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TOPICOS EM EDUCACAO A DISTANCIA

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TÓPICOS EM 
EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA 
PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG 
www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 
DEFINIÇÕES DE EAD ....................................................................................... 4 
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA ................................................... 11 
EAD NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO ................................................... 17 
DOCUMENTOS QUE REFERENDAM A EAD NO BRASIL ............................. 20 
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ........................................... 33 
ANEXOS .......................................................................................................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG 
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INTRODUÇÃO 
 
A educação a distância constitui-se numa modalidade amplamente 
disseminada em nosso país. A facilidade de acesso as novas tecnologias a 
transformam em uma grande oportunidade para muitos brasileiros que vivem 
em lugares onde não tinham chances de cursar o ensino superior. 
Prova disso é o intenso esforço do Ministério da Educação através da 
Secretaria de Ensino a Distância visando promover políticas públicas que 
garantam a expansão das vagas em instituições públicas e privadas, sem 
perder, no entanto, a qualidade do serviço ofertado. 
Essa expansão, uma regra em vários países do mundo, visa garantir 
possibilidade de crescimento educacional em uma sociedade em plena 
mudança e cercado de facilidades tecnológicas que são rapidamente 
incorporadas ao nosso cotidiano e também na educação: internet, multimídia, 
chats, emails, skype, etc. 
De acordo com José Luis de Paiva Bello (2000), em quase todas as 
áreas profissionais o computador vem tomando um espaço de suma 
importância. Na Medicina vários exames são feitos utilizando-se de um 
computador. No Direito os advogados já podem acompanhar a evolução de 
seus processos sem ter que correr pelos corredores do Fórum. Também na 
Engenharia, Arquitetura, Odontologia etc., o computador passa a ser uma 
ferramenta indispensável. Na escola não é diferente. 
Nesse contexto de expansão, nascem oportunidades para profissionais 
interessados em atuar como professores e tutores de cursos EaD. Alguns 
conhecimentos são imprescindíveis para esses profissionais: Fundamentos de 
EaD, Mídias e Ambientes Virtuais, Construção de Material Didático 
Impresso e Desenvolvimento de Cursos com Foco no Aluno. 
Esses conhecimentos, que são específicos, fazem da educação a 
distância uma modalidade diferente da presencial, em se tratando das 
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estratégias pedagógicas. Por isso é preciso uma atenção especial na formação 
dos docentes. 
Ao mesmo tempo, é necessário que haja uma quebra dos preconceitos 
em relação a EaD, pois ela possui algumas vantagens em relação ao ensino 
regular, principalmente com relação a possibilidade de estudo na melhor hora 
para o educando (isso não deve ser confundido com menos horas estudadas). 
Os desafios para a consolidação da EaD ainda seguem, tendo em vista 
que, segundo Helio Chaves Filho, a efetivação desta é bem recente, graças a 
formação de profissionais por parte do governo federal e seus consórcios. No 
entanto, ele destaca avanços: a) materialização de ambientes e metodologias 
educacionais inovadores, especialmente das tecnologias digitais, 
potencializando práticas de EaD; b) o arcabouço legal voltado para o setor e c) 
a necessidade de novos modelos de formação, como alternativa aos 
tradicionais modelos presenciais. (ENAP, 2006, p.11) 
Esperamos a partir deste curso, dentro das limitações destes manuais, 
contribuir para a formação de novos tutores capazes de acompanhar as 
transformações tecnológicas e aperfeiçoar os mecanismos de EaD em nosso 
país. 
DEFINIÇÕES DE EAD 
 
A EaD consiste numa modalidade educacional bastante particular, com 
modelo curricular específico e fronteiras definidas. De acordo com Pimentel e 
Andrade, a base para a compreensão e definição desse modelo encontra-se no 
quadro abaixo: 
 
 
 
 
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Figura 1 – Processo de comunicação entre 
duas máquinas. 
Adaptada de (ANDRADE&PIMENTEL Apud 
SHANNON, 1949, p.2) 
 
O esquema acima demonstra o processo de transferência de dados 
entre duas máquinas. De forma analógica, podemos afirmar que essa relação, 
do ponto de vista da transmissão do conhecimento humano se traduz numa 
tríade: a pessoa que fala, o discurso transmitido e a pessoa que escuta. Dessa 
relação, intermediada pela tecnologia, podemos apresentar a primeira definição 
de EaD, a partir de Andrade e Pimentel, pois 
só é possível porque existem tecnologias que possibilitam 
estabelecer este processo de comunicação mesmo 
quando alunos e professores encontram-se fisicamente 
distantes – é possível graças às tecnologias de 
telecomunicação tais como livro, telefone, rádio, televisão 
e redes de computadores.(p.2) 
 
A Educação a Distância caracteriza-se principalmente pela ausência da 
relação direta entre professores e alunos já que não se encontram 
geograficamente no mesmo local. A distância proveniente desse fato cria a 
necessidade de existirem mediadores da relação de produção e disseminação 
do conhecimento. Esse vazio é preenchido por recursos tecnológicos de 
naturezas diversas, como computadores, transmissões por DVD, satélite, 
videoaulas, etc. 
 Os processos educacionais à distância se caracterizam, segundo 
Desmond Keegan (1980) pelos seguintes fatores: 
• distância física entre professores e alunos; 
• influência de uma organização educacional; 
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• uso da mídia para interligar professores e alunos; 
• troca de comunicação bidirecional; 
• aprendizes vistos como indivíduos, ao invés de grupos de alunos. 
 
A EaD é vista atualmente como um importante mecanismo de 
democratização do acesso ao ensino, principalmente por conta do 
encurtamento da distância geográfica e pela sua capacidade de diminuir as 
diferenças sociais e econômicas decorrentes da falta de mão de obra 
qualificada no mercado profissional: 
A Educação a Distância pode viabilizar a formação de 
pessoas que vêm sendo excluídas do processo 
educacional tradicional por questões de localização ou 
por indisponibilidade de tempo nos horários tradicionais 
de aula. A EAD não é um modismo: é parte de um amplo 
e contínuo processo de mudança que inclui não só a 
democratização do acesso a níveis crescentes de 
escolaridade e atualização permanente como, também, a 
adoção de novos paradigmas educacionais. (CAMPOS, 
2007, p.1) 
 
Documentos emblemáticos da educação brasileira, como a LDB 9394/96 
apresentam outros conceitos acerca da finalidade da EaD. Este documento diz 
que 
a Educação a Distância deve ser compreendida como a 
atividade pedagógica que é caracterizada por um 
processo de ensino-aprendizagem realizado com 
mediação docente e a utilização de recursos 
didáticos sistematicamente organizados, apresentados 
em diferentes suportes tecnológicos de informação e 
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comunicação, os quais podem ser utilizados de forma 
isolada ou combinadamente, sem a freqüência 
obrigatória de alunos e professores. (CAMPOS, 2007, p.5) 
 
O Decreto n° 5622, de 19 de dezembro de 2005, em seu artigo 1º, define 
Educação a Distância 
como modalidade educacional na qual a mediação 
didático-pedagógica nos processos de ensino e 
aprendizagem ocorre com a utilização de meios e 
tecnologias da informação e da comunicação, com 
estudantes e professores desenvolvendo atividades 
educativas em lugares e tempos diversos. Esse 
decreto ressalta ainda que a Educação a 
Distância organiza-se segundo metodologia, gestão e 
avaliação peculiares, para as quais deverá estar previsto 
a obrigatoriedade de momentos presenciais. (CAMPOS, 
2007, p.5) 
 
Fora da literatura oficial, a diversidade de conceitos de EaD diferem de 
acordo com as especificidades teóricas, mas confluem em alguns aspectos, 
que segundo Nunes (2005) confluem para: 
• separação física entre professor e aluno, que a distingue do ensino 
presencial; 
• influência da organização educacional (planejamento, sistematização, plano, 
projeto, organização dirigida, entre outros), que a diferencia da educação 
individual; 
• utilização de meios técnicos de comunicação para unir o professor ao aluno e 
transmitir os conteúdos educativos; 
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• previsão de uma comunicação de mão dupla, onde o estudante se beneficia 
de um diálogo, e da possibilidade de iniciativas de dupla via; 
• possibilidade de encontros presenciais com propósitos didáticos e de 
socialização. 
Encontramos em outros autores algumas definições de EaD. Segundo 
Hanna (1998), esta modalidade educacional está ligada ao surgimento de 
novas tecnologias que acabam por modificar as organizações tradicionais de 
ensino (inclusive as universidades), gerando outras novas, imiscuídas com 
modelos anteriores ou totalmente novos. Isso porque as novas tecnologias 
criam novos mecanismos para transmitir informações e processar a 
aprendizagem. 
Segundo Holmberg (1981), o traço mais emblemático da educação a 
distância era a comunicação não direta. Isso porque em meados dos anos 80 
eram consideradas parte desta modalidade os cursos por correspondência ou 
as teleaulas. No entanto, com o advento da Internet, essa comunicação passa 
a ser direta pela nova possibilidade de interação em tempo real entre os 
agentes do processo. De acordo com Dênia Falcão de Bittencourt (1999), o 
autor agrupa as características gerais do EaD em seis categorias: 
 
 ( 1 ) A base do estudo a distância é normalmente um 
curso pré-produzido, que costuma ser impresso, mas 
também pode ser apresentado por outros meios distintos 
da palavra escrita, por exemplo, as fitas de áudio ou 
vídeo, os programas de rádio ou televisão ou os jogos 
experimentais. [Atualmente, também pode ser oferecido 
via Videoconferência ou Internet.] O curso deve ser auto-
instrutivo, ou seja, ser acessível ao estudo individual, sem 
o apoio do professor. Por razões práticas, a palavra curso 
é empregada para significar os materiais de ensino, antes 
mesmo do processo ensino-aprendizagem. 
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( 2 ) A comunicação organizada de ida e volta tem lugar 
entre os alunos e uma organização de apoio. O meio mais 
comum utilizado para isso é a palavra escrita, mas o 
telefone já se converteu em um instrumento de 
importância na comunicação a distância. [e hoje temos 
também, como forte aliado nesta comunicação, a Internet, 
que através do e-mail tem demonstrado grande utilidade] . 
( 3 ) A EaD leva em conta o estudo individual, servindo 
expressamente ao aluno isolado, no estudo que realiza 
por si mesmo. [Atualmente, o estudo isolado ainda ganha 
ênfase, mas com as novas tecnologias da comunicação, 
também tem crescido o número de cursos com propostas 
de trabalhos cooperativos e colaborativos entre os 
alunos]. 
( 4 ) Dado que o curso produzido é facilmente utilizado por 
um grande número de alunos e com um mínimo de 
gastos, a EaD pode ser --- e o é frequentemente --- uma 
forma de comunicação massiva. 
( 5 ) Quando se prepara um programa de comunicação 
massiva, é prático aplicar os métodos do trabalho 
industrial. Esses métodos incluem: planejamento, 
procedimentos de racionalização, tais como divisão de 
trabalho, mecanização, automatização, controle e 
verificação. 
( 6 ) Os enfoques tecnológicos implicados não impedem 
que a comunicação pessoal, em forma de diálogo, seja 
central no estudo a distância. O autor considera que o 
estudo a distância está organizado como uma forma 
mediatizada de conversação didática guiada. 
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Contrastando o que chamamos de educação presencial e a distância, 
podemos afirmar que o tempo em que acontece a interação física entre 
indivíduos, sejam professores e alunos, sejam alunos entre si, (que se traduz 
nos encontros presenciais) ajuda a diferenciar a modalidade de EaD das 
restantes. 
O esquema abaixo nos ajuda a caracterizar e diferenciar as modalidades 
presenciais, semipresenciais e a distância: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Classificação dos sistemas educacionais em 
função do tempo de comunicação presencial’ e ‘a 
distância’.(Adaptado de ANDRADE&PIMENTEL) 
 
 
 
 
 
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HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA 
 
De acordo com Kátia Siqueira de Freitas (2005), a educação a distância 
surgiu da necessidade de complementar a formação tradicional, atendendo a 
setores da população que não eram cobertas por esse setor. Além do mais, 
eram pessoas que normalmente não tinham tempo para abandonar suas 
tarefas totalmente, sejam domésticas, sejam profissionais. 
Segundo Freitas (2005) 
a partir do século XVIII, o meio de comunicação mais 
utilizado pelo sistema de ensino a distância foi o correio 
impresso até que o telefone, o computador, a internet e os 
e-mails o suplantaram. Durante muitos anos, a 
comunicação escrita entre estudante e professor tornou-
se o símbolo de ensino a distância e esses cursos não 
eram muito respeitados pelos acadêmicos mais 
tradicionais, que resistiam às novas possibilidades de 
ensino e estudos.Fernanda C. A. Campos (2007) separa os “modelos” de educação a 
distância em cinco, do ponto de vista tecnológico. A primeira geração seria a de 
correspondência, na qual tínhamos o predomínio do material impresso (em 
especial a carta). Na segunda geração, temos um modelo baseado em fitas de 
áudio, vídeo e computadores. A terceira geração utilizava o tele-aprendizado, 
com ênfase em audioconferências, videoconferências e a TV/Rádio Broadcast. 
 A quarta geração utiliza o referencial tecnológico web, com mediação 
feita por computadores e pela comunicação on-line. Na quinta geração, na qual 
nos encontramos, temos a predominância de recursos tecnológicos como 
“multimídia interativa online, acesso a Web baseada em recursos, comunicação 
mediada por computadores usando sistemas de resposta automáticas e portais 
de acesso aos recursos e processos da instituição” (p.3) 
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O quadro abaixo, compilado com informações extraídas da obra de 
Taylor (2001) e Nipper (1999) por Pereira (2003) apresenta mais uma 
tipificação, baseada no modelo por gerações tecnológicas exposta 
anteriormente. 
 
 
 
 
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Na tabela abaixo temos o enquadramento tecnológico da EaD feito a 
partir de Pimentel (Campos, 2007 Apud Pimentel, 1999): 
 
 
 
No ano de 1829 a Suécia já contava com uma instituição de educação a 
distância (a Líber Hermondes) que possuía 150.000 usuários. A Inglaterra teve 
em 1840, na Universidade Sir Isaac Pitman a primeira universidade por 
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correspondência da Europa. Ainda no final do século XIX, os Estados Unidos 
passaram a contar com uma divisão de correspondência na Universidade de 
Chicago, que era responsável pela preparação de docentes em nível de 
extensão acadêmica. 
Os primeiros cursos estavam focados o envio de cartas. Com o advento 
dos meios de comunicação de massa, principalmente o rádio, encontramos no 
início do século XX uma tímida generalização desta modalidade. Segundo 
Kátia de Freitas, esse meio era bastante econômico, possuía um longo alcance 
e atingia áreas de difícil acesso geográfico. 
Um indício disso é que historicamente, sabemos que o rádio até hoje é 
uma das formas mais comuns de difusão de informações, usado ainda por 
forças militares e donas de casa pela sua praticidade e baixo custo (p.59). 
A autora traz alguns exemplos da utilização deste meio de comunicação 
em cursos à distância: 
A Universidade de Purdue (E.U.A.), por exemplo, oferecia, 
pelo menos, 14 programas educativos através do rádio 
durante o segundo semestre de 1969. Uma vez 
aprovados nos exames, os estudantes poderiam ganhar 
créditos válidos para o curso de graduação. Em 1980, a 
Universidade West Virgínia, Wesleyan (E.U.A.) oferecia 
curso de graduação completo por rádio. No Brasil o rádio 
foi usado para transmitir programas dos antigos cursos de 
primeiro e segundo graus, atualmente ensino fundamental 
e médio respectivamente. (FREITAS, p.60) 
 
No caso do Brasil, nos anos 70 tivemos o desenvolvimento do Projeto 
Minerva por parte do Ministério da Educação e Cultura. Criado por portaria do 
governo federal, ele obrigava as emissoras de rádio do país a produzir 
programas de caráter educativo em todo o território nacional visando o público 
adulto em defasagem de ensino. 
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Segundo Maria Luisa Furlan Costa, o objetivo era suprir as deficiências 
da educação formal básica em diversas áreas do país e enfrentar os altos 
índices de analfabetismo da época, por conta da falta de escolas e 
insuficiências de professores. 
 Outro mecanismo de difusão de conhecimento utilizado por instituições 
de ensino foi o telefone. A utilização do telefone permitiu uma comunicação 
muito rápida entre estudantes e alunos, facilitando o diálogo, esclarecimento de 
dúvidas e aprimoramento do serviço de tutoria nos cursos de educação à 
distância: 
A grande vantagem do telefone é permitir diálogo 
instantâneo entre estudante e professor ou tutor, 
facilitando discussões, esclarecimentos de dúvidas e 
reforço imediato. O uso adequado do telefone é bastante 
eficiente, sobretudo se aliado a algum tipo de material 
visual ou internet e material impresso. Tal combinação 
ajuda a ativar a motivação dos estudantes e, 
consequentemente, o sucesso da aprendizagem. 
(FREITAS, 2005, p. 60) 
 
 De acordo com Marcio Mugnol, o surgimento da televisão ampliou as 
possibilidades do sistema de comunicação de massa. Surgem então iniciativas 
públicas para criar emissoras e programas de caráter educativo. Os programas 
Telecurso Primeiro e Segundo Grau “formaram brasileiros em todas as regiões 
que recebiam a sua transmissão, propiciando que a educação a distância não 
formal resgatasse a autoestima de brasileiros” (Mugnol, 2009, p.346) e lhes 
permitindo uma formação posterior em nível técnico e profissionalizante. 
Surgem ainda outros programas de TV, como a TV Escola de São Luís do 
Maranhão, a TV Universitária de Recife, a TVE do Rio de Janeiro e a TV 
Cultura em São Paulo. 
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No entanto, apenas alguns desses projetos deram certo, e Mugnol 
descreve os fatores que dificultaram, ao longo do século XX, a implementação 
de iniciativas na EaD (2009,p.347): 
• a implantação de projetos-piloto sem o adequado planejamento para 
continuidade; 
• falta de critérios para avaliação dos programas implantados; 
• iniciativas isoladas incapazes de criar uma memória sistematizada dos 
programas desenvolvidos; 
• inexistência de avaliações das iniciativas; 
• encerramento dos programas sem qualquer prestação de contas sobre os 
resultados e os recursos públicos investidos; 
• indefinição da estrutura institucional para a gestão centralizada das iniciativas; 
• projetos desvinculados da realidade, desconexos com os rumos do 
desenvolvimento econômico e político do país; 
• baixo desenvolvimento tecnológico e carência de ferramentas de gestão das 
iniciativas; 
• desconhecimentos dos potenciais da EAD e de suas exigências; 
• administração das iniciativas por pessoas sem a necessária qualificação para 
as funções; 
 A explosão da educação a distância se dá a partir da introdução do 
computador nos ano 70 como mecanismo educacional. Esse marco foi o 
estopim para a formação de uma sociedade tecnológica, da terceira revolução 
industrial, sociedade da informação, sociedade do conhecimento, sociedade 
pós-moderna, globalização ou mundialização do capital (MORAES&PEREIRA, 
2009, p.69). 
 O computador e a formação de redes de comunicação permitiram que 
mensagens de texto fossem conduzidas a lugares remotos. O email permitiu 
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que a comunicação acontecesse em momentos assíncronos, assim como os 
chats permitiram a comunicação em tempo real. 
Além dos computadores, a Web aliada as ferramentas multimídia 
tornaram as estratégias em EaD ainda mais arrojadas: 
 
a Web permitiu não só que fosse agilizado o processo 
de acesso a documentos textuais, mas hoje abrange o 
processo de acesso a documentos textuais, mas hoje 
abrange gráficos, fotografas, sons e vídeo. Nãosó isso, 
mas a Web permitiu que o acesso a todo esse material 
fosse feito de forma não linear e interativa, usando a 
tecnologia de hipertexto. A convergência de todas essas 
tecnologias em um só megameio de comunicação, 
centrado no computador, e, portanto, interativo. 
(MORAES&PEREIRA, 2009, p.69). 
 
EAD NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO 
 
O dilema da generalização do acesso ao ensino e a criação de 
mecanismos que oportunizem o acesso de uma grande parcela populacional 
aos níveis mais avançados impulsionaram de forma significativa o 
desenvolvimentos de novas plataformas de ensino a distância. 
Enquanto nas primeiras gerações tínhamos a inclusão maior da 
modalidade a distancia em cursos de caráter profissionalizante ou 
complementar, o advento do século XXI fez com que ela alcançasse níveis 
mais avançados. 
O desafio implementado por mecanismos institucionais internacionais 
que objetivavam ampliar o acesso a educação básica criou em médio prazo 
uma massa de indivíduos que estavam a beira do ensino superior mas que por 
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motivos estruturais (falta de recursos locais ou falta de tempo, para citar 
apenas duas causas mais imediatas) não conseguiam alcançá-lo. 
Nos países mais desenvolvidos, encontramos esse problema do acesso 
resolvido há mais tempo no que aqui no Brasil. Por conta disso, segundo Ewa 
Walsros Pereira e Raquel de Almeida Moraes, já encontramos na Europa da 
primeira metade do século XX algumas políticas de incentivo ao ensino a 
distância. Pereira e Moraes (2009) destacam a criação na França daquela que 
seria a primeira instituição estatal de ensino a distância da Europa: o Centre 
National d’Enseignement par Correspondence (CNEC), criada na França, 
posteriormente denominada Centre Nationale de Enseignement a Distance 
(CNED) no ano de 1929 (p.77) 
Antes disso, na ex-URSS, por volta de 1920, também se empreendeu no 
mesmo sentido, com a oferta no país de cursos que “adotaram a metodologia a 
distância, de nível secundário e superior. As ações foram realizadas tanto em 
escolas universitárias e politécnicas convencionais, como em instituições 
universitárias de ensino a distância” (MORAES&PEREIRA,2009, p. 77). 
No Brasil, segundo Schmitt, a EaD tem como marco inicial a 
implementação de Escolas Internacionais no ano de 1904. No entanto, essa e 
outras iniciativas sofreram com a descontinuidade, inclusive de ações públicas, 
o que causa até hoje um efeito inóspito: o pequeno número de instituições que 
adotam este tipo de metodologia. (MACEDO, SCHMITT, ULBRITCH, 2002) 
Podemos destacar ainda a iniciativa de Edgar Roquette Pinto em fundar 
em 1923 a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (futura rádio MEC), além da 
criação em 1941, do Instituto Universal Brasileiro. Este até hoje é responsável 
por oferecer uma gama de cursos profissionalizantes à distância, além de 
cursos supletivos e técnicos. 
Os anos de 1990 representaram o início da formulação das primeiras 
políticas públicas duradouras de disseminação da EaD, com o destaque para a 
UnB: 
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Destaque-se sua decisiva participação na criação e no 
funcionamento do Consórcio Brasileiro de Educação a 
Distância – BRASILEAD, em 1994, que congregava um 
número significativo de universidades públicas brasileiras, 
e que pode ser considerado o embrião tanto da 
Universidade Virtual Pública do Brasil, UNIREDE como 
da Universidade Aberta do Brasil, UAB (2009, p. 83) 
 
 Podemos citar outras ações de ordem pública neste sentido, visando a 
formação de professores de educação básica pela Universidade Federal de 
Mato Grosso. O Consórcio CEDERJ do Estado do Rio de Janeiro desde o 
início da década investe na formação de um grande número de profissionais 
em diferentes cursos e em vários pólos do interior do Estado (CAMPOS, 2007, 
p.4). 
 No ano de 2004 temos o início da chamada Universidade Aberta do 
Brasil, lançada pelo Ministério da Educação, que começou um processo de 
integração entre as universidades públicas, visando inicialmente a oferta de 
cursos superiores nas áreas de licenciatura (a partir dos NEAD´s e CEAD´s). O 
sistema se baseia em cinco pilares: 
• Expansão pública da educação superior, considerando os processos de 
democratização e acesso; 
• Aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições de ensino 
superior, possibilitando sua expansão em consonância com as propostas 
educacionais dos estados e municípios; 
• Avaliação da educação superior a distância tendo por base os processos de 
flexibilização e regulação implantados pelo MEC; 
• Estímulo à investigação em educação superior a distância no País; 
• Financiamento dos processos de implantação, execução e formação de 
recursos humanos em educação superior a distância. 
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A partir de 2007, essa ação foi intensificada com a integração de pólos 
municipais e estaduais, além da parceria com institutos federais de ensino, 
construindo um consórcio que integra as esferas municipais, estaduais e 
federais. 
De acordo com dados do portal UAB 
88 instituições integram o Sistema entre universidades 
federais, universidades estaduais e Institutos Federais de 
Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs). De 2007 a julho 
de 2009, foram aprovados e instalados 557 pólos de 
apoio presencial com 187.154 vagas criadas. A UAB, 
ademais, em agosto de 2009, selecionou mais 163 novos 
pólos, no âmbito do Plano de Ações Articuladas, para 
equacionar a demanda e a oferta de formação de 
professores na rede pública da educação básica, 
ampliando a rede para um total de 720 pólos. Para 2010, 
espera-se a criação de cerca de 200 pólos. 
 
Vale lembrar que a Universidade Aberta do Brasil está incluída nas 
ações do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica do 
governo federal, atendendo a expectativa de contribuir para a formação de 330 
mil novos licenciados num prazo de cinco anos. 
DOCUMENTOS QUE REFERENDAM A EAD NO BRASIL 
 
 A Educação a Distância no Brasil está referendada enquanto 
modalidade de ensino pela Lei 9394/96. Neste documento encontramos três 
artigos que citam a EaD enquanto complementação de aprendizagem ou em 
situações emergenciais. 
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) 
anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de 
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idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: 
(Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) (...) 
 IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de 
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a 
vida social. (...) 
 § 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a 
distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em 
situações emergenciais. 
 
 Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles 
que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino 
fundamental e médio na idade própria. 
 § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos 
jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade 
regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as 
características do alunado, seus interesses, condições de vida e de 
trabalho, mediante cursos e exames. 
 
Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a 
veiculação de programas de ensinoa distância, em todos os níveis 
e modalidades de ensino, e de educação continuada. (Regulamento) 
 § 1º A educação a distância, organizada com abertura e 
regime especiais, será oferecida por instituições especificamente 
credenciadas pela União. 
 § 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de 
exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a 
distância. 
 § 3º As normas para produção, controle e avaliação de 
programas de educação a distância e a autorização para sua 
implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, 
podendo haver cooperação e integração entre os diferentes 
sistemas. (Regulamento) 
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11274.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5622.htm
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/decreto/2001/D3860.htm
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 § 4º A educação a distância gozará de tratamento 
diferenciado, que incluirá: 
 I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens; 
 II - concessão de canais com finalidades exclusivamente 
educativas; 
 III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, 
pelos concessionários de canais comerciais. 
 
Em seguida, uma série de documentos e portarias oficiais tratou de 
regulamentar a forma como os cursos deveriam ser oferecidos. De acordo com 
o decreto 5.622 de 19/12/2005, em seu artigo 1º, a EaD passa e se organizar 
sob padrões metodológicos específicos, com obrigatoriedade de momentos 
presenciais que objetivem (VER REF) 
I - avaliações de estudantes; 
II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente; 
III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na 
legislação pertinente; e 
IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o 
caso. 
 
De acordo com a resolução, a EaD passa a ser ofertada na educação 
básica, educação de jovens e adultos e no ensino superior ( graduação, pós- 
graduação latu sensu, mestrado e doutorado), desde que autorizados e 
credenciados pelos órgãos competentes de seus sistemas de ensino (REF). 
 Marcio Mugnol (2009), afirma que 
com isso [a normatização da EaD] expande-se o processo 
de produção de conhecimento acerca da EAD no Brasil e 
novos projetos de cursos começam a ser desenvolvido, 
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propondo-se inicialmente a atender interesses e 
necessidades específicas de formação de professores da 
Educação Básica e da Educação Superior” (p.345). 
 
 Essa produção vem acompanhada da preocupação cada vez maior do 
MEC em publicar seguidas portarias que visam demarcar os espaços 
específicos entre as modalidades de educação presencial e a distância. De 
acordo com o documento REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA 
EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA, lançado pelo MEC em 2007, a portaria 
traz aspectos relevantes para o desenvolvimento de cursos com qualidade, 
tais, como (MEC, 2007, p. 5-6): 
a) a caracterização de EaD visando instruir os sistemas de ensino; 
b) o estabelecimento de preponderância da avaliação presencial dos 
estudantes em relação às avaliações feitas a distância; 
c) maior explicitação de critérios para o credenciamento no documento do 
plano de desenvolvimento institucional (PDI), principalmente em relação aos 
pólos descentralizados de atendimento ao estudante; 
d) mecanismos para coibir abusos, como a oferta desmesurada do número de 
vagas na educação superior, desvinculada da previsão de condições 
adequadas; 
e) permissão de estabelecimento de regime de colaboração e cooperação 
entre os Conselhos Estaduais e Conselho Nacional de Educação e 
diferentes esferas administrativas para: troca de informações; 
supervisão compartilhada; unificação de normas; padronização de 
procedimentos e articulação de agentes; 
f) previsão do atendimento de pessoa com deficiência; 
g) institucionalização de documento oficial com Referenciais de Qualidade para 
a educação a distância. 
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Após a publicação desta portaria, o governo federal, a partir do 
Departamento de Políticas em Educação a Distância, inicia um processo de 
confecção de diretrizes oficiais para avaliação de cursos superiores. No ano de 
2007, a Secretaria de Educação a Distância, a Secretaria de Educação 
Superior, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica e o Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, 
constroem os instrumentos de avaliação organizados em três documentos 
básicos (SEED, 2007): 
1) Instrumento de avaliação para Credenciamento Institucional; 
2) Instrumento de avaliação para Autorização de Cursos; 
3) Instrumento de avaliação para Credenciamento de Pólos. 
Esses documentos visavam garantir a qualidade dos cursos superiores, 
inspecionando desde aspectos físicos das instalações, a qualificação do corpo 
docente e de tutores, o conteúdo, material didático e a metodologia 
empregadas, dentre outros aspectos considerados relevantes (modelo do 
documento em anexo). 
 A diversidade de cursos de pós graduação e a ampla possibilidade de 
utilizar e combinar estratégias metodológicas levaram a criação de um 
documento referencial do MEC para a qualidade mínima dos cursos de EaD 
em nível superior. Este documento, nascido em 2007, começou a ser produzido 
por uma comissão de especialistas na área, que começaram a se reunir em 
2002 por conta de uma Portaria Ministerial. 
Uma breve análise dos fatores que causam a evasão em cursos de EaD 
são suficientes para demonstrar a importância de criar parâmetros mínimos de 
qualidade. Segundo Coelho (2002), os principais fatores para evasão são: 
•a falta da tradicional relação face a face entre 
professor e alunos; 
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• insuficiente domínio técnico do uso do 
computador, principalmente da Internet,ou seja,a 
inabilidade em lidar com as novas tecnologias; 
• ausência de reciprocidade da comunicação, ou 
seja, dificuldades em expor idéias numa comunicação 
escrita a distância, inviabilizando a interatividade; 
• a falta de um agrupamento de pessoas numa 
instituição física, construída socialmente e destinada 
muitas vezes, à transmissão de saberes. 
 
Em estudo de Ivana Almeida (2008), grande parte dos problemas estava 
agrupado em duas categorias1: uma ligada aos problemas de comunicação 
entre professor e alunos, causados pela ausência ou dificuldade de articulação, 
e outra ligada a problemas técnicos, como a perda de senhas, demora para 
sanar dúvidas, falta de conhecimento do aluno em relação a tecnologia,etc. 
Grande parte dos problemas que ocorrem nos cursos EaD decorrem de 
fatores externos ao aluno. Normalmente são problemas técnicos ou de 
capacitação de tutores, que acabam dificultando a comunicação entre eles e os 
discentes. Diante disso, o documento seguinte ganha uma importância 
singular, garantindo qualidade nos projetos pedagógicos dos cursos superiores 
a distância. 
 
1 De acordo com Ivana Almeida (2008), após coleta de dados em cursos EaD do curso Saber é aprender 
(SEBRAE), os problemas de evasão estavam tipificados em três categorias: Problemas com a Tutoria: 
Dificuldades de comunicação com o tutor; dificuldades de relacionamentocom o tutor; excesso de 
mensagens. A opção por analisar essa Categoria é devido a importância de se estudar o educador na sua 
relação com o Educando e as correlações existentes entre o perfil do aluno e o trabalho 
Desenvolvido pelo tutor. Problemas Pessoais: Problemas com o acesso a Internet; Problemas no 
computador; Perda de emprego; Mudança de emprego / função; Falta de habilidade em 
informática;Falta de disponibilidade de tempo; Viagens; Problemas familiares; Problemas de saúde. 
Problemas com o curso: Dificuldade de acesso ao ambiente educacional; Dificuldade na navegação; 
Dificuldade no manuseio da ferramenta; Conteúdo muito fácil; Conteúdo muito difícil; Dificuldade de 
estudar sozinho; Não gostou da forma de apresentação do curso (layout); Perdeu senha/login; 
Suporte não atendeu aos chamados. Conhecer as dificuldades de um trabalho é fundamental para 
compreendê-lo como um todo. (2008, p. 8-9) 
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O documento discorre sobre a importância das instituições primarem 
pelos seguintes aspectos em seus planos diretores (SEED, 2007, p.8): 
(i) Concepção de educação e currículo no processo de ensino 
e aprendizagem; 
(ii) Sistemas de Comunicação; 
(iii) Material didático; 
(iv) Avaliação; 
(v) Equipe multidisciplinar; 
(vi) Infra-estrutura de apoio; 
(vii) Gestão Acadêmico-Administrativa; 
(viii) Sustentabilidade financeira. 
 
Em relação ao item (i), o documento afirma que a instituição proponente 
deve apresentar de forma bem clara a escolha dos instrumentos pedagógicos e 
teórico-metodológicos, assim como a organização curricular, os instrumentos 
de avaliação e as concepções de tutor e professor. Além disso, é preciso 
garantir que o educando possa usufruir de todos os mecanismos tecnológicos 
oferecidos pela instituição. Para tal, o curso deve oferecer, quando necessário, 
um módulo introdutório de conhecimentos e habilidades básicas referentes as 
ferramentas e/ou conteúdo programático do curso. (SEED, 2007, p. 9) 
O tópico (ii) está relacionado a necessidade de construir um sistema de 
educação capaz de promover a integração entre alunos e tutores/ professores: 
Para atender às exigências de qualidade nos 
processos pedagógicos devem ser oferecidas e 
contempladas, prioritariamente, as condições de 
telecomunicação (telefone, fax, correio eletrônico, 
videoconferência, fórum de debate pela Internet, 
ambientes virtuais de aprendizagem, etc.), promovendo 
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uma interação que permita uma maior integração 
entre professores, tutores e estudantes. (SEED, 2007, 
p. 11). 
 
 O projeto político pedagógico deve trazer informações acerca da 
metodologia e do sistema de comunicação, além do número de encontros 
presenciais e outros aspectos importantes, tais como: 
• descrever como se dará a interação entre estudantes, tutores e professores 
ao longo do curso, em especial, o modelo de tutoria; 
• quantificar o número de professores/hora disponíveis para os atendimentos 
requeridos pelos estudantes e quantificar a relação tutor/estudantes; 
• informar aos estudantes, desde o início do curso, nomes, horários, formas e 
números para contato com professores, tutores e pessoal de apoio; 
• informar locais e datas de provas e datas limite para as diferentes 
atividades (matrícula, recuperação e outras); 
• descrever o sistema de orientação e acompanhamento do estudante, 
garantindo que os estudantes tenham sua evolução e dificuldades 
regularmente monitoradas, que recebam respostas rápidas a suas dúvidas, e 
incentivos e orientação quanto ao progresso nos estudos; 
• assegurar flexibilidade no atendimento ao estudante, oferecendo horários 
ampliados para o atendimento tutorial; 
• dispor de pólos de apoio descentralizados de atendimento ao estudante, com 
infra-estrutura compatível, para as atividades presenciais; 
• valer-se de modalidades comunicacionais síncronas e assíncronas como 
videoconferências, chats na Internet, fax, telefones, rádio para promover a 
interação em tempo real entre docentes, tutores e estudantes; 
• facilitar a interação entre estudantes, por meio de atividades coletivas, 
presenciais ou via ambientes de aprendizagem adequadamente 
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desenhados e implementados para o curso, que incentivem a comunicação 
entre colegas; 
• Planejar a formação, a supervisão e a avaliação dos tutores e 
outros profissionais que atuam nos pólos de apoio descentralizados, de modo 
a assegurar padrão de qualidade no atendimento aos estudantes; 
• abrir espaço para uma representação de estudantes, em órgãos colegiados 
de decisão, de modo a receber feedback e aperfeiçoar os processos. 
 
 O tópico (iii) afirma que o projeto político pedagógico deve explicitar a 
configuração do material didático oferecido pelo curso. Dada a natureza diversa 
da EaD e a dinâmica diferenciada em relação ao ensino presencial, a 
construção do material deve integrar diferentes mídias (convergência e 
integração entre materiais impressos, radiofônicos, televisivos, de informática, 
de videoconferências e teleconferências, dentre outros). 
 A construção de um material didático diferenciado deve levar em 
consideração as variáveis ligadas ao ator principal do processo educativo: o 
aluno online. Dessa forma, é preciso que se forme uma equipe multidisciplinar 
que mescle profissionais da área de educação e de tecnologias da informação 
(Multimídia, Web, Diagramação, etc) que compreendam as diferentes lógicas 
de concepção, produção, linguagem, estudo e controle de tempo da EaD. 
 O tópico (iv), referente a avaliação, demonstra a necessidade de 
construir um processo contínuo de verificação de aprendizagem 
(preferencialmente presenciais e que contemplem trabalhos de conclusão de 
cursos). O modelo precisa contribuir para a construção de habilidades 
avançadas cada vez que o aluno progredir em seus estudos. Desse modo 
devem ser articulados mecanismos que promovam o 
permanente acompanhamento dos estudantes, no intuito 
de identificar eventuais dificuldades na aprendizagem e 
saná-las ainda durante o processo de ensino-
aprendizagem. (SEED, 2007, p. 16). 
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 O tópico (v) estabelece que a equipe da instituição deva ser composta 
por docentes, tutores e pelo pessoal técnico administrativo. 
De acordo com o documento, os docentes acumulam as seguintes 
funções dentro de uma instituição EaD: (SEED, 2007, p. 20) 
a) estabelecer os fundamentos teóricos do projeto; 
b) selecionar e preparar todo o conteúdo curricular articulado a procedimentos 
e atividades pedagógicas; 
c) identificar os objetivos referentes a competências cognitivas, habilidades e 
atitudes; 
d) definir bibliografia, videografia, iconografia, audiografia, tanto básicas 
quanto complementares; 
e) elaborar o material didático para programas a distância; 
f) realizar a gestão acadêmica do processo de ensino-aprendizagem, 
em particular motivar, orientar, acompanhar e avaliar os estudantes; 
g) avaliar-se continuamente como profissional participante do coletivo de um 
projeto de ensino superior à distância. 
 Os tutores são os profissionais responsáveis em fazer a mediação 
pedagógicae o acompanhamento acadêmico dos estudantes ao longo do 
curso. Esse trabalho acontece em duas dimensões: na tutoria presencial e na 
tutoria a distância. 
 Na tutoria presencial, o profissional atende os estudantes em pólos, e 
fica responsável por auxiliar os estudantes em tarefas, atividades individuais ou 
coletivas, esclarecendo dúvidas sobre os conteúdos, lecionando em salas de 
aula ou laboratórios de informáticas e participa de estágios supervisionados. 
 Na tutoria a distância, sua principal função é atuar no esclarecimento 
de dúvidas através fóruns de discussão pela Internet, pelo telefone, 
participação em videoconferências, entre outros, de acordo com o projeto 
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pedagógico da instituição (SEED, 2007, p. 21). Deve ainda organizar e 
disponibilizar material de apoio, sempre que possível, atuando como um 
facilitador no processo de aprendizagem EaD. 
 Tanto para a tutoria presencial ou a distância, o documento ressalta que 
é fundamental que o profissional tenha um profundo domínio do conteúdo, 
assim como das tecnologias e mídias de comunicação empregadas no curso 
(p.22) visando cumprir de forma satisfatória seu papel de mediador. 
 O corpo técnico-administrativo tem por objetivo dar o suporte necessário 
para o perfeito funcionamento dos cursos, atuando em duas dimensões: 
tecnológica e administrativa. 
Do ponto de vista tecnológico, deve atuar: 
a) no suporte técnico de laboratórios e bibliotecas dos pólos; 
b) na manutenção e zeladoria de equipamentos e mídias; 
c) no auxílio e planejamento dos cursos; 
d) na produção de materiais para os professores conteudistas; 
e) no suporte e desenvolvimento de sistemas de apoio aos estudantes. 
Do ponto de vista administrativo, deve atuar: 
a) em funções de secretaria acadêmica; 
b) no apoio ao corpo docente e tutores em atividades presenciais e a 
distância; 
c) na distribuição e recebimento de material didático; 
d) na recepção e atendimento a alunos em bibliotecas 
 
O tópico (vi) afirma que além da estrutura humana e administrativa, a 
instituição deve prezar pela manutenção da parte física, com uma infraestrutura 
capaz de atender, tanto as expectativas dos alunos quanto a necessidade de 
professores e tutores. 
O documento afirma que 
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a infra-estrutura material refere-se aos equipamentos de 
televisão, vídeo-cassetes, áudio-cassetes, fotografia, 
impressoras, linhas telefônicas, inclusive dedicadas 
para Internet e serviços 0800, fax, equipamentos 
para produção audiovisual e para videoconferência, 
computadores ligados em rede e/ou stand alone e 
outros, dependendo da proposta do curso. (p.24) 
 
 Cabe ressaltar que a instituição deve possuir todo esse maquinário 
disponível tanto no centro operacional acadêmico (a sede) quanto nos pólos 
presenciais de estudo. O centro operacional, pelo seu caráter centralizador, 
necessitam de uma infraestrutura composta minimamente por uma secretaria 
acadêmica, salas de coordenação do curso, salas para tutoria a 
distância, biblioteca, sala de professores e sala de videoconferência. 
 Os espaços de tutoria ou pólos de apoio presencial, por serem um 
espaço de encontros presenciais e de produção de conhecimento, precisam ter 
uma infraestrutura mínima 
cuja finalidade é assegurar a qualidade dos conteúdos 
ofertados por meio da disponibilização aos estudantes de 
material para pesquisa e recursos didáticos para aulas 
práticas e de laboratório, em função da área de 
conhecimento abrangida pelos cursos. Desse modo, 
torna-se fundamental a disponibilidade de biblioteca, 
laboratório de informática com acesso a Internet de banda 
larga, sala para secretaria, laboratórios de ensino 
(quando aplicado), salas para tutorias, salas para 
exames presenciais (p.28) 
 
 O tópico (vii) aborda a questão da necessidade dos cursos de ensino 
superior a distância disponham de uma estrutura de atendimento ao aluno tão 
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eficientes quanto a do modelo presencial. Para tal, o plano diretor do curso 
deve explicitar como funciona o sistema de gestão, apresentando elementos 
como o sistema de tutoria e gestão de informações, de produção e distribuição 
de material didático, de avaliação, do funcionamento do banco de dados 
essenciais da instituição, do cadastro de equipamentos e facilidades da 
tecnologia, do sistema de gestão de atos acadêmicos, registro de atividades 
dos alunos e do desenvolvimento de um sistema que permita ao professor 
produzir e distribuir seu material para os professores (SEED, p. 30). 
 O último tópico (viii) se refere à necessidade das instituições manterem 
sua sustentabilidade financeira. Isso está intrinsecamente ligado a 
possibilidade de custeio de gastos iniciais: produção de material didático, 
implantação do sistema de gestão;equipamentos de comunicação, gestão, 
laboratórios, etc; implantação dos pólos descentralizados de apoio presencial 
e centro de educação a distância ou salas de tutoria e de coordenação 
acadêmico-operacional nas instituições. 
 Da mesma forma, a instituição precisa custar gastos regulares como: 
equipe docente (coordenador do curso, coordenadores de disciplinas, 
coordenador de tutoria e professores responsáveis pelo conteúdo); equipe de 
tutores para atividades de tutoria; equipe multidisciplinar; equipe de gestão do 
sistema; recursos de comunicação; distribuição de material didático; sistema 
de avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS 
 
ABED. Legislação para EaD, 2010. Disponível em <www.abed.org.br> 
Acessado em 1 de Setembro de 2010 
ALMEIDA, Ivana. Os motivos de desistência alegados num curso a 
distância via internet: relato de experiência na gestão de EAD. Disponível 
em . Acessado em 15 de Agosto de 2010 
ANDRADE, Leila Cristina Vasconcelos de; Pimentel, Mariano Gomes. 
Educação a distância: mecanismos para classificação e análise. Núcleo de 
Computação Eletrônica – UFRJ Disponível em 
http://www2.abed.org.br/visualizaDocumento.asp?Documento_ID=38 
Acessado em 12 de setembro de 2010 
BALLALAI, Roberto. Educação a Distância. Série Cooperação Técnico 
Cultural.CEN, Niterói, 1991. 
BELLO, José Luiz de Paiva. Educação a Distância Virtual: uma educação 
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2010 
BITTENCOURT, Dênia Falcão de. A construção de um modelo de curso “latu sensu” via internet 
- a experiência com o curso de especialização para gestores de instituições de ensino técnico . 
Florianópolis: UFSC, 1999. Dissertação de Mestrado. 
CAMPOS, C.A [et al.]. Fundamentos da educação a distância, mídias e 
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COELHO, M.L. A Evasão nos Cursos de Formação Continuada de 
Professores Universitários na Modalidade de Educação a Distância 
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KEEGAN, D. Fundations of distance education. 3rd ed. London: 
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COSTA, Maria Luisa Furlan. Radio Educativo: a contribuição da fundaçãoRoquete Pinto para a democratização do conhecimento no Brasil. 
Disponível em 
pdfhttp://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe3/Documentos/Individ/Eixo1/2
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
Departamento de Políticas em Educação a Distância INFORMAÇÃO – Nº 
5/2007 
SECRETARIA DE ENSINO A DISTÂNCIA. Educação a distância em 
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SENAC. Curso de especialização a distância. E-Book. Rio de Janeiro: 
Editora Senac Nacional, 2005. CD-ROM. 
VASCONCELLOS, Sérgio Paulo Gomes de. Educação a distância: histórico 
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Acessado em 31 de Agosto de 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
 
DECRETO Nº 5.622, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2005. 
 
FONTE: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/dec_5622.pdf 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
Vide Lei n o 9.394, de 1996 Regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 
84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o que dispõem 
os arts. 8o, § 1o, e 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, 
 
DECRETA: 
 
CAPÍTULO I 
 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 1o Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação a distância como 
modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos 
processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e 
tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores 
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. 
 
§ 1o A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e 
avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de 
momentos presenciais para: 
 
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I - avaliações de estudantes; 
II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente; 
III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação 
pertinente; e 
IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso. 
 
Art. 2o A educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e 
modalidades educacionais: 
 
I - educação básica, nos termos do art. 30 deste Decreto; 
II - educação de jovens e adultos, nos termos do art. 37 da Lei n o 9.394, de 20 
de dezembro de 1996; 
III - educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes; 
IV - educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas: 
a) técnicos, de nível médio; e 
b) tecnológicos, de nível superior; 
V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas: 
a) seqüenciais; 
b) de graduação; 
c) de especialização; 
d) de mestrado; e 
e) de doutorado. 
 
Art. 3o A criação, organização, oferta e desenvolvimento de cursos e 
programas a distância deverão observar ao estabelecido na legislação e em 
regulamentações em vigor, para os respectivos níveis e modalidades da 
educação nacional. 
§ 1o Os cursos e programas a distância deverão ser projetados com a mesma 
duração definida para os respectivos cursos na modalidade presencial. 
§ 2o Os cursos e programas a distância poderão aceitar transferência e 
aproveitar estudos realizados pelos estudantes em cursos e programas 
presenciais, da mesma forma que as certificações totais ou parciais obtidas nos 
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cursos e programas a distância poderão ser aceitas em outros cursos e 
programas a distância e em cursos e programas presenciais, conforme a 
legislação em vigor. 
 
Art. 4o A avaliação do desempenho do estudante para fins de promoção, 
conclusão de estudos e obtenção de diplomas ou certificados dar-se-á no 
processo, mediante: 
I - cumprimento das atividades programadas; e 
II - realização de exames presenciais. 
§ 1o Os exames citados no inciso II serão elaborados pela própria instituição 
de ensino credenciada, segundo procedimentos e critérios definidos no projeto 
pedagógico do curso ou programa. 
§ 2o Os resultados dos exames citados no inciso II deverão prevalecer sobre 
os demais resultados obtidos em quaisquer outras formas de avaliação a 
distância. 
 
Art. 5o Os diplomas e certificados de cursos e programas a distância, 
expedidos por instituições credenciadas e registrados na forma da lei, terão 
validade nacional. 
Parágrafo único. A emissão e registro de diplomas de cursos e programas a 
distância deverão ser realizados conforme legislação educacional pertinente. 
 
Art. 6o Os convênios e os acordos de cooperação celebrados para fins de 
oferta de cursos ou programas a distância entre instituições de ensino 
brasileiras, devidamente credenciadas, e suas similares estrangeiras, deverão 
ser previamente submetidos à análise e homologação pelo órgão normativo do 
respectivo sistema de ensino, para que os diplomas e certificados emitidos 
tenham validade nacional. 
 
Art. 7o Compete ao Ministério da Educação, mediante articulação entre seus 
órgãos, organizar, em regime de colaboração, nos termos dos arts. 8o, 9o, 10 e 
11 da Lei n o 9.394, de 1996 , a cooperação e integração entre os sistemas de 
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ensino, objetivando a padronização de normas e procedimentos para, em 
atendimento ao disposto no art. 80 daquela Lei: 
I - credenciamento e renovação de credenciamento de instituições para oferta 
de educação a distância; e 
II - autorização, renovação de autorização, reconhecimento e renovação de 
reconhecimento dos cursos ou programas a distância. 
Parágrafo único. Os atos do Poder Público, citados nos incisos I e II, deverão 
ser pautados pelos Referenciais de Qualidade para a Educação a Distância, 
definidos pelo Ministério da Educação, em colaboração com os sistemas de 
ensino. 
 
Art. 8o Os sistemas de ensino, em regime de colaboração, organizarão e 
manterão sistemas de informação abertos ao público com os dados de: 
I - credenciamento e renovação de credenciamento institucional; 
II - autorização e renovação de autorização de cursos ou programas a 
distância; 
III - reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos ou programas a 
distância; e 
IV - resultados dos processos de supervisão e de avaliação. 
Parágrafo único. O Ministério da Educação deverá organizar e manter sistema 
de informação, aberto ao público, disponibilizando os dados nacionais 
referentes à educação a distancia. 
 
CAPÍTULO II 
 
DO CREDENCIAMENTO DE INSTITUIÇÕES PARA OFERTA DE CURSOS E 
PROGRAMAS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA 
 
Art. 9o O ato de credenciamento para a oferta de cursos e programas na 
modalidade a distância destina-se às instituições de ensino, públicas ou 
privadas. 
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Parágrafo único. As instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas 
ou privadas, de comprovada excelência e de relevante produção em pesquisa, 
poderão solicitar credenciamento institucional, para a oferta de cursos ou 
programas a distância de: 
I - especialização; 
II - mestrado; 
III -doutorado; e 
IV - educação profissional tecnológica de pós-graduação. 
 
Art. 10. Compete ao Ministério da Educação promover os atos de 
credenciamento de instituições para oferta de cursos e programas a distância 
para educação superior. 
 
Art. 11. Compete às autoridades dos sistemas de ensino estadual e do Distrito 
Federal promover os atos de credenciamento de instituições para oferta de 
cursos a distância no nível básico e, no âmbito da respectiva unidade da 
Federação, nas modalidades de: 
I - educação de jovens e adultos; 
II - educação especial; e 
III - educação profissional. 
§ 1o Para atuar fora da unidade da Federação em que estiver sediada, a 
instituição deverá solicitar credenciamento junto ao Ministério da Educação. 
§ 2o O credenciamento institucional previsto no § 1o será realizado em regime 
de colaboração e cooperação com os órgãos normativos dos sistemas de 
ensino envolvidos. 
§ 3o Caberá ao órgão responsável pela educação a distância no Ministério da 
Educação, no prazo de cento e oitenta dias, contados da publicação deste 
Decreto, coordenar os demais órgãos do Ministério e dos sistemas de ensino 
para editar as normas complementares a este Decreto, para a implementação 
do disposto nos §§ 1o e 2o. 
 
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Art. 12. O pedido de credenciamento da instituição deverá ser formalizado junto 
ao órgão responsável, mediante o cumprimento dos seguintes requisitos: 
I - habilitação jurídica, regularidade fiscal e capacidade econômico-financeira, 
conforme dispõe a legislação em vigor; 
II - histórico de funcionamento da instituição de ensino, quando for o caso; 
III - plano de desenvolvimento escolar, para as instituições de educação básica, 
que contemple a oferta, a distância, de cursos profissionais de nível médio e 
para jovens e adultos; 
IV - plano de desenvolvimento institucional, para as instituições de educação 
superior, que contemple a oferta de cursos e programas a distância; 
V - estatuto da universidade ou centro universitário, ou regimento da instituição 
isolada de educação superior; 
VI - projeto pedagógico para os cursos e programas que serão ofertados na 
modalidade a distância; 
VII - garantia de corpo técnico e administrativo qualificado; 
VIII - apresentar corpo docente com as qualificações exigidas na legislação em 
vigor e, preferencialmente, com formação para o trabalho com educação a 
distância; 
IX - apresentar, quando for o caso, os termos de convênios e de acordos de 
cooperação celebrados entre instituições brasileiras e suas co-signatárias 
estrangeiras, para oferta de cursos ou programas a distância; 
X - descrição detalhada dos serviços de suporte e infra-estrutura adequados à 
realização do projeto pedagógico, relativamente a: 
a) instalações físicas e infra-estrutura tecnológica de suporte e atendimento 
remoto aos estudantes e professores; 
b) laboratórios científicos, quando for o caso; 
c) pólos de educação a distância, entendidos como unidades operativas, no 
País ou no exterior, que poderão ser organizados em conjunto com outras 
instituições, para a execução descentralizada de funções pedagógico-
administrativas do curso, quando for o caso; 
d) bibliotecas adequadas, inclusive com acervo eletrônico remoto e acesso por 
meio de redes de comunicação e sistemas de informação, com regime de 
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funcionamento e atendimento adequados aos estudantes de educação a 
distância. 
§ 1o A solicitação de credenciamento da instituição deve vir acompanhada de 
projeto 
pedagógico de pelo menos um curso ou programa a distância. 
§ 2o No caso de instituições de ensino que estejam em funcionamento regular, 
poderá haver dispensa integral ou parcial dos requisitos citados no inciso I. 
 
Art. 13. Para os fins de que trata este Decreto, os projetos pedagógicos de 
cursos e programas na modalidade a distância deverão: 
I - obedecer às diretrizes curriculares nacionais, estabelecidas pelo Ministério 
da Educação 
para os respectivos níveis e modalidades educacionais; 
II - prever atendimento apropriado a estudantes portadores de necessidades 
especiais; 
III - explicitar a concepção pedagógica dos cursos e programas a distância, 
com apresentação de: 
a) os respectivos currículos; 
b) o número de vagas proposto; 
c) o sistema de avaliação do estudante, prevendo avaliações presenciais e 
avaliações a distância; e 
d) descrição das atividades presenciais obrigatórias, tais como estágios 
curriculares, defesa presencial de trabalho de conclusão de curso e das 
atividades em laboratórios científicos, bem como o sistema de controle de 
freqüência dos estudantes nessas atividades, quando for o caso. 
 
Art. 14. O credenciamento de instituição para a oferta dos cursos ou programas 
a distância terá prazo de validade de até cinco anos, podendo ser renovado 
mediante novo processo de avaliação. 
§ 1o A instituição credenciada deverá iniciar o curso autorizado no prazo de até 
doze meses, a partir da data da publicação do respectivo ato, ficando vedada, 
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nesse período, a transferência dos cursos e da instituição para outra 
mantenedora. 
§ 2o Caso a implementação de cursos autorizados não ocorra no prazo 
definido no § 1o, os atos de credenciamento e autorização de cursos serão 
automaticamente tornados sem efeitos. 
§ 3o As renovações de credenciamento de instituições deverão ser solicitadas 
no período definido pela legislação em vigor e serão concedidas por prazo 
limitado, não superior a cinco anos. 
§ 4o Os resultados do sistema de avaliação mencionado no art. 16 deverão ser 
considerados para os procedimentos de renovação de credenciamento. 
 
Art. 15. O ato de credenciamento de instituições para oferta de cursos ou 
programas a distância definirá a abrangência de sua atuação no território 
nacional, a partir da capacidade institucional para oferta de cursos ou 
programas, considerando as normas dos respectivos sistemas de ensino. 
§ 1o A solicitação de ampliação da área de abrangência da instituição 
credenciada para oferta de cursos superiores a distância deverá ser feita ao 
órgão responsável do Ministério da Educação. 
§ 2o As manifestações emitidas sobre credenciamento e renovação de 
credenciamento de que trata este artigo são passíveis de recurso ao órgão 
normativo do respectivo sistema de ensino. 
 
Art. 16. O sistema de avaliação da educação superior, nos termos da Lei n o 
10.861, de 14 de abril de 2004, aplica-se integralmente à educação superior a 
distância. 
 
Art. 17. Identificadas deficiências, irregularidades ou descumprimento das 
condições originalmente estabelecidas, mediante ações de supervisão ou de 
avaliação de cursos ou instituições credenciadas para educação a distância, o 
órgão competente do respectivo sistema de ensino determinará, em ato 
próprio, observado o contraditório e ampla defesa: 
I - instalação de diligência, sindicância ou processo administrativo; 
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II - suspensão do reconhecimento de cursos superiores ou da renovação de 
autorização de cursos da educação básica ou profissional; 
III - intervenção; 
IV - desativação de cursos; ou 
V - descredenciamento da instituição para educação a distância. 
§ 1o A instituição ou curso que obtiver desempenho insatisfatório na avaliação 
de que trata a Lei n o 10.861, de 2004 , ficarásujeita ao disposto nos incisos I a 
IV, conforme o caso. 
§ 2o As determinações de que trata o caput são passíveis de recurso ao órgão 
normativo do respectivo sistema de ensino. 
 
CAPÍTULO III 
 
DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, EDUCAÇÃO 
ESPECIAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA MODALIDADE A 
DISTÂNCIA, NA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
Art. 18. Os cursos e programas de educação a distância criados somente 
poderão ser implementados para oferta após autorização dos órgãos 
competentes dos respectivos sistemas de ensino. 
 
Art. 19. A matrícula em cursos a distância para educação básica de jovens e 
adultos poderá ser feita independentemente de escolarização anterior, 
obedecida a idade mínima e mediante avaliação do educando, que permita sua 
inscrição na etapa adequada, conforme normas do respectivo sistema de 
ensino. 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO IV 
 
DA OFERTA DE CURSOS SUPERIORES, NA MODALIDADE A DISTÂNCIA 
 
Art. 20. As instituições que detêm prerrogativa de autonomia universitária 
credenciadas para oferta de educação superior a distância poderão criar, 
organizar e extinguir cursos ou programas de educação superior nessa 
modalidade, conforme disposto no inciso I do art. 53 da Lei n o 9.394, de 1996. 
§ 1o Os cursos ou programas criados conforme o caput somente poderão ser 
ofertados nos limites da abrangência definida no ato de credenciamento da 
instituição. 
§ 2o Os atos mencionados no caput deverão ser comunicados à Secretaria de 
Educação Superior do Ministério da Educação. 
§ 3o O número de vagas ou sua alteração será fixado pela instituição detentora 
de prerrogativas de autonomia universitária, a qual deverá observar capacidade 
institucional, tecnológica e operacional próprias para oferecer cursos ou 
programas a distância. 
 
Art. 21. Instituições credenciadas que não detêm prerrogativa de autonomia 
universitária deverão solicitar, junto ao órgão competente do respectivo sistema 
de ensino, autorização para abertura de oferta de cursos e programas de 
educação superior a distância. 
§ 1o Nos atos de autorização de cursos superiores a distância, será definido o 
número de vagas a serem ofertadas, mediante processo de avaliação externa a 
ser realizada pelo Ministério da Educação. 
§ 2o Os cursos ou programas das instituições citadas no caput que venham a 
acompanhar a solicitação de credenciamento para a oferta de educação a 
distância, nos termos do § 1o do art. 12, também deverão ser submetidos ao 
processo de autorização tratado neste artigo. 
 
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Art. 22. Os processos de reconhecimento e renovação do reconhecimento dos 
cursos superiores a distância deverão ser solicitados conforme legislação 
educacional em vigor. 
Parágrafo único. Nos atos citados no caput, deverão estar explicitados: 
I - o prazo de reconhecimento; e 
II - o número de vagas a serem ofertadas, em caso de instituição de ensino 
superior não detentora de autonomia universitária. 
 
Art. 23. A criação e autorização de cursos de graduação a distância deverão 
ser submetidas, previamente, à manifestação do: 
I - Conselho Nacional de Saúde, no caso dos cursos de Medicina, Odontologia 
e Psicologia; ou 
II - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no caso dos cursos 
de Direito. 
Parágrafo único. A manifestação dos conselhos citados nos incisos I e II, 
consideradas as especificidades da modalidade de educação a distância, terá 
procedimento análogo ao utilizado para os cursos ou programas presenciais 
nessas áreas, nos termos da legislação vigente. 
 
CAPÍTULO V 
 
DA OFERTA DE CURSOS E PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO A 
DISTÂNCIA 
 
Art. 24. A oferta de cursos de especialização a distância, por instituição 
devidamente credenciada, deverá cumprir, além do disposto neste Decreto, os 
demais dispositivos da legislação e normatização pertinentes à educação, em 
geral, quanto: 
I - à titulação do corpo docente; 
II - aos exames presenciais; e 
III - à apresentação presencial de trabalho de conclusão de curso ou de 
monografia. 
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Parágrafo único. As instituições credenciadas que ofereçam cursos de 
especialização a distância deverão informar ao Ministério da Educação os 
dados referentes aos seus cursos, quando de sua criação. 
 
Art. 25. Os cursos e programas de mestrado e doutorado a distância estarão 
sujeitos às exigências de autorização, reconhecimento e renovação de 
reconhecimento previstas na legislação específica em vigor. 
§ 1o Os atos de autorização, o reconhecimento e a renovação de 
reconhecimento citados no caput serão concedidos por prazo determinado 
conforme regulamentação. 
§ 2o Caberá à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
- CAPES editar as normas complementares a este Decreto, para a 
implementação do que dispõe o caput, no prazo de cento e oitenta dias, 
contados da data de sua publicação. 
 
CAPÍTULO VI 
 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Art. 26. As instituições credenciadas para oferta de cursos e programas a 
distância poderão estabelecer vínculos para fazê-lo em bases territoriais 
múltiplas, mediante a formação de consórcios, parcerias, celebração de 
convênios, acordos, contratos ou outros instrumentos similares, desde que 
observadas as seguintes condições: 
I - comprovação, por meio de ato do Ministério da Educação, após avaliação de 
comissão de especialistas, de que as instituições vinculadas podem realizar as 
atividades específicas que lhes forem atribuídas no projeto de educação a 
distância; 
II - comprovação de que o trabalho em parceria está devidamente previsto e 
explicitado no: 
a) plano de desenvolvimento institucional; 
b) plano de desenvolvimento escolar; ou 
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c) projeto pedagógico, quando for o caso, das instituições parceiras; 
III - celebração do respectivo termo de compromisso, acordo ou convênio; e 
IV - indicação das responsabilidades pela oferta dos cursos ou programas a 
distância, no que diz respeito a: 
a) implantação de pólos de educação a distância, quando for o caso; 
b) seleção e capacitação dos professores e tutores; 
c) matrícula, formação, acompanhamento e avaliação dos estudantes; 
d) emissão e registro dos correspondentes diplomas ou certificados. 
 
Art. 27. Os diplomas de cursos ou programas superiores de graduação e 
similares, a distância, emitidos por instituição estrangeira, inclusive os 
ofertados em convênios com instituições sediadas no Brasil, deverão ser 
submetidos para revalidação em universidade pública brasileira, conforme a 
legislação vigente. 
§ 1o Para os fins de revalidação de diploma de curso ou programa de 
graduação, a universidade poderá exigir que o portador do diploma estrangeiro 
se submeta a complementação de estudos, provas ou exames destinados a 
suprir ou aferir conhecimentos, competências e habilidades na área de 
diplomação. 
§ 2o Deverão ser respeitados os acordos internacionais de reciprocidade e 
equiparação de cursos. 
 
Art. 28. Os diplomas de especialização, mestrado e doutorado realizados na 
modalidade a distância em instituições estrangeiras deverão ser submetidos 
para reconhecimento em universidade que possua curso ou programa 
reconhecido pela CAPES, em mesmo nível ou em nível superior e na mesma 
área ou equivalente, preferencialmente com a oferta correspondente em

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