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1 
 
AUTOMEDICAÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA NO BRASIL: REVISÃO DE 
LITERATURA 
 
Eliane Almeida Bonfim¹; Debora Santos Alves de Oliveira² 
¹ - Discente do curso de farmácia da Universidade da Amazônia 
² - Docente do curso de farmácia da Universidade da Amazônia 
 
elianeprana@gmail.com 
 
RESUMO 
Introdução: A automedicação é conceituada como a seleção e o uso de medicamentos por pessoas 
autodiagnosticadas para tratar sintomas ou doenças. As autoridades de saúde reconhecem a 
automedicação como um autocuidado, mas quando seu uso é de curta duração e de forma responsável 
com acompanhamento de profissional de saúde. As pesquisas identificam o aumento do consumo de 
medicamentos, visto que adultos admitem tomar medicamentos sem prescrição médica. Objetivo do 
estudo foi verificar os dados das pesquisas sobre automedicação por população de adultos realizadas 
no Brasil. Método realizado um estudo de revisão de literatura nas plataformas científicas National 
Library of Medicine (MEDLINE) e Scientific Electronic Library Online (Scielo). Foram selecionados para 
esta revisão 12 artigos que preferencialmente publicados no período de 2010 a 2020 com idiomas em 
português, inglês e espanhol. Resultados que verificamos através dos dados das pesquisas que 
demonstra que se fazem consumo excessivo de medicamentos estão acima de 50% na população de 
adultos no Brasil. Conclusão que além do aumento dos riscos à saúde e gastos econômicos para o 
paciente e para o sistema de saúde. 
Palavras-chave: Automedicação. Uso Racional. Riscos. Brasil. 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: Self-medication is conceptualized as the selection and use of drugs by self-diagnosed 
people to treat symptoms or diseases. Health authorities recognize self-medication as self-care, but 
when its use is of short duration and in a responsible way with the follow-up of a health professional. 
Surveys identify an increase in drug consumption, as adults admit to taking drugs without a prescription. 
Objective The aim of the study was to verify data from surveys on self-medication by population of 
adults carried out in Brazil. Method A literature review study was carried out on the scientific platforms 
National Library of Medicine (MEDLINE) and Scientific Electronic Library Online (Scielo). Twelve articles 
were selected for this review, preferably published in the period from 2010 to 2020 with languages in 
Portuguese, English and Spanish. Results The results that we verified through the research data that 
demonstrate that there is an excessive consumption of medicines are above 50% in the adult population 
in Brazil. Conclusion that in addition to increased health risks and economic costs for the patient and 
the health system. 
Keywords: Self-medication. Rational Use. Risks. Brazil. 
mailto:elianeprana@gmail.com
2 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define automedicação como a escolha 
e consumo de medicamentos sem prescrição médica. Na conferência de Nairóbi em 
1985, a OMS propôs o conceito de uso racional de medicamentos (URM). A 
automedicação é um fenômeno mundial, no Brasil é uma prática comum. Os estudos 
de base populacional apresentam um padrão de consumo de medicamentos da 
população de adultos na nação brasileira, os principais medicamentos utilizados, os 
riscos à saúde humana e o uso racional dos medicamentos.1,4 
Segundo a pesquisa feita pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio 
do Instituto Datafolha, sobre o comportamento dos brasileiros em relação a compra e 
ao uso de medicamentos percebe-se que a automedicação é um hábito comum dos 
brasileiros onde grande parte são praticantes. Nesta pesquisa, aponta-se que quase 
metade da população de adultos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por 
mês, e um quarto da população faz uso diário ou pelo menos uma vez por semana. 
Ainda nesse viés as mulheres são as que mais se automedicam, pelo menos uma vez 
ao mês. Os principais influenciadores são os familiares, amigos e vizinhos, na escolha 
dos medicamentos usados sem prescrição.2 
No estudo sobre a utilização de medicamentos por adultos nota-se que metade 
da população se automedica, isso equivale a um quarto, mais da metade da população 
afirmar ter tomado medicamentos por conta própria pelo menos uma vez, consoante 
com, o estudo demonstra o alto índice de utilizar medicamentos sem indicação médica 
por parte dos brasileiros. Consoante a predominância da automedicação no Brasil, 
essa apresenta alto índice em adultos na população brasileira em todas as regiões, 
com a prevalência maior na região nordeste, associado ao sexo feminino, com uma 
ou mais doenças crônicas, os medicamentos mais utilizados são os analgésicos e 
relaxantes musculares, no geral são medicamentos isentos de prescrição médica.5 
Os dados apresentados sobre pesquisa do perfil da medicações ingeridas por 
decisão própria no Brasil, vê-se que os relatos dos principais motivos que geraram 
essa ação foram as variáveis dos casos da procura do medicamento para sintomas, 
entre eles têm-se: dor de cabeça, dor muscular, cólica, dismenorreia, quadros 
viróticos ou infecciosos, como a infecção respiratória alta e diarreia e má digestão, 
são os principais motivos da automedicação. 6 
3 
 
O Ministério da Saúde, desenvolveu a Pesquisa Nacional sobre Acesso, 
Utilização Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), apresenta a 
situação da automedicação no Brasil com o tema dessa questão e os riscos à sua 
prática como as intoxicações medicamentosas e reações adversas, e o possível 
aumento dos gastos em saúde.4 
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no Brasil são várias 
as transformações na área da saúde, como os investimentos financeiros e de 
infraestrutura, aumentaram a oferta de serviços de saúde, na área da atenção 
primária, na área da assistência farmacêutica para garantir o acesso gratuito e uso 
racional dos medicamentos pela comunidade em geral.10 
A literatura sugere a prática da automedicação responsável, com o principal 
objetivo de analisar as pesquisas sobre o cenário da automedicação praticada pela 
população de adultos no Brasil que é incentivada pela Organização Mundial da Saúde, 
devido ao alto índice de automedicação e uso indiscriminado de medicamentos, no 
Brasil o maior investimento por parte do governo na área da promoção do Uso 
Racional de Medicamentos é pelo Ministério da Saúde, através de estratégias na 
formação de profissionais da saúde para orientar a população.1,3,4 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Realizado um levantamento bibliográfico em bases da literatura científica, foi 
estabelecida uma revisão integrativa descritiva da temática como Lilacs, Medline, 
Scielo e Google acadêmico, utilizando como palavras-chave: automedicação, 
medicamentos, uso racional e riscos. Revisando a literatura de autores referenciados 
e publicados nos períodos entre os anos de 2012 até 2022. Datas de início 05/02/22 
e de término 25/04/22 previstos para a realização do estudo. 
 Os estudos amplos em pesquisa no território do Brasil, nos idiomas português 
e espanhol, com critérios de inclusão a população adulta no Brasil, excluindo a 
população de crianças e idosos, foram encontrados 32 artigos e selecionados 12 
artigos descritivos em referências, oferecendo uma releitura dos artigos consultados. 
 
 
 
 
4 
 
RESULTADOS 
 
A Organização Mundial de Saúde considera que a automedicação até certo 
nível é aceitável, e uma forma interessante como demonstração de autocuidado pelo 
próprio indivíduo, para aliviar os sintomas como dores de cabeça, cólicas abdominais 
ou menstruais, para que seja utilizada de forma racional e que ocorra de forma 
responsável. Para que este nível de automedicação seja benéfico para o sistema 
público de saúde.1 
Uma vez analisados e contextualizados os conceitos da OMS, considerar 
aceitável a automedicação até certo nível de riscos calculados comoforma 
autocuidado para aliviar os sintomas. Porém que esse uso seja de forma breve e 
responsável, acreditando que se busque ajuda e orientação de um profissional de 
saúde, para que seja resolvido o problema de forma mais rápida, pois atendimento no 
sistema público de saúde é lento, porém se faz necessário no diagnóstico e tratamento 
adequados. 
1. As pesquisas sobre a automedicação por adultos no Brasil são 
apresentadas os seguintes dados: 
De acordo com a pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), 
por meio do Instituto Datafolha, revelou que a automedicação é um hábito comum a 
77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses. Quase 
metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês, e um quarto (25%) o faz 
todo dia ou pelo menos uma vez por semana. 2 
Os dados da pesquisa demonstram que a automedicação é uma prática comum 
e até de base cultural no Brasil, onde a maioria da população faz o uso de 
medicamentos por conta própria, sendo que quase metade da população fizeram uso 
nos últimos meses ou dias. Esses dados revelam que a população tem alto nível de 
indicações de pessoas próximas como familiares e vizinhos, sendo que são 
indicações de pessoas sem o conhecimento científico necessário como os 
profissionais da saúde. 
Em pesquisa realizada sobre a “Automedicação no Brasil” demonstra os dados 
onde 76,4% da população brasileira fazem uso de medicamentos a partir da indicação 
de familiares, amigos, colegas e vizinhos. A importância da orientação do profissional 
de saúde para que esses usuários façam uso racional dos medicamentos e assim 
reduzir os efeitos colaterais indesejáveis.3 
5 
 
Neste estudo, os altos índices de automedicação em 12 capitais brasileiras, são 
números que estão acima da média nacional em todas as capitais da pesquisa, a 
maioria da população ou acima de 90% destas, infelizmente isso retrata o quanto a 
população brasileira está fazendo consumo de medicamentos sem orientações. 
 
2. Os dados de pesquisas sobre o perfil da automedicação no Brasil 
O alto índice de automedicação no Brasil, revelado pela pesquisa demonstra 
que a população de adultos está sendo orientados por pessoas leigas e não por 
profissional de saúde. Para que o consumo de medicamentos seja seguro quanto aos 
riscos dos efeitos indesejáveis tais como a intoxicação medicamentosa, os dados da 
pesquisa deixam claro que a população não está sendo responsável com o uso 
racional dos medicamentos, por isso é necessária ajuda médica. 
A Organização Mundial da Saúde OMS publicou diretrizes para a avaliação dos 
medicamentos que poderiam ser empregados em automedicação. Segundo esse 
informe, tais medicamentos devem ser eficazes, confiáveis, seguros e de emprego 
fácil e cômodo.1 
Nesse mesmo estudo foram mapeadas por meio de uma pesquisa sobre o perfil 
da automedicação no Brasil, o presente estudo das pesquisas sugere os resultados 
da prática principalmente por mulheres, em idade adulta. Entre os homens, essa 
prática é mais frequentes nas idades idosos. A escolha de medicamentos é baseada 
principalmente na recomendação de pessoas leigas maior que 50%, sendo também 
relevante a influência de prescrições anteriores 40,0%. Com relação ao segundo 
aspecto, é possível que a última visita ao médico 36,0%. O perfil dos medicamentos 
escolhidos com maior cuidado com a escolha de fármacos para crianças e idosos em 
sua maioria são por recomendação por profissionais saúde. 
Os dados apresentados fazem parte das pesquisas realizado pela Organização 
Mundial de Saúde (OMS). Com objetivo de traçar um perfil da automedicação através 
da análise da procura de medicamentos em farmácias sem prescrição médica. 
Quanto aos medicamentos à predominância dos analgésicos entre mais procurados 
esse é um fato comum tanto na automedicação praticada no Brasil como em outros 
países. O aspecto preocupante se correlaciona com a prevalência do uso da dipirona, 
medicamento cuja segurança tem sido bastante questionada. 
Os principais dados sugerem que a automedicação no Brasil reflete as 
carências e hábitos da população, é consideravelmente influenciada pela prescrição 
6 
 
médica e tem a sua qualidade prejudicada pela baixa seletividade do mercado 
farmacêutico. 
 
3. Os principais medicamentos utilizados por automedicação no Brasil 
Os medicamentos são mundialmente considerados importante bem social, para 
a melhora da saúde da população e salvam vidas. Na sociedade brasileira sua 
utilização é uma forma comum de terapia. Automedicação entende-se pelo uso de 
medicamentos sem acompanhamento de profissional de saúde, porém a 
automedicação responsável pode representar economia para o indivíduo e para o 
sistema de saúde, evitando assim o congestionamento nos serviços de saúde. 
Por meio de pesquisa foram identificados, também, os medicamentos mais 
utilizados pelos brasileiros nos últimos seis meses. É surpreendente o alto índice de 
utilização de antibióticos (42%), somente superado pelo porcentual declarado para 
analgésicos e antitérmicos (50%). Em terceiro lugar ficaram os relaxantes musculares 
(24%). O uso de antibióticos foi maior nas regiões Centro-Oeste e Norte (50%). 2 
Os medicamentos mais comuns na praticada automedicação no Brasil, de 
acordo com ICTQ (Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação), no ano de 2018, estão: 
analgésicos (48%), anti-inflamatórios (31%), relaxantes musculares (26%), 
antitérmicos (19%), descongestionantes nasais (15%), expectorantes (13%), 
antiácidos (10%) e antibióticos (10%). 
As Reação Adversa ao Medicamento é qualquer efeito nocivo, não intencional 
e indesejado, de uma droga observada com doses terapêuticas habituais em seres 
humanos para fins de tratamento, profilaxia ou diagnósticos. 
 
4. O acesso a utilização de serviços de saúde no Brasil 
Tendo em vista que no Brasil a automedicação é fenômeno preocupante e 
bastante discutido, é uma prática comum na cultura e vivenciada por gerações 
considerando a automedicação como uma necessidade, e inclusive de função 
complementar aos sistemas de saúde, principalmente em países pobres. 
Concernente ao conceito apresentado, a automedicação é uma prática que 
evita muitas vezes o colapso do sistema público de saúde, pelo atendimento a casos 
transitórios ou de menor urgência. Entretanto, a auto prescrição, ou seja, o uso por 
conta própria de remédios contendo tarja vermelha ou preta na embalagem, e que só 
devem ser utilizados sob prescrição médica, é extremamente perigosa e inaceitável 
7 
 
segundo a OMS. 1 Aquisição dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP) no caso 
de alguma dúvida sobre o uso de medicamentos, o farmacêutico pode e deve ser 
consultado. 
No Brasil, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas 
(Abifarma), todo ano, cerca de 20 mil pessoas morrem, no País, vítimas da 
automedicação.12 Farmacêutico é o profissional habilitado para orientações de saúde 
mais acessível à população e tem o conhecimento adequado sobre o uso correto dos 
medicamentos. 
As vítimas de morte por automedicação são também vítimas de falha no 
sistema de saúde, que tem a obrigação de esclarecer para a população sobre os 
riscos do consumo de medicamentos, que além de seus benefícios no uso racional e 
com acompanhamento de profissional de saúde, tem o outro lado da moeda que são 
os efeitos colaterais ou adversos dos medicamentos. 
 
5. As possíveis estratégias do Uso Racional de Medicamentos 
A Organização Mundial de Saúde OMS, propôs o conceito de uso racional de 
medicamentos (URM) na conferência de Nairóbi, em 1985, que o uso racional de 
medicamento quando pacientes recebem medicamentos para suas condições clínicas 
em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e 
ao menor custo para si e para a comunidade.1 
A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para as políticas 
de medicamentos o uso racionalde medicamentos (URM), aumento excessivo no uso 
de medicamentos em países como o Brasil tem sido um importante desafio para o 
alcance do URM.1 
Política Nacional de Medicamentos conceitua o uso racional de medicamentos 
como: “Processo que compreende a prescrição apropriada: a disponibilidade oportuna 
e a preços A acessíveis; a dispensação em condições adequadas; e o consumo nas 
doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de tempo indicado de 
medicamentos eficazes, seguros e de qualidade.”5 
Segundo o Ministério da Saúde o uso irracional ou inadequado de 
medicamentos é um dos maiores problemas em nível mundial. A OMS estima que 
mais da metade de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos 
de forma inadequada, e que metade de todos os pacientes não os utiliza 
corretamente.4 
8 
 
Constatado que um dos aspectos importantes sobre o uso irracional de 
medicamentos inclui: "polifarmácia"; uso inadequado de antimicrobianos, muitas 
vezes em dosagem inadequada, para infecções não bacterianas; excesso de uso de 
injeções quando formulações orais seria mais apropriado; falta de prescrição de 
acordo com as diretrizes clínicas; automedicação inapropriada, muitas vezes 
medicamentos prescritos; não aderência aos regimes de dosagem.4 
O uso excessivo, indevido de medicamentos resulta em riscos para a saúde, 
além de desperdício de recursos financeiros. A importância do farmacêutico na sua 
 atuação na orientação e dispensação de medicamentos. O profissional de saúde 
habilitado pode orientar corretamente a respeito do tratamento das doenças, e o uso 
racional dos medicamentos. 
A partir da literatura pesquisada a respeito de problemas e o Conselho Nacional 
de Saúde, por meio de especialistas, atribui a alta incidência de remédios, às 
dificuldades que as pessoas tem no acesso aos serviços de saúde, e aos 
medicamentos serem vistos como mercadoria que pode ser adquirida e consumida 
sem a orientação devida. Todos esses fatores podem explicar o hábito das pessoas 
em se automedicar. 
Posteriormente foi feito uma análise nas da pesquisa e foram analisados 
trabalhos acadêmicos que abordam aspectos relacionados aos estudos sobre as 
pesquisas. Nesse contexto, demonstra-se que a automedicação é um risco para a 
população e um problema de saúde pública, tornando-se necessário o incentivo de 
práticas de educação em saúde que sensibilizem os indivíduos acerca dos danos 
provenientes da automedicação a fim de minimizar este hábito e contribuir com a 
melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
DISCUSSÃO 
 
Para relacionar a dificuldade de acesso aos serviços saúde contribui na prática 
da automedicação, os resultados reforçam a necessidade de se informar a população 
sobre o uso adequado de medicamentos, além de medidas cabíveis que garantam a 
oferta de produtos necessários, eficazes, seguros e de preço acessível. Os dados 
obtidos por este estudo, afirmam que é um hábito recorrente consumir medicamento 
sem receita médica. 
 Para justificar a automedicação no alívio imediato de algum sintoma, já que 
esta prática proporciona tratamento momentâneo da dor e sofrimento, pode não 
resolver adequadamente o problema e acrescentar risco de piora, o que pode retardar 
a comprovação do diagnóstico e o tratamento correto, sendo necessário recorrer a um 
médico antes de qualquer iniciativa medicamentosa. 
A Campanha Nacional de Conscientização pelo Uso Racional de 
Medicamentos realizada pelo Conselho Federal de Farmácia com uma linguagem 
acessível, a campanha chama a atenção da população para que não se arrisque na 
automedicação. A orientação é que ao usar qualquer medicamento, a pessoa consulte 
sempre um farmacêutico. A maioria da população toma medicamentos por conta 
própria ou sob a influência de terceiros, onde o papel do farmacêutico este deve 
orientar para que essa prática ocorra de maneira consciente. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ao observar as pesquisas, que os medicamentos que tem maior utilização por 
meio da automedicação são os fármacos que possuem funções anti-inflamatórias, 
analgésicos, antibióticos, isso faz necessária a atenção por parte farmacêutica na 
orientação da venda dos fármacos. 
 Em conclusão, sob os efeitos que a automedicação e os fatores que podem 
gerar a automedicação na população brasileira, como o farmacêutico possui um papel 
na orientação e uso de medicamentos. Sendo possível que novas pesquisas possam 
ser realizadas para que os dados sejam atualizados com certa periodicidade nessa 
perspectiva é possível acompanhar o nível de automedicação no Brasil. 
 
 
10 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. Organização Mundial de Saúde. Conferência Mundial sobre Uso Racional de 
Medicamentos. Nairobi, 1985. 
2. Conselho Federal de Farmácia - CFF. Pesquisa sobre o comportamento dos 
brasileiros em relação a compra e ao uso de medicamentos. 
Site: https://cff.org.br/noticia.php?id=5279 acesso: em 18 de março de 2022. 
3. Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ). Pesquisa Automedicação 
no Brasil. 2018. 
4. Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de medicamentos. Brasília. 
Ministério da Saúde; 2001. 
5. Carvalho MF, Oascin Arp, Souza-Junior PRB, Damacena GN Szwarcwald CL. 
Utilization of medicines by the Brazilian population, 2003. Cad. Saude Publica. 2005 
6. Arrais, P. S. D.; Coelho, L. L.; Batista, M. C. D. S.; Carvalho, M.L.; Righ, R. E.; 
Arnau, J. M.; Perfil da automedicação no Brasil. Revista de Saúde Pública, v.31, n.1, 
p. 71-77, fev. 1997. 
7. Paulo, L.G. & Zanine A. C. Automedicação no Brasil. Rev. Ass. Med. Bras., 34: 
69-75, 1988. 
8. Holland, R.W., Nimmo, C.M. Transitions, part 1: Beyond pharmaceutical care. 
Am. J. Health-Pharm. v. 56, p. 1758-1764, 1999. 
9. Loyola Filho AI, Uchoa E, Guerra HL, Firmo JOA, Lima-Costa MF. Prevalência 
e fatores associados à automedicação: resultados do projeto Bambuí. Rev. Saúde 
Pública. 2002 fev;36(1):55-62. 
10. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Saúde nas Américas: edição 
de 2012: panorama regional e perfis de países. Washington (DC): Organização Pan-
Americana da Saúde; 2012. (Publicação científica e técnica, nº 636). 
11. Casa Grande, E.F., Gomes, E.A., Lima, L.C.B., Oliveira, T.B., Pinheiro, 
R.O. Estudo da utilização de medicamentos pela população universitária do município 
de Vassouras (RJ). Infarma, v.16, n.5/6, p. 86-88, 2004. 
12. Ivannissevich, A. Os perigos da automedicação. Jornal do Brasil, Rio de 
Janeiro, 23, jan., 1994.

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