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Feminismo Contemporâneo

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Feminismo Contemporâneo
Sumário
Introdução	4
Contexto Histórico	5
A Primeira Onda	6
A Segunda Onda	7
Feministas	8
Linda Nochilin	8
O que é feminismo	10
Introdução
O movimento feminista tem uma característica muito particular: é um movimento que produz sua própria reflexão crítica, sua própria teoria. O feminismo ressurge num momento histórico em que outros movimentos de libertação denunciam a existência de formas de opressão que não se limitam ao econômico. Saindo de seu isolamento, rompendo silêncio, movimentos negros de minorias étnicas ecologistas, homossexuais, se organizam em torno de sua especificidade e se completam na busca da superação das desigualdades sociais.
Feminismo
O início do movimento feminista aconteceu por volta do século XIX, a sua maior influência nessa época foi o movimento da Revolução Francesa e algumas modificações sociais que ocorreram nesse período.
O feminismo procurou em sua prática enquanto movimento, superar as formas de organização tradicionais, permeadas pela assimetria e pelo autoritarismo. Assim, o movimento feminista caracteriza-se pela auto-organização das mulheres em suas múltiplas frentes, assim como em grupos pequenos, onde se expressam as vivências próprias de cada mulher e onde se fortalece a solidariedade. Os pontos de vista e as iniciativas são válidos porque são fruto da prática, do conhecimento e da experiência específica e comum das mulheres.
Entretanto, o feminismo não é apenas um movimento organizado e publicamente conhecido, mas revela-se também na esfera doméstica, no trabalho, em todas as esferas em que mulheres buscam recriar as relações interpessoais sob um olhar onde o feminismo não seja desvalorizado.
Contexto Histórico
Podemos encontrar relatos de mulheres que lutaram pelos direitos das mulheres a mais de 500 anos, porém, esses atos não tinham visibilidade e nem relevância para a maioria das pessoas dessas épocas, como em 1771 em que o primeiro documento que reivindicava os direitos e igualdades entre homens e mulheres, chamado de “Declaração dos Direitos das Mulheres” foi publicada por uma militante francesa, onde ela criticava os Direitos dos Homem Cidadão e mencionava a desigualdade entre homens e mulheres, mas sua publicação foi rejeitada e completamente esquecida até ser publicada novamente mais de duas centenas depois em 1986.
O grande marco do surgimento do feminismo foi depois da Revolução Industrial, na Inglaterra, em pleno século 19, inicialmente essas mulheres que eram conhecidas como sufragistas, um grupo de mulheres lutavam por direitos básicos para as mulheres como o direito ao voto, acesso à educação, espaço o mercado trabalho e ao divórcio. Para serem notadas, faziam grandes manifestações e greve de fome. Em 1903, o primeiro país a regulamentar voto feminino foi a Nova Zelândia, e em 1932 o voto feminino foi regulamentado no Brasil. Desde então as mulheres vêm conquistando espaço e cada vez mais fazendo história internacionalmente. No incio do movimento feminista, houve duas épocas com grandes aconteceram que marcaram história do feminismo que são chamadas de primeira e segunda onda. 
A Primeira Onda
A primeira onda do feminismo aconteceu a partir das últimas décadas do século XIX , quando as mulheres, primeiro na Inglaterra, organizaram-se para lutar por seus direitos, sendo que o primeiro deles que se popularizou foi o direito ao voto. As sufragetes, como ficaram conhecidas, promoveram grandes manifestações em Londres, foram presas várias vezes, fizeram greves de fome. Em 1913, na famosa corrida de cavalo em Derby, a feminista Emily Davison atirou-se à frente do cavalo do Rei, morrendo. O direito ao voto foi conquistado no Reino Unido em 1918.
No Brasil, a primeira onda do feminismo também se manifestou mais publicamente por meio da luta pelo voto. A sufragetes brasileiras foram lideradas por Bertha Lutz, bióloga, cientista de importância, que estudou no exterior e voltou para o Brasil na década de 1910, iniciando a luta pelo voto. Foi uma das fundadoras da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, organização que fez campanha pública pelo voto, tendo inclusive levado, em 1927, um abaixo-assinado ao Senado, pedindo a aprovação do Projeto de Lei, de autoria do Senador Juvenal Larmartine, que dava o direito de voto às mulheres. Este direito foi conquistado em 1932, quando foi promulgado o Novo Código Eleitoral brasileiro.
Ainda nesta primeira onda do feminismo no Brasil, vale chamar a atenção para o movimento das operárias de ideologia anarquista, reunidas na “União das Costureiras, Chapeleiras e Classes Anexas”.
A Segunda Onda
As décadas de 60 e 70 foram marcadas por muitas revoluções mundiais, o que fez renascer e despertar novas ideias e movimentos feministas. Em 1960, nos Estados Unidos e inicia a segunda onda do feminismo que discutia questões políticas, filosóficas e culturais logo se espalhou pelo ocidente, essa onda foi marcada pelo o famoso episódio da queima dos sutiãs, um protesto que aconteceu durante o concurso de Miss America, onde mulheres contaram com a participação de 400 mulheres ativistas que jogaram não só seus sutiãs mas na verdade objetos ligados a beleza e vaidade feminina, como saltos, cintas, batons, etc, foram jogados em uma pilha em protesto aos padrões de beleza, mas apesar de estar planejada ação, nenhum objeto foi realmente queimado por falta de autorização do evento que era privado. 
Além de incentivar que as mulheres tivessem consciência de si mesmas como pessoas que têm vidas pessoais e têm seus e seus desejos e vontades, a segunda onda do feminismo também ampliou os debates para os termos da revolução sexualidade, gravidez e liberdade da mulher e seu corpo, marcado pelo o surgimento da primeira pílula anticoncepcional. Tal época foi tão marcante para o dirito das mulheres, que a ONU definiu a Década da Mulher (1975 a 1985), onde asmetas eram eliminar a discriminação neeses dez anos. Com o movimento feminista em crescimento e se tornando cada vez mais moderno, logo então veio uma terceira onda e alguns autores acreditam que já estamos na quarta onda do feminino, onde é discutido as causas emergentes feminastas do momento e contexto atual. 
Muitas mulheres marcaram história do feminismo, e tem histórias de vida surpreendente e interessantes, onde podemos aprender muito lendo suas biografias. A seguir falaremos de duas grandes ativistas do feminismo e suas histórias.
Feministas
Linda Nochilin 
Linda (30 de janeiro de 1931 - 29 de outubro de 2017) foi uma historiadora de arte americana, Professora Emérita da cátedra Lila Acheson Wallace de Arte Moderna no Instituto de Belas Artes da Universidade de Nova York e escritora.
Em 1971, a historiadora da arte Linda Nochlin publicou o ensaio “Por que não houve grandes mulheres artistas?”, fazendo uma reflexão sobre a presença feminina na história da arte. Para ela, as mulheres sempre fizeram parte desse processo, só não foram devidamente reconhecidas pelos seus trabalhos.
Criada em Nova York, no Brooklyn, Nochlin estudou na Vassar College, uma universidade que originalmente recebia apenas discentes mulheres. Como aluna e depois como uma jovem professora, a historiadora acompanhou a formação da coleção de arte do departamento da universidade, a qual era formada majoritariamente por mulheres artistas – não por uma posição feminista, mas porque as obras eram mais acessíveis e as artistas mulheres faziam parte dos programas de palestras do curso.
Nochlin conclui que, apesar de terem existido muitas artistas com trabalhos interessantes,  não existiram “grandes mulheres artistas” por causa do contexto social no qual as mulheres se encontravam. Porém, o que surpreende a historiadora é que, mesmo assim, ainda é possível encontrar no passado tantas mulheres que se destacam nesse meio. 
Nochlin argumentou que barreiras sociais significativas impediram as mulheres de seguir a carreira artística, incluindo restrições à educação nas academiase toda a estrutura romântica e elitista que exaltava a produção masculina.
A contribuição de Nochlin foi muito mais profunda do que argumentar por uma releitura da história da arte ou uma mudança nos parâmetros e condições de formação e trabalho de artistas na década de 1970. A acadêmica inaugurou, de certa forma, uma nova vertente nas pesquisas históricas e historiográficas da arte, partindo de um argumento feminista e militante para essas possíveis (re)escritas.
Chimamanda Ngozi Adichie
Chimamanda Ngozi Adichie nasceu em Enugu, Nigéria, em 15 de setembro de 1977. Hoje, ela é uma escritora de livros com os temas feministas, além de também escrever sobre outros temas, e é uma grande figura do feminismo contemporâneo. Seu pai foi professor e sua mãe a primeira administradora mulher do local onde trabalhava, seu pai e sua mãe, ambos trabalhavam na Universidade da Nigéria. Chimamanda se mudou para os EUA para estudar e ficar perto da sua irmã e então acabou se tornando mestre em estudos africanos na Universidade de Yale. 
Chimamanda escreveu diversos títulos de temas variados, entre romances e feminismo. Seu primeiro romance de nome Meio Sol Amarelo foi lançado em 2008 e das suas obras em que se fala sobre o feminismo, uma das mais famosas é a Sejamos Todos Feministas, lançado sua primeira edição em 2015, em que Chimamanda fala sobre o feminismo contemporâneo e convida os jovens a fazer uma reflexão sobre os problemas de gênero e sua obra acabou atraindo o público mais jovem para se interessar pelo assunto e despertar o interesse pelo feminismo. Nesta obra, ela conta sua experiencia pessoal sendo uma feminista mulher nigeriana e ela diz que temos probemas nos papéis de genêro e que é dever de homens e mulheres reconhecer este problema e tentar concerta-lo, e como o feminimo libertador para todas as pessoas idependente do genero, pois assumir sua identidade sem ter que atingir as expectativas alheias, onde mulheres e homens podem ser felizes.
 Chimamanda também tem uma conferência TEDx onde fala mais sobre sua obra e discursa sobre o feminismo e suas experiências pessoais carregando o seu discurso como feminsma desde criança, com mais de 20 milhões de visualizações, além de aparecer em inúmeras revistas periódicas. Hoje ela vive entre Nigeria e Estados Unidos e tem uma filha e sonha com um mundo mais justo para ela, também se dedica a lecionar oficinas de escrita criativa em seu pais natal, a Nigéria, além de estar sempre ativa na causa feminista. 
Referências Bibliográficas
O que é feminismo
Por Branca Moreira Alves, Jacqueline Pitanguy
https://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n36/03.pdf
https://www.upf.br/biblioteca/noticia/6-pensadoras-feministas-que-voce-precisa-conhecer
https://www.artequeacontece.com.br/quem-foi-linda-nochlin/

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