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Negócios jurídicos processuais

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Negócios jurídicos processuais 1
⚖
Negócios jurídicos processuais
Para mais: https://www.passeidireto.com/perfil/junior-lima
Revisado
Os negócios jurídicos processuais, para serem considerados válidos, precisam 
preencher condições de validade gerais (as necessárias para a validade de 
qualquer negócio jurídico) e especiais (trazidas no artigo 190 do CPC.
Condições gerais
Partes capazes
Não pode haver tutela ou curatela, a própria parte deve ser capaz.
As partes não podem dispor dos poderes do juiz
Objeto lícito
Não se pode celebrar negócios processuais que violem as garantias 
constitucionais-processuais, como a do devido processo legal, regras de 
competência absoluta ou a inadmissibilidade de provas ilícitas.
Forma
Não há forma prevista, mas a forma utilizada deve garantir segurança jurídica, 
sendo vedada, por exemplo, a celebração verbal do negócio jurídico 
https://www.passeidireto.com/perfil/junior-lima
Negócios jurídicos processuais 2
processual.
Vontade livre
As partes não podem ser obrigadas a celebrar um negócio processual.
💡 O juiz deve controlar esses negócios, conforme o 190, não podendo 
admitir: negócios nulos, negócios inseridos abusivamente em 
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em 
manifesta situação de vulnerabilidade.
Condições especiais
Direito autocomponível
O negócio processual deve versar sobre um direito renunciável, reconhecível 
e transacionável.
O melhor exemplo disso são direitos patrimoniais, como em acidentes de 
trânsito. Se o autor quer indenização de 50 mil e o réu oferta 40 mil, fica livre 
ao autor a aceitação.
💡 É possível a autocomposição de direito indisponível.
Partes plenamente capazes
Somente pessoas plenamente capazes podem celebrar negócios jurídicos 
processuais.
Regras gerais
A homologação não é necessária
O juiz tem poder exclusivamente de controlar a validade do negócio, mas sua 
homologação, se válido o negócio, não é necessária.
A convenção pode ser pré-processual ou processual
Independe se a convenção ocorre antes ou durante o processo.
Negócios jurídicos processuais 3
Regras procedimentais podem ser alteradas
É possível que as partes realizem um negócio processual alterando regras 
procedimentais conforme as especificidades de cada caso. Porém, a doutrina 
indica que, mesmo que a causa não tenha especificidades, as partes podem 
realizar a mudança no procedimento
Pode-se, por exemplo, aumentar ou diminuir prazos de contestação, recurso, 
etc. Pode-se, também, convencionar a exclusão de certos atos processuais, 
como a audiência de conciliação ou para inverter o ônus da prova. São vastas 
as possibilidade, desde que respeitadas as garantias processuais 
constitucionais e os requisitos estejam presentes.
Calendarização processual
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar 
calendário para a prática dos atos processuais, quando for o 
caso. 
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele 
previstos somente serão modificados em casos 
excepcionais, devidamente justificados. 
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de 
ato processual ou a realização de audiência cujas datas 
tiverem sido designadas no calendário.
Esse calendário é um negócio processual típico, significando que ele não é 
orientado pelas regras do 190, mas do 191. O calendário necessita de 
homologação para valer.
A calendarização pode ocorrer em qualquer momento do processo.
Após a homologação, as partes e o juiz são obrigados, e não será mais 
necessária a intimação das partes para a prática dos atos processuais ou para 
a participação das audiências.
Controvérsias
Há controvérsia quanto à admissibilidade de este calendário necessitar ou não 
da concordância do juiz. Para parte da doutrina, a calendarização é bilateral, 
independe de concordância do juiz; para outra parte, o negócio é plurilateral, 
Negócios jurídicos processuais 4
necessitando da anuência com base na possibilidade de ocorrer a 
calendarização. O consenso, contudo, é que esse negócio não pode ocorrer 
unilateralmente.
A necessidade de a calendarização ser autocomponível é doutrinariamente 
discutível.
Também não há consenso quanto a ser possível a representação de incapaz.

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