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INTERFERÊNCIA HUMANA EM ECOSSISTEMAS NATURAIS

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INTERFERÊNCIA HUMANA EM ECOSSISTEMAS NATURAIS 13/04/2020
Além de interferir em hábitats naturais produzindo resíduos e poluentes, a humanidade altera o equilíbrio dos ecossistemas, introduzindo espécies exóticas e provocando a extinção de outras em ecossistemas naturais. A interferência e comunidade equilibrada pode colocar em risco toda a intrincada trama de relações que levou centenas ou milhares de anos para se estabelecer.
As comunidades variam significativamente em relação ao número de espécies. Florestas tropicais úmidas tem muito mais espécies de árvores do que florestas temperadas. É com base nesse conceito que foi criado o indicador chamado diversidade de espécies, que é a medida que combina tanto o número de espécies (riqueza de espécies) em uma comunidade quanto a abundância relativa de cada espécie.
Biodiversidade é o termo utilizado para descrever as variedades entre entidades ecológicas, que abrangem diversas escalas – desde a diversidade genética até a diversidade entre indivíduos de uma mesma espécie e entre ecossistemas.
Principais ameaças a biodiversidade:
Desmatamento🡺 a expansão das terras cultivadas e o crescimento das cidades têm causado a destruição de florestas e de outros hábitats naturais. As florestas derrubadas, ou pior ainda, são queimadas, o que prejudica o solo e causa poluição atmosférica.
Os desmatamentos indiscriminados, além de levar comunidades e espécies à extinção, têm outras graves consequências: a erosão e o empobrecimento do solo. A erosão é causada principalmente pelas chuvas e pelo vento. Sem a proteção da cobertura vegetal, o solo pode perder suas camadas férteis e ter seus minerais levados pelas chuvas, tornando-se pobre e acidentado.
Desertificação🡺 a combinação entre a seca prolongada e uso inadequado do solo pode ocasionar um processo denominado desertificação, que consiste na degradação ambiental resultante das variações climáticas e das atividades humanas. Ela, geralmente, ocorre em áreas áridas e semiáridas e já tem afetado regiões de todo o planeta.
Esse problema é intensificado pelo uso incorreto dos recursos florestais, como a degradação dessas áreas para a expansão agrícola ou pastoril; a ausência de manejo adequado no solo, a irrigação inadequada, aumentando a salinização do solo; a atividade mineradora indiscriminada; entre outras ações humanas.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, as áreas suscetíveis à desertificação no Brasil abrangem cerca de 16% do território brasileiro (os estados do Nordeste, parte de Minas Gerais e do Espírito Santo), e afeta acerca de 1488 municípios e mais de 31 milhões de habitantes, que constituem 85% da população considerada pobre.
Destruição de hábitats🡺 é quando ocorre a conversão definitiva de um ecossistema para outra utilidade. O desmatamento e a poluição são fatores que levam à destruição de hábitats. A Mata Atlântica no  Brasil é um exemplo de hábitats que tem sofrido grandes perdas. Mais de 92% dessa região foi desmatada para a agricultura e urbanização. Essa floresta tropical úmida tem muitas espécies endêmicas. Das 904 espécies de mamíferos da América do Sul, 73 são endêmicas da Mata Atlântica, e 25 destas estão ameaçadas de extinção.
Introdução de espécies exóticas (espécies não nativa)🡺 causa mudança nos ambientes bióticos. As espécies exóticos podem colocar em risco a biodiversidade de uma região, além de causar prejuízos econômicos. Um exemplo de espécie exótica é o caracol-africano (Achatina fulica), que, com alta taxa de reprodução e sem predadores naturais, espalhou-se por vários ambientes do Brasil, consumindo plantações e competindo com espécies nativas.
Extinção de espécies🡺 fenômeno relativamente raro que geralmente acontece como resultado de alterações nos ecossistemas. Episódios de grandes extinções na Terra estão relacionados a processos naturais, como mudanças climáticas, atividades geológicas e impacto de meteoros. Porém, a causa das extinções atuais está relacionada ao desenvolvimento das sociedades humanas, pois há evidências de que a taxa de extinção de espécies começou a aumentar drasticamente a partir do século XVII. A extinção de uma espécie é um evento irreversível que pode comprometer a estabilidade dos ecossistemas naturais, bem como sua diversidade, pois interfere nas relações ecológicas estabelecidas entre as espécies. A extinção de uma espécie-chave, que tem grande efeito sobre a estrutura da comunidade, afeta outras espécies relacionadas a ela direta e indiretamente.
Destino do lixo🡺 um dos principais reflexos do aumento da população e do consumismo de nossa sociedade é o acúmulo de lixo. Cada vez mais se produzem bens de consumo que são rapidamente descartados, aumentando a quantidade de resíduos sólidos.
No Brasil foi instituída a política nacional de resíduos sólidos em 2010, para dar destino adequado ao lixo produzido, já que mais de 50% dos resíduos eram depositados em locais não adequados. Em 2012, foram produzidas em média 181mil toneladas de lixo por dia no país. Desse total, quase 18%  ainda teve como destino os lixões, onde o material é despejado diretamente sobre o solo. É uma forma inadequada de descarte que ocasiona problemas como mau cheiro, poluição visual, contaminação de solos, água e ar, assim como surgimento de doenças, por contribuir para a proliferação de animais que as transmitem.
Nesse mesmo ano, 58% dos resíduos sólidos produzido pelos brasileiros foram depositados em aterros sanitários, locais em que o solo é preparado para receber o lixo sem prejudicar o meio ambiente. Os aterros são uma solução para minimizar os impactos ambientais e reduzir os riscos à saúde pública causados pelo excesso de lixo. Isso é conseguido com a impermeabilização da área do aterro, que impede a contaminação do lençol freático, e com a instalação de um sistema para a drenagem e captação de chorume, líquido que resulta da decomposição da matéria orgânica. Os gases produzidos nesse processo são captados e queimados, podendo servir para a geração de energia elétrica.
Os outros 24% dos resíduos sólidos foram enviados para aterros controlados, que do ponto de vista ambiental pouco se diferenciam dos lixões, já que não há impermeabilização do solo nem coleta do chorume.

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