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Questões discursivas Histologia 2 Resolvido

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RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS: HISTOLOGIA – aula 2 
 
TEMA DE AULA: TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO 
 
RELATÓRIO: 
1. Identificar e caracterizar epitélios simples e estratificados pavimentosos, cúbicos e 
cilíndricos, pseudoestratificado e de transição. 
 
Os epitélios simples são definidos como epitélios superficiais constituídos de 
uma única camada de células. São quase sempre encontrados em superfícies absorventes 
ou secretoras e fornecem pequena proteção contra abrasão mecânica. As células que 
compreendem os epitélios simples variam na forma, desde achatadas até cilíndricas altas, 
e disto depende sua função. Os epitélios simples podem apresentar microvilosidades e 
cílios, que facilitam suas funções superficiais específicas. 
O epitélio pavimentoso simples é composto por células achatadas, de forma 
irregular, que constituem uma superfície contínua, geralmente comparada a um pavimento. 
Encontrado revestindo superfícies envolvidas no transporte passivo de gases e líquidos 
como a superfície pulmonar (pleura), os capilares sanguíneos (endotélio), o coração 
(pericárdio) e as vísceras (peritôneo). Tradicionalmente conhecido como mesotélio, 
quando reveste as vísceras. 
O epitélio cúbico simples é identificado num corte perpendicular à membrana 
basal, onde as células epiteliais parecem quadradas. Geralmente reveste ductos e túbulos 
que podem ter função excretora, secretora ou absorvente, como os túbulos coletores do 
rim, glândulas salivares e pâncreas. Os núcleos das células são esféricos. 
O epitélio cilíndrico simples é formado por células altas com núcleos elípticos, 
alongados, podendo se localizar na base, no centro e ocasionalmente no ápice do 
citoplasma. É encontrado geralmente em superfícies intensamente absorventes, como o 
intestino delgado e superfícies secretoras, como o esôfago. 
O epitélio pseudoestratificado simples são células cilíndricas altas, também 
ciliadas. O termo pseudo-estratificado se deve a aparência de que existe mais de uma 
camada de células, quando observado em cortes. Entretanto, é um epitélio simples porque 
todas as células repousam sobre a membrana basal. Estão presentes nas vias aéreas, 
traquéia e brônquios, dos mamíferos. 
O epitélio pavimentoso estratificado consiste em um número variável de 
camadas celulares que sofre transição morfológica e funcional desde as células cúbicas 
da base para as células superficiais achatadas. As células basais sofrem divisões mitóticas 
regulares dando origem a uma sucessão de células que são progressivamente empurradas 
para a superfície livre. Durante a migração, as células passam por um processo de 
maturação e depois de degeneração, na proporção em que se distanciam dos nutrientes, 
fornecidos pelo tecido conjuntivo subjacente. As células superficiais degeneradas são 
continuamente descamadas e substituídas pelas camadas mais profundas. Este epitélio 
constitui o revestimento da cavidade oral, faringe, esôfago, canal anal e vagina, lugares 
sujeitos à abrasão mecânica moderada e mantidos úmidos por secreções glandulares 
locais. 
O epitélio cúbico estratificado é delgado, consistindo somente de 2 ou 3 
camadas de células cúbicas ou cilíndricas. Presente no revestimento de canais excretores 
de glândulas exócrinas, como as glândulas salivares, o pâncreas e as glândulas 
sudoríparas. 
O epitélio de transição é um epitélio estratificado quase que unicamente 
presente nas vias urinárias de mamíferos. É especializado para sofrer distensões e a 
resistir à toxidez da urina. No órgão distendido o epitélio de transição aparece com uma ou 
três camadas celulares, como no epitélio cúbico estratificado no órgão vazio parece ter 
quatro ou cinco camadas, como no epitélio pavimentoso estratificado. 
O epitélio cilíndrico estratificado contém várias camadas de células cilíndricas, 
encontra-se revestindo a conjuntiva do olho e sua função é de proteção. 
 
2. Relatar a interação do tecido epitelial de revestimento com o tecido conjuntivo 
propriamente dito. 
 
Como o tecido epitelial de revestimento são formados por células justapostas que 
se mantêm coesas pelas junções celulares, apresentam pouca matriz extracelular e por 
não possuírem um suprimento sanguíneo e linfático, sua nutrição ocorre por difusão a 
partir do tecido conjuntivo. 
 
TEMA DE AULA: TECIDO EPITELIAL GLANDULAR 
 
RELATÓRIO: 
 
1. Identificar e diferenciar os tipos de epitélios glandulares (ácinos serosos, mucosos 
e mistos, ductos e glândulas mistas). 
 
As glândulas exócrinas mantêm a sua conexão com o epitélio do qual se 
originaram, possuem ductos tubulares formados por células que transportam a secreção 
glandular para a superfície do corpo ou para o interior (lúmen) de um órgão cavitário. 
Glândulas sudoríparas, salivares e intestinais são exemplos de glândulas exócrinas. 
As glândulas endócrinas não possuem ductos, a sua conexão com o epitélio foi 
obliterada durante o desenvolvimento e sua secreção é liberada diretamente na corrente 
sangüínea e transportada para o seu local de ação, o seu “tecido alvo”. A secreção das 
glândulas endócrinas contém hormônios. 
As glândulas serosas são aquelas que secretam um fluído aquoso. As células 
serosas possuem um formato poliédrico ou piramidal, tem núcleos centrais arredondados 
e polaridade bem definida. As células acinosas do pâncreas e das glândulas salivares 
parótidas são exemplos de células serosas. A região basal dessas células exibe uma 
intensa basofilia que resulta do grande acúmulo de reticulo endoplasmático rugoso, 
associadas a abundantes polirribossomos. Na região apical encontra-se um complexo de 
Golgi bem desenvolvido e muitas vesículas arredondadas, envolvidas por membrana e 
com conteúdo rico em proteínas, chamadas de grânulos de secreção. Quando as células 
liberam seus produtos de secreção, a membrana dos grânulos se fundem com a 
membrana plasmática e o conteúdo do grânulo é colocado para fora da célula por 
exocitose. 
As glândulas mucosas são aquelas que secretam um fluido espesso e viscoso, 
glicoproteico, denominado muco. As células mucosas possuem geralmente um formato 
cubóide ou colunar, seu núcleo é oval e encontra-se pressionado junto à base da célula. A 
célula mucosa melhor estudada é a célula caliciforme dos intestinos e trato respiratório. 
Esta célula possui numerosos grânulos de secreção, que se coram fracamente e contém 
muco. Esses grânulos preenchem a região apical da célula, e o núcleo fica situado na 
região basal, que por sua vez, é rica em retículo endoplasmático rugoso. O complexo de 
Golgi é muito desenvolvido, localizado logo acima do núcleo, indicando seu importante 
papel nesta célula. As células caliciformes é somente um dos vários tipos de células que 
sintetizam muco. Outros tipos estão presentes no estômago, glândulas salivares, trato 
respiratório e trato genital. Estas células mucosas mostram grande variabilidade nas suas 
características morfológicas e natureza química das suas secreções. Por exemplo, a 
estrutura das células secretoras de muco das células caliciformes é diferente das glândulas 
salivares. Nesta última frequentemente podemos observar células secretoras serosas e 
mucosas, no mesmo ácino. Nas glândulas salivares, os capilares que circundam as 
terminações secretoras são muito importantes para a secreção da saliva, após o estímulo 
pelo sistema nervoso autônomo. O estímulo parassimpático, geralmente iniciado pelo 
gosto ou cheiro dos alimentos, provoca uma secreção abundante de saliva aquosa, 
enquanto que o estímulo simpático produz uma pequena quantidade de saliva viscosa, rica 
em material orgânico. Esta secreção está frequentemente associada à sensação de boca 
seca. 
As glândula mistas é um tipo de tecido epitelial glandular e que atua 
simultaneamente como glândula endócrina e glândula exócrina. Como a Glândula 
endócrina secreta substância na corrente sanguínea e como glândula exócrina produz 
secreção. 
 
 
TEMA DE AULA: TECIDO MUSCULAR 
 
 
RELATÓRIO: 
 
1. Identificar e diferenciar os tipos muscularesde acordo com as características 
morfológicas e funcionais dos seus componentes (esquelético, cardíaco e liso). 
 
O músculo estriado esquelético é constituído por células alongadas, com 10 µm 
a 100 µm de diâmetro e 30 cm de comprimento. Essas células são formadas pela fusão 
de células precursoras denominadas miócitos, sendo, por isso, multinucleadas. Os 
núcleos ocupam as porções mais periféricas da célula. O tecido muscular estriado 
esquelético é responsável pela contração voluntária do organismo. Ligado aos ossos, 
esse tecido é o responsável pela locomoção. As células desse tecido são ricas em 
filamentos de actina e miosina. Esses filamentos estão envoltos em invaginações da 
membrana, cisternas de retículo endoplasmático e mitocôndrias, formando as miofibrilas. 
A disposição dos filamentos de actina e miosina na célula faz com que ela apresente uma 
aparência estriada quando vista ao microscópio, apresentando faixas claras e escuras. A 
faixa ou banda clara é constituída por filamentos finos (actina), sendo chamada também 
de banda I. A faixa ou banda escura possui filamentos finos e espessos (miosina), sendo 
chamada também de banda A. No centro da banda I, é encontrada a banda Z, que delimita 
as unidades repetidas de miofibrilas, denominadas sarcômeros. As células do músculo 
estriado esquelético não se multiplicam no indivíduo adulto, no entanto, podem surgir 
novas células após lesão ou hipertrofia decorrente de exercício físico. Contudo, essas 
células são diferentes das demais, apresentando-se fusiformes (alongadas com as 
extremidades mais estreitas que o seu centro) e com um núcleo único, escuro e menor 
que os das demais células. 
O músculo liso apresenta células fusiformes, espessas no centro e afiladas nas 
pontas, com cerca de 3 µm a 10 µm de diâmetro e comprimento variado, dependendo de 
sua localização – em vasos sanguíneos, por exemplo, podem apresentar cerca de 20 µm, 
já no útero, durante a gestação, cerca de 500 µm. Além disso, seus núcleos são centrais. 
Essas células têm aparência não estriada, com contrações lentas e involuntárias, sendo 
responsáveis pelos movimentos involuntários do corpo. Atuam, por exemplo, nas 
contrações uterinas durante o parto. Esse tecido é encontrado em diversas estruturas do 
corpo, como a bexiga, útero, trato digestório e artérias. As células do músculo liso são 
revestidas pela lâmina basal e mantêm-se unidas por uma rede de fibras musculares, o 
que permite que a contração de apenas algumas células contraia o músculo por inteiro. 
Diferentemente das células do músculo estriado, as células do músculo liso podem dividir-
se no indivíduo adulto, aumentando o tamanho dos órgãos ou reparando lesões nesses 
tecidos. No útero, durante o processo de gestação, pode ser observado um aumento tanto 
no número dessas células quanto em seu tamanho. 
O músculo estriado cardíaco ou, simplesmente, músculo cardíaco está presente 
no coração. Ele atua na contração desse órgão, permitindo, assim, o bombeamento de 
sangue para todo o organismo. Esse tecido apresenta características semelhantes ao do 
músculo estriado, no entanto, suas células são alongadas e cilíndricas, ramificadas, com 
cerca de 15 µm de diâmetro e 80 a 100 µm de comprimento, com um ou dois núcleos 
centrais. As fibras desse tecido são envoltas por uma bainha de tecido conjuntivo rica em 
capilares sanguíneos. Uma característica desse tecido é também a presença de linhas 
transversais, denominadas discos intercalares, que são complexos constituídos por três 
tipos de especializações juncionais: zônula de adesão, desmossomos e junções 
comunicantes. Essas especializações permitem a conexão elétrica entre as células desse 
tecido, sincronizando a contração cardíaca, além de evitar a separação dessas células 
durante o processo de contração. As contrações das células no tecido cardíaco são fortes, 
rápidas, contínuas e involuntárias. 
 
 
TEMA DE AULA: TECIDO NERVOSO 
 
 
RELATÓRIO: 
1. Identificar os constituintes do tecido nervoso e sua relação com outros tecidos. 
 
As células do sistema nervoso dividem-se em neurônios – os quais são 
responsáveis pelas funções receptivas. E as células da Glia ou Neuróglia – as quais são 
responsáveis pela sustentação e pela proteção dos neurónios. 
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos 
estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de 
respostas adequadas para a manutenção da homeostase. Para exercerem tais funções, 
contam com duas propriedades fundamentais: a excitabilidade e a condutibilidade. 
Excitabilidade é a capacidade que permite a uma célula responder a estímulos, sejam eles 
internos ou externos. Portanto, excitabilidade não é uma resposta, mas a propriedade que 
torna a célula apta a responder. Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do 
organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos também 
diferem umas das outras. A resposta emitida pelos neurônios assemelha-se a uma 
corrente elétrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vez excitados pelos 
estímulos, os neurônios transmitem essa onda de excitação – chamada de impulso 
nervoso – por toda a sua extensão em grande velocidade e em um curto espaço de tempo. 
Esse fenômeno deve-se à propriedade de condutibilidade. 
As células da glia possuem a função de envolver e nutrir os neurônios, mantendo-
os unidos. Os principais tipos de células desta natureza são os astrócitos, oligodendrócitos, 
micróglias e células de Schwann. Astrócitos: têm a forma de estrela, com inúmeros 
prolongamentos; em grande quantidade, apresentam-se sob duas formas: astrócitos 
protoplasmáticos, localizados na substância cinzenta; e astrócitos fibrosos localizados na 
substância branca. Têm como funções sustentação, participam da composição iônica e 
molecular do ambiente extracelular dos neurônios. Alguns astrócitos apresentam 
prolongamentos chamados pés vasculares, que se expandem sobre os capilares 
sanguíneos. Admite-se que esses prolongamentos transferem moléculas e íons do sangue 
para os neurônios. Oligodendrócitos: produzem as bainhas de mielina que servem de 
isolantes elétricos para os neurônios do SNC. Os oligodendrócitos têm prolongamentos 
que se enrolam em volta dos axônios, produzindo a bainha de mielina. 
Micróglia: células pequenas com poucos prolongamentos, presentes tanto na 
substância branca, como na substância cinzenta. São células fagocitárias e derivam de 
precursores trazidos da medula óssea pelo sangue, representando o sistema mononuclear 
fagocitário no sistema nervoso central. Células de Schwann: as células de Schwann têm a 
mesma função dos oligodendrócitos, porém se localizam em volta do sistema nervoso 
periférico. Cada célula de Schwann forma uma bainha de mielina em torno de um 
segmento de um único axônio. Ao contrário, os oligodendrócitos têm prolongamentos por 
intermédio dos quais envolvem diversos axônio. Essa bainha de mielina atua como isolante 
elétrico e contribui para o aumento da velocidade de propagação do impulso nervoso ao 
longo do axônio, porém, não é contínua, entre uma célula de Schwann e outra existe uma 
região de descontinuidade da bainha, o quacarreta a existência de uma constrição 
(estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier. 
 
2. Diferenciar os componentes do tecido nervoso central e periférico. 
 
O sistema nervoso central é constituído pelo cérebro, cerebelo e medula 
espinhal. Como não contém um estroma de tecido conjuntivo, o sistema nervoso central 
tem a consistência de uma massa mole. Quando corados, o cérebro, o cerebelo e a 
medula espinhal mostram regiões brancas (substância branca) e regiões acizentadas 
(substância cinzenta). A distribuição da mielina é responsável por essa diferença de cor, 
que é visível a fresco. Os principais constituintes da substância branca são axônio 
mielinizados, oligodendrócitos produtores de mielina. Ela possui também outras células 
da glia. A substância branca não contém corposde neurônios. A substância cinzenta é 
formada de corpos de neurônios, dendritos, a porção inicial não mielinizada dos axônios 
e células da glia. Na substância cinzenta têm lugar as sinapses do sistema nervoso 
central. A substância cinzenta predomina na superfície do cerebro e do cerebelo, 
constituindo o córtex cerebral e o córtex cerebelar, enquanto que a substância branca 
predomina nas partes mais centrais. 
O sistema nervoso periférico é a parte do sistema nervoso formada pelos nervos 
e gânglios. Sua função primordial é levar informações dos órgãos periféricos até o SNC e 
trazer as respostas desse sistema novamente para os órgãos. Sendo assim, esse sistema 
é responsável por conduzir informações. 
 
TEMA DE AULA: TECIDO ÓSSEO 
 
 
RELATÓRIO: 
1. Identificar e classificar os processos de ossificação. 
 
Existem dois tipos de ossificação: Intramembranosa e endocondral. A ossificação 
intramembranosa dá-se nos ossos chatos da cavidade craniana, a partir de células 
mesenquimatosas. Estas diferenciam-se em osteoblastos que vão começar a formar o 
centro de ossificação primário, isto é o blastema ósseo (conjuntos de células que retraem 
os prolongamentos, de modo a que fiquem mais curtos e que se vão dividindo para 
começarem a produzir matriz óssea. Esta vai originar trabéculas de osso com os osteócitos 
no seu interior e osteoblastos à periferia. 
A ossificação endocondral ocorre nos ossos longos. Aparece o molde de 
cartilagem hialina onde surgem o centro de ossificação primário, que são invadidos por 
vasos sanguíneos que trazem células osteoprogenitoras consigo. Estas começam a formar 
matriz óssea, e os condrócitos da cartilagem hialina vão sofrendo modificações 
morfológicas até morrerem por apoptose, diminuindo a cartilagem. Á medida que se forma 
a matriz óssea, que inicialmente é na diáfise do osso através do colar periostal e do centro 
de ossificação primário, ele vai progredindo para a extremidade do osso. Posteriormente, 
centro de ossificação secundários são formados nas epifises do osso, permitindo a 
substituição da cartilagem hialina por tecido ósseo. Toda a cartilagem hialina é substituída 
por tecido ósseo, exceto a superfície articular e a placa epifisária. 
 
2. Caracterizar os componentes do tecido ósseo (osteoblastos, osteócitos, canais de 
Havers e Volkman, periósteo e endósteo) 
 
Os osteoblastos são células jovens com intensa atividade metabólica e 
responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz óssea, composta por colágeno 
tipo I, glicoproteínas e proteoglicanas. Também concentram fosfato de cálcio, participando 
da mineralização da matriz. São cúbicas ou cilíndricas e são encontradas na superfície do 
osso periósteo (membrana fina que reveste o osso). Fazem a regeneração óssea após 
fraturas. Os osteoblastos existem também no endósteo (membrana de tecido conjuntivo 
que reveste o canal medular da diáfise e as cavidades menores do osso esponjoso e 
compacto). Durante a alta atividade sintética, os osteoblastos destacam-se por apresentar 
muita basofilia (afinidade por corantes básicos). Possuem sistema de comunicação 
intercelular semelhante ao existente entre os osteócitos. Os osteócitos inclusive originam-
se de osteoblastos, quando estes são envolvidos completamente por matriz óssea. Então, 
sua síntese protéica diminui e o seu citoplasma torna-se menos basófilo. 
Os osteócitos estão localizados em cavidades ou lacunas dentro da matriz 
óssea. Destas lacunas formam-se canalículos, onde no seu interior os prolongamentos dos 
osteócitos fazem contatos por meio de junções comunicantes, podendo passar poucas 
moléculas e íons de um osteócito para o outro. Os osteócitos têm um papel fundamental 
na manutenção da integridade da matriz óssea. 
Os canais de Havers são uma série de tubos estreitos dentro dos ossos por onde 
passam vasos sanguíneos e células nervosas. São formados por lamelas concêntricas de 
fibras colágenas. São encontrados na região mais compacta do osso da diáfise óssea 
(meio de ossos longos). Podem ser vistos no centro de ósteons em cortes histológicos dos 
ossos. Existem comunicações menores e mais transversais entre os canais de Havers 
chamadas de Canais de Volkmann com a mesma função de nutrir, mineralizar e enervar 
o osso. 
As superfícies internas e externas dos ossos são recobertas por células 
osteogênicas e tecido conjuntivo que, constituem o endósteo e o periósteo, 
respectivamente. A camada mais superficial do periósteo contém principalmente fibras 
colágenas e fibroblastos. As fibras de sharpey são feixes de fibras colágenas do periósteo 
que penetram no tecido ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso. Na sua porção 
profunda, o periósteo é mais celular e apresenta células osteoprogenitoras, 
morfologicamente parecidas com fibroblastos. As células osteoprogenitoras se multiplicam 
por mitose e se diferenciam em osteoblastos, desempenhando papel importante no 
crescimento dos ossos e na reparação de fraturas. 
O endósteo é geralmente constituído por uma camada de células osteogênicas 
achatadas revestindo as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, os canais de 
Harvers e os de Volkamnn. As principais funções do endósteo e do periósteo são a nutrição 
do tecido ósseo e o fornecimento de novos osteoblastos, para o crescimento e a 
recuperação do osso. 
 
3. Identificar os constituintes da ossificação endocondral e intramembranosa. 
 
Na ossificação intramembranosa são formados os ossos chatos do crânio, 
contribuindo também para o crescimento em espessura dos ossos longos. Ocorre na 
membrana conjuntiva de revestimento e tem início pela diferenciação de células 
osteoprogenitoras (células indiferenciadas) em grupos de osteoblastos. Os osteblastos 
sintetizam a matriz óssea que logo se calcifica, os aprisionando, sendo chamados agora 
de osteócitos, formando assim lâminas ósseas irregulares que gradativamente crescem e 
se fundem. A ossificação endocondral é responsável pela formação dos ossos curtos e 
longos. Ocorre sobre uma peça de cartilagem hialina, se assemelhando ao osso que será 
formado, porém menor. 
 
TEMA DE AULA: TECIDO SANGUÍNEO 
 
 
RELATÓRIO: 
1. Identificar e caracterizar os corpúsculos e tipos celulares do esfregaço (glóbulos 
vermelhos, plaquetas e glóbulos brancos). 
 
Os eritrócitos são células anucleadas em forma de disco bicôncavo. Apresentam 
uma coloração rósea-clara, quando corados pela hematoxilina-Eosina, com um halo 
central mais claro em conseqüência da biconcavidade. Este halo central nos eritrócitos 
normais corresponde a 1/3 do diâmetro da célula. Durante sua maturação na medula 
óssea, o eritrócito perde o núcleo e as outras organelas, não tendo, portanto, a 
possibilidade de renovar os sistemas enzimáticos, proteínas estruturais, lipídios e 
polissacarídeos, essências para a vida do corpúsculo, possuindo um tempo de vida 
limitado de cerca de 120 dias. Após esse período, sua membrana torna-se mais rígida, 
sendo incorporada pelo sistema retículo-endotelial, baço, fígado, e tendo seus 
componentes reaproveitados, inclusive o componente proteico da membrana, como a 
hemoglobina, para a formação de novas hemácias. A quantidade de hemácias presente 
no sangue de um indivíduo normal é na ordem de 3 a 4 milhões por decilitro de sangue. 
Se for analisada a quantidade de leucócitos (células brancas), outro grupo células 
presente, é observada uma quantidade muito inferior, sendo de 5 mil a 8 mil leucócitos por 
decilitro de sangue. Por isso, considera-se, na prática, que quase todo o hematócrito é 
constituído de células vermelhas. 
As plaquetas são corpúsculos anucleados e apresentam forma irregular. São 
estruturas resultantes da fragmentação do citoplasma dos megacariócitos da medula 
óssea. Sua vida média é de nove dias. O número de plaqueta no sangue periférico varia 
de 150.000 a 400.000 plaquetas/μL de sangue. Elas participam do processo de formação 
do coágulo quando há uma lesão, não deixando que ocorra uma hemorragia. 
Normalmente, existem de 150 mila 450 mil plaquetas por microlitro de sangue. 
Os leucócitos são células que participam das defesas celulares e imunocelulares 
do organismo. Constantemente os leucócitos deixam os capilares por diapedese e migram 
para o local da inflamação. São produzidos na medula óssea vermelha, permanecendo 
temporariamente no sangue. Possuem 2 classificações, os granulócitos e os agranulócitos. 
Os granulócitos, também conhecidos por polimorfonucleares, são assim chamados por 
apresentarem granulações específicas no citoplasma e núcleo multilobulados, dispondo 
seu núcleo de forma irregular. Eles distinguem-se em três tipos de granulócitos: neutrófilos, 
eosinófilos e basófilos. Os agranulócitos, dispõem seu núcleo sem lobulações, possuindo 
uma forma mais regular, e seu citoplasma não apresenta granulações especificas sendo 
chamados de mononucleares. Há dois tipos de agranulócitos: os linfócitos e os monócitos. 
Os neutrófilos são os leucócitos mais presentes no sangue, representando cerca 
de 60 a 65% dos leucócitos do sangue circulante normal. Os neutrófilos contêm grânulos 
específicos muito pequenos e grânulos azurófilos. Os grânulos azurófilos contêm fosfatase 
ácida e outras enzimas lisosômicas. Os grânulos específicos contêm enzimas que matam 
as bactérias fagocitadas. São células arredondadas, e apresenta seus núcleos formados 
por 2 a 5 lóbulos, ligados entre si por finas pontes de cromatina. Dependendo da 
quantidade de lóbulos nucleares, os neutrófilos dividem-se em bi, tri, tetra e pentalobulado. 
Com mais de 5 lóbulos são chamadas ‘hipersegmentadas’, sendo essas células muito 
velhas. A célula muito jovem não apresenta seu núcleo em lóbulos, e sim em um segmento, 
sendo então chamado de neutrófilo bastonete. Eles estão relacionados a infecções do tipo 
bacteriana. Constituem a primeira linha de defesa celular contra a invasão de 
microorganismos, sendo fagócitos ativos de partículas de pequenas dimensões. 
 
Os eosinófilos representam cerca de 2-4% dos leucócitos. Essas células tem 
aproximadamente o mesmo tamanho dos neutrófilos. O núcleo é segmentado 
apresentando geralmente 2 lóbulos (bilobulado). Apresentam granulações azurófilas e 
específicas acidófilas que se coram pela eosina. Os grânulos específicos contém a 
proteína básica principal, a proteína catiônica do eosinófilo e a neurotoxina derivada dos 
eosinófilos, as duas primeiras das quais são agentes altamente eficientes no combate 
aos parasitos. Os grânulos azurófílos inespecíficos são lisossomos contendo enzimas 
hidrolíticas semelhantes às encontradas nos neutrófilos. Estas funcionam na destruição 
de vermes parasitários e na hidrólise de complexos antígeno-anticorpos internalizados 
pelos eosinófilos. Em algumas parasitoses e nas doenças alérgicas o número de 
eosinófilos aumenta. No eosinófilo o retículo endoplasmático, as mitocôndrias e o 
aparelho de Golgi são pouco desenvolvidos. 
Os basófilos são os leucócitos circulantes mais raros, correspondem menos de 
1% dos leucócitos. Apresentam núcleo volumoso, geralmente com aspecto de letra S. O 
citoplasma é carregado de grânulos maiores do que os outros granulócitos contendo 
histamina, heparina, fatores quimiotáticos para eosinófilos e neutrófilos. Essas 
granulações quando coradas pelos corantes panóticos apresentam-se de cor violeta. Seus 
grânulos são metacromáticos. Participam dos processos alérgicos e possuem receptores 
para imunoglobulinas E. Eles liberam seus grânulos e as substâncias ativas neles contidas 
para o meio extracelular, sob a ação dos mesmos estímulos que promovem a expulsão 
dos grânulos dos mastócitos. Os basófilos e os mastócitos são células diferentes, pois 
apresentam diferenças em sua origem e morfologia. Os basófilos têm um papel na 
hipersensibilidade imediata (asma brônquica) e tardia (reação alérgica cutânea) e na 
propagação da resposta imunológica. 
Os linfócitos são responsáveis pela defesa imunológica do organismo. Essas 
células reconhecem moléculas estranhas existentes em diferentes agentes infecciosos. 
Combatendo por meio de resposta humoral (produção de imunoglobulinas) e resposta 
citotóxica mediada por células. Eles representam de 20 a 30% dos leucócitos na 
circulação. Podendo ser encontrados nos mais variados tamanhos, com diâmetro variável 
entre 6 e 8 μ.m, conhecidos como linfócitos pequenos; e uma pequena porcentagem de 
linfócitos maiores, que podem alcançar 18 μm de diâmetro. Apresentam núcleo 
arredondado e excêntrico com cromatina densa. Seu citoplasma é muito escasso com 
basofilia discreta e granulações azurófilas. 
Os linfócitos podem ser divididos em 2 tipos, T e B. A célula precursora dos 
linfócitos se origina na medula óssea. Os linfócitos B estão envolvidos na defesa humoral 
do organismo, pois se diferenciam-se em plasmócitos, que por sua vez, produzem os 
anticorpos. Os linfócitos T são os mais numerosos no sangue. Estes são fundamentais 
pelas respostas imunitárias de base celular, que não dependem dos anticorpos circulantes. 
A função dos linfócitos T é facilitar a produção de anticorpos pelos linfócitos B. Graças a 
estas células, quando um antígeno invade o organismo pela segunda vez, a resposta 
imunitária em geral é muito mais intensa e mais rápida. Apesar de, morfologicamente, eles 
serem indistinguíveis uns dos outros, eles podem ser reconhecidos 
imunocitoquimicamente pelas diferenças em seus marcadores de superfície. 
Aproximadamente 80% dos linfócitos circulantes são células T, e o restante são células B. 
Os monócitos são os maiores leucócitos circulantes, e representam de 4 a 8% 
dos leucócitos na circulação sanguínea, possuem diâmetro entre 15 e 22 μm. O núcleo é 
grande ovóide, em forma de rim ou ferradura. Devido ao arranjo pouco denso de sua 
cromatina, o núcleo dos monócitos é mais claro do que o dos linfócitos, possuindo de dois 
ou três nucléolos, que algumas vezes podem ser vistos nos esfregaços comuns. O 
citoplasma dos monócitos possui uma pequena quantidade de polirribossomos e retículo 
endoplasmático granuloso (pouco desenvolvido). Encontram-se muitas mitocôndrias 
pequenas, e complexo de Golgi grande, participando da formação dos grânulos azurófilos. 
A superfície celular mostra muitas microvilosidades e vesículas de pinocitose. 
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