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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE - FAVENI CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM TECNOLOGIAS E INOVAÇÕES WEB O COMÉRCIO ELETRÔNICO: TECNOLOGIAS, APRESENTAÇÕES E LEGISLAÇÕES JEAN CARLOS LAGO DE CARVALHO GUARULHOS 2021 O COMÉRCIO ELETRÔNICO: TECNOLOGIAS, APRESENTAÇÕES E LEGISLAÇÕES Autor 1 Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). Resumo – O presente estudo tem por finalidade tecer uma discussão sobre a evolução da tecnologia e seu impacto no modo de viver da humanidade. Diante disso, termos novos que já fazem parte da vida das pessoas como o e-commerce e o e-busines são objetos de produção teórica. Justiça-se trazer esse tema para esse estudo pela sua função real e sem volta na vida das pessoas em realizar o comércio pelo meio eletrônico, de como ela acontece e a preocupação de não existir uma legislação atual que regule todas as atividades nesse setor. A pesquisa foi elaborada seguindo o campo cientifico bibliográfico e com a abordagem qualitativa que ao tecer a discussão de estudo, mostrou os benefícios e algumas desvantagens de realizar o comércio pela internet, mas o mais importante identificou a necessidade de articular debates pelos órgãos de governo para criar legislações que fomentem um contato das pessoas com a aquisição de bens e serviços de forma segura e transparente. Palavras Chaves: E-commerce. E-Business. Relação. Necessidades 1. Introdução A sociedade se modifica ao passo que suas relações se aperfeiçoam com outras pessoas ou com ferramentas inventadas por ela própria. Atualmente vivemos na era digital. Ela, desde que surgiu na vida das pessoas, mostrou que diversas ações podem ser exploradas como o comércio eletrônico, por exemplo. Isso faz com que as ações tradicionais, tenham que se adaptar ao novo contexto. Umas das ações trazidas pela era digital e que é o objeto de estudo desse artigo, é o e-commerce e o e-business, que são dois ramos importantes para a realização de negócios pela internet. Assim como esses dois campos tecem um novo modelo de relação comercial, é preciso que as legislações brasileiras compassem igualmente à evolução, legislações importantes para 1jcarvalho1976@outlook.com regular as transações, sendo promotores do resguardo jurídico e potencializadores legais desse novo marco na vida das pessoas. Delimitado o tema em trazer sobre a discussão sobre a evolução das tecnologias ao longo dos tempos e de algumas legislações para nortear o e- commerce, o estudo traz o seguinte problema: As atividades do comércio eletrônico possuem uma rotina sem volta na vida das pessoas, mas como essa prática é desenvolvida e resguardada juridicamente? A hipótese é de que pelos estudos vistados e percebidos nas leituras ao campo de pesquisa, é de que nem todas as legislações brasileiras acompanham legalmente o rápido crescimento ditado pelo mundo globalizado e tecnológico. Diante disso, para que se busquem respostas para a problemática, a pesquisa define alguns objetivos: 1.1Objetivos: 1.1.1 Geral: - Entender de como a tecnologia e o comércio eletrônico fazem parte da vida das pessoas na atualidade. 1.1.2Específicos: - Falar sobre a evolução da tecnologia na sociedade; - Definir e-commerce e e-business; - Discutir as legislações brasileiras reguladoras das atividades digitais pela internet. Ao encontrar respostas para os objetivos expostos acima, espera-se que esse estudo seja capaz de mostrar a importância da sociedade atentar-se para todos os campos que a tecnologia impõe, como relações comerciais e sociais, mas também espera-se que esse estudo mostre a necessidade de investir nas discussões para aprimorar leis que regulam esse setor. A metodologia exposta na construção de toda a pesquisa foi a bibliográfica com a abordagem qualitativa. A abordagem qualitativa segundo Creswell (2010) é um caminho científico que o autor de uma pesquisa usa para entender as produções teóricas com fim de reescrever numa nova linguagem. Já a pesquisa bibliográfica, segundo Araújo (2013, p. 03) “O intuito de uma pesquisa bibliográfica é colocar o cientista em contato com o que foi produzido sobre determinado assunto, inclusive através de conferências.” As fontes de pesquisa declinaram em maior parte à busca de documentos em pdf no meio digital trazidas pelo Google Acadêmico e Scielo, mas também foram utilizadas como ponto de referência e consulta a biblioteca pública. As buscas de publicações trouxeram textos de 2010 a 2020, que permitiram uma discussão atual em conformidade com as evoluções trazidas pela globalização e tecnologia. O artigo foi dividido em duas seções e uma subseção. A primeira traz um pequeno histórico da evolução da tecnologia e da necessidade da humanidade buscar aprimorá-las para atender suas necessidades mais básicas. A segunda seção fala do e-commerce e do e-business. Agregada a segunda seção, se discute sobre as legislações brasileiras que regulam as atividades do comércio eletrônico. 2. A EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS E SUAS INOVAÇÕES NA WEB Todos os processos comunicativos que levaram o homem ao longo da história a viver em sociedade, surgiram como indicativos necessários de manter relações sociais e interesses para suprir suas necessidades básicas. Ao passo que essa comunicação se tornaria mais concreta, a necessidade de alcance dela para outros lugares e a busca de outros interesses também evoluiria, sobretudo a sua própria evolução faria com que novos pensamentos e atitudes também se aprimorassem. É como se fosse uma evolução mútua entre homem e suas ferramentas para suprir suas necessidades (Ramos,2010). É importante reforçar que a humanidade tinha como ponto de interesse o aprimoramento de meios pelos quais o conhecimento também evoluísse. Nunca houve por parte da sociedade um trânsito de gerações sem que elas contribuíssem com equipamentos cada vez mais modernos, tecnológicos e importantes para a evolução social, econômica e outras áreas tão importantes para a vida em sociedade (Ramos, 2010). Para a autora, um dos momentos mais importantes que nasceu sobre o avanço da tecnologia foi quando se obteve a capacidade de imprimir com grande volume desenho, ilustrações e informações. Esse marco nascido no século XX entre os de 1940 a 1970 coloca a informação como um objeto importante, que alteraria não somente o modo de obter a informação mais o próprio modo de viver. Segundo Ramos (2010, n.p) A partir da descoberta da técnica de imprimir, passamos por grandes invenções, como os jornais que desde seu surgimento tem o intuito de levar ao conhecimento do público acontecimentos importantes tanto sociais como políticos. O primeiro jornal publicado no Brasil foi “Gazeta do Rio de Janeiro” e data se de 10 de Setembro de 1808. (RAMOS, 2010, n,p) Hayne e Wyse (2018) estabelecem que o domínio das tecnologias que foram aparecendo na sociedade, é fruto de conhecimento científico. Ao passo que ele era aprimorado e buscado como fonte de encontrar ferramentas para fazer serviços pelo homem, as tecnologias evoluíam. Depois do domínio de muitasdas tecnologias, elas nunca mais ficariam estáticas, avançariam, se apresentariam como novas ideias e novos processos. Como exemplo disso, trazemos no Quadro 1, o telefone, que foi uma das ferramentas mais importantes para a comunicação das pessoas no mundo todo. Quadro 1 – Evolução do Telefone ao longo dos séculos Inventado em 1876 por Graham Bell. A primeira frase dita foi: "Senhor Watson, venha cá. Preciso falar com o senhor". Esses modelos poderiam apenas ser usados para transmitir a fala das pessoas Esses telefones, além de serem usados para transmitir a fala, poderiam passar mensagens de texto. A primeira mensagem de Depois do avanço da tecnologia, os telefones já poderiam passar mensagem de texto. A primeira frase foi “Feliz Natal” Essa tecnologia de mandar mensagens foi inventada em 1992 por Neil Papworth. O primeiro telefone apresentado para acesso a internet foi o oi o Nokia 9000 Communicator no ano de 1996. FONTE: Tecmundo 2012; Porto (2020) O Quadro 1 é capaz de trazer inúmeras informações, mas a mais importante delas é de que desde o ano de 1992 onde apareceu o primeiro celular capaz de mandar mensagem de texto, a tecnologia caminhou com aprimoramento de muitos aparelhos eletrônicos de forma veloz, trazendo já no ano de 1994 os aparelhos com acesso à internet. Desde então muitas coisas começariam a olhar esse caminho como um bom negócio, principalmente para vendas e prestações de serviços. Hayne e Wyse (2018) apontam que a tecnologia a qual conhece-se hoje, é capaz de compor um novo percurso no movimento social e econômico de países e pessoas. Muitos dos negócios, por exemplo, já usam as ferramentas digitais como veículo de venda, sobretudo alcança a cada vez mais rápido um maior número de pessoas, pois a tecnologia, algo caro e para poucos no passado, já é fruto de uso de pessoas de classes sociais mais baixas. A tecnologia hoje está imbricada em todos os setores da sociedade. Ela se torna importante na resolução de problemas e no aprimoramento também da logística. As empresas são um exemplo de forte dependência das tecnologias. Usam-na para fazer muitas funções elementares dentro de suas organizações que vão desde o controle de estoque até a venda pela rede de internet (BAYLÃO, OLIVEIRA, 2015). Conforme Baylão e Oliveira (2015, p. 02) No contexto organizacional, esse cenário não é diferente: uma empresa já não consegue mais sobreviver no mercado, sustentada por pilares como tempo de atuação e até em alguns casos, preço mais acessíveis. A sobrevivência depende do desenvolvimento de diversos atributos, entre eles a vantagem competitiva baseada na inovação. O cliente atual possui um perfil bastante exigente, ele enxerga um mercado em constante transformação, espera por produtos exclusivos e é adepto da evolução como um todo. Esse cliente inclusive está disposto a pagar por esse diferencial, pois reconhece o valor agregado da diferenciação, o grau inovativo dos produtos e ou serviços. (BAYLÃO; OLIVEIRA, 2015, p. 02) Dessa forma, um ponto importante eleva-se para o sucesso e permanência da empresa no mundo dos negócios: conhecimento das tecnologias ofertadas e de como elas podem se tornar um campo produtivo na relação comercial, para isso é necessário investimento em capital humano para operar as tecnologias com eficiência (BAYLÃO E OLIVEIRA, 2015). 3. E-BUSINESS E E-COMMERCE Não se pode negar que nas últimas décadas, a sociedade vive constantes transformações trazidas pela globalização e pelo desenvolvimento tecnológico, porém essa inserção da tecnologia e do conceito global também exige das pessoas adaptações, sobretudo conciliadas às concepções básicas ou complexas no gerenciamento de novos pensamentos. Dessa forma, princípios básicos dentro da área de negócios como competitividade, fortalecimento da marca e do alargamento das vendas também devem se adaptar aos novos modelos de mercado impulsionado tanto pela globalização quanto pela tecnologia (Araújo; Zilber, 2013). Nesse contexto evolutivo, a internet assume a principal e mais usada ferramenta comunicativa entre consumidores e empresas, sobretudo mantém, em muitas áreas, a dependência do sucesso e dos resultados através de seus canais digitais. Com isso, muitos termos surgem. Muitos deles incorporam as novas concepções e atitudes de relacionamento, como no caso o termo em inglês e-business (ARAÚJO; ZILMER 2013). Segundo Romão (2006) diz que não se pode confundir o termo e- business com e-commerce. Isso porque assumem funções distintas. Enquanto o e-commerce atribui a venda pela internet por empresas do ramo físico, o e- business converge ações pautadas somente no campo eletrônico e digital. São empresas que já nasceram digitais. Para Romão (2006, p. 19) Existe uma sobreposição que, por vezes, gera incertezas entre a definição de e-Business e de comércio electrónico. Na realidade o e- Business inclui todas as actividades do comércio electrónico, mas vai além do que é o comércio electrónico, englobando também transacções internas à organização. Ou seja, para além das transacções de compra e venda que compõem o comércio electrónico, o e-Business inclui igualmente transacções relacionadas com procurement, logística, customerrelationship management (CRM), supplychain management (SCM), pagamentos e controlo de stocks, etc. (Romão, 2016, p. 19) Romão (2006) acredita que as ações do e-business assumem também as relações internas dentro das organizações, que se concentram tecer um canal de produção, de comunicação, criação e de até reuniões exclusivamente e unicamente pelos canais digitais. A tecnologia é indispensável e a única ferramenta tida pelos gestores para tecer tratativas com colaboradores internos e consumidores. Para Melo (2011, p. 02) No Brasil a abertura da internet ao setor privado, para exploração comercial da população ocorreu em 1995, em uma ação do Ministério das Telecomunicações e Ministério da Ciência e Tecnologia. O termo e-business já tem registro desde 1995 sob o nome de uma revista on- line, mas foi em 1997, em uma campanha criada pela Ogilvy&Mather, que a IBM divulgou o e-business. Ela associou o termo às novas oportunidade em negócios altamente conectados, ligando o termo diretamente a internet.(Mello, 2011, p. 02). Mello (2011) acredita que é função do e-business manter a relação empresarial basilada no aumento da produtividade, dos conjuntos comunicativos e outras ações, que devem estar intrinsecamente ligadas a tecnologias ou a todos os processos correlacionados. Conceituada por Eugênio (2019) a palavra e-Business significa Eletronic Business. Esse termo já usado por grandes corporações empresariais édistante das menores por uma simples razão: desconhecimento de como funcional todo o processo. Mas aquelas que desejam aprimorar suas relações de vendas e comunicação internas precisam conhecer como se estrutura as concepções do e-Business para ter efetividade em todos os processos de implantação. Eugênio (2019) destaca os as vantagens que o e-Business pode trazer inúmeros benefícios como agilidade na comunicação, custos operacionais mais baratos e assume também um papel de desvantagens quando os empresários encontram caminhos difíceis em absorver todos as tecnologias ou não estão preparados para entrar num mundo ainda mais competitivo. O autor ainda descreve que o e-Business apresenta modalidades distintas. Sendo exemplificadas na Tabela 1. Tabela 1 – Modalidades do e-business B2c (Empresa para Cliente) Acontece quando o consumidor realiza a sua primeira compra pela internet da empresa e torna-se cliente por mais vezes. C2b (Consumidor para Empresa) Não precisa o consumidor ser cliente da empresa, mas ele usa os canais digitais para buscar informações sobre produtos ou serviços. B2b ( empresa para empresa) É a relaçãomantida entre duas empresas que podem ser do mesmo grupo ou uma organização parceira como fornecedor, por exemplo. B2e (Empresa para Empregado) É através de e-mail colaborativo, site e newsletter.que as empressas mantém contatos com seus colaboradores para dirmir ações e outras tratativas correlacionadas. E2b (Empregado para Empresa) De forma contrária a Eb2 é quando o empregado entra em contato com a empresa através da internet para resolver uma questão de vendas ou outras informações sobre produtos e serviços. G2b (Governo para Empresa) Pode ser através de uma plataforma digital que as esferas oferecem exclusivamente às empresas como notas eletrônicas e outros serviços que só podem ser feitos de forma digital. B2g (Empresa para Governo) São canais eletrônicos que são oferecidos para desenvolver serviços, como por exemplo a disponibilização de serviços a serem contratados nos processos licitatórios. C2g (Governo para Governo) Essa forma de e-Business acontece quando as partes de governo acessam canais digitais ou plataformas para prestação de contas, vinculação de recursos financeiros e outros. G2c (Governo para Cidadão) Nessa modalidade o governo oferece aos cidadãos comuns serviços como emissões de guias de pagamentos de títulos públicos, IPTU e outros serviços informativos à população. C2g ( Cidadão para Governo) Demostra-se quando o governo possui a necessidade de estabelecer uma pesquisa sobre serviços e produtos. Elabora pesquisas de opinião para ver o que a população pensa ou assume posturas propostivas a cerca de determinados assuntos. C2c (Consumidor para Consumidor) É a modalidade quando os consumidores interagem entre si. Nesse caso pode ocorrer tanto negócios quanto a busca de informações através de classificados online ou outras ferramentas de vendas diretas entre ambos. FONTE: Eugênio, 2019. Elaboração Própria A Tabela 1, é capaz de mostrar que as modalidades no e-Business assumem diversas características, mas cada vez mais importantes na vida das pessoas, e também às esferas de governo, pois pode-se atentar que cada um dos elementos está tão incorporado na vida das pessoas, que usam esses mecanismos sem saber que estão se tornando ou sendo absorvidas pelo mundo digital em todas as suas fases de negócios, lazer e outros. As questões econômicas em todos os lugares do mundo são medidas, estudados e sobre eles projetados novos caminhos que potencialize o que está em voga, mas também que proporcione caminho de ajustes. As ações desenvolvidas pela internet, só aumentam. A cada ano que passa um maior número de empresas vinculam seus atos de vendas de produtos e serviços pelos caminhos digitais (MENDONÇA, 2020) Diferente da evolução do PIB brasileiro avaliado nos últimos anos percebeu-se que houve retração de 0,62% até o ano de 2020. Corrobora para essa queda as crises econômicas internacionais e até a questão da própria pandemia. Mas no contraponto dessa queda, o comércio e muitas ações contidas através da internet, só aumentaram. As pessoas começaram a utilizar com maior frequência os canais digitais para suprir suas necessidades básicas, de trabalho e de lazer. (MENDONÇA, 2020) Somente na área do e-commerce brasileiro o aumento de vendas pela internet subiu nesse ano 47%, conforme apontado no Gráfico 1, por NovoVarejo (2020). Gráfico 1 – Evolução das Vendas online no Brasil Fonte:Novovarejo (2020) Esse crescimento ainda é reforçado por Novaverejo (2020) pela questão de que pela primeira vez 7,3 milhões de brasileiros realizaram suas primeiras compras via internet. Isso fez com que o Brasil assumisse um novo percurso de relação com o cliente. Sendo digitais as empresas agora devem construir novos caminhos para fortalecer marcas e aumentar a eficiências dos canais de vendas e relacionamentos com os clientes. A Pandemia fez com que as empresas e demais organizações de negócios tenham que reorganizar seus negócios, mas sabe-se que essa tarefa não é fácil. Isso porque, pelas grandes perdas econômicas, muitas empresas tiveram que reduzir grupos de trabalho. Essa questão impacta fortemente não somente num cenário econômico, mas também na promoção da imagem da empresa. (MICELI, 2020). Para o autor, a questão exige planejamento e como ele mesmo diz, trazer o negócio aos trilhos novamente com práticas comerciais que façam com que o consumidor vislumbre uma nova relação de comércio com programas de fidelidade e outros benefícios. Por isso, o investimento em comunicação e marketing assume um fator fundamental no comércio eletrônico. Para Miceli (2020, p. 17) A adoção de metodologias ágeis também permite uma resposta mais rápida aos novos desafios do dia a dia. O processo de análise, reorganização e tomada de decisão precisa acompanhar o ritmo das mudanças. Por isso, precisa de uma presença forte das lideranças. Dessa forma, conforme os novos cenários, é possível direcionar esforços para as áreas de negócio que mais serão impactadas. Na China, com a evolução da epidemia, muitas empresas voltaram sua atenção para o digital. (Miceli, 2020, p. 17). Para Woebcken (2020) novas tendências sobre o Marketing Digital estão intrinsecamente envoltas no sucesso das empresas que querem seguir no ramo digital ou da internet. Isso porque o comportamento das pessoas absorveu o uso das tecnologias e de todos os seus processos modernos. Ampliar o alcance da marca torna-se fundamental para fortalecê-la no mercado competitivo e tecnológico. A Geração Z que já entra num mundo interativo e altamente dependente dos recursos tecnológicos e dos canais da internet, assume por si própria uma postura totalmente diferente de décadas atrás. Falar em tendência de marketing, das novas formas de persuadir e conquistar consumidores assumem também novas técnicas publicitárias, como sustenta Vilão (2020). Dizer que essa nova concepção de se relacionar e vender pelo mundo virtual sejam mais difíceis do que no passado, remonta-se uma afirmação errônea. Nunca teve tão fácil expor e conquistar clientes pelas novas ferramentas comunicativas, que forçam através da competitividade, ações e planejamentos constantes sobre o produto e a marca posta no mercado digital. Outro ponto que necessita de atenção e pode ser uma grande desvantagem trazida pela tecnologia, é a avaliação do consumidor que pode ser tornar transparente aos demais consumidores. Uma ação danosa ou não atendimento correto de um negócio, pode virar um dissabor nos comentários expostos pelos clientes nas redes sociais. (SOLAYMANI, et al.,2012). 2.1 LEGISLAÇÃO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO NO BRASIL Segundo Cots (2014) o Brasil ainda precisa aprimorar legislação sobre as atividades do comércio eletrônico, mas isso não quer dizer que não ajam regulamentação para as atividades de compras, vendas e prestação de serviços contidos no meio digital. Uma das leis que conhecidas é o próprio Código de Defesa do Consumidor instituída pela Lei 8078/90, mas nem todas as atividades estão previstas na lei aja vista as evoluções das relações movidas pelas tecnologias. Diante de algumas lacunas previstas na Lei 8078/90 surge o Decreto 7692/2003 que estabelece diretrizes mais claras para o comércio eletrônico. Segundo Cots (2014, p. 11) O Decreto nº 7.962/2013 estabeleceu que os sites de comércio eletrônico devem disponibilizar, em local de destaque e de fácil visualização, a razão social ou nome completo do fornecedor, bem como o número do CPF ou CNPJ, dependendo se pessoa física ou jurídica. A intenção é diminuir o risco do consumidor na contratação ou compra pela internet, bem como permitir que a pessoa (física ou jurídica) por trás do site seja corretamente identificada, podendo responder por suas ações/omissões. (COTS, 2014, p. 11). Cots (2014) estabelece que o Decreto 7962/2003 faz com que os agentes de vendas pela internet tenham o compromisso de fazer com que toda a relaçãosatisfaça a vontade do consumidor, que deve ter o sumário do contrato antes da realização da compra, que entre outras razões estabelece a troca do bem ou a devolução financeira caso haja arrependimento. Araújo (2017) fala que ainda a sociedade vive um contato novo com as relações no mundo digital, mesmo ela que ela esteja na vida das pessoas há algum tempo. Isso porque as tecnologias rompem com a ideia de empresa de tijolos para se tornar digital. Logicamente as legislações vão se adequando lentamente as novas evoluções e das novas relações entre sociedade e tecnologia. Araújo (2017, p. 20) reforça O Direito se desenvolveu, em grande parte, pelo conflito liberdade versus liberdade, ou seja, cada indivíduo tem sua esfera de liberdade limitada à esfera de outrem. Cada um tem seu direito subjetivo acomodado ao direito de terceiros. Sempre foi e será assim. A partir daí, o Direito partiu para outras searas, ou seja, as regras para o desenvolvimento das organizações coletivas criadas pelas sociedades, culminando num modelo onde coabitam a liberdade do homem, os direitos a ela inerentes e a organização do Estado. (ARAÚJO, 2017, p. 20) Isso quer dizer que nas relações de duas pessoas ou de dois agentes seja pela relação física versus jurídica, ambos devem entender que a regulação de negócios deve ter a intervenção de um terceiro agente para regulamentar toda e qualquer transação: o Estado. É a partir dele que as ações jurídicas podem legitimar novas ações trazidas pela era digital. Araújo (2017) ainda defende que para o sucesso de uma relação de negócios ou de qualquer outra ação pela internet, sejam basiladas em ações transparentes, sólidas e confiáveis. Isso faz com que o todo o processo seja versado como uma nova atividade junto aos envolvidos, que podem ter benefícios quando elas assumem um caráter legal. Isso quer dizer que as empresas devem primar pelo sigilo de dados pessoais, bancários ou qualquer outro de posse particular. Entretanto, as ações ilícitas contidas numa relação virtual são hoje versadas pela Lei 12.737/2012, que tipifica os delitos informáticos. Nesses casos as fraudes, ou a inoperância as Leis podem ser objetos de ações judiciais e criminalizadas. É uma lei que pode proteger os usuários da rede, pois com o avanço da tecnologia, novas formas de fraudar ou enganar o consumidor também se aprimoram. Segundo Sobhie e Oliveira (2013) apesar das legislações brasileiras existentes para a regulamentação das práticas de comércio pela internet, como o Código de Defesa do Consumidor e o Decreto 7962/2013 serem um norte jurídico para dar melhor fluxo jurídico nas relações, ainda precisam de aprimoramento, uma vez que as tecnologias avançam faz com que as leis também se aprimorem. Isso faz exercer sobre os legisladores do país um comprometimento futuro com essas relações digitais, que precisam de acompanhamento jurídico legal. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A humanidade ao longo de seu percurso histórico, sempre sentiu a necessidade de encontrar e inventar ferramentas que melhorassem a qualidade de vida e satisfazer suas necessidades mais básicas. Tanto a curiosidade quanto a necessidade fizeram com que os novos recursos fossem aparecendo, mas nunca satisfeito, o ser humano aprimorava sempre cada vez mais cada um desses recursos. Isso fez surgir uma nova sociedade a cada momento que novos recursos aparecessem ou se aprimorassem. Diante disso, as relações com os outros ou objetos fez a sociedade ficar dependente de novos fluxos como por exemplo como o surgimento da internet. Ela fez da sociedade uma nova organização de relações e ao passo que ela evoluía seus campos de ação, a sociedade ficaria refém de todas as suas apresentações. Ao longo da leitura de muitos autores, percebeu-se que essas ações vinculadas a internet, fez com que a sociedade tivesse mais comodismo pela oferta de produtos no meio digital sem que precise sair de casa. Tanto o e- commerce quanto o e-business são hoje parte da rotina das pessoas, mesmo aquelas com menor poder aquisitivas. A tecnologia do passado, que só pertencia há um grupo reduzido de pessoas, está em todos os lugares. Mas é preciso entender que a internet não é um caminho de liberdade para qualquer prática. Elas precisam estar vinculadas a leis de regulamentação de suas atividades. Isso faz com que as ações que permeiam sobre ela sejam resguardadas juridicamente. Por fim, é preciso que as legislações brasileiras estejam atentas a evolução do comércio eletrônico a fim de legalizar as relações mais básicas de proteção de todos os lados de ordem física ou jurídica, mas que além disso, a sociedade perceba que a evolução das tecnologias traz conforto, agilidade e inovação, mas também exercem funções ilícitas que devem ser percebidas por qualquer um. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, R.A.V. de. Abordagem Qualitativa Na Pesquisa Em Administração: Um Olhar Segundo a Pragmática da Linguagem. IV Encontro de Ensino e Pesquisa de Administração e Contabilidade. EnEPQ. 2013. ARAÚJO, M.B.de.Comércio Eletrônico. Marco Civil da Internet. Confederação Nadonal do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Rio de Janeiro, 2017. ARAÚJO.J. B; ZILBER, S. N. (2013). Adoção de E-Business e mudanças no modelo de negócio: Inovação organizacional em pequenas empresas dos setores de comércio e serviços. Gest. Prod., São Carlos, v. 20, n. 1, p. 147- 161. 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