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INTRODUÇÃO: A automedicação é uma prática bastante difundida não apenas no brasil, mas também em outros países. Em que alguns países, com sistema de saúde pouco estruturado, a ida à farmácia representa a primeira opção procurada para resolver um problema de saúde, e a maior parte dos medicamentos consumidos pela população é vendida sem receita médica. Contudo, mesmo na maioria dos países industrializados, vários medicamentos de uso mais simples e comum estão disponíveis em farmácias, drogarias ou supermercados, e podem ser obtidos sem necessidade de receita (analgésicos, antitérmicos etc.). A automedicação é uma prática caracterizada fundamentalmente pela iniciativa de um doente, ou de seu responsável, em utilizar um medicamento sem prescrição médica para tratamento de alguma doença ou alívio de sintomas. Muitas vezes, a correta orientação médica é substituída indevidamente por sugestões entre familiares, amigos ou até por conta própria. Além disso, utilizar medicamentos prescritivos para tratamento pontual de forma contínua, também se caracteriza como forma de automedicação. Neste sentido, é importante salientar que nesta prática muitas vezes os riscos superam os benefícios. Uma série de situações leva os indivíduos a optarem por essa perigosa situação: falta de recursos para ter acesso a um médico, hospital ou posto de saúde; maus hábitos culturais. Soma-se a isso a facilidade em nosso país, de acesso à compra de medicamentos sem uso de receituário médico. Nós, seres humanos, nos consideramos as criaturas mais inteligentes e capazes jamais surgidas antes no planeta. Se assim fosse não deveríamos nem ter coragem de pensar em automedicação. É uma prática extremamente perigosa e que se torna ainda mais nociva em grupos humanos com significativos fatores de vulnerabilidade, tais como: pobreza, baixo nível de educação, falta de visão crítica diante da mídia, impossibilidade, invasão pelo marketing e outros. Não existe automedicação inocente nem 100% inofensiva. Os medicamentos utilizados de maneira errada, que inicialmente parecem ser uma solução, podem trazer sérios problemas para a saúde dos pacientes. Por isso a importância do acompanhamento médico e orientação do farmacêutico. PRINCIPAIS RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO: Atraso no diagnóstico correto, devido ao mascaramento dos sintomas; Agravamento do distúrbio; Alguns medicamentos podem provocar dependência; Possibilidade de ocorrência de efeitos adversos que são indesejados e podem ser graves; Desconhecimento de interação medicamentosa, uma vez que o medicamento pode anular ou potencializar o efeito de outro; Reações alérgicas que podem variar de leves, moderadas e graves; Criar resistência a micro-organismos, como no caso dos antibióticos; Intoxicações, que podem inclusive serem letais. DADOS IMPORTANTES: Brasil é um dos principais consumidores mundiais de medicamentos; No brasil dispõe-se de 65 mil farmácias e drogarias, o que equivale a 3,3 farmácias para cada 10 mil habitantes, número três vezes maior do que o preconizado pela OMS; Segundo a OMS 50% dos medicamentos são inadequadamente prescritos, vendidos e dispensados, e metade dos pacientes usam incorretamente; De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (ABIFARMA), cerca de 80 milhões de pessoas no país são adeptas da automedicação; Segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFO), em 2013 os medicamentos representaram como o principal agente causador de intoxicações em seres humanos, onde responderam por 11985 (24,5%) de todos os casos notificados. CONCLUSÕES: As razões pelas quais as pessoas se automedicam são inúmeras. A propaganda desenfreada e massiva de determinados medicamentos contrasta com as tímidas campanhas que tentam esclarecer os perigos da automedicação. A dificuldade e o custo de se conseguir uma opinião médica, a limitação do poder prescritivo, restrito a poucos profissionais de saúde, o desespero e a angustia desencadeados por sintomas ou pela possibilidade de se adquirir uma doença, informações sobre medicamentos obtidos à boca pequena, na internet ou em outros meios de comunicação, a falta de regulamentação e fiscalização daqueles que vendem e a falta de programas educativos sobre o efeito muitas vezes irreparáveis da automedicação, são alguns dos motivos que levam as pessoas a utilizarem medicamento mais próximo. A automedicação é muito comum em nosso meio. Entre as classes de medicamentos mais procuradas estão os analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios, descongestionantes, antibióticos, anti-helmínticos e antimicóticos. Vale ressaltar que a automedicação pode até avaliar sintomas mas, em alguns casos, pode retardar o diagnóstico, já que o consumidor não tem experiência para distinguir distúrbios, avaliar a gravidade e escolher o tratamento adequado entre os mais de 32 mil marcas de medicamentos disponíveis. Nesse contexto, é importante ressaltar a necessidade de a população obter informações adequadas e suficientes sobre o correto uso dos medicamentos, visando a uma utilização mais racional, segura e eficaz. O melhor a fazer é procurar um médico diante de qualquer sintoma. A medida que os órgãos governamentais pleiteiam leis, os varejistas, os donos de farmácias ou ainda os grandes empresários das industrias farmacêuticas utilizam de artifícios para atrair o consumidor e os frequentadores assíduos de farmácias por meio atrativos para o consumo. Segundo a Federação Brasileira das Redes Associativas e Independentes (FEBRAFAR) quando se coloca um produto com semelhante próximo ao outro que fazia parte da intenção de compra do cliente, em ponto estratégico, estimula-se a uma nova compra. Desse modo aumentam-se as vendas por impulso, sendo uma das causas que podem justificar o hábito de manter uma “farmacinha” pessoal abastecida. O acúmulo de medicamentos em casa é uma realidade. As sobras de medicamentos de tratamentos anteriores, os incentivos de consumo da mídia nas propagandas, bem como na internet tem um papel facilitador para a automedicação. Estimula-se o uso rotineiro e acúmulo em estoque, de medicamentos em seus domicílios. Obrigado pela atenção!! Pedro Brayner 12/05/2021 THE END
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