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Lesões Elementares da Pele - Exame Físico da Pele e Fâneros

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LESÕES ELEMENTARES DA PELE 
Referência: PORTO, 7ª edição 
Resumo por: Wathyson Alex de Mendonça Santos 
• Modificações do tegumento cutâneo causadas por processos inflamatórios, 
degenerativos, circulatórios, neoplásicos, transtornos do metabolismo ou por 
defeito de formação. 
• Para a avaliação de lesões elementares, empregam-se a inspeção e apalpação. 
• Classificam-se em: 
➢ Alterações de cor 
➢ Elevações edematosas 
➢ Formações sólidas 
➢ Coleções líquidas 
➢ Alterações da espessura 
➢ Perda e reparações teciduais. 
• Alterações de cor (mancha ou mácula): corresponde à área circunscrita de 
coloração diferente da pele normal, 
➢ No mesmo plano do tegumento e sem alterações na superfície. 
➢ Inspeção e apalpação verificam com mais segurança 
➢ As manchas ou máculas dividem -se em: pigmentares, vasculares, hemorrágicas 
e por deposição pigmentar. 
▪ Pigmentares: quando decorrem de alterações do pigmento melânico. 
 Hipocrômicas: diminuição e/ou ausência de melanina. 
❖ vitiligo, pitiríase alba, hanseníase; algumas vezes são congênitas, como 
no nevo acrômico e no albinismo. 
 
 Hipercrômicas: aumento de pigmento melânico 
❖ pelagra, melasma ou doasma, manchas hipercrômicas dos processos de 
cicatrização, manchas hipercrômicas da estase venosa crônica dos 
membros inferiores, nevos pigmentados, melanose senil. 
❖ Os nevos são muito frequentes, aspecto variável; qualquer idade. 
✓ O nevo tuberoso ou "verruga mole" é uma pequena saliência roxa, 
geralmente pilosa, localizada, na maioria das vezes, no rosto. 
✓ Efélides são as manchas de sarda. 
 
 
 Pigmentação externa: substâncias aplicadas topicamente que produzem 
manchas do cinza ao preto 
❖ alcatrões, antralina, nitrato de prata, permanganato de potássio 
 
▪ Vasculares: distúrbios da microcirculação da pele. São diferenciadas das 
manchas hemorrágicas por desaparecerem após digitopressão. As manchas 
vasculares subdividem-se em: telangiectasias e manchas eritematosas ou 
hiperêmicas. 
 Telangiectasias: Dilatações dos vasos terminais, ou seja, arteríolas, vênulas 
e capilares. 
❖ Telangiectasias venocapilares: comuns nas pernas e nas coxas das pessoas 
do sexo feminino e se denominam varículas ou microvarizes. 
✓ Podem ser vistas, também, no tórax de pessoas idosas 
❖ Aranhas vasculares: formato lembra o desses aracnídeos (corpo central do 
qual emergem várias pernas em diferentes direções) 
✓ Localizam-se no tronco 
✓ Para fazê-las desaparecer basta fazer uma puntipressão exatamente 
sobre seu ponto mais central, ocluindo a arteríola central, alimentadora 
dos vasos ectasiados. 
 
 Mancha eritematosa ou hiperêmica: Decorre de vasodilatação, tem cor rósea 
ou tom vermelho-vivo. Uma das lesões elementares mais encontradas na 
prática médica 
❖ Simples: sem outra alteração da pele 
❖ Ocorrer juntamente com outras 
lesões: pápula, vesícula, bolha. 
❖ Variados tamanhos; 
❖ Podem ser esparsas, confluentes, 
ou seja, fundem-se por estarem 
muito próximas umas das outras. 
❖ Surgem nas doenças 
exantemáticas (sarampo, 
varicela, rubéola), escarlatina, 
sífilis, moléstia reumática, 
septicemias, alergias cutâneas. 
▪ Hemorrágicas: "sufusões hemorrágicas” 
 Não desaparecem pela compressão, diferentemente dos eritemas. 
❖ Sangue extravasado 
 De acordo com a forma e o tamanho, subdividem-se em três tipos 
 
 Petéquias: quando puntiformes e com até 1 em de diâmetro 
 Víbices: quando formam uma linha. Esse termo também é empregado para 
lesão atrófica linear 
 Equimoses: quando são em placas maiores que 1 em de diâmetro. 
 
 A coloração das manchas 
hemorrágicas varia de 
vermelho-arroxeada a 
amarela, dependendo do 
tempo de evolução. 
 Nas grandes e médias 
equimoses, as mudanças 
de coloração acontecem 
nos seguintes períodos. 
❖ Até 48 h são 
avermelhadas 
❖ De 48 a 96 h tornam-se 
arroxeadas 
❖ Do 5° ao 6º dia ficam 
azuladas 
❖ Do 6º ao 8º dia passam a 
ser amareladas 
❖ Após o 9º dia a pele volta 
à coloração normal 
 São causadas por: traumatismos, alterações capilares e discrasias 
sanguíneas (2 ultimas = púrpura) 
 Se o extravasamento sanguíneo for suficiente para produzir elevação da pele, 
é designado hematoma. 
 Equimose e hematoma se associam frequentemente. 
 
▪ Deposição pigmentar: deposição de hemossiderina, bilirrubina (icterícia), 
pigmento carotênico, corpos estranhos (tatuagem) e pigmentos metálicos (prata, 
bismuto). 
• Elevações edematosas: causadas por edema na derme ou hipoderme. 
➢ Lesão urticada ou tipo urticária: 
corresponde a formações sólidas, 
uniformes, de formato variável 
(arredondados, ovalares, irregulares), em 
geral eritematosas, e quase sempre 
pruriginosas, resultando de um edema 
dérmico circunscrito. 
➢ A afecção mais frequentemente 
responsável por este tipo de lesão é a 
própria urticária 
 
• Formações sólidas: As formações sólidas abrangem pápulas, tubérculos, nódulos, 
nodosidades, gomas e vegetações 
 
➢ Pápulas: Elevações sólidas da pele, de pequeno tamanho (até 1,0 em de diâmetro) 
▪ Superficiais, bem delimitadas, com bordas facilmente percebidas 
▪ Podem ser puntiformes, um pouco maiores ou lenticuladas, planas ou 
acuminadas, isoladas ou coalescentes 
▪ Da cor da pele normal ou de cor rósea, castanha ou arroxeada. 
▪ Inúmeras dermatoses se evidenciam por lesões papulares 
 picada de inseto, leishmaniose, blastomicose, verruga, erupções 
medicamentosas, acne, hanseníase 
 
 
 
 
 
 
➢ Tubérculos: Elevações sólidas, circunscritas, de diâmetro maior que 1,0 em, 
situadas na derme. 
▪ Consistência mole ou firme. 
▪ A pele ao redor tem cor normal 
ou pode estar eritematosa, 
acastanhada ou amarelada 
▪ Geralmente desenvolvem 
cicatriz. 
▪ Observadas sífilis, tuberculose, 
hanseníase, esporotricose, 
sarcoidose e tumores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Nódulos, nodosidade e goma: Formações sólidas localizadas na hipoderme, mais 
perceptíveis pela palpação do que pela inspeção. 
▪ De Pequeno tamanho (grão de 
ervilha) são os nódulos. 
▪ De Grande tamanho, são as 
nodosidades. 
▪ Gomas são nodosidades que 
tendem ao amolecimento e 
ulceração com eliminação de 
substância semissólida. 
▪ Os limites são imprecisos, 
▪ A consistência pode ser firme, 
elástica ou mole. 
▪ Ora estão isoladas, ora 
agrupadas ou mesmo 
coalescentes. 
▪ Podem ser dolorosas ou não. 
▪ A pele circundante pode ser 
normal, eritematosa ou 
arroxeada. 
▪ São muitas as dermatoses com 
nódulo ou nodosidade 
 furúnculo, eritema nodoso, 
hanseníase, cistos, 
epiteliomas, sífilis, bouba, 
cisticercose. 
▪ As gomas aparecem na sífilis, 
na tuberculose e nas micoses 
profundas. 
 
 
 
 
 
 
➢ Vegetações: Lesões sólidas, salientes, lobulares, filiformes ou em couve-flor 
▪ Consistência mole e agrupadas em maior ou menor quantidade. 
▪ Muitas dermatoses se caracterizam por vegetações: verrugas, bouba, sífilis, 
leishmaniose, blastomicose, condiloma acuminado, tuberculose, granuloma 
venéreo, neoplasias e dermatites medicamentosas. 
▪ Quando a camada córnea é mais espessa, a lesão apresenta consistência 
endurecida e recebe o nome de verrucosidade; 
 verrugas vulgares, cromomicose. 
 
 
 
• Coleções líquidas: as coleções líquidas incluem vesícula, bolha, pústula, abscesso e 
hematoma. 
➢ Vesícula: Elevação circunscrita da pele que 
contém líquido em seu interior com diâmetro 
limitado a 1,0 cm. 
▪ Pápula: lesão sólida; Vesícula: coleção 
líquida. 
 Às vezes, para se dirimir dúvida 
punciona-se a lesão. 
▪ É observada na varicela, no herpes-zóster, 
nas queimaduras, no eczema e no pênfigo 
foliáceo. 
 
➢ Bolha: elevação da pele contendo substância 
líquida em seu interior. 
▪ Diferencia-se da vesícula pelo tamanho: 
diâmetro superior a 1,0 cm. 
▪ É encontrada nas queimaduras, no pênfigo 
foliáceo, em algumas piodermites e em 
alergias medicamentosas 
▪ Podem ter conteúdo claro, turvo amarelado(bolha purulenta) ou vermelho-escuro 
(bolha hemorrágica). 
 
➢ Pústula: Vesícula de conteúdo purulento. 
▪ Surge na varicela, no herpes-zóster, nas 
queimaduras, nas piodermites, na acne 
pustulosa 
 
 
 
 
 
➢ Abscessos: Coleções purulentas, mais ou 
menos proeminentes e circunscritas. 
▪ Proporções variáveis 
▪ Flutuantes, de localização dermo-
hipodérmica ou subcutânea. 
▪ Quando há sinais inflamatórios, são 
chamados abscessos quentes. 
▪ A ausência de sinais produzidos por 
inflamação caracteriza os frios. 
 furunculose, hidradenite, 
blastomicose, abscesso tuberculoso 
 
 
➢ Hematomas: Formações circunscritas, de tamanhos variados, decorrentes de 
derrame de sangue na pele ou nos tecidos subjacentes. 
 
• Alterações da espessura: abrangem queratose, espessamento, liquenificação, 
esclerose, edema e atrofias 
 
➢ Queratose Modificação circunscrita ou 
difusa da espessura da pele, que se torna 
mais consistente, dura e inelástica, devido 
ao espessamento da camada córnea. 
▪ O exemplo mais comum é o calo. 
▪ Nas palmas das mãos e nas plantas dos 
pés: queratose palmar e plantar. 
▪ Principais afecções que se manifestam 
por essa lesão: queratose senil, 
queratodermia palmoplantar, ictiose 
 
➢ Espessamento: aumento da consistência 
e da espessura da pele que se mantém 
depressível 
▪ Menor evidência dos sulcos da pele, 
limites imprecisos. 
 O exemplo mais sugestivo é a 
hanseníase virchowiana 
 
 
➢ Liquenificação: espessamento da pele com acentuação 
das estrias, resultando em um quadriculado em rede 
como se a pele estivesse sendo vista através de uma 
lupa. 
▪ A pele circundante toma-se de cor castanho-escura. 
▪ Encontrada nos eczemas liquenificados ou em 
qualquer área sujeita a coçaduras constantes. 
 
 
➢ Esclerose: elevação da consistência da pele, tornando-se mais firme, aderente aos 
planos profundos e difícil de ser pregueada entre dedos. 
▪ O exemplo típico é a esclerodermia. 
 
➢ Edema: Acúmulo de líquido no espaço intersticial. 
▪ A pele torna-se lisa e brilhante 
▪ O edema deve ser analisado conforme o roteiro para o 
exame da pele, das mucosas e dos fâneros. 
 
➢ Atrofias: Adelgaçamentos da pele, tornando-a fina, lisa, 
translúcida e pregueada. 
▪ Podem ser fisiológicas: atrofia senil, 
▪ Ou provocadas por agentes mecânicos ou físicos: estrias atróficas, radiodermite. 
 As estrias são linhas de atrofia de cor acinzentada ou róseo-avermelhada. 
 Aparecem em qualquer parte do corpo na qual a pele tenha sido 
mecanicamente forçada. 
❖ Observadas no abdome de mulheres grávidas e em pessoas cuja parede 
abdominal esteve distendida (ascite, obesidade). 
 
 
• Perdas e reparações teciduais: Lesões provocadas por eliminação ou destruição 
patológicas e de reparações dos tecidos cutâneos. 
➢ escama, erosão ou exulceração, úlcera ou ulceração, fissura ou rágade, crosta, 
escara e cicatriz. 
 
➢ Escamas: lâminas epidérmicas secas que 
tendem a desprender-se da superfície cutânea. 
▪ Aspecto de farelo: furfuráceas 
▪ Em tiras: laminares ou foliáceas. 
▪ Muitas afecções manifestam-se por 
descamação, como a caspa, a pitiríase 
versicolor, a psoríase e a queimadura da pele 
por raios solares. 
 
 
 
 
 
➢ Erosão: Simples desaparecimento da parte mais superficial da pele, atingindo 
apenas a epiderme 
▪ Pode ser traumática: escoriação; ou não 
traumática. 
▪ São secundárias à ruptura 
de vesículas, bolhas e 
pústulas. 
▪ Ao regenerarem-se, não 
deixam cicatrizes. 
 
 
➢ Úlcera: Perda delimitada das estruturas que constituem a 
pele, atingindo a derme. 
▪ A ulceração deixa cicatriz. 
▪ Exemplos: úlcera crônica, lesões 
malignas da pele, leishmaniose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Fissuras ou rágades: Perda de substância linear, superficial ou profunda não 
causada por instrumento cortante. 
▪ Comprometem a epiderme e a derme e situam-se mais frequentemente no fundo 
de dobras cutâneas ou ao redor de orifícios naturais. 
 
➢ Crosta: Formação proveniente do ressecamento de secreção serosa, sanguínea, 
purulenta ou mista que recobre a área cutânea previamente lesada. 
▪ Algumas vezes é de remoção fácil e em outras está firmemente aderida aos 
tecidos subjacentes. 
▪ Encontram-se crostas na fase final dos processos de cicatrização, impetigo, 
pênfigo foliáceo e nos eczemas 
 
➢ Escara: Porção de tecido cutâneo necrosado, 
resultante de pressão isolada ou combinada com 
fricção e/ou cisalhamento. 
▪ A área mortificada torna-se insensível. 
▪ Tem cor escura e é separada do tecido sadio por 
um sulco. 
▪ O tamanho é muito variável (cabeça de alfinete 
até o de placas enormes) 
▪ Ocorre principalmente em idosos e imobilizados. 
 
➢ Cicatriz: Reposição de tecido destruído pela proliferação do tecido fibroso 
circunjacente. 
▪ Tamanhos e formatos das cicatrizes variam. 
▪ Podem ser róseo-claras, avermelhadas, ou mais escura do que a pele ao seu 
redor. 
▪ Podem ser deprimidas ou exuberantes. 
 As exuberantes são representadas pela cicatriz hipertrófica e pelo queloide. 
 Resultam de traumatismos ou de qualquer lesão cutânea que evolui para a 
cura. 
❖ Queloide é uma formação fibrosa rica em colágeno saliente, de 
consistência firme, róseo-avermelhada, bordas nítidas frequentemente 
com ramificações curtas. 
✓ Pode ser espontâneo ou secundário (mais comum) a qualquer agressão 
à pele (intervenção cirúrgica, queimadura e ferimentos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MUCOSA 
• Facilmente examináveis a olho nu e sem auxílio de qualquer aparelho são: 
➢ Conjuntivas oculares 
➢ Mucosas labiobucal, lingual e gengival. 
 
• No caso das mucosas bucais, solicita-se ao paciente que abra a boca e ponha a língua 
para fora. 
• É indispensável uma boa iluminação, de preferência com luz natural complementada 
por uma pequena lanterna. 
• Os seguintes elementos devem ser analisados: 
➢ Coloração 
➢ Umidade. 
 
• Coloração: A coloração normal é róseo-avermelhada, decorrente da rica rede 
vascular das mucosas. 
➢ A nomenclatura utilizada é mucosas normocoradas. 
➢ Alterações da coloração: descaramento das mucosas, mucosas hipercoradas, 
cianose, icterícia e leucoplasia. 
 
➢ Descoramento das mucosas: Diminuição ou perda da cor róseo-avermelhada → 
mucosas descoradas ou palidez das mucosas. 
▪ Procura-se fazer também uma avaliação quantitativa, usando-se a escala de 1 a 
4 cruzes ( +, + +, + + + e + + + + ). 
▪ Mucosas descoradas (+) significam uma leve diminuição da cor normal, 
enquanto mucosas descoradas ( + + + +) indicam o desaparecimento da 
coloração rósea. Anemia é um grande achado na inspeção das mucosas 
▪ Há muitos tipos de anemia, e cada uma pode ser determinada por várias causas 
 O denominador comum é a diminuição das hemácias e da hemoglobina 
❖ Alterações responsáveis pelo descoramento das mucosas. 
 Apresentam também palidez da pele, fadiga, astenia, palpitações 
 Nas anemias hemolíticas observa-se icterícia; nas anemias megaloblásticas, 
distúrbios nervosos localizados nos membros inferiores. 
 O hemograma é indispensável em todos os casos e quando necessário são 
feitos outros exames: testes de resistência das hemácias, teste de falcização, 
eletroforese da hemoglobina, e o mielograma, em alguns casos especiais. 
 
➢ Mucosas hipercoradas: Acentuação da coloração normal, podendo haver inclusive 
mudança de tonalidade para vermelho-arroxeada. 
▪ Indicam aumento das hemácias naquela área: inflamações (conjuntivites, 
glossites, gengivites) e nas poliglobulias. 
▪ Poliglobulia pode ser observada em diversas condições: poliglobulia secundária 
a algumas doenças respiratórias, poliglobulia compensadora das grandes 
altitudes, policitemia vera de causa desconhecida, considerada o processo 
neoplásico da série eritrocitária. 
 
➢ Cianose: Coloração azulada das mucosas cujo significado é o mesmo da cianose 
cutânea. 
 
➢Icterícia: As mucosas tornam-se amarelas ou amarelo-esverdeadas; da mesma 
maneira que na pele, resulta de impregnação pelo pigmento bilirrubínico 
aumentado no sangue. 
▪ Mais facilmente identificáveis: mucosa conjuntival e o freio da língua. 
▪ As icterícias mais leves só são perceptíveis nesses locais. 
▪ Nas pessoas de cor preta, a esclerótica costuma apresentar uma coloração 
amarelada, causada por deposição de gordura 
 
➢ Leucoplasia: Áreas esbranquiçadas, às vezes salientes, nas mucosas, por 
espessamento do epitélio (queratose, paraqueratose, hiperplasia, neoplasia), 
diminuição da vascularização e/ou fibroesclerose da lâmina própria. 
 
 
• Umidade Em condições normais são úmidas, especialmente as mucosas linguais e a 
bucal, traduzindo bom estado de hidratação. 
➢ Umidade normal: as mucosas apresentam discreto brilho indicativo de tecidos 
hidratados 
➢ Mucosas secas: as mucosas perdem o brilho, os lábios e a língua ficam 
pardacentos, adquirindo aspecto ressequido; indicam desidratação. 
 
FÂNEROS 
• Os fâneros compreendem cabelo, pelos e unhas 
 
• Cabelo: deve ser analisado quanto às seguintes características: 
➢ Tipo de implantação 
➢ Distribuição 
➢ Quantidade 
➢ Coloração 
➢ Outras características (brilho, 
espessura, consistência). 
 
➢ Tipo de implantação: varia de acordo com o sexo. 
▪ Mulher: implantação mais baixa e formam uma linha de implantação 
característica 
▪ Homens: mais alta e existem as “entradas" laterais. 
▪ Diversos transtornos endócrinos concomitantes ao hipogonadismo no homem 
determinam implantação feminoide dos cabelos. 
▪ Alterações endócrinas na mulher com hiperprodução de substâncias 
androgênicas invertem o tipo de implantação dos cabelos. 
 
➢ Distribuição: é uniforme e, quando há áreas sem pelos, são denominadas alopecia, 
cujas causas são múltiplas. 
▪ Alteração comum: calvície, que pode ser parcial ou total; 
▪ As calvícies parciais assumem diferentes formas e podem ser de vários graus. 
 
➢ Quantidade varia de um indivíduo para outro, e, com o avançar da idade, os 
cabelos tornam-se mais escassos. 
▪ Do ponto de vista semiológico a queda de cabelos é um dado de interesse. 
 
➢ Coloração: varia com a etnia e em função de características geneticamente 
transmitidas. 
▪ As cores básicas são: cabelos pretos, castanhos, louros e ruivos. 
▪ As modificações podem ser artificiais ou consequentes a enfermidades. 
▪ Uma alteração interessante é a que se observa nos meninos com desnutrição 
proteica grave, cujos cabelos se tornam ruivos. 
 
➢ Outras caraterísticas (brilho, espessura, consistência): Muitas vezes, os cabelos 
podem perder o brilho e tornar-se quebradiços e secos. 
▪ Essas alterações ocorrem no mixedema, nos estados carenciais e em várias 
outras afecções. 
 
PELOS 
• Localizam-se nos folículos pilossebáceos, que resultam de invaginação da epiderme. 
• Até a puberdade: são finos, escassos e de cor castanho-clara ou mesmo amarelados. 
• Com a puberdade, por ação dos hormônios sexuais, os pelos adquirem as 
características e a distribuição do adulto, próprias de cada sexo, havendo grandes 
variações raciais e individuais. 
• No homem aparecem barba, pelos nos troncos, e os pelos pubianos formam um 
losango. 
• Na mulher não aparecem barba, nem pelos no tronco; os pelos pubianos têm forma 
de triângulo de vértice voltado para baixo. 
• Espessura, consistência, brilho e comprimento: igualmente os cabelos podem tornar-
se secos, quebradiços e sem brilho, pelos mesmos motivos assinalados. 
• O principal achado clínico é o hirsutismo e a hipertricose: 
 
• Hipertricose: consiste no aumento exagerado de pelos terminais, sexuais e bissexuais 
ou não sexuais, em relação ao indivíduo. 
➢ Pode ser congênita ou adquirida, difusa ou localizada 
 
• Hirsutismo: é o aumento exagerado de pelos sexuais masculinos na mulher. 
➢ Pode ser constitucional, idiopático ou androgênico. 
➢ No hirsutismo provocado por níveis elevados de testosterona, observam-se 
implantação tipo masculina e calvície temporal. 
 
• Todas essas alterações (hirsutismo, atraso ou precocidade no aparecimento de pelos) 
costumam estar relacionadas com distúrbios endócrinos, seja da suprarrenal, dos 
testículos, do ovário, da hipófise ou metabólicos. 
 
• Queda dos pelos: As condições mais frequentemente causadoras são: desnutrição, 
hepatopatias crônicas, mixedema, colagenoses, quimioterapia e certas dermatoses. 
 
UNHAS 
• Formadas de células queratinizadas que se 
originam na matriz, são constituídas de 
epiderme com as suas diversas camadas, 
exceto a granular. 
• As seguintes características devem ser 
analisadas: 
➢ Forma ou configuração 
➢ Tipo de implantação 
➢ Espessura 
➢ Superfície 
➢ Consistência 
➢ Brilho 
➢ Coloração. 
 
• A unha normal forma um ângulo menor que 160° 
➢ Apresenta apenas uma curvatura lateral nítida 
➢ A superfície é lisa, brilhante, tem cor róseo-avermelhada, a espessura e a 
consistência são firmes. 
 
• Hipocratismo/baqueteamento digital: o ângulo de implantação é de 
aproximadamente 180°. As unhas dos pés têm configuração variada. 
➢ Podem ser pálidas (anêmicas), ou adquirir uma tonalidade cianótica. 
➢ A superfície pode tornar-se irregular, a espessura aumentar ou diminuir, o brilho 
pode desaparecer, e a consistência estardiminuída. 
 
• A ocorrência de manchas brancas é comum em pessoas sadias e são chamadas 
leuconíquias. 
• As unhas podem estar parcialmente descoladas do 
leito, denotando onicólise. São as unhas de 
Plummer, observadas no hipertireoidismo. 
• Unhas distróficas são espessadas, rugosas e de 
formato irregular. Frequentes em pessoas que 
trabalham descalças, sujeitas a repetidos 
traumatismos, em portadores de isquemia crônica 
dos membros inferiores ou de onicomicose 
 
• Alterações da forma podem ser notadas em estados carenciais, onicomicoses, 
nefropatias crônicas, hepatopatias crônicas, psoríase e em pessoas que lidam com 
substâncias cáusticas (pedreiros, lavadeiras). 
 
• Coiloníquia ou unha em colher: estado distrófico no qual a placa ungueal torna-se 
fina e desenvolve-se uma depressão. 
➢ Tais alterações ocorrem na anemia ferropriva grave e são provocadas por irritantes 
locais. Observar também as regiões que rodeiam as unhas, pois processos 
inflamatórios de origem micótica ocorrem com frequência. 
➢ Paroníquias: muito comuns nas pessoas que têm as mãos em constante contato 
com água (lavadeiras, cozinheiras). 
➢ Por fim, deve-se observar se há sinais indicativos do hábito de roer unhas 
(onicofagia), que é indicativo de ansiedade.

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