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TÓPICOS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 DEFINIÇÕES DE EAD ....................................................................................... 4 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA ................................................... 11 EAD NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO ................................................... 17 DOCUMENTOS QUE REFERENDAM A EAD NO BRASIL ............................. 20 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ........................................... 33 ANEXOS .......................................................................................................... 35 PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe INTRODUÇÃO A educação a distância constitui-se numa modalidade amplamente disseminada em nosso país. A facilidade de acesso as novas tecnologias a transformam em uma grande oportunidade para muitos brasileiros que vivem em lugares onde não tinham chances de cursar o ensino superior. Prova disso é o intenso esforço do Ministério da Educação através da Secretaria de Ensino a Distância visando promover políticas públicas que garantam a expansão das vagas em instituições públicas e privadas, sem perder, no entanto, a qualidade do serviço ofertado. Essa expansão, uma regra em vários países do mundo, visa garantir possibilidade de crescimento educacional em uma sociedade em plena mudança e cercado de facilidades tecnológicas que são rapidamente incorporadas ao nosso cotidiano e também na educação: internet, multimídia, chats, emails, skype, etc. De acordo com José Luis de Paiva Bello (2000), em quase todas as áreas profissionais o computador vem tomando um espaço de suma importância. Na Medicina vários exames são feitos utilizando-se de um computador. No Direito os advogados já podem acompanhar a evolução de seus processos sem ter que correr pelos corredores do Fórum. Também na Engenharia, Arquitetura, Odontologia etc., o computador passa a ser uma ferramenta indispensável. Na escola não é diferente. Nesse contexto de expansão, nascem oportunidades para profissionais interessados em atuar como professores e tutores de cursos EaD. Alguns conhecimentos são imprescindíveis para esses profissionais: Fundamentos de EaD, Mídias e Ambientes Virtuais, Construção de Material Didático Impresso e Desenvolvimento de Cursos com Foco no Aluno. Esses conhecimentos, que são específicos, fazem da educação a distância uma modalidade diferente da presencial, em se tratando das PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe estratégias pedagógicas. Por isso é preciso uma atenção especial na formação dos docentes. Ao mesmo tempo, é necessário que haja uma quebra dos preconceitos em relação a EaD, pois ela possui algumas vantagens em relação ao ensino regular, principalmente com relação a possibilidade de estudo na melhor hora para o educando (isso não deve ser confundido com menos horas estudadas). Os desafios para a consolidação da EaD ainda seguem, tendo em vista que, segundo Helio Chaves Filho, a efetivação desta é bem recente, graças a formação de profissionais por parte do governo federal e seus consórcios. No entanto, ele destaca avanços: a) materialização de ambientes e metodologias educacionais inovadores, especialmente das tecnologias digitais, potencializando práticas de EaD; b) o arcabouço legal voltado para o setor e c) a necessidade de novos modelos de formação, como alternativa aos tradicionais modelos presenciais. (ENAP, 2006, p.11) Esperamos a partir deste curso, dentro das limitações destes manuais, contribuir para a formação de novos tutores capazes de acompanhar as transformações tecnológicas e aperfeiçoar os mecanismos de EaD em nosso país. DEFINIÇÕES DE EAD A EaD consiste numa modalidade educacional bastante particular, com modelo curricular específico e fronteiras definidas. De acordo com Pimentel e Andrade, a base para a compreensão e definição desse modelo encontra-se no quadro abaixo: transmisso rr canal receptor destina- tário fonte sinal sinal mensagem mensagem ruído PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe Figura 1 – Processo de comunicação entre duas máquinas. Adaptada de (ANDRADE&PIMENTEL Apud SHANNON, 1949, p.2) O esquema acima demonstra o processo de transferência de dados entre duas máquinas. De forma analógica, podemos afirmar que essa relação, do ponto de vista da transmissão do conhecimento humano se traduz numa tríade: a pessoa que fala, o discurso transmitido e a pessoa que escuta. Dessa relação, intermediada pela tecnologia, podemos apresentar a primeira definição de EaD, a partir de Andrade e Pimentel, pois só é possível porque existem tecnologias que possibilitam estabelecer este processo de comunicação mesmo quando alunos e professores encontram-se fisicamente distantes – é possível graças às tecnologias de telecomunicação tais como livro, telefone, rádio, televisão e redes de computadores.(p.2) A Educação a Distância caracteriza-se principalmente pela ausência da relação direta entre professores e alunos já que não se encontram geograficamente no mesmo local. A distância proveniente desse fato cria a necessidade de existirem mediadores da relação de produção e disseminação do conhecimento. Esse vazio é preenchido por recursos tecnológicos de naturezas diversas, como computadores, transmissões por DVD, satélite, videoaulas, etc. Os processos educacionais à distância se caracterizam, segundo Desmond Keegan (1980) pelos seguintes fatores: • distância física entre professores e alunos; • influência de uma organização educacional; PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe • uso da mídia para interligar professores e alunos; • troca de comunicação bidirecional; • aprendizes vistos como indivíduos, ao invés de grupos de alunos. A EaD é vista atualmente como um importante mecanismo de democratização do acesso ao ensino, principalmente por conta do encurtamento da distância geográfica e pela sua capacidade de diminuir as diferenças sociais e econômicas decorrentes da falta de mão de obra qualificada no mercado profissional: A Educação a Distância pode viabilizar a formação de pessoas que vêm sendo excluídas do processo educacional tradicional por questões de localização ou por indisponibilidade de tempo nos horários tradicionais de aula. A EAD não é um modismo: é parte de um amplo e contínuo processo de mudança que inclui não só a democratização do acesso a níveis crescentes de escolaridade e atualização permanente como, também, a adoção de novos paradigmas educacionais. (CAMPOS, 2007, p.1) Documentos emblemáticos da educação brasileira, como a LDB 9394/96 apresentam outros conceitos acerca da finalidade da EaD. Este documento diz que a Educação a Distância deve ser compreendida como a atividade pedagógica que é caracterizada por um processo de ensino-aprendizagem realizado com mediação docente e a utilização de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes tecnológicos de informação e PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTOBRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe comunicação, os quais podem ser utilizados de forma isolada ou combinadamente, sem a freqüência obrigatória de alunos e professores. (CAMPOS, 2007, p.5) O Decreto n° 5622, de 19 de dezembro de 2005, em seu artigo 1º, define Educação a Distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias da informação e da comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares e tempos diversos. Esse decreto ressalta ainda que a Educação a Distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares, para as quais deverá estar previsto a obrigatoriedade de momentos presenciais. (CAMPOS, 2007, p.5) Fora da literatura oficial, a diversidade de conceitos de EaD diferem de acordo com as especificidades teóricas, mas confluem em alguns aspectos, que segundo Nunes (2005) confluem para: • separação física entre professor e aluno, que a distingue do ensino presencial; • influência da organização educacional (planejamento, sistematização, plano, projeto, organização dirigida, entre outros), que a diferencia da educação individual; • utilização de meios técnicos de comunicação para unir o professor ao aluno e transmitir os conteúdos educativos; PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe • previsão de uma comunicação de mão dupla, onde o estudante se beneficia de um diálogo, e da possibilidade de iniciativas de dupla via; • possibilidade de encontros presenciais com propósitos didáticos e de socialização. Encontramos em outros autores algumas definições de EaD. Segundo Hanna (1998), esta modalidade educacional está ligada ao surgimento de novas tecnologias que acabam por modificar as organizações tradicionais de ensino (inclusive as universidades), gerando outras novas, imiscuídas com modelos anteriores ou totalmente novos. Isso porque as novas tecnologias criam novos mecanismos para transmitir informações e processar a aprendizagem. Segundo Holmberg (1981), o traço mais emblemático da educação a distância era a comunicação não direta. Isso porque em meados dos anos 80 eram consideradas parte desta modalidade os cursos por correspondência ou as teleaulas. No entanto, com o advento da Internet, essa comunicação passa a ser direta pela nova possibilidade de interação em tempo real entre os agentes do processo. De acordo com Dênia Falcão de Bittencourt (1999), o autor agrupa as características gerais do EaD em seis categorias: ( 1 ) A base do estudo a distância é normalmente um curso pré-produzido, que costuma ser impresso, mas também pode ser apresentado por outros meios distintos da palavra escrita, por exemplo, as fitas de áudio ou vídeo, os programas de rádio ou televisão ou os jogos experimentais. [Atualmente, também pode ser oferecido via Videoconferência ou Internet.] O curso deve ser auto- instrutivo, ou seja, ser acessível ao estudo individual, sem o apoio do professor. Por razões práticas, a palavra curso é empregada para significar os materiais de ensino, antes mesmo do processo ensino-aprendizagem. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe ( 2 ) A comunicação organizada de ida e volta tem lugar entre os alunos e uma organização de apoio. O meio mais comum utilizado para isso é a palavra escrita, mas o telefone já se converteu em um instrumento de importância na comunicação a distância. [e hoje temos também, como forte aliado nesta comunicação, a Internet, que através do e-mail tem demonstrado grande utilidade] . ( 3 ) A EaD leva em conta o estudo individual, servindo expressamente ao aluno isolado, no estudo que realiza por si mesmo. [Atualmente, o estudo isolado ainda ganha ênfase, mas com as novas tecnologias da comunicação, também tem crescido o número de cursos com propostas de trabalhos cooperativos e colaborativos entre os alunos]. ( 4 ) Dado que o curso produzido é facilmente utilizado por um grande número de alunos e com um mínimo de gastos, a EaD pode ser --- e o é frequentemente --- uma forma de comunicação massiva. ( 5 ) Quando se prepara um programa de comunicação massiva, é prático aplicar os métodos do trabalho industrial. Esses métodos incluem: planejamento, procedimentos de racionalização, tais como divisão de trabalho, mecanização, automatização, controle e verificação. ( 6 ) Os enfoques tecnológicos implicados não impedem que a comunicação pessoal, em forma de diálogo, seja central no estudo a distância. O autor considera que o estudo a distância está organizado como uma forma mediatizada de conversação didática guiada. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe Contrastando o que chamamos de educação presencial e a distância, podemos afirmar que o tempo em que acontece a interação física entre indivíduos, sejam professores e alunos, sejam alunos entre si, (que se traduz nos encontros presenciais) ajuda a diferenciar a modalidade de EaD das restantes. O esquema abaixo nos ajuda a caracterizar e diferenciar as modalidades presenciais, semipresenciais e a distância: Figura 3 – Classificação dos sistemas educacionais em função do tempo de comunicação presencial’ e ‘a distância’.(Adaptado de ANDRADE&PIMENTEL) C u rs o s te le vi si o n ad o s, al gu n s tu to ri ai s e m r ed e, e tc . A u la s p re se n ci ai s co m a p o io d e o u tr as te cn o lo g ia s n ão -p re se n ci ai s (c o m o u ti li za r a In te rn et p ar a d is cu ss ão ) A u la s p re se n ci ai s in te rc al ad as co m au la s n ão -p re se n ci ai s A u la s n ão -p re se n ci ai s co m p o ss ib il id ad e (e v en tu al ) d e en co n tr o s p re se n ci ai s. A u la s n ão -p re se n ci ai s co m a lg u n s p o u co s en co n tr o s p re se n ci ai s o b ri g at ó ri o s. C u rs o s p re se n ci ai s co m a p o io d e li v ro t ex to A u la s d e co n v er sa çã o ( ex .: d e In g lê s) , ap re se n ta çã o d e p al es tr as e tc . 0 totalmente presencial. 1 totalmente a distância. Educação Presencial Educação a Distância Educação Mista PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA De acordo com Kátia Siqueira de Freitas (2005), a educação a distância surgiu da necessidade de complementar a formação tradicional, atendendo a setores da população que não eram cobertas por esse setor. Além do mais, eram pessoas que normalmente não tinham tempo para abandonar suas tarefas totalmente, sejam domésticas, sejam profissionais. Segundo Freitas (2005) a partir do século XVIII, o meio de comunicação mais utilizado pelo sistema de ensino a distância foi o correio impresso até que o telefone, o computador, a internet e os e-mails o suplantaram. Durante muitos anos, a comunicação escrita entre estudante e professor tornou- se o símbolo de ensino a distância e esses cursos não eram muito respeitados pelos acadêmicos mais tradicionais, que resistiam às novas possibilidades de ensino e estudos.Fernanda C. A. Campos (2007) separa os “modelos” de educação a distância em cinco, do ponto de vista tecnológico. A primeira geração seria a de correspondência, na qual tínhamos o predomínio do material impresso (em especial a carta). Na segunda geração, temos um modelo baseado em fitas de áudio, vídeo e computadores. A terceira geração utilizava o tele-aprendizado, com ênfase em audioconferências, videoconferências e a TV/Rádio Broadcast. A quarta geração utiliza o referencial tecnológico web, com mediação feita por computadores e pela comunicação on-line. Na quinta geração, na qual nos encontramos, temos a predominância de recursos tecnológicos como “multimídia interativa online, acesso a Web baseada em recursos, comunicação mediada por computadores usando sistemas de resposta automáticas e portais de acesso aos recursos e processos da instituição” (p.3) PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe O quadro abaixo, compilado com informações extraídas da obra de Taylor (2001) e Nipper (1999) por Pereira (2003) apresenta mais uma tipificação, baseada no modelo por gerações tecnológicas exposta anteriormente. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe Na tabela abaixo temos o enquadramento tecnológico da EaD feito a partir de Pimentel (Campos, 2007 Apud Pimentel, 1999): No ano de 1829 a Suécia já contava com uma instituição de educação a distância (a Líber Hermondes) que possuía 150.000 usuários. A Inglaterra teve em 1840, na Universidade Sir Isaac Pitman a primeira universidade por PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe correspondência da Europa. Ainda no final do século XIX, os Estados Unidos passaram a contar com uma divisão de correspondência na Universidade de Chicago, que era responsável pela preparação de docentes em nível de extensão acadêmica. Os primeiros cursos estavam focados o envio de cartas. Com o advento dos meios de comunicação de massa, principalmente o rádio, encontramos no início do século XX uma tímida generalização desta modalidade. Segundo Kátia de Freitas, esse meio era bastante econômico, possuía um longo alcance e atingia áreas de difícil acesso geográfico. Um indício disso é que historicamente, sabemos que o rádio até hoje é uma das formas mais comuns de difusão de informações, usado ainda por forças militares e donas de casa pela sua praticidade e baixo custo (p.59). A autora traz alguns exemplos da utilização deste meio de comunicação em cursos à distância: A Universidade de Purdue (E.U.A.), por exemplo, oferecia, pelo menos, 14 programas educativos através do rádio durante o segundo semestre de 1969. Uma vez aprovados nos exames, os estudantes poderiam ganhar créditos válidos para o curso de graduação. Em 1980, a Universidade West Virgínia, Wesleyan (E.U.A.) oferecia curso de graduação completo por rádio. No Brasil o rádio foi usado para transmitir programas dos antigos cursos de primeiro e segundo graus, atualmente ensino fundamental e médio respectivamente. (FREITAS, p.60) No caso do Brasil, nos anos 70 tivemos o desenvolvimento do Projeto Minerva por parte do Ministério da Educação e Cultura. Criado por portaria do governo federal, ele obrigava as emissoras de rádio do país a produzir programas de caráter educativo em todo o território nacional visando o público adulto em defasagem de ensino. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe Segundo Maria Luisa Furlan Costa, o objetivo era suprir as deficiências da educação formal básica em diversas áreas do país e enfrentar os altos índices de analfabetismo da época, por conta da falta de escolas e insuficiências de professores. Outro mecanismo de difusão de conhecimento utilizado por instituições de ensino foi o telefone. A utilização do telefone permitiu uma comunicação muito rápida entre estudantes e alunos, facilitando o diálogo, esclarecimento de dúvidas e aprimoramento do serviço de tutoria nos cursos de educação à distância: A grande vantagem do telefone é permitir diálogo instantâneo entre estudante e professor ou tutor, facilitando discussões, esclarecimentos de dúvidas e reforço imediato. O uso adequado do telefone é bastante eficiente, sobretudo se aliado a algum tipo de material visual ou internet e material impresso. Tal combinação ajuda a ativar a motivação dos estudantes e, consequentemente, o sucesso da aprendizagem. (FREITAS, 2005, p. 60) De acordo com Marcio Mugnol, o surgimento da televisão ampliou as possibilidades do sistema de comunicação de massa. Surgem então iniciativas públicas para criar emissoras e programas de caráter educativo. Os programas Telecurso Primeiro e Segundo Grau “formaram brasileiros em todas as regiões que recebiam a sua transmissão, propiciando que a educação a distância não formal resgatasse a autoestima de brasileiros” (Mugnol, 2009, p.346) e lhes permitindo uma formação posterior em nível técnico e profissionalizante. Surgem ainda outros programas de TV, como a TV Escola de São Luís do Maranhão, a TV Universitária de Recife, a TVE do Rio de Janeiro e a TV Cultura em São Paulo. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe No entanto, apenas alguns desses projetos deram certo, e Mugnol descreve os fatores que dificultaram, ao longo do século XX, a implementação de iniciativas na EaD (2009,p.347): • a implantação de projetos-piloto sem o adequado planejamento para continuidade; • falta de critérios para avaliação dos programas implantados; • iniciativas isoladas incapazes de criar uma memória sistematizada dos programas desenvolvidos; • inexistência de avaliações das iniciativas; • encerramento dos programas sem qualquer prestação de contas sobre os resultados e os recursos públicos investidos; • indefinição da estrutura institucional para a gestão centralizada das iniciativas; • projetos desvinculados da realidade, desconexos com os rumos do desenvolvimento econômico e político do país; • baixo desenvolvimento tecnológico e carência de ferramentas de gestão das iniciativas; • desconhecimentos dos potenciais da EAD e de suas exigências; • administração das iniciativas por pessoas sem a necessária qualificação para as funções; A explosão da educação a distância se dá a partir da introdução do computador nos ano 70 como mecanismo educacional. Esse marco foi o estopim para a formação de uma sociedade tecnológica, da terceira revolução industrial, sociedade da informação, sociedade do conhecimento, sociedade pós-moderna, globalização ou mundialização do capital (MORAES&PEREIRA, 2009, p.69). O computador e a formação de redes de comunicação permitiram que mensagens de texto fossem conduzidas a lugares remotos. O email permitiu PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe que a comunicação acontecesse em momentos assíncronos, assim como os chats permitiram a comunicação em tempo real. Além dos computadores, a Web aliada as ferramentas multimídia tornaram as estratégias em EaD ainda mais arrojadas: a Web permitiu não só que fosse agilizado o processo de acesso a documentos textuais, mas hoje abrange o processo de acesso a documentos textuais, mas hoje abrange gráficos, fotografas, sons e vídeo. Nãosó isso, mas a Web permitiu que o acesso a todo esse material fosse feito de forma não linear e interativa, usando a tecnologia de hipertexto. A convergência de todas essas tecnologias em um só megameio de comunicação, centrado no computador, e, portanto, interativo. (MORAES&PEREIRA, 2009, p.69). EAD NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO O dilema da generalização do acesso ao ensino e a criação de mecanismos que oportunizem o acesso de uma grande parcela populacional aos níveis mais avançados impulsionaram de forma significativa o desenvolvimentos de novas plataformas de ensino a distância. Enquanto nas primeiras gerações tínhamos a inclusão maior da modalidade a distancia em cursos de caráter profissionalizante ou complementar, o advento do século XXI fez com que ela alcançasse níveis mais avançados. O desafio implementado por mecanismos institucionais internacionais que objetivavam ampliar o acesso a educação básica criou em médio prazo uma massa de indivíduos que estavam a beira do ensino superior mas que por PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe motivos estruturais (falta de recursos locais ou falta de tempo, para citar apenas duas causas mais imediatas) não conseguiam alcançá-lo. Nos países mais desenvolvidos, encontramos esse problema do acesso resolvido há mais tempo no que aqui no Brasil. Por conta disso, segundo Ewa Walsros Pereira e Raquel de Almeida Moraes, já encontramos na Europa da primeira metade do século XX algumas políticas de incentivo ao ensino a distância. Pereira e Moraes (2009) destacam a criação na França daquela que seria a primeira instituição estatal de ensino a distância da Europa: o Centre National d’Enseignement par Correspondence (CNEC), criada na França, posteriormente denominada Centre Nationale de Enseignement a Distance (CNED) no ano de 1929 (p.77) Antes disso, na ex-URSS, por volta de 1920, também se empreendeu no mesmo sentido, com a oferta no país de cursos que “adotaram a metodologia a distância, de nível secundário e superior. As ações foram realizadas tanto em escolas universitárias e politécnicas convencionais, como em instituições universitárias de ensino a distância” (MORAES&PEREIRA,2009, p. 77). No Brasil, segundo Schmitt, a EaD tem como marco inicial a implementação de Escolas Internacionais no ano de 1904. No entanto, essa e outras iniciativas sofreram com a descontinuidade, inclusive de ações públicas, o que causa até hoje um efeito inóspito: o pequeno número de instituições que adotam este tipo de metodologia. (MACEDO, SCHMITT, ULBRITCH, 2002) Podemos destacar ainda a iniciativa de Edgar Roquette Pinto em fundar em 1923 a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (futura rádio MEC), além da criação em 1941, do Instituto Universal Brasileiro. Este até hoje é responsável por oferecer uma gama de cursos profissionalizantes à distância, além de cursos supletivos e técnicos. Os anos de 1990 representaram o início da formulação das primeiras políticas públicas duradouras de disseminação da EaD, com o destaque para a UnB: PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe Destaque-se sua decisiva participação na criação e no funcionamento do Consórcio Brasileiro de Educação a Distância – BRASILEAD, em 1994, que congregava um número significativo de universidades públicas brasileiras, e que pode ser considerado o embrião tanto da Universidade Virtual Pública do Brasil, UNIREDE como da Universidade Aberta do Brasil, UAB (2009, p. 83) Podemos citar outras ações de ordem pública neste sentido, visando a formação de professores de educação básica pela Universidade Federal de Mato Grosso. O Consórcio CEDERJ do Estado do Rio de Janeiro desde o início da década investe na formação de um grande número de profissionais em diferentes cursos e em vários pólos do interior do Estado (CAMPOS, 2007, p.4). No ano de 2004 temos o início da chamada Universidade Aberta do Brasil, lançada pelo Ministério da Educação, que começou um processo de integração entre as universidades públicas, visando inicialmente a oferta de cursos superiores nas áreas de licenciatura (a partir dos NEAD´s e CEAD´s). O sistema se baseia em cinco pilares: • Expansão pública da educação superior, considerando os processos de democratização e acesso; • Aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições de ensino superior, possibilitando sua expansão em consonância com as propostas educacionais dos estados e municípios; • Avaliação da educação superior a distância tendo por base os processos de flexibilização e regulação implantados pelo MEC; • Estímulo à investigação em educação superior a distância no País; • Financiamento dos processos de implantação, execução e formação de recursos humanos em educação superior a distância. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe A partir de 2007, essa ação foi intensificada com a integração de pólos municipais e estaduais, além da parceria com institutos federais de ensino, construindo um consórcio que integra as esferas municipais, estaduais e federais. De acordo com dados do portal UAB 88 instituições integram o Sistema entre universidades federais, universidades estaduais e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs). De 2007 a julho de 2009, foram aprovados e instalados 557 pólos de apoio presencial com 187.154 vagas criadas. A UAB, ademais, em agosto de 2009, selecionou mais 163 novos pólos, no âmbito do Plano de Ações Articuladas, para equacionar a demanda e a oferta de formação de professores na rede pública da educação básica, ampliando a rede para um total de 720 pólos. Para 2010, espera-se a criação de cerca de 200 pólos. Vale lembrar que a Universidade Aberta do Brasil está incluída nas ações do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica do governo federal, atendendo a expectativa de contribuir para a formação de 330 mil novos licenciados num prazo de cinco anos. DOCUMENTOS QUE REFERENDAM A EAD NO BRASIL A Educação a Distância no Brasil está referendada enquanto modalidade de ensino pela Lei 9394/96. Neste documento encontramos três artigos que citam a EaD enquanto complementação de aprendizagem ou em situações emergenciais. Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) (...) IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (...) § 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais. Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensinoa distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. (Regulamento) § 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. § 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância. § 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. (Regulamento) http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11274.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5622.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/decreto/2001/D3860.htm PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe § 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens; II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais. Em seguida, uma série de documentos e portarias oficiais tratou de regulamentar a forma como os cursos deveriam ser oferecidos. De acordo com o decreto 5.622 de 19/12/2005, em seu artigo 1º, a EaD passa e se organizar sob padrões metodológicos específicos, com obrigatoriedade de momentos presenciais que objetivem (VER REF) I - avaliações de estudantes; II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente; III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação pertinente; e IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso. De acordo com a resolução, a EaD passa a ser ofertada na educação básica, educação de jovens e adultos e no ensino superior ( graduação, pós- graduação latu sensu, mestrado e doutorado), desde que autorizados e credenciados pelos órgãos competentes de seus sistemas de ensino (REF). Marcio Mugnol (2009), afirma que com isso [a normatização da EaD] expande-se o processo de produção de conhecimento acerca da EAD no Brasil e novos projetos de cursos começam a ser desenvolvido, PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe propondo-se inicialmente a atender interesses e necessidades específicas de formação de professores da Educação Básica e da Educação Superior” (p.345). Essa produção vem acompanhada da preocupação cada vez maior do MEC em publicar seguidas portarias que visam demarcar os espaços específicos entre as modalidades de educação presencial e a distância. De acordo com o documento REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA, lançado pelo MEC em 2007, a portaria traz aspectos relevantes para o desenvolvimento de cursos com qualidade, tais, como (MEC, 2007, p. 5-6): a) a caracterização de EaD visando instruir os sistemas de ensino; b) o estabelecimento de preponderância da avaliação presencial dos estudantes em relação às avaliações feitas a distância; c) maior explicitação de critérios para o credenciamento no documento do plano de desenvolvimento institucional (PDI), principalmente em relação aos pólos descentralizados de atendimento ao estudante; d) mecanismos para coibir abusos, como a oferta desmesurada do número de vagas na educação superior, desvinculada da previsão de condições adequadas; e) permissão de estabelecimento de regime de colaboração e cooperação entre os Conselhos Estaduais e Conselho Nacional de Educação e diferentes esferas administrativas para: troca de informações; supervisão compartilhada; unificação de normas; padronização de procedimentos e articulação de agentes; f) previsão do atendimento de pessoa com deficiência; g) institucionalização de documento oficial com Referenciais de Qualidade para a educação a distância. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe Após a publicação desta portaria, o governo federal, a partir do Departamento de Políticas em Educação a Distância, inicia um processo de confecção de diretrizes oficiais para avaliação de cursos superiores. No ano de 2007, a Secretaria de Educação a Distância, a Secretaria de Educação Superior, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, constroem os instrumentos de avaliação organizados em três documentos básicos (SEED, 2007): 1) Instrumento de avaliação para Credenciamento Institucional; 2) Instrumento de avaliação para Autorização de Cursos; 3) Instrumento de avaliação para Credenciamento de Pólos. Esses documentos visavam garantir a qualidade dos cursos superiores, inspecionando desde aspectos físicos das instalações, a qualificação do corpo docente e de tutores, o conteúdo, material didático e a metodologia empregadas, dentre outros aspectos considerados relevantes (modelo do documento em anexo). A diversidade de cursos de pós graduação e a ampla possibilidade de utilizar e combinar estratégias metodológicas levaram a criação de um documento referencial do MEC para a qualidade mínima dos cursos de EaD em nível superior. Este documento, nascido em 2007, começou a ser produzido por uma comissão de especialistas na área, que começaram a se reunir em 2002 por conta de uma Portaria Ministerial. Uma breve análise dos fatores que causam a evasão em cursos de EaD são suficientes para demonstrar a importância de criar parâmetros mínimos de qualidade. Segundo Coelho (2002), os principais fatores para evasão são: •a falta da tradicional relação face a face entre professor e alunos; PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe • insuficiente domínio técnico do uso do computador, principalmente da Internet,ou seja,a inabilidade em lidar com as novas tecnologias; • ausência de reciprocidade da comunicação, ou seja, dificuldades em expor idéias numa comunicação escrita a distância, inviabilizando a interatividade; • a falta de um agrupamento de pessoas numa instituição física, construída socialmente e destinada muitas vezes, à transmissão de saberes. Em estudo de Ivana Almeida (2008), grande parte dos problemas estava agrupado em duas categorias1: uma ligada aos problemas de comunicação entre professor e alunos, causados pela ausência ou dificuldade de articulação, e outra ligada a problemas técnicos, como a perda de senhas, demora para sanar dúvidas, falta de conhecimento do aluno em relação a tecnologia,etc. Grande parte dos problemas que ocorrem nos cursos EaD decorrem de fatores externos ao aluno. Normalmente são problemas técnicos ou de capacitação de tutores, que acabam dificultando a comunicação entre eles e os discentes. Diante disso, o documento seguinte ganha uma importância singular, garantindo qualidade nos projetos pedagógicos dos cursos superiores a distância. 1 De acordo com Ivana Almeida (2008), após coleta de dados em cursos EaD do curso Saber é aprender (SEBRAE), os problemas de evasão estavam tipificados em três categorias: Problemas com a Tutoria: Dificuldades de comunicação com o tutor; dificuldades de relacionamentocom o tutor; excesso de mensagens. A opção por analisar essa Categoria é devido a importância de se estudar o educador na sua relação com o Educando e as correlações existentes entre o perfil do aluno e o trabalho Desenvolvido pelo tutor. Problemas Pessoais: Problemas com o acesso a Internet; Problemas no computador; Perda de emprego; Mudança de emprego / função; Falta de habilidade em informática;Falta de disponibilidade de tempo; Viagens; Problemas familiares; Problemas de saúde. Problemas com o curso: Dificuldade de acesso ao ambiente educacional; Dificuldade na navegação; Dificuldade no manuseio da ferramenta; Conteúdo muito fácil; Conteúdo muito difícil; Dificuldade de estudar sozinho; Não gostou da forma de apresentação do curso (layout); Perdeu senha/login; Suporte não atendeu aos chamados. Conhecer as dificuldades de um trabalho é fundamental para compreendê-lo como um todo. (2008, p. 8-9) PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe O documento discorre sobre a importância das instituições primarem pelos seguintes aspectos em seus planos diretores (SEED, 2007, p.8): (i) Concepção de educação e currículo no processo de ensino e aprendizagem; (ii) Sistemas de Comunicação; (iii) Material didático; (iv) Avaliação; (v) Equipe multidisciplinar; (vi) Infra-estrutura de apoio; (vii) Gestão Acadêmico-Administrativa; (viii) Sustentabilidade financeira. Em relação ao item (i), o documento afirma que a instituição proponente deve apresentar de forma bem clara a escolha dos instrumentos pedagógicos e teórico-metodológicos, assim como a organização curricular, os instrumentos de avaliação e as concepções de tutor e professor. Além disso, é preciso garantir que o educando possa usufruir de todos os mecanismos tecnológicos oferecidos pela instituição. Para tal, o curso deve oferecer, quando necessário, um módulo introdutório de conhecimentos e habilidades básicas referentes as ferramentas e/ou conteúdo programático do curso. (SEED, 2007, p. 9) O tópico (ii) está relacionado a necessidade de construir um sistema de educação capaz de promover a integração entre alunos e tutores/ professores: Para atender às exigências de qualidade nos processos pedagógicos devem ser oferecidas e contempladas, prioritariamente, as condições de telecomunicação (telefone, fax, correio eletrônico, videoconferência, fórum de debate pela Internet, ambientes virtuais de aprendizagem, etc.), promovendo PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe uma interação que permita uma maior integração entre professores, tutores e estudantes. (SEED, 2007, p. 11). O projeto político pedagógico deve trazer informações acerca da metodologia e do sistema de comunicação, além do número de encontros presenciais e outros aspectos importantes, tais como: • descrever como se dará a interação entre estudantes, tutores e professores ao longo do curso, em especial, o modelo de tutoria; • quantificar o número de professores/hora disponíveis para os atendimentos requeridos pelos estudantes e quantificar a relação tutor/estudantes; • informar aos estudantes, desde o início do curso, nomes, horários, formas e números para contato com professores, tutores e pessoal de apoio; • informar locais e datas de provas e datas limite para as diferentes atividades (matrícula, recuperação e outras); • descrever o sistema de orientação e acompanhamento do estudante, garantindo que os estudantes tenham sua evolução e dificuldades regularmente monitoradas, que recebam respostas rápidas a suas dúvidas, e incentivos e orientação quanto ao progresso nos estudos; • assegurar flexibilidade no atendimento ao estudante, oferecendo horários ampliados para o atendimento tutorial; • dispor de pólos de apoio descentralizados de atendimento ao estudante, com infra-estrutura compatível, para as atividades presenciais; • valer-se de modalidades comunicacionais síncronas e assíncronas como videoconferências, chats na Internet, fax, telefones, rádio para promover a interação em tempo real entre docentes, tutores e estudantes; • facilitar a interação entre estudantes, por meio de atividades coletivas, presenciais ou via ambientes de aprendizagem adequadamente PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe desenhados e implementados para o curso, que incentivem a comunicação entre colegas; • Planejar a formação, a supervisão e a avaliação dos tutores e outros profissionais que atuam nos pólos de apoio descentralizados, de modo a assegurar padrão de qualidade no atendimento aos estudantes; • abrir espaço para uma representação de estudantes, em órgãos colegiados de decisão, de modo a receber feedback e aperfeiçoar os processos. O tópico (iii) afirma que o projeto político pedagógico deve explicitar a configuração do material didático oferecido pelo curso. Dada a natureza diversa da EaD e a dinâmica diferenciada em relação ao ensino presencial, a construção do material deve integrar diferentes mídias (convergência e integração entre materiais impressos, radiofônicos, televisivos, de informática, de videoconferências e teleconferências, dentre outros). A construção de um material didático diferenciado deve levar em consideração as variáveis ligadas ao ator principal do processo educativo: o aluno online. Dessa forma, é preciso que se forme uma equipe multidisciplinar que mescle profissionais da área de educação e de tecnologias da informação (Multimídia, Web, Diagramação, etc) que compreendam as diferentes lógicas de concepção, produção, linguagem, estudo e controle de tempo da EaD. O tópico (iv), referente a avaliação, demonstra a necessidade de construir um processo contínuo de verificação de aprendizagem (preferencialmente presenciais e que contemplem trabalhos de conclusão de cursos). O modelo precisa contribuir para a construção de habilidades avançadas cada vez que o aluno progredir em seus estudos. Desse modo devem ser articulados mecanismos que promovam o permanente acompanhamento dos estudantes, no intuito de identificar eventuais dificuldades na aprendizagem e saná-las ainda durante o processo de ensino- aprendizagem. (SEED, 2007, p. 16). PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe O tópico (v) estabelece que a equipe da instituição deva ser composta por docentes, tutores e pelo pessoal técnico administrativo. De acordo com o documento, os docentes acumulam as seguintes funções dentro de uma instituição EaD: (SEED, 2007, p. 20) a) estabelecer os fundamentos teóricos do projeto; b) selecionar e preparar todo o conteúdo curricular articulado a procedimentos e atividades pedagógicas; c) identificar os objetivos referentes a competências cognitivas, habilidades e atitudes; d) definir bibliografia, videografia, iconografia, audiografia, tanto básicas quanto complementares; e) elaborar o material didático para programas a distância; f) realizar a gestão acadêmica do processo de ensino-aprendizagem, em particular motivar, orientar, acompanhar e avaliar os estudantes; g) avaliar-se continuamente como profissional participante do coletivo de um projeto de ensino superior à distância. Os tutores são os profissionais responsáveis em fazer a mediação pedagógicae o acompanhamento acadêmico dos estudantes ao longo do curso. Esse trabalho acontece em duas dimensões: na tutoria presencial e na tutoria a distância. Na tutoria presencial, o profissional atende os estudantes em pólos, e fica responsável por auxiliar os estudantes em tarefas, atividades individuais ou coletivas, esclarecendo dúvidas sobre os conteúdos, lecionando em salas de aula ou laboratórios de informáticas e participa de estágios supervisionados. Na tutoria a distância, sua principal função é atuar no esclarecimento de dúvidas através fóruns de discussão pela Internet, pelo telefone, participação em videoconferências, entre outros, de acordo com o projeto PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe pedagógico da instituição (SEED, 2007, p. 21). Deve ainda organizar e disponibilizar material de apoio, sempre que possível, atuando como um facilitador no processo de aprendizagem EaD. Tanto para a tutoria presencial ou a distância, o documento ressalta que é fundamental que o profissional tenha um profundo domínio do conteúdo, assim como das tecnologias e mídias de comunicação empregadas no curso (p.22) visando cumprir de forma satisfatória seu papel de mediador. O corpo técnico-administrativo tem por objetivo dar o suporte necessário para o perfeito funcionamento dos cursos, atuando em duas dimensões: tecnológica e administrativa. Do ponto de vista tecnológico, deve atuar: a) no suporte técnico de laboratórios e bibliotecas dos pólos; b) na manutenção e zeladoria de equipamentos e mídias; c) no auxílio e planejamento dos cursos; d) na produção de materiais para os professores conteudistas; e) no suporte e desenvolvimento de sistemas de apoio aos estudantes. Do ponto de vista administrativo, deve atuar: a) em funções de secretaria acadêmica; b) no apoio ao corpo docente e tutores em atividades presenciais e a distância; c) na distribuição e recebimento de material didático; d) na recepção e atendimento a alunos em bibliotecas O tópico (vi) afirma que além da estrutura humana e administrativa, a instituição deve prezar pela manutenção da parte física, com uma infraestrutura capaz de atender, tanto as expectativas dos alunos quanto a necessidade de professores e tutores. O documento afirma que PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe a infra-estrutura material refere-se aos equipamentos de televisão, vídeo-cassetes, áudio-cassetes, fotografia, impressoras, linhas telefônicas, inclusive dedicadas para Internet e serviços 0800, fax, equipamentos para produção audiovisual e para videoconferência, computadores ligados em rede e/ou stand alone e outros, dependendo da proposta do curso. (p.24) Cabe ressaltar que a instituição deve possuir todo esse maquinário disponível tanto no centro operacional acadêmico (a sede) quanto nos pólos presenciais de estudo. O centro operacional, pelo seu caráter centralizador, necessitam de uma infraestrutura composta minimamente por uma secretaria acadêmica, salas de coordenação do curso, salas para tutoria a distância, biblioteca, sala de professores e sala de videoconferência. Os espaços de tutoria ou pólos de apoio presencial, por serem um espaço de encontros presenciais e de produção de conhecimento, precisam ter uma infraestrutura mínima cuja finalidade é assegurar a qualidade dos conteúdos ofertados por meio da disponibilização aos estudantes de material para pesquisa e recursos didáticos para aulas práticas e de laboratório, em função da área de conhecimento abrangida pelos cursos. Desse modo, torna-se fundamental a disponibilidade de biblioteca, laboratório de informática com acesso a Internet de banda larga, sala para secretaria, laboratórios de ensino (quando aplicado), salas para tutorias, salas para exames presenciais (p.28) O tópico (vii) aborda a questão da necessidade dos cursos de ensino superior a distância disponham de uma estrutura de atendimento ao aluno tão PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe eficientes quanto a do modelo presencial. Para tal, o plano diretor do curso deve explicitar como funciona o sistema de gestão, apresentando elementos como o sistema de tutoria e gestão de informações, de produção e distribuição de material didático, de avaliação, do funcionamento do banco de dados essenciais da instituição, do cadastro de equipamentos e facilidades da tecnologia, do sistema de gestão de atos acadêmicos, registro de atividades dos alunos e do desenvolvimento de um sistema que permita ao professor produzir e distribuir seu material para os professores (SEED, p. 30). O último tópico (viii) se refere à necessidade das instituições manterem sua sustentabilidade financeira. Isso está intrinsecamente ligado a possibilidade de custeio de gastos iniciais: produção de material didático, implantação do sistema de gestão;equipamentos de comunicação, gestão, laboratórios, etc; implantação dos pólos descentralizados de apoio presencial e centro de educação a distância ou salas de tutoria e de coordenação acadêmico-operacional nas instituições. Da mesma forma, a instituição precisa custar gastos regulares como: equipe docente (coordenador do curso, coordenadores de disciplinas, coordenador de tutoria e professores responsáveis pelo conteúdo); equipe de tutores para atividades de tutoria; equipe multidisciplinar; equipe de gestão do sistema; recursos de comunicação; distribuição de material didático; sistema de avaliação. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABED. Legislação para EaD, 2010. 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A construção de um modelo de curso “latu sensu” via internet - a experiência com o curso de especialização para gestores de instituições de ensino técnico . Florianópolis: UFSC, 1999. Dissertação de Mestrado. CAMPOS, C.A [et al.]. Fundamentos da educação a distância, mídias e ambientes virtuais. Juiz de Fora:Editar, 2007. COELHO, M.L. A Evasão nos Cursos de Formação Continuada de Professores Universitários na Modalidade de Educação a Distância Via Internet. Belo Horizonte: UFMG, 2002 KEEGAN, D. Fundations of distance education. 3rd ed. London: Routledge,1996. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe COSTA, Maria Luisa Furlan. Radio Educativo: a contribuição da fundaçãoRoquete Pinto para a democratização do conhecimento no Brasil. Disponível em pdfhttp://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe3/Documentos/Individ/Eixo1/2 66.pdf Acessado em 25 de Agosto de 2010. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Departamento de Políticas em Educação a Distância INFORMAÇÃO – Nº 5/2007 SECRETARIA DE ENSINO A DISTÂNCIA. Educação a distância em organizações públicas; mesa-redonda de pesquisa-ação. Brasília : ENAP, 2006. SENAC. Curso de especialização a distância. E-Book. Rio de Janeiro: Editora Senac Nacional, 2005. CD-ROM. VASCONCELLOS, Sérgio Paulo Gomes de. Educação a distância: histórico e perspectivas. Disponível em <http://www.filologia.org.br/viiifelin/19.htm > Acessado em 31 de Agosto de 2010. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe ANEXOS DECRETO Nº 5.622, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2005. FONTE: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/dec_5622.pdf Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Vide Lei n o 9.394, de 1996 Regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o que dispõem os arts. 8o, § 1o, e 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, DECRETA: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1o Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. § 1o A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de momentos presenciais para: PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe I - avaliações de estudantes; II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente; III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação pertinente; e IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso. Art. 2o A educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades educacionais: I - educação básica, nos termos do art. 30 deste Decreto; II - educação de jovens e adultos, nos termos do art. 37 da Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996; III - educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes; IV - educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas: a) técnicos, de nível médio; e b) tecnológicos, de nível superior; V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas: a) seqüenciais; b) de graduação; c) de especialização; d) de mestrado; e e) de doutorado. Art. 3o A criação, organização, oferta e desenvolvimento de cursos e programas a distância deverão observar ao estabelecido na legislação e em regulamentações em vigor, para os respectivos níveis e modalidades da educação nacional. § 1o Os cursos e programas a distância deverão ser projetados com a mesma duração definida para os respectivos cursos na modalidade presencial. § 2o Os cursos e programas a distância poderão aceitar transferência e aproveitar estudos realizados pelos estudantes em cursos e programas presenciais, da mesma forma que as certificações totais ou parciais obtidas nos PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe cursos e programas a distância poderão ser aceitas em outros cursos e programas a distância e em cursos e programas presenciais, conforme a legislação em vigor. Art. 4o A avaliação do desempenho do estudante para fins de promoção, conclusão de estudos e obtenção de diplomas ou certificados dar-se-á no processo, mediante: I - cumprimento das atividades programadas; e II - realização de exames presenciais. § 1o Os exames citados no inciso II serão elaborados pela própria instituição de ensino credenciada, segundo procedimentos e critérios definidos no projeto pedagógico do curso ou programa. § 2o Os resultados dos exames citados no inciso II deverão prevalecer sobre os demais resultados obtidos em quaisquer outras formas de avaliação a distância. Art. 5o Os diplomas e certificados de cursos e programas a distância, expedidos por instituições credenciadas e registrados na forma da lei, terão validade nacional. Parágrafo único. A emissão e registro de diplomas de cursos e programas a distância deverão ser realizados conforme legislação educacional pertinente. Art. 6o Os convênios e os acordos de cooperação celebrados para fins de oferta de cursos ou programas a distância entre instituições de ensino brasileiras, devidamente credenciadas, e suas similares estrangeiras, deverão ser previamente submetidos à análise e homologação pelo órgão normativo do respectivo sistema de ensino, para que os diplomas e certificados emitidos tenham validade nacional. Art. 7o Compete ao Ministério da Educação, mediante articulação entre seus órgãos, organizar, em regime de colaboração, nos termos dos arts. 8o, 9o, 10 e 11 da Lei n o 9.394, de 1996 , a cooperação e integração entre os sistemas de PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe ensino, objetivando a padronização de normas e procedimentos para, em atendimento ao disposto no art. 80 daquela Lei: I - credenciamento e renovação de credenciamento de instituições para oferta de educação a distância; e II - autorização, renovação de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos ou programas a distância. Parágrafo único. Os atos do Poder Público, citados nos incisos I e II, deverão ser pautados pelos Referenciais de Qualidade para a Educação a Distância, definidos pelo Ministério da Educação, em colaboração com os sistemas de ensino. Art. 8o Os sistemas de ensino, em regime de colaboração, organizarão e manterão sistemas de informação abertos ao público com os dados de: I - credenciamento e renovação de credenciamento institucional; II - autorização e renovação de autorização de cursos ou programas a distância; III - reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos ou programas a distância; e IV - resultados dos processos de supervisão e de avaliação. Parágrafo único. O Ministério da Educação deverá organizar e manter sistema de informação, aberto ao público, disponibilizando os dados nacionais referentes à educação a distancia. CAPÍTULO II DO CREDENCIAMENTO DE INSTITUIÇÕES PARA OFERTA DE CURSOS E PROGRAMAS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA Art. 9o O ato de credenciamento para a oferta de cursos e programas na modalidade a distância destina-se às instituições de ensino, públicas ou privadas. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe Parágrafo único. As instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, de comprovada excelência e de relevante produção em pesquisa, poderão solicitar credenciamento institucional, para a oferta de cursos ou programas a distância de: I - especialização; II - mestrado; III -doutorado; e IV - educação profissional tecnológica de pós-graduação. Art. 10. Compete ao Ministério da Educação promover os atos de credenciamento de instituições para oferta de cursos e programas a distância para educação superior. Art. 11. Compete às autoridades dos sistemas de ensino estadual e do Distrito Federal promover os atos de credenciamento de instituições para oferta de cursos a distância no nível básico e, no âmbito da respectiva unidade da Federação, nas modalidades de: I - educação de jovens e adultos; II - educação especial; e III - educação profissional. § 1o Para atuar fora da unidade da Federação em que estiver sediada, a instituição deverá solicitar credenciamento junto ao Ministério da Educação. § 2o O credenciamento institucional previsto no § 1o será realizado em regime de colaboração e cooperação com os órgãos normativos dos sistemas de ensino envolvidos. § 3o Caberá ao órgão responsável pela educação a distância no Ministério da Educação, no prazo de cento e oitenta dias, contados da publicação deste Decreto, coordenar os demais órgãos do Ministério e dos sistemas de ensino para editar as normas complementares a este Decreto, para a implementação do disposto nos §§ 1o e 2o. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe Art. 12. O pedido de credenciamento da instituição deverá ser formalizado junto ao órgão responsável, mediante o cumprimento dos seguintes requisitos: I - habilitação jurídica, regularidade fiscal e capacidade econômico-financeira, conforme dispõe a legislação em vigor; II - histórico de funcionamento da instituição de ensino, quando for o caso; III - plano de desenvolvimento escolar, para as instituições de educação básica, que contemple a oferta, a distância, de cursos profissionais de nível médio e para jovens e adultos; IV - plano de desenvolvimento institucional, para as instituições de educação superior, que contemple a oferta de cursos e programas a distância; V - estatuto da universidade ou centro universitário, ou regimento da instituição isolada de educação superior; VI - projeto pedagógico para os cursos e programas que serão ofertados na modalidade a distância; VII - garantia de corpo técnico e administrativo qualificado; VIII - apresentar corpo docente com as qualificações exigidas na legislação em vigor e, preferencialmente, com formação para o trabalho com educação a distância; IX - apresentar, quando for o caso, os termos de convênios e de acordos de cooperação celebrados entre instituições brasileiras e suas co-signatárias estrangeiras, para oferta de cursos ou programas a distância; X - descrição detalhada dos serviços de suporte e infra-estrutura adequados à realização do projeto pedagógico, relativamente a: a) instalações físicas e infra-estrutura tecnológica de suporte e atendimento remoto aos estudantes e professores; b) laboratórios científicos, quando for o caso; c) pólos de educação a distância, entendidos como unidades operativas, no País ou no exterior, que poderão ser organizados em conjunto com outras instituições, para a execução descentralizada de funções pedagógico- administrativas do curso, quando for o caso; d) bibliotecas adequadas, inclusive com acervo eletrônico remoto e acesso por meio de redes de comunicação e sistemas de informação, com regime de PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe funcionamento e atendimento adequados aos estudantes de educação a distância. § 1o A solicitação de credenciamento da instituição deve vir acompanhada de projeto pedagógico de pelo menos um curso ou programa a distância. § 2o No caso de instituições de ensino que estejam em funcionamento regular, poderá haver dispensa integral ou parcial dos requisitos citados no inciso I. Art. 13. Para os fins de que trata este Decreto, os projetos pedagógicos de cursos e programas na modalidade a distância deverão: I - obedecer às diretrizes curriculares nacionais, estabelecidas pelo Ministério da Educação para os respectivos níveis e modalidades educacionais; II - prever atendimento apropriado a estudantes portadores de necessidades especiais; III - explicitar a concepção pedagógica dos cursos e programas a distância, com apresentação de: a) os respectivos currículos; b) o número de vagas proposto; c) o sistema de avaliação do estudante, prevendo avaliações presenciais e avaliações a distância; e d) descrição das atividades presenciais obrigatórias, tais como estágios curriculares, defesa presencial de trabalho de conclusão de curso e das atividades em laboratórios científicos, bem como o sistema de controle de freqüência dos estudantes nessas atividades, quando for o caso. Art. 14. O credenciamento de instituição para a oferta dos cursos ou programas a distância terá prazo de validade de até cinco anos, podendo ser renovado mediante novo processo de avaliação. § 1o A instituição credenciada deverá iniciar o curso autorizado no prazo de até doze meses, a partir da data da publicação do respectivo ato, ficando vedada, PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe nesse período, a transferência dos cursos e da instituição para outra mantenedora. § 2o Caso a implementação de cursos autorizados não ocorra no prazo definido no § 1o, os atos de credenciamento e autorização de cursos serão automaticamente tornados sem efeitos. § 3o As renovações de credenciamento de instituições deverão ser solicitadas no período definido pela legislação em vigor e serão concedidas por prazo limitado, não superior a cinco anos. § 4o Os resultados do sistema de avaliação mencionado no art. 16 deverão ser considerados para os procedimentos de renovação de credenciamento. Art. 15. O ato de credenciamento de instituições para oferta de cursos ou programas a distância definirá a abrangência de sua atuação no território nacional, a partir da capacidade institucional para oferta de cursos ou programas, considerando as normas dos respectivos sistemas de ensino. § 1o A solicitação de ampliação da área de abrangência da instituição credenciada para oferta de cursos superiores a distância deverá ser feita ao órgão responsável do Ministério da Educação. § 2o As manifestações emitidas sobre credenciamento e renovação de credenciamento de que trata este artigo são passíveis de recurso ao órgão normativo do respectivo sistema de ensino. Art. 16. O sistema de avaliação da educação superior, nos termos da Lei n o 10.861, de 14 de abril de 2004, aplica-se integralmente à educação superior a distância. Art. 17. Identificadas deficiências, irregularidades ou descumprimento das condições originalmente estabelecidas, mediante ações de supervisão ou de avaliação de cursos ou instituições credenciadas para educação a distância, o órgão competente do respectivo sistema de ensino determinará, em ato próprio, observado o contraditório e ampla defesa: I - instalação de diligência, sindicância ou processo administrativo; PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe II - suspensão do reconhecimento de cursos superiores ou da renovação de autorização de cursos da educação básica ou profissional; III - intervenção; IV - desativação de cursos; ou V - descredenciamento da instituição para educação a distância. § 1o A instituição ou curso que obtiver desempenho insatisfatório na avaliação de que trata a Lei n o 10.861, de 2004 , ficarásujeita ao disposto nos incisos I a IV, conforme o caso. § 2o As determinações de que trata o caput são passíveis de recurso ao órgão normativo do respectivo sistema de ensino. CAPÍTULO III DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA MODALIDADE A DISTÂNCIA, NA EDUCAÇÃO BÁSICA Art. 18. Os cursos e programas de educação a distância criados somente poderão ser implementados para oferta após autorização dos órgãos competentes dos respectivos sistemas de ensino. Art. 19. A matrícula em cursos a distância para educação básica de jovens e adultos poderá ser feita independentemente de escolarização anterior, obedecida a idade mínima e mediante avaliação do educando, que permita sua inscrição na etapa adequada, conforme normas do respectivo sistema de ensino. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe CAPÍTULO IV DA OFERTA DE CURSOS SUPERIORES, NA MODALIDADE A DISTÂNCIA Art. 20. As instituições que detêm prerrogativa de autonomia universitária credenciadas para oferta de educação superior a distância poderão criar, organizar e extinguir cursos ou programas de educação superior nessa modalidade, conforme disposto no inciso I do art. 53 da Lei n o 9.394, de 1996. § 1o Os cursos ou programas criados conforme o caput somente poderão ser ofertados nos limites da abrangência definida no ato de credenciamento da instituição. § 2o Os atos mencionados no caput deverão ser comunicados à Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação. § 3o O número de vagas ou sua alteração será fixado pela instituição detentora de prerrogativas de autonomia universitária, a qual deverá observar capacidade institucional, tecnológica e operacional próprias para oferecer cursos ou programas a distância. Art. 21. Instituições credenciadas que não detêm prerrogativa de autonomia universitária deverão solicitar, junto ao órgão competente do respectivo sistema de ensino, autorização para abertura de oferta de cursos e programas de educação superior a distância. § 1o Nos atos de autorização de cursos superiores a distância, será definido o número de vagas a serem ofertadas, mediante processo de avaliação externa a ser realizada pelo Ministério da Educação. § 2o Os cursos ou programas das instituições citadas no caput que venham a acompanhar a solicitação de credenciamento para a oferta de educação a distância, nos termos do § 1o do art. 12, também deverão ser submetidos ao processo de autorização tratado neste artigo. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe Art. 22. Os processos de reconhecimento e renovação do reconhecimento dos cursos superiores a distância deverão ser solicitados conforme legislação educacional em vigor. Parágrafo único. Nos atos citados no caput, deverão estar explicitados: I - o prazo de reconhecimento; e II - o número de vagas a serem ofertadas, em caso de instituição de ensino superior não detentora de autonomia universitária. Art. 23. A criação e autorização de cursos de graduação a distância deverão ser submetidas, previamente, à manifestação do: I - Conselho Nacional de Saúde, no caso dos cursos de Medicina, Odontologia e Psicologia; ou II - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no caso dos cursos de Direito. Parágrafo único. A manifestação dos conselhos citados nos incisos I e II, consideradas as especificidades da modalidade de educação a distância, terá procedimento análogo ao utilizado para os cursos ou programas presenciais nessas áreas, nos termos da legislação vigente. CAPÍTULO V DA OFERTA DE CURSOS E PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA Art. 24. A oferta de cursos de especialização a distância, por instituição devidamente credenciada, deverá cumprir, além do disposto neste Decreto, os demais dispositivos da legislação e normatização pertinentes à educação, em geral, quanto: I - à titulação do corpo docente; II - aos exames presenciais; e III - à apresentação presencial de trabalho de conclusão de curso ou de monografia. PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe Parágrafo único. As instituições credenciadas que ofereçam cursos de especialização a distância deverão informar ao Ministério da Educação os dados referentes aos seus cursos, quando de sua criação. Art. 25. Os cursos e programas de mestrado e doutorado a distância estarão sujeitos às exigências de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento previstas na legislação específica em vigor. § 1o Os atos de autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento citados no caput serão concedidos por prazo determinado conforme regulamentação. § 2o Caberá à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES editar as normas complementares a este Decreto, para a implementação do que dispõe o caput, no prazo de cento e oitenta dias, contados da data de sua publicação. CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 26. As instituições credenciadas para oferta de cursos e programas a distância poderão estabelecer vínculos para fazê-lo em bases territoriais múltiplas, mediante a formação de consórcios, parcerias, celebração de convênios, acordos, contratos ou outros instrumentos similares, desde que observadas as seguintes condições: I - comprovação, por meio de ato do Ministério da Educação, após avaliação de comissão de especialistas, de que as instituições vinculadas podem realizar as atividades específicas que lhes forem atribuídas no projeto de educação a distância; II - comprovação de que o trabalho em parceria está devidamente previsto e explicitado no: a) plano de desenvolvimento institucional; b) plano de desenvolvimento escolar; ou PÓS-GRADUAÇÃO – INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO Rua Silva Jardim, 296 Floresta – Belo Horizonte - MG www.institutoibe.com.br | facebook.com/institutoibe c) projeto pedagógico, quando for o caso, das instituições parceiras; III - celebração do respectivo termo de compromisso, acordo ou convênio; e IV - indicação das responsabilidades pela oferta dos cursos ou programas a distância, no que diz respeito a: a) implantação de pólos de educação a distância, quando for o caso; b) seleção e capacitação dos professores e tutores; c) matrícula, formação, acompanhamento e avaliação dos estudantes; d) emissão e registro dos correspondentes diplomas ou certificados. Art. 27. Os diplomas de cursos ou programas superiores de graduação e similares, a distância, emitidos por instituição estrangeira, inclusive os ofertados em convênios com instituições sediadas no Brasil, deverão ser submetidos para revalidação em universidade pública brasileira, conforme a legislação vigente. § 1o Para os fins de revalidação de diploma de curso ou programa de graduação, a universidade poderá exigir que o portador do diploma estrangeiro se submeta a complementação de estudos, provas ou exames destinados a suprir ou aferir conhecimentos, competências e habilidades na área de diplomação. § 2o Deverão ser respeitados os acordos internacionais de reciprocidade e equiparação de cursos. Art. 28. Os diplomas de especialização, mestrado e doutorado realizados na modalidade a distância em instituições estrangeiras deverão ser submetidos para reconhecimento em universidade que possua curso ou programa reconhecido pela CAPES, em mesmo nível ou em nível superior e na mesma área ou equivalente, preferencialmente com a oferta correspondente em
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