugere as seguintes ações para consolidação da cultura interna da or- ganização para que o desenvolvimento de produtos seja um sucesso: 1. Estudos: dedicação de tempo ao es- tudo de desenvolvimento de produ- to, antes que qualquer investimento seja realizado. 2. Reuniões: realização de poucas reu- niões formais, e mais informais. 3. Comunicação oral: o acordo verbal deve ser prioritário em relação à bu- rocracia encontrada em diversas or- ganizações. Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto48/217 4. Abertura: definição de abertura for- mal do projeto, apenas aos grupos envolvidos. 5. Grupos: estímulo de formação de grupos de trabalho, com atuação paralela e concorrente entre si. 6. Medo: eliminação do medo e ini- bições na apresentação de novas ideias, sugestões e processos. 7. Liderança: organização a liderança do projeto por grupos, bem organi- zadas. 8. Padronização: estímulo de desen- volvimento de componentes padro- nizados, fornecedores homologados e demais inputs do projeto para que haja facilitação do processo. 9. Tecnologia: identificação de tecno- logias necessárias para o desenvol- vimento do projeto e definição de equipes responsáveis pelas mesmas. 10. Simulações: simulação do curso da manufatura do produto e do inves- timento necessário ao projeto para o design, possível redesign e lança- mento. 11. Entrosamento: estabelecimento de profundo entrosamento entre os profissionais e áreas envolvidas; 12. Transferência: transferência de res- ponsabilidades às áreas pré-defini- das, para que não haja retrabalho. 13. Documentação: documentação de todas as etapas do projeto. Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto49/217 Para saber mais Segundo o Sebrae, ao planejar a oferta do pro- duto para o mercado, a empresa deve pensar em cinco níveis: benefício central, transformação do benefício central em produto básico, produto es- perado, produto ampliado e sistema de consumo. Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto50/217 Glossário Demanda de mercado: volume total que seria comprado por um grupo de clientes definido, em uma área geográfica definida, em período definido, com iniciativas de marketing definidas. Layout: esboço do trabalho final a ser apresentado para aprovação. Redesign: atualizações ou modificações de um design já estabelecido. Questão reflexão ? para 51/217 Refletindo sobre as etapas e responsabilidades de de- senvolvimento de produtos, elabore uma lista de inicia- tivas que a sua empresa favorita poderia desenvolver em relação a novos produtos para satisfazer seus clien- tes, incluindo você. 52/217 Considerações Finais (1/2) • O Processo de Desenvolvimento de Produto deve ser cada vez menor, e mais estratégico. O PDP é responsável por acompanhar e avaliar as demandas do mercado e providenciar produtos que atendam a esta demanda. • O PDP envolve quatro etapas principais: geração do conceito, planejamen- to do produto, engenharia de produto, engenharia de produção. • Há cinco principais amplitudes da mudança de projeto: projetos incremen- tais e derivados, próxima geração ou plataforma, inovações radicais, pes- quisa e desenvolvimento avançado e alianças ou projetos de parceria. • Entre os dez fatores críticos do sucesso de um produto estão: procurar pro- dutos diferenciados e superiores, análise prévia de mercado, exigir a defi- nição de um produto preciso e estável, plano e recurso de lançamento no mercado no início do processo. 53/217 Considerações Finais (2/2) • As organizações com excelência no processo de desenvolvimento de pro- dutos são aquelas direcionadas para a entrega de valor: enxutas, ágeis, fle- xíveis, receptivas, competitivas, inovadoras, eficientes e inteiramente foca- das em aumentar o valor percebido pelo mercado. E o foco deve ser sempre o cliente. Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto54/217 Referências COOPER, Robert G. Winning at New Products – Creating Value through Innovation. Editora: Ba- sic Books, 1986. COOPER, T. Product development implications of sustainable consumption. Editora: The De- sign Journal, Taylor & Francis, 2000. ENDEAVOR. Criando Novos Produtos sem Perder o Foco. Disponível em: <https://endeavor.org. br/criando-novos-produtos-sem-perder-o-foco/>. Acesso em 15 set 2017. FETTERMANN, Diego de Castro. Projetos de novos produtos: Principais desafios para o sucesso. Disponível em: <http://www.crea-sc.org.br/portal/index.php?cmd=artigos-detalhe&id=3302#. WeSwRqPOo1g>. Acesso em: 15 set 2017. GURGEL, F. C. A. Administração de Produto. São Paulo: Atlas, 1a Edição, 1995. KOTLER, P. KELLER, K. L. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 12a Edi- ção, 2006. LAMBERT, D. M.; COOPER, M. C. Issues in supply chain management. Industrial Marketing Ma- nagement, n. 29, p. 65-83, 2000. PAHL, G.; BEITZ, W. Engineering design: systematic approach Berlin: Springer-Verlag London. Limited, http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.2752/146069200789390150 https://endeavor.org.br/criando-novos-produtos-sem-perder-o-foco/ https://endeavor.org.br/criando-novos-produtos-sem-perder-o-foco/ http://www.crea-sc.org.br/portal/index.php?cmd=artigos-detalhe&id=3302#.WeSwRqPOo1g http://www.crea-sc.org.br/portal/index.php?cmd=artigos-detalhe&id=3302#.WeSwRqPOo1g Unidade 2 • Desenvolvimento do Produto55/217 PMBOK. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). São Paulo: Saraiva, 5a Edição, 2014. SEBRAE. Estratégias de marketing garantem o sucesso do produto no mercado. Disponível em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/estrategias-de-marketing-garan- tem-o-sucesso-do-produto-no-mercado,b10032736a186410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em: 15 set 2017. Revista PEGN [Pequenas Empresas Grandes Negócios, 2016]. Conheça dicas para ter sucesso no lançamento de um novo produto. Disponível em: <http://revistapegn.globo.com/Tecnologia/ noticia/2016/12/conheca-dicas-para-ter-sucesso-no-lancamento-de-um-novo-produto.html>. Acesso em: 15 set 2017. ROZENFELD, H; FORCELLINI, F. A; AMARAL, D. C; TOLEDO, J. C; SILVA, S. L; ALLIPRANDINI, D. H; SCALICE, R. K. Gestão de Desenvolvimento de Produtos: uma referência para a melhoria do pro- cesso. São Paulo: Saraiva, 1a Edição, 2014. https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/estrategias-de-marketing-garantem-o-sucesso-do-produto-no-mercado,b10032736a186410VgnVCM1000003b74010aRCRD https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/estrategias-de-marketing-garantem-o-sucesso-do-produto-no-mercado,b10032736a186410VgnVCM1000003b74010aRCRDhttp://revistapegn.globo.com/Tecnologia/noticia/2016/12/conheca-dicas-para-ter-sucesso-no-lancamento-de-um-novo-produto.html http://revistapegn.globo.com/Tecnologia/noticia/2016/12/conheca-dicas-para-ter-sucesso-no-lancamento-de-um-novo-produto.html 56/217 Assista a suas aulas Aula 2 - Tema: Desenvolvimento do Produto. Bloco I Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ d8df3d42fbd5a5f70457c623dd58c752>. Aula 2 - Tema: Desenvolvimento do Produto. Bloco II Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ a2e44531177c4403a72d864f5e4d626e>. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/d8df3d42fbd5a5f70457c623dd58c752 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/d8df3d42fbd5a5f70457c623dd58c752 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/d8df3d42fbd5a5f70457c623dd58c752 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/a2e44531177c4403a72d864f5e4d626e https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/a2e44531177c4403a72d864f5e4d626e https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/a2e44531177c4403a72d864f5e4d626e 57/217 1. Por que o Processo de Desenvolvimento de Produto (PDP) deve ser cada vez menor e mais estratégico? a) Porque o mercado está cada vez mais competitivo. b) Porque o mercado está cada vez menos competitivo. c) Porque o público tem cada vez menos tempo. d) Porque o público não está em busca por produtos diferenciados. e) Porque os concorrentes estão menos ágeis. Questão 1 58/217 2. Segundo Lambert e Cooper (2000), o ciclo de vida de produto diminuiu em aproximadamente 400% nas últimas cinco décadas. O que isso significa? Questão 2 a) Que o ciclo de vida de produto está cada vez mais longo. b) Que o ciclo de vida de produto está cada vez mais curto. c) Que o ciclo de vida não impacta no desenvolvimento de produto. d) Que o ciclo de vida de produto não impacta no desenvolvimento de produto. e) Não é possível que o ciclo de vida de produto tenha diminuído tanto em tão pouco tempo. 59/217 3. A que se refere o processo para desenvolvimento de produto stage-gate- -process, desenvolvido por Cooper (1986)? Questão 3 a) O processo de desenvolvimento de produto com equipes multidisciplinares. b) O processo de desenvolvimento de produto em estágios em que um portão só é aberto quan- do o portão seguinte estiver pronto. c) O processo de desenvolvimento de produto em estágios, com etapas de avaliação/aprova- ção a cada gate (portão) para que o desenvolvimento seja liberado para a próxima etapa. d) O processo de desenvolvimento de produto no qual um corredor com portões é utilizado. e) Este não é um processo de desenvolvimento de produto reconhecido. 60/217 4. ‘‘O desenvolvimento de produto envolve as atividades de desenvolvimento até o lançamento do mesmo”. Essa afirmação está: Questão 4 a) Correta, pois após o lançamento o acompanhamento é de responsabilidade do departamen- to de marketing. b) Correta, pois após o lançamento o acompanhamento é de responsabilidade do departamen- to de vendas. c) Correta, pois após o lançamento o acompanhamento é de responsabilidade do departamen- to de engenharia. d) Incorreta, pois após o lançamento o desenvolvimento de produto acompanha o produto para que sejam realizadas eventuais mudanças necessárias. e) Incorreta, pois após o lançamento o desenvolvimento de produto também é responsável pela venda do mesmo. 61/217 5. Assinale a alternativa correta. Quais são as quatro principais etapas do PDP (Processo de Desenvolvimento de Produto)? Questão 5 a) Geração do conceito, criação de layout, venda do protótipo, desenvolvimento do produto. b) Geração do conceito, criação de layout, prototipagem, pós-venda do produto. c) Geração do conceito, planejamento do produto, desenvolvimento do produto, venda do pro- duto. d) Geração do conceito, planejamento do produto, desenvolvimento do produto, lançamento do produto. e) Geração do conceito, planejamento do produto, engenharia de produto e engenharia de produção. 62/217 Gabarito 1. Resposta: A. Não se pode negar o fato de que o merca- do está cada vez mais competitivo. Nesse contexto, o Processo de Desenvolvimento de Produto (PDP) deve ser cada vez menor, e mais estratégico. 2. Resposta: B. Isso significa que os ciclos de vida do pro- duto são cada vez mais curtos e que novos produtos chegam ao mercado cada vez mais rápido, substituindo diversos outros. 3. Resposta: C. Cooper (1986) desenvolveu interessante processo para o desenvolvimento de pro- dutos: o Stage-Gate-Process (processo em estágios com etapas de avaliação/aprova- ção), de forma a aumentar a eficiência do PDP. Esse processo utiliza etapas definidas pela organização, cada uma dividida por gates (portões). A cada etapa são realizadas validações (a partir de investigações, testes e avaliações) para que o desenvolvimento seja autorizado a atravessar o gate (portão) em questão para a próxima etapa. 4. Resposta: D. “O desenvolvimento de produto também envolve as atividades de acompanhamento do produto após o lançamento para, assim, serem realizadas as eventuais mudanças necessárias nessas especificações, planeja- 63/217 Gabarito da a descontinuidade do produto no merca- do e no processo de desenvolvimento, as li- ções aprendidas ao longo do ciclo de vida do produto” (ROSENFELD et al, 2014, p. 3-4). 5. Resposta: E. O PDP envolve quatro etapas principais: 1) Geração do conceito: definição de produtos e objetivos de mercado. 2) Planejamento do produto: estabeleci- mento de metas, especificações e de- sign básico. 3) Engenharia de produto: desenvolvi- mento de projetos detalhados e pro- tótipos. 4) Engenharia de produção: desenvolvi- mento de processos de produção. 64/217 Unidade 3 Ciclo de Vida do Produto Objetivos 1. Refletir a respeito dos cuidados rela- tivos ao lançamento de produtos no mercado. 2. Entender como o monitoramento dos produtos é feito até que se decida descontinuá-los. 3. Como proceder quando a decisão é retirar o produto do mercado, como realizar uma saída elegante. Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto65/217 Introdução Um dos maiores desafios apresentados às empresas está relacionado à administração do seu portfólio de produtos. Isso acontece por diversas razões, mudança de merca- do, novas tecnologias, novos concorrentes ou mesmo mudanças nos hábitos de com- pra. Um exemplo muito citado nas salas de aula Brasil a fora é o da Kodak. Pode ser que você nunca tenha ouvido falar dessa marca, mas ela foi líder em seu segmento de filmes e papeis especiais para fotografia. Com o desenvolvimento de câmaras digitais que posteriormente foram incorporadas aos celulares, a Kodak viu em menos de cinco anos seu mercado derreter, em função dos inúmeros benefícios que a tecnologia digi- tal oferecia aos seus usuários. O mais curio- so nessa história é que existia no laboratório da Kodak um projeto para utilização da tec- nologia digital com aplicação para fotos, porém nunca brilharam os olhos dos execu- tivos. O livro “Quem mexeu no meu queijo” do Dr. Spencer Johnson trata da necessidade de cheirar o queijo frequentemente para verificar se não está ficando velho. Pode- se considerar para efeito do nosso assunto aqui nessa aula que o queijo é o produto e o cheirar representa as inúmeras ferramen- tas e ações necessárias para verificar como o mercado vê o seu produto. O ciclo de vida de um produto passa por diversas fases, a todo tempo produtos são concebidos, desenvolvidos, lançados, es- ses amadurecem e então são retirados do mercado, saber fazer a leitura do mercado, desde o projeto até a hora de retirá-lo do Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto66/217 mercado é um dosgrandes desafios do pro- fissional de marketing. 1. Etapas de um Produto Nessa aula, trabalha-se de maneira didática as etapas da vida de um produto. Para isso, utiliza-se a seguinte divisão: • Ciclo de Vida de um Produto: as etapas do ciclo de vida de produtos. • Lançamento do Produto: é o momen- to em que o produto já foi projetado, testado e está pronto para entrar no mercado. • Monitoramento do Produto: é o perío- do em que o produto estará disponível no mercado, reflete-se a respeito das informações necessárias para saber medir estágio do produto e o memen- to de descontinuar. • Descontinuidade: reflete-se na impor- tância da estratégia de descontinui- dade, ela tem o mesmo impacto que a estratégia de lançamento de produto, clientes fiéis podem deixar de ser, caso a descontinuidade não seja bem pla- nejada. 2. Ciclo de Vida de um Produto Segundo Kotler (2006), a maioria das curvas do ciclo de vida do produto assume a forma de sino, através das seguintes etapas: Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto67/217 1) Introdução: período de baixo cresci- mento nas vendas, dado o fato de que o produto é novo no mercado e a or- ganização está trabalhando esforços de introdução no mercado, com ini- ciativas de marketing e vendas. 2) Crescimento: caso o produto seja aceito pelo mercado, aqui ocorre um rápido crescimento de vendas. 3) Maturidade: período de baixa no cres- cimento de vendas em relação ao es- tágio de crescimento. O produto já foi experimentado, aceito e faz parte do dia a dia de seus clientes. Nesse mo- mento, a briga por market share de mercado entre os concorrentes é mais acirrada. 4) Declínio: período em que as vendas apresentam grande queda. Nesse momento, a empresa pode optar por descontinuar ou produto ou realizar alterações no mesmo, para que um novo ciclo de vida seja iniciado. O Ciclo de Vida do produto pode ser apre- sentado através de um gráfico com formato de sino, conforme mostra a Figura 1, pas- sando pelas etapas de introdução, cresci- mento, maturidade e declínio. Ele apresen- ta o fato de que as vendas atingem seu pico no estágio de maturidade e começam a cair no estágio de declínio. Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto68/217 Figura 1- Ciclo de Vida do Produto. Fonte: Kotler (2006, p. 317). Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto69/217 3. Lançamento de Produtos Como foi visto anteriormente, existe todo um cuidado e por que não dizer uma ciência aplicada ao desenvolvimento de produtos. Para o lançamento do produto, é necessário que se determine qual das seguintes situa- ções a empresa está lidando. 3.1 Definição da Estratégia Antes do lançamento, a empresa deve de- finir questões voltadas à estratégia do pro- duto que precisa considerar o estudo feito no início do desenvolvimento em que fo- ram apresentadas as justificativas para o desenvolvimento do projeto. Esse é um as- sunto que vem se desenvolvendo de forma acelerada. Com o lançamento do Livro Bu- siness Model Generation (2010), Alexan- der Ostewalder trouxe luz para um assunto complexo, organizando de maneira didática e acessível como formular a estratégia de um negócio. Parte do sucesso dessa me- todologia aconteceu porque o mundo está mudando, o foco das grandes empresas era centrado no produto, hoje, porém, as aten- ções estão voltando-se cada vez mais para o cliente. Para a nossa aula, é importante pinçar al- guns conceitos e ordená-los de acordo com o modelo proposto por Ostewalder (2010): • Definição do Público Alvo. • Definição da Proposta de Valor. • Definição dos Canais de Vendas. Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto70/217 • Definição dos meios para o relaciona- mento com o cliente. • Definição da Proposta de Valor. Todas essas questões devem ser considera- das para que o produto seja lançado. 3.2 Novos Produtos para Novos Clientes Essa é a situação de maior risco para as em- presas, uma vez que o mercado a ser ex- plorado é desconhecido e os produtos são novos. Embora pareça uma situação in- comum, a maioria das start-ups navegam nesses mares, correm muitos riscos, mas quando acertam alcançam grandes lucros. Defende-se que produtos que se apresen- tam nessa situação devem considerar que existem cinco grupos distintos de clientes: • Os entusiastas de tecnologia. • Os visionários. • Os pragmáticos. • Os conservadores. • Os céticos. Para o lançamento de produtos novos para mercados novos, a melhor estratégia é atin- gir os entusiastas de tecnologia e os visio- nários e criar força o suficiente para ultra- passar o abismo que existe entre estes dois grupos e o restante do mercado. O que sig- nifica transpor o abismo? Como caracterís- tica o grupo dos entusiastas e dos visioná- rios são menores em número, porém se o produto ganha força junto a esse grupo ele pode ultrapassar o abismo e conquistar o restante do mercado, uma vez que, embora Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto71/217 sejam em menor número, esses dois grupos em geral são formadores de opinião para os demais. Em jogos eletrônicos, por exemplo, é comum o lançamento para um grupo res- trito de usuários que servirão como forma- dores de opinião, por meio dos seus blogs, uma vez que carregam uma legião de se- guidores, se o produto consegue conquis- tá-los, então, receberá sinal verde para ga- nhar mercado. 3.3 Novos Produtos para Clien- tes Antigos Essa situação é a mais confortável para o lançamento de produtos, uma vez que o relacionamento com o cliente, se bem ge- renciado, deve levar a empresa a uma série de informações relacionadas ao cliente que aumenta muito as chances de sucesso no lançamento do produto. Além das informa- ções, o relacionamento pré-existente abre muitas portas para um trabalho bem feito. Um cliente que possui um relacionamento com a empresa, não estranhará um convite para participar do lançamento de um novo produto. Quando se trata a respeito do lan- çamento, de forma alguma restringe-se a um evento, mas a uma ação ou ainda a um conjunto de ações coordenadas que con- sigam evidenciar a necessidade ou desejo que o cliente tem em relação ao produto apresentado. Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto72/217 4. Monitoramento de Produtos Vários são os critérios a se considerar em relação ao monitoramento do desempenho do produto no mercado: • Vendas. • Lucros. • Estratégia. • Participação no mercado. • Potencial de desenvolvimento. Esses indicadores podem fornecer uma boa análise a respeito da fase que o produto en- contra-se. Veremos na sequência o ciclo de vida dos produtos por meio da Matriz BCG, um conceito desenvolvido por Bruce Hen- derson, em 1970, para a Boston Consulting Group (BCG). Um conceito ainda tão utiliza- do em tão larga escala e por tanto tempo, com certeza pode ajudar a entender o que significa o ciclo de vida de um produto. 4.1 Ponto de Interrogação (ou Bebê) Como utiliza-se figuras e fazendo analogias, penso que a figura de um bebê represen- te mais o estado do produto nessa fase do que um ponto de interrogação, embora este Para saber mais Na prática, a matriz BCG ajuda o empreendedor a ter clareza dos produtos que geram mais receita com menor investimento de tempo e dinheiro em marketing e vendas. Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto73/217 último seja amplamente utilizado. Se ana- lisado para uma perspectiva de um produ- to, nessa fase, semelhante ao que acontece com um bebê, existem em volta dele uma série de expectativas para que se torne um cidadão respeitável, quem sabe com influ- ência na história, enfim, nessa fase os pais colocam muitas expectativas no bebê. Da mesma forma, os profissionais envolvidos na concepção do produto, dedicaram tem- po e esforço para que o produto ganhas- se corpo e em volta deste existe uma série de expectativas, será que ele cumprirá seu papel? Marcará a história? Será um suces- so de vendas? Outra característica muito comum nessa fase inicial, é o fluxo de investimento, mes- mo apoiado em um bom plano de negócios,em geral é necessário que se invista muito antes de poder colher os primeiros frutos. Além do investimento, a proximidade e os cuidados com o novo produto são intensos, a história está cheia de exemplos de pro- dutos que tinham grande potencial de su- cesso, mas falharam na sua introdução ao mercado. 4.2 Estrela O produto estrela é aquele que conseguiu um patamar de lucro elevado e necessita de um fluxo de investimento significativo para continuar nessa posição. Toda empresa in- veste para encontrar seus produtos estrelas, porque além dos rendimentos que ele pode trazer para a empresa, ele projeta a empresa no mercado, em geral, produtos classifica- dos como estrela trouxeram mudanças sig- Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto74/217 nificativas nos mercados em que foram lançados. Talvez um dos casos mais emblemáticos tenha sido o IPhone, não só o investimento no desenvolvimento do produto foi alto, como ele continua até hoje. A revolução de produto promovida por essa nova concepção de produto literalmente colocou para fora do mercado competidores importantes, entre eles a Nokia e Black Barry, sendo esta última a referência na segurança de dados. Para saber mais Todo negócio envolve oportunidades e riscos, muitos produtos tiveram sucesso por um estudo sistemati- zado e profundo do mercado e informações consistentes, porém outros estavam simplesmente no lugar e hora certa. Então por que se deve planejar e gastar tempo elaborando uma estratégia? Para diminuir o risco de se tomar uma decisão errada. Link Confira o resultado da compilação de um site americano sobre produtos relativamente simples e que utili- zamos no nosso cotidiano, tais como band-aid, post-it e crocs, que renderam um retorno considerável. VE- RONESI, Luiza Belloni. 10 produtos com ideias simples que renderam bilhões aos seus criadores. Disponível em: <http://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/2669682/produtos- -com-ideias-simples-que-renderam-bilhoes-aos-seus-criadores>. Acesso em: 14 out. 2017. http://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/2669682/produtos-com-ideias-simples-que-renderam-bilhoes-aos-seus-criadores http://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/2669682/produtos-com-ideias-simples-que-renderam-bilhoes-aos-seus-criadores Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto75/217 4.3 Vaca Leiteira O produto vaca leiteira é um produto estrela que dominou seu mercado de atuação e hoje produz lucro sem a necessidade de investi- mento tão intensa quanto o volume da fase anterior. Em geral produtos que estão nessa fase do ciclo de vida adquiriram seguidores que os consomem e dão preferência, inde- pendente da estratégia adotada, podem ter o foco em preços, em diferenciais ou feitos sob medida para determinado público. O que tem acontecido no mercado é que os ciclos de renovação vêm sofrendo uma aceleração muito forte. Como exemplo, é importante citar a tecnologia do Vídeo Cassete, que foi lançada pela Philips em 1970. A tecnologia dos vídeos cassetes reinou por vários anos, até que em 1996 a tecnologia do DVD foi gradualmente substituindo os vídeos cas- setes nas residências no Brasil e no mundo. Se for considerado o Netflix como um dos precursores dos serviços de streaming, em 2003, o lançamento do DVD já possuía mais de 40 milhões de usuários que não utiliza- vam mais o DVD como forma de acesso a fil- mes. Talvez você esteja se perguntando, não conheci nenhum desses aparelhos e, ainda, sete anos é muito tempo. É, sim, para o ritmo que temos hoje das mudanças tecnológicas e de comportamento, há que se concordar. Para concluir essa etapa de monitoração do ciclo de vida do produto, vacas leiteiras são cada vez mais raras e duram menos. Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto76/217 4.4 Abacaxis (ou Cachorro de Estimação) Você ao aprofundar o conhecimento na ma- triz BCG, vai se deparar com duas Figuras para descrever esta fase do ciclo de vida do produto, ou abacaxi ou cachorro de estima- ção. Não há problema algum em lidar com o abacaxi, porém o cachorro de estimação possui nuances que ilustram melhor a situ- ação do produto em relação às decisões que se deve tomar. O cachorro de estimação tem um compo- nente emocional muito forte com seu dono, e ao contrário do que se deve fazer efetiva- mente com um cachorro de estimação no final da sua vida, a empresa precisa aceitar a realidade do produto e decidir descontinuá- -lo de maneira elegante. O produto nessa fase exige gastos altos com sua produção e possui um mercado que já não sustenta o lucro necessário para que ele se mantenha como vaca leiteira. Em meados da década de 1980, a Volkswagen decidiu descontinu- ar a produção do fusca, sem dúvida alguma, uma grande estrela do passado, uma vaca leiteira que produziu muito leite, mas que teve seu ciclo de vida encerrado, é natural que isso aconteça. Mesmo tendo uma legião de fãs, o fusca não conseguia ser produzido a um preço que o mercado estava disposto a pagar, além disso era necessário abrir espa- ço para outras linhas de produtos (estrelas). O caso do fusca é emblemático porque em 1993, por influência do então presidente Itamar Franco, a Volkswagen reabriu a linha Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto77/217 de produção do Fusca, porém com o preço muito próximo de modelos mais evoluídos da própria montadora, os carros começa- ram a encalhar nas concessionárias levando a uma nova interrupção da produção logo em 1996. Por melhor que seja o cachorro, por mais investimentos que se faça, é muito difícil um cachorro produzir leite de vaca. 4.5 Olhando o Portfólio de pro- dutos à luz da Matriz BCG Para que possamos ganhar uma visão mais ampliada da utilização e da importância dos conceitos aqui tratados, é importante apre- sentar a forma como as empresas avaliam, não apenas um produto, mas todo o seu portfólio. Após a lista de todos os produtos e sua respectiva classificação, o profissional de marketing pode colocá-los em um gráfi- co considerando a participação do mercado e seu potencial de crescimento, conforme mostra a Figura 2. Para saber mais A matriz BCG, como pudemos constatar, é uma poderosa ferramenta de gestão para o acompa- nhamento do portfólio de produtos, por isso é importante que você aprofunde o conhecimento nesse assunto. Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto78/217 Figura 2- Matriz BCG. Fonte: PERIARD (2010) (Disponível em: <http://www. sobreadministracao.com/o-que-e-e-como-fun- ciona-a-matriz-bcg/>. Acesso em: 04 out 2017). Uma vez que todo o portfólio de produtos está devidamente alocado no quadrante respectivo, as decisões podem ser tomadas com mais propriedade. Empresas saudáveis e com mais tempo de mercado devem cons- tantemente rever seus produtos à luz dessa classificação e com exceção do cachorro ou abacaxi, que deve ser eliminado tão logo se perceba a sua condição, a empresa precisa Link O SEBRAE disponibiliza um modelo de matriz BCG para empreendedores, confira esse artigo. NAKA- GAWA, Marcelo. Ferramenta: MATRIZ BCG (CLÁS- SICO). Disponível em: <http://www.sebrae. com.br/Sebrae/Portal Sebrae/Anexos/ME_ Matriz-BCG.PDF>. Acesso em: 04 out 2017. http://www.sobreadministracao.com/o-que-e-e-como-funciona-a-matriz-bcg/ http://www.sobreadministracao.com/o-que-e-e-como-funciona-a-matriz-bcg/ http://www.sobreadministracao.com/o-que-e-e-como-funciona-a-matriz-bcg/ http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal Sebrae/Anexos/ME_Matriz-BCG.PDF http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal Sebrae/Anexos/ME_Matriz-BCG.PDF http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal Sebrae/Anexos/ME_Matriz-BCG.PDF Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto79/217 ter produtos nas três fases. Esse é, na ver- dade o ciclo de renovação da própria em- presa. Ficar focado só na vaca leiteira pode ser confortável, mas o não desenvolvimento de bebês e estrelas cobrará seu preço no fu- turo, um futuro que está acontecendo cada vez mais rápido. 5. Descontinuidade de Produtos Tão importantecomo estar atento ao lan- çamento de produtos, é estar atento à sua descontinuidade. Basicamente a decisão dos profissionais envolvidos com essa deci- são deve caminhar na direção de uma saída elegante. Aqui não é o foco da nossa con- versa, mas uma empresa que precisa por questões econômicas retirar um produto do mercado precisa preservar a sua marca, e principalmente olhar com muito cuida- do para aqueles que decidiram comprar os produtos. Questões a serem consideradas: • É necessário manter estoque de pe- ças? • É importante trabalhar para substitui- ção do modelo novo? • Podemos oferecer alternativas? Questões como essas preservam a imagem da empresa e reduzem o impacto causado pela interrupção de fornecimento de um determinado produto. Um exemplo recor- rente no Brasil diz respeito à importação de carros de baixo custo. Durante o período de grande demanda, o Brasil foi invadido por um sem fim de marcas de automóveis de- Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto80/217 sconhecidos, algumas marcas chegaram a montar fábricas de olho nos incentivos fis- cais, porém, com a crise vivida a partir de 2014, muitas deixaram o país, como estão seus antigos clientes hoje? Estão cuidados? Ou simplesmente foram abandonados? Essa questão é tão relevante que, em alguns mercados, ela é regulamentada por leis que buscam preservar os direitos do consumi- dor. Link Nesse link você, poderá ver uma série de produtos inovadores em fase de lançamento. BRANDÃO, Felipe. 38 Produtos que você compraria agora mesmo! Disponível em: <https://www.tudoin- teressante.com.br/2013/12/38-produtos- -que-voce-compraria-agora-mesmo.html>. Acesso em: 04 out. 2017. https://www.tudointeressante.com.br/2013/12/38-produtos-que-voce-compraria-agora-mesmo.html https://www.tudointeressante.com.br/2013/12/38-produtos-que-voce-compraria-agora-mesmo.html https://www.tudointeressante.com.br/2013/12/38-produtos-que-voce-compraria-agora-mesmo.html Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto81/217 Glossário Portfólio de Produtos: é o conjunto de produtos que a empresa possui para comercializar. Streaming: é o recurso disponível na internet capaz de enviar arquivos de multimídia (filme, fotos e áudio) por meio de transferência de dados o que torna possível uma transmissão mais rápida. Quadrante: referente a um gráfico, sendo cada um dos ângulos retos formados pelos eixos das coordenadas. Questão reflexão ? para 82/217 O desenvolvimento de uma estratégia de produtos é desafiador pela complexidade e volume de informações, diante disso, reflita se faz sentido adotar métodos que organizam as informações para tomada de decisão? 83/217 Considerações Finais • O lançamento de produtos pode levar uma boa ideia ao sucesso ou ao fra- casso, por isso o cuidado com esse assunto é muito importante. • Todo produto passa por um ciclo que inicia com a introdução, crescimento, maturidade e declínio, cabe a empresa avaliar e classificar seu portfólio para decidir onde e quanto investir. • A matriz BCG ilustra as fases do produto fazendo uma analogia com quatro figuras, por analogia é possível entender alguns conceitos ligados às fases do ciclo de vida do produto. • Um portfólio saudável possui produtos em quadrantes, exceto no quadran- te “cachorro” ou “abacaxi”, sempre que um produto seja classificado dessa forma, a decisão de retirar do mercado deve ser acelerada, porém, é impor- tante que a saída seja elegante, sem deixar os clientes “na mão”. Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto84/217 Referências BRANDÃO, Felipe. 38 Produtos que você compraria agora mesmo! Disponível em: <https:// www.tudointeressante.com.br/2013/12/38-produtos-que-voce-compraria-agora-mesmo.html>. Acesso em: 04 out. 2017. ENDEAVOR. A Matriz BCG no ciclo de venda: como identificar vacas leiteiras e abacaxis. Dis- ponível em: <https://endeavor.org.br/matriz-bcg/>. Acesso em: 05 out. 2017. HUTT, M. D. B2B: Gestão de Marketing em Mercados Industriais e Organizacionais. Porto Alegre: Bookman, 7a Edição, 2002. JOHNSON, Spencer. Quem mexeu no meu queijo. EUA: Record, 1998. KOTLER, P. KELLER, K. L. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 12a Edição, 2006. NAKAGAWA, Marcelo. Ferramenta: MATRIZ BCG (CLÁSSICO). Disponível em: <http://www.sebrae. com.br/Sebrae/Portal Sebrae/Anexos/ME_Matriz-BCG.PDF>. Acesso em: 04 out 2017. OSTERWALDER, A; PIGNEUR, Y. Business Model Generation: A Handbook for Visionaries, Game Changers, and Challengers (Inglês). EUA: Wiley, 2010. PERIARD, G. O que é e como funciona a matriz BCG. Disponível em: <http://www.sobreadminis- tracao.com/o-que-e-e-como-funciona-a-matriz-bcg/>. Acesso em: 04 out 2017. https://www.tudointeressante.com.br/2013/12/38-produtos-que-voce-compraria-agora-mesmo.html https://www.tudointeressante.com.br/2013/12/38-produtos-que-voce-compraria-agora-mesmo.html https://endeavor.org.br/matriz-bcg/http:// http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal Sebrae/Anexos/ME_Matriz-BCG.PDF http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal Sebrae/Anexos/ME_Matriz-BCG.PDF http://www.sobreadministracao.com/o-que-e-e-como-funciona-a-matriz-bcg/ http://www.sobreadministracao.com/o-que-e-e-como-funciona-a-matriz-bcg/ Unidade 3 • Ciclo de Vida do Produto85/217 ROZENFELD, Henrique. Gestão e Desenvolvimento de Produtos. São Paulo: Editora Saraiva, 2006. VERONESI, Luiza Belloni. 10 produtos com ideias simples que renderam bilhões aos seus criadores. Disponível em: <http://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noti- cia/2669682/produtos-com-ideias-simples-que-renderam-bilhoes-aos-seus-criadores>. Acesso em: 04 out. 2017. http://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/2669682/produtos-com-ideias-simples-que-renderam-bilhoes-aos-seus-criadores http://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/2669682/produtos-com-ideias-simples-que-renderam-bilhoes-aos-seus-criadores 86/217 Assista a suas aulas Aula 3 - Tema: Ciclo de Vida do Produto. Bloco I Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 0f14bf7e0308d145b235e517216376f6>. Aula 3 - Tema: Ciclo de Vida do Produto. Bloco II Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/8e2a3bd3fd30cf54e98c209367864ef4>. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/0f14bf7e0308d145b235e517216376f6 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/0f14bf7e0308d145b235e517216376f6 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/0f14bf7e0308d145b235e517216376f6 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/8e2a3bd3fd30cf54e98c209367864ef4 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/8e2a3bd3fd30cf54e98c209367864ef4 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/8e2a3bd3fd30cf54e98c209367864ef4 87/217 1. Assinale a alternativa correta. O lançamento de produtos deve ser cuida- dosamente planejado porque: a) O lançamento pode ser determinante para o sucesso ou fracasso do produto ou ainda au- mentar ou diminuir o tempo de resposta do mercado. b) Para se economizar dinheiro. c) Caso você faça um evento, dá tempo de convidar todos os interessados. d) Não existe razões para se tomar cuidado com o lançamento. e) O lançamento deve ser feito por uma agência de publicidades. Questão 1 88/217 2. De maneira geral, qual é a condição mais favorável para o lançamento de produtos? a) Produtos antigos para clientes antigos. b) Produtos novos para clientes antigos. c) Produtos antigos para clientes novos. d) Produtos novos para clientes novos. e) Não existe diferença, um lançamento de produto é sempre complicado. Questão 2 89/217 3. Que tipo de empresa normalmente lança produtos novos para clientes novos? a) Indústria. b) Empresa de Software. c) Start-up. d) Indústria de
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