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Resumo Direito Empresarial

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DIREITO EMPRESARIAL 
 
EMPRESA E EMPRESÁRIO 
 
O Código Civil de 2002 inaugurou a Teoria da Empresa, superando a até então 
seguida Teoria dos Atos do Comércio, esta era limitada e deixava de enquadrar 
muitas sociedades (do meio comercial). 
A Teoria da empresa trabalha com a ideia da atividade. Empresa, para o direito 
empresarial é sinônimo de atividade, empresário é quem desenvolve essa 
atividade. A grande base legislativa aqui é o Código Civil. 
Não existe código empresarial, existe um Código Comercial, mas este foi 
praticamente todo revogado pelo Código Civil de 2002. 
Empresário é a pessoa física ou jurídica que exerce de forma profissional 
atividade econômica e organizada (empresa) para produção e circulação de bens 
ou serviços. A condição de empresário independe da existência de registro. No 
meio urbano. 
Ex: vendedor de picolé é empresário, pessoa que faz, vende, faz a contabilidade 
e etc. 
 
Já no meio rural, só será empresário se registrar, não basta o desempenho da 
atividade para ser classificado empresário, artigo 971 CC. 
 
Tanto pessoa física quanto jurídica podem exercer atividade empresarial. Sendo 
pessoa física, o termo usado é empresário individual. Sendo pessoa jurídica, 
fala-se em sociedade empresária em EIRELI (Empresa Individual de 
Responsabilidade Limitada). 
Advogado contratado para trabalhar em multinacional do ramo alimentício, o 
advogado é agora um elemento dessa sociedade empresarial. A atividade 
profissional do sujeito que constitui um elemento de empresa é uma atividade 
empresarial. 
 
Não é empresário: quem desenvolve atividade intelectual de natureza científica 
(advogado por ex), literária ou artística. Ainda que a atividade seja desenvolvida 
com concurso de auxiliares ou colaboradores. 
 
 
 
Pode ser empresário quem estiver em pleno gozo da capacidade civil, não pode 
ser incapaz absolutamente e nem relativamente incapaz, e não ter impedimento 
legal (militar na ativa, membros da magistratura). 
Exceção: incapaz pode dar continuidade a uma atividade empresarial que era 
exercida pela seu inventariado ou uma empresa que ele iniciou quando era 
plenamente capaz. 
*o incapaz não pode iniciar atividade empresarial, mas (i) pode dar 
continuidade nas hipóteses acima; (ii) somente com anuência do juiz e também 
(iii) assistência em caso de relativamente incapaz ou representação em caso de 
totalmente incapaz. 
 
Incapaz em sociedade empresária: o incapaz pode figurar como sócio, mas deve 
estar assistido ou representado, o capital social deve estar integralizado e o 
incapaz não pode exercer gestão ou administração dessa sociedade. 
 
Empresários irregulares também respondem pelas obrigações contraídas. 
 
Cônjuges: (i) não podem ser sócios entre si se forem casados no regime de 
comunhão universal de bens ou da separação obrigatória de bens. 
(ii) empresário casado, independente do regime de bens, poderá alienar os bens 
empresariais, aqueles usados para o exercício da atividade empresarial, ou 
gravá-los de ônus real (hipoteca por ex) sem a necessidade de anuência do 
cônjuge. 
(iii) empresário que casar e depois divorciar, deverá averbar essas modificações 
no registro de empresário. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
É o conjunto de bens que o empresário reúne para a exploração da sua 
atividade. Esses bens podem ser materiais, corpóreos ou imateriais, incorpóreos 
(a marca por exemplo). 
 
Natureza jurídica: é uma universalidade de fato, não de direito. São vários bens 
reunidos pelo empresário para uma destinação específica. 
O estabelecimento pode ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, 
translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a natureza. Apesar de 
não ser uma pessoa jurídica, ele pode ser titular de negócios relacionados a sua 
atividade. 
O estabelecimento não se confunde com a atividade ou seu empresário. Tanto 
que pode ser penhorado o estabelecimento, a empresa não pode sofrer penhora. 
 
PONTO: é o local que o empresário se estabelece 
 
Lei de locação 8.245/91 - Prevê a possibilidade de renovação compulsória do 
contrato de locação empresarial, desde que atendidos os requisitos de forma 
cumulativa: i) Contrato escrito e por prazo determinado; ii) Prazo mínimo de 5 
anos do(s) contrato(s), soma o tempo de todos os contratos; iii) Exploração do 
mesmo ramo por 3 anos ininterruptos (ex: ramo de alimentação, não precisa ser 
necessariamente o mesmo restaurante); iv) Respeito ao prazo de ajuizamento da 
demanda (1 ano a 6 meses antes do fim do contrato). 
*tem o período de 6 meses para ajuizar a demanda. Um ano antes do fim do 
contrato, até 6 meses antes do fim do contrato. 
*atendendo a esses requisitos, é muito provável a procedência da demanda. 
 
Exceção de retomada: defesas que podem ser levadas em sede de contestação 
que vão garantir a retomada do bem pelo proprietário, mas este deve ter motivos 
para querer reaver o bem. 
Ex: valor oferecido em sede de inicial pelo autor é inferior ao que vale o ponto 
na época de distribuição ou terceiro ofereceu valor muito superior ao 
proprietário. 
Hipóteses trazidas em lei: i) a locatária apresenta proposta em valor abaixo ao 
valor real de locação, o locador deve apresentar as condições de locação, se 
aceitar pelo locatário, a renovação ocorre. 
ii) Proposta de locação por parte de terceiro melhor que a dele, se o locatário 
aceitar pagar o valor proposto por terceiro, a renovação ocorrerá. 
Nesse caso, se for feita a concessão da locação para o terceiro, este não pode 
exercer o mesmo ramo do locatário que tentou renovar. 
iii) Necessita do imovel para a realização de reforma por determinação do Poder 
Público ou para aumento do valor da propriedade. 
iv) Necessita do imóvel para uso próprio. 
v) Necessita para transferência de estabelecimento empresarial existente há mais 
de um ano cuja maioria do capital social seja de sua titularidade ou de seu 
cônjuge, ascendente ou descendente. Não pode ser usado para o mesmo ramo, 
salvo na hipótese de arrendamento. 
*São situações em que, ainda que os requisitos estejam preenchidos, ocorrerá a 
retomada pelo proprietário. 
 
TRESPASSE: Contratode alienação do estabelecimento empresarial, não se 
confunde com a cessão de quotas na Ltda ou a alienação de controle da S/A. 
-O estabelecimento que estava com um empresário passa para outro empresário. 
O estabelecimento passa de uma empresa para outra, o estabelecimento mudou 
de titularidade. 
Responsabilidade pelas dívidas: o adquirente responde por todas as obrigações 
contabilizadas (aqui não vamos adentrar nas responsabilidades tributárias e 
trabalhistas), porém o alienante permanecerá solidariamente responsável pelo 
prazo de um ano. Contagem: vencidas, começa a contar um ano após a 
publicação; vincendas, começa a contar um ano após o vencimento. 
*O empresário deve registrar o Trespasse e dar publicidade na imprensa oficial , 
para sua validade, art 1.144 do CC. Exceção: Sendo EPP, ME ou 
microempresário individual, não há necessidade de publicação na imprensa 
oficial. Basta registrar. 
 
Para que o Trespasse tenha validade, deve tomar uma das três atitudes: 
a)Pagar todos os credores; b)Ter patrimônio suficiente para pagar todos os 
credores; c) Conseguir a anuência dos credores em relação a alienação, pode ser 
de forma expressa ou tacitamente (passados 30 dias não respondeu 
absolutamente nada) 
CONTRATOS: 
Locação: quando vende, não há a transferência automática do estabelecimento, 
é necessária a autorização do locador para transferência do contrato. A 
autorização pode ser feita de forma expressa ou tácita (notificado acerca do 
trespasse, não manifestou posição no prazo de 30 dias). Não havendo notificado 
o locador, poderá haver a rescisão por parte do locador. 
Demais contratos: não havendo caráter pessoal nem disposição em sentido 
contrário, o adquirente assume o lugar nos contratos firmados pelo alienante. 
No prazo de 90 dias, os terceiros, que haviam contratado com o alienante, 
poderão rescindir o contrato se houver justa causa, art 1.148 CC. Em caso de 
falta de cumprimento de obrigações, do alienante, que gerou a rescisão do 
contrato, o comprador deverá ser indenizado pelo alienante 
*O que vendeu não pode abrir concorrência, mesmo ramo, pelo prazo de 5 anos. 
O contrato pode prever prazo menor. 
 
DIREITO SOCIETÁRIO: INTRODUÇÃO 
 
Art 981 - Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se 
obrigam a contribuir,com bens ou serviços, para o exercício da atividade 
econômica e a partilha, entre si, dos resultados. 
 
Elementos: a)A lei fala que é um conjunto de pessoas: pluralidade de pessoas, 
mais de uma pessoa, física ou jurídica;, o conceito trazido pela lei é amplo, 
eventualmente podem ser estipuladas disposições diferentes; b)Os sócios estão 
incluídos com uma mesma finalidade, os sócios contribuem, com serviços ou 
bens, mais uma vez o conceito que a lei traz é amplo; c)Exercício de atividade 
econômica, tem intuito lucrativo; d)Partilha dos resultados. Bônus: Affectio 
societatis, a vontade dos sócios, da união e da aceitação das normas de 
constituição e funcionamento da sociedade. 
 
Sociedade de propósito específico (par. único art 981): Ex: criação de uma 
sociedade com objetivo de fazer festas apenas na copa do mundo. 
 
Sociedade Simples X Sociedade Empresária 
Parágrafo único do art 966. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de 
auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir 
elemento de empresa. 
 
Não tem a ver com faturamento, mas sim conceito de empresário. 
Toda sociedade que desenvolve atividade econômica e organizada para 
produção ou circulação de bens ou serviços e que não seja atividade intelectual 
de natureza científica, literária ou artística, será uma Sociedade Empresária . 
A que desenvolver atividade intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística, não será sociedade empresária, logo, será Sociedade Simples . 
Exceção : As sociedades por ações serão sempre Empresárias e as cooperativas 
serão sempre Simples, independentemente do que fazem (ou do quanto lucram 
também). 
 
Personalidade jurídica das sociedade (aquisição): 
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no 
registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). 
*Sem registro, a sociedade não possui personalidade, e assim será 
despersonificada. Existe a sociedade, mas é despersonificada. 
Registro: 
Sociedade Simples: é feito no Registro das Pessoas Jurídicas, se for de 
advogados será na OAB. Não inscreve soc. simples na junta com. 
Sociedade Empresária: é feito no Registro Público de Empresas Mercantis, que 
fica a cargo da Junta Comercial. 
 
Consequência da aquisição de personalidade jurídica: Separação clara do que é 
patrimônio dos sócios e o que é patrimônio da sociedade. Ex: a sociedade é 
dona do carro utilizado para exercer o serviço; Aptidão para contrair direitos e 
obrigações no âmbito civil, a sociedade contrata com fornecedores, a sociedade 
opta por se inscrever os não no INSS. 
 
Desconsideração da personalidade jurídica : Teoria maior 
Não é a extinção da personalidade jurídica, é que, para algumas obrigações, 
finge-se que não existe personalidade jurídica. 
 
Quando é possível? 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio 
de finalidade ou pela confusão patrimonial , pode o juiz, a requerimento da 
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, 
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de 
sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. 
 
*Ex: o empresário paga a mensalidade escolar do filho com dinheiro da 
empresa, depois pega do seu salário e paga um fornecedor da empresa, ou seja, 
mistura o dinheiro dele com o da empresa. Já não se sabe mais o que é 
patrimônio empresarial e o que é patrimônio empresarial. Havendo confusão, 
desconsidera-se a personalidade jurídica e as obrigações passam a atingir o 
patrimônio do sócio. 
No exemplo acima, o acontece é a chamada Teoria Maior. 
 
Teoria Menor: a inexistênciade patrimônio já seria suficiente para atingir o 
patrimônio dos sócios e administradores. Essa teoria foi adotada pelo CDC. Se a 
sociedade não pagar as dívidas, já está apta para a desconsideração e, portanto, 
responsabilização pessoal dos sócios. 
 
Essas nomenclaturas foram dadas em razão da quantidade de requisitos para 
configuração da despersonalidade. A Teoria Maior exige um maior número de 
requisitos para desconsideração da personalidade jurídica, não basta a 
inadimplência. Já a Teoria Menor, inadimpliu, não tem como pagar, já pode 
atingir o patrimônio dos sócios. 
Teoria adotada pelo Direito Empresarial: Teoria Maior sempre. 
O Direito do Consumidor adota a Teoria Menor e para o Direito do Trabalho 
depende do caso em questão. 
 
SOCIEDADE EM COMUM 
 
Despida de personalidade jurídica, não registrou o contrato, se formou sem um 
contrato. Se formou sem contrato ou não registrou o contrato. 
Prova da existência da sociedade: normalmente se prova a existência da 
sociedade com o registro do contrato. Quando não se tem contrato, depende de 
quem quer provar. Se os sócios quiserem fazer prova, somente pode ser feita por 
escrito. Se o terceiro que quer provar, não precisa ser por escrito, ele pode se 
valer de qualquer meio de prova previsto no direito brasileito. 
Patrimônio: patrimônio especial no qual os sócios são proprietários em comum. 
Ex: cada sócio compra alguns bens para desenvolver a atividade, que reunidos, 
formam a sociedade. O mesmo acontece com as dívidas contraídas para o 
exercício da atividade. 
Responsabilidade: os sócios respondem com seu próprio patrimônio, sendo eles 
os usados para exercício da atividade ou não. Detalhe: o credor precisa esgotar o 
patrimônio da empresa primeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO (SCP) 
 
Despida de personalidade jurídica. 
É da essência dela não ter personalidade jurídica própria. AINDA QUE 
registrada, não terá personalidade jurídica própria. 
Assemelha-se a uma modalidade de investimento. 
 
Ex: investimento em uma construtora para a construção de um prédio, invisto 1 
milhão e meio, para ao final da construção receber 3 apartamentos no valor de 1 
milhão cada. Para todos os efeitos, quem construiu foi a construtora, o que 
investiu não tem participação nas decisões e etc. 
 
SÓCIOS: Sócio Ostensivo : é o que desenvolve de forma exclusiva a atividade 
constitutiva do objeto social em seu nome e sob sua responsabilidade. 
 
Sócio Oculto (participante, investidor): participa dos resultados 
correspondentes, nos termos definidos com o sócio ostensivo. Não responde por 
nada, desde que ele de fato não se meta na sociedade. Se der pitaco, pode ser 
responsabilizado, respondendo solidariamente com o sócio ostensivo. 
 
Informalidade: independe de qualquer formalidade para ser contratada. Pode 
fazer contrato escrito, pode registrar, mas não precisa. 
Ainda que feito o contrato e o registro, ainda não valerá perante terceiros. 
 
PATRIMÔNIO : Patrimônio especial, somente produz efeito em relação aos 
sócios. 
 
FALÊNCIA: Pode ser que ambos os sócios sejam empresários e venham a falir. 
Ex: construtora vai a falência, sócio oculto pode pegar o crédito dele (1mi) e se 
habilitar no processo de falência), credor quirografário. 
Ex2: O sócio oculto vem a falir. O administrador vai ver se vale a pena 
prosseguir com esse contrato. 
 
(Im)possibilidade de mais um sócio oculto: a lei não proíbe a existência de mais 
de um sócio, entretanto, sem disposição em contrário, o sócio ostensivo somente 
poderá aceitar outro sócio com a anuência do sócio oculto. Na prática, já se faz 
o contrato prevendo que o sócio ostensivo poderá trazer novo sócio oculto sem 
a anuência do sócio oculto já existente. Se o contrato não falar nada, é 
necessária a expressa aceitação do sócio oculto. 
 
 
SOCIEDADE SIMPLES 
 
Não é uma sociedade empresarial e não se confunde com o previsto na Lei 123 
de 2006 (essa classificação não tem a ver com lucro) 
 
Exemplos: sociedades uniprofissionais, nas quais se desenvolve uma única 
profissão, como escritório de advocacia, contabilistas, arquitetos e ainda aquelas 
exercentes de atividade rural, desde que não tenham registro. 
* Sociedades Cooperativas são Sociedades Simples independente da atividade 
que desenvolverem. 
 
Contrato Social : Instrumento público ou privado e deve ser registrado no prazo 
máximo de 30 dias após sua constituição. Tipos societários Contratuais, pois são 
constituídas mediante um instrumento chamado Contrato Social. 
*se não for registrado em 30 dias: a sociedade não deixa de existir, mas se torna 
irregular. 
Requisitos do contrato: i)nome, nacionalidade, estado civil, profissão e 
residência dos sócios, se pessoas físicas; e firma (razão social) ou denominação 
(nome fantasia), nacionalidade e sede dos sócios, se pessoa jurídica; 
*A ideia dos requisitos é a verificação quanto a existência de impedimentos dos 
sócios. 
ii)a denominação (da sociedade simples que está sendo criada), objeto (o que 
vai fazer), sede (onde vai se instalar) e prazo de sociedade (esse requisito não é 
obrigatório, nada impede a criação de uma sociedade sem prazo limitado) 
iii)capital da sociedade, deve ser mensurado um valor de iniciação. 
iv)a quota de cada sócio no capital social e o modo de realiza-lá, nas sociedades 
simples é possível que o sócio integralize sua parcela por meio de serviços, se 
isso ocorrer, salvo disposição em contrário, o sócio não pode empregar-se em 
atividade estranha à sociedade, sob pena de privação de lucros e exclusão da 
sociedade art 1.006 CC. 
*a intregralizaçao por serviço não é possível na Sociedade Limitada 
v)as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviço. 
Deve constar no contrato. 
vi)as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade e seus poderes 
e atribuições. 
vii)a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas, a lei diz que tem que 
ter, mas é RARO constar mesmo no contrato. A regra é que deve colocar, mas 
se não colocar, a distribuição será de acordo com a participação social 
(porcentagem de quotas). 
viii) seos sócios respondem ou não subsidiariamente pelas obrigações sociais. 
No entendimento doutrinário, a expressão correta deveria ser solidariamente, 
tendo em vista que se a sociedade quiser poderá colocar uma cláusula dizendo 
se os sócios respondem ou não solidariamente, porque subsidiariamente já é a 
regra, não fazendo sentido dispor no contrato, é desnecessário. 
 
Obrigações dos sócios: o início ocorre na data do contrato. Uma das principais é 
a de integralizar quotas, caso não o faça é chamado de Sócio Remisso (sócio 
que não integralizou sua quota: não colocou o dinheiro que disse que colocaria 
ou não prestou o serviço que disse que prestaria) 
 
Direitos dos sócios: participar na distribuição dos resultados. O CC proíbe a 
cláusula abusiva, também chamada de cláusula leonina, faz com um ou mais 
sócios sejam excluídos da participação nos lucros, não é permitida no direito 
brasileiro. 
 
Art. 1.009 CC - A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta 
responsabilidade solidária dos administradores que a realizarem e dos sócios 
que os receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade. 
Ex: sociedade que acabou de começar, ao final do ano a empresa tem 
R$40.000,00, e seu capital social é R$30.000,00, só pode distribuir 
R$10.000,00. Caso o Capital Social seja distribuído, configurará distribuição de 
lucros ilícitos. 
 
Responsabilidades dos sócios: as dívidas sociais serão arcadas pelo patrimônio 
da própria sociedade. Caso não seja suficiente, haverá a responsabilização dos 
sócios na medida de sua participação, salvo se houver cláusula de 
responsabilidade solidária. 
*A cláusula pode estipular que os sócios respondem solidariamente com a 
sociedade, ou que todos os sócios respondem solidariamente pela excedente. 
Nessa hipótese, independente da porcentagem de ações, os sócios serão 
responsáveis pela integralidade da dívida. 
 
- O sócio admitido em sociedade já constituída não se exime das dívidas sociais 
anteriores à admissão. 
 
Responsabilidade do sócio que se retirou da sociedade: 
O desligamento do sócio para surtir efeitos perante terceiros precisa ser 
averbado no registro competente. 
O sócio que saiu permanece responsável pelo prazo de dois anos pelas 
obrigações sociais contraídas na época que ainda era sócio. 
*O prazo começa a contar a partir da averbação de saída. 
 
 
SOCIEDADE LIMITADA 
 
 
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas 
normas da sociedade simples. 
 
É o tipo societário mais comum no Brasil. 
*a sociedade Limitada pode ser regida pelo Simples Nacional 
 
Características marcantes: i) A lei não define tudo, dá uma ampla liberdade para 
os sócios para definirem seu regramento; ii) Limitada responsabilidade dos 
sócios, diminuição dos riscos sobre o patrimônio dos sócios (salvo em caso de 
despersonalização da pessoa jurídica) 
 
- As normas da Sociedade Simples são aplicadas subsidiariamente. 
- Pode-se prever a aplicação da Lei das S/A à limitada naquilo que for 
compatível. Pode fazer isso quando for mais benéfica, por exemplo. 
 
Quotas : O capital social será dividido em quotas iguais e desiguais. 
(normalmente são iguais) 
Devem ser integralizadas pelos sócios com bens ou dinheiro , não sendo lícita a 
integralização com serviços (acontece na prática, mas não pode formalmente) 
Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, ou parte dela, para outro 
sócio independente da anuência dos outro sócios *desde que, não tenha 
oposição de mais de um quarto (mais de 25%) do capital social. 
Em caso de ausência da integralização das quotas, o sócio será considerado 
remisso, nessa situação poderá ter que indenizar a sociedade, ou poderá ser dela 
excluído ou ter sua participação reduzida. A sociedade pode ainda, tomar a 
quota para si ou transferi-la para terceiros. 
*Toda vez que a sociedade tem seu Capital Social não integralizado, todos os 
sócios respondem solidariamente por ela. Ex: Um dos sócios não integraliza, 
fala que vai colocar 25 mil e coloca 5 mil, em caso de cobrança que ultrapasse o 
capital social, esse sócio não será cobrado sozinho, todos os sócios, os que 
pagaram tudo e o que não pagou, serão cobrados solidariamente. 
 
Quem pode administrar : uma ou mais pessoa física natural, não pode ser pessoa 
jurídica para administrar, ainda que seja um dos sócios. Caso o contrato social 
preveja a administração da sociedade por Todos os Sócios, aquele que entrar 
posteriormente não será automaticamente administrador, salvo previsão 
expressa em contrato. Esse “todos” se refere a todos os que estavam na data da 
constituição da sociedade. Para incluir outro administrador, deverá ser 
registrado em contrato. 
Pluralidade de administradores : caso não haja designação dos poderes 
conferidos a cada um deles, todos os sócios podem gerir individualmente a 
sociedade. *O contrato pode prever coisas como: determinada coisa precisa da 
assinatura de 2 dos sócios pelo menos. 
 
A nomeação do administrador: pode ser indicado no contrato social ou nomeado 
em ato separado. 
Quórum: i) Unanimidade: caso ele não seja sócio e o capital social não esteja 
integralizado, precisa da anuência de todos os sócios; ii)⅔: se não for socio mas 
o capital social está totalmente integralizado; iii) Maioria absoluta, mais da 
metade do capital social (aqui não é por pessoa, mas por capital social): 
administrador sócio. 
 
Cessação das funções do administrador: 
1)Expirado o prazo, caso tenha; 
2)Sem previsão de prazo, necessidade de deliberação com os seguintes quóruns: 
i) Se for sócio, nomeado no contrato social: ⅔ do capital social 
ii) Se não for sócio, ou se for sócio e foi nomeado em ato separado: maioria 
absoluta. 
 
Responsabilidade do administrador: 
Quando agir com culpa ou dolo no desempenho das suas funções, será 
responsabilizado. 
Se realizar atos que foram além do que ele poderia fazer, não estavam previstos 
no contrato, a sociedade não pode ser punida com isso mas o terceiro também 
não e, em alguns casos, esse terceiro pode ter sido prejudicado. 
 
Art. 1.015. Parágrafo único. O excesso por parte dos administradoressomente 
pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses: 
I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da 
sociedade; 
II - provando-se que era conhecida do terceiro; 
III - tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade. 
(o administrador vai em uma concessionária e compra um carro em nome da 
sociedade, esse poder não consta no contrato social e a concessionária não se 
atentou a isso, chamada teoria ultra vires). 
*Isso não se aplica se o terceiro for vulnerável, consumidor ou trabalhador por 
exemplo. 
 
Conselho fiscal: É a fiscalização da atuação da da administração da sociedade 
limitada. Sua criação é facultativa. Composição: no mínimo três membros 
efetivos e três suplentes, sócios ou não. 
A escolha será feita na assembleia anual, garantindo aos minoritários o direito 
de escolher um membro e o respectivo suplente. Nesta assembleia será fixada a 
remuneração devida aos membros do conselho fiscal. 
É muito difícil a criação de um conselho fiscal, pois é custoso. 
Atribuições : i) Examinar , pelo menos trimestralmente, a documentação geral. ii) 
Lavrar no livro de atas, os pareceres acima mencionados; iii) Exarar , nesse 
mesmo livro, e apresentar a assembleia anual dos sócios o que foi feito, para 
justificar os custos e apresentar as inconsistências; iv) Denunciar os erros, 
crimes e fraudes, sugerindo providências úteis à sociedade; v) Convocar a 
assembléia dos sócios caso a diretoria retardar por mais de 30 dias a sua 
convocação ou caso note um erro grave e urgente. 
*Como não é obrigatório o Conselho Fiscal, os sócios podem se encarregar das 
funções acima, entretanto, caso a sociedade opte pela criação de um conselho 
fiscal, as atribuições acima são necessariamente do conselheiro fiscal. 
 
Deliberações sociais: 
Quando a sociedade possuir mais de 10 sócios, será sempre assembléia . Caso 
possuam até 10 sócios, as deliberações poderão ser tomadas em reunião ou 
assembleia , conforme previsão contratual. 
As deliberações tomadas de conformidade com a lei e o contrato vinculam todos 
os sócios, até mesmo aqueles que não compareceram ou que foram contra a 
deliberação, os chamados dissidentes (vota em sentido contrário à deliberação). 
Convocação: As formalidades para convocação poderão ser dispensadas quando 
os sócios comparecerem ou declararem por escrito que estão cientes da data, 
hora e local da assembleia/reunião. *e-mail é tido como prova escrita. 
Dispensa: há essa possibilidade quanto todos os sócios decidirem por escrito 
sobre a matéria que seria objeto delas. Ex: a pessoa convoca reunião por email, 
mas acabam decidindo a respeito na troca de e-mails. Não precisa de 
unanimidade para que seja válida a decisão, mas precisa que todos votem. 
Quóruns: Para instalação: i)¾ capital social - 1ª convocação; ii) qualquer 
número - 2ª convocação. 
Para deliberar: i) Unanimidade - designação de administradores não sócios e 
sem capital social integralizado; ii) ¾ capital social - alteração do contrato 
social, incorporação, fusão, cisão, dissolução de sociedade ou cessação da 
liquidação; iii) ⅔ capital social - designação de administrador não sócio, quando 
o capital social estiver integralizado e destituição de sócio nomeado 
administrador no contrato, salvo estipulação diversa; iv) Maioria absoluta - 
designação dos administradores sócios, destituição de dos administradores, 
exceto se nomeado em contrato social, remuneração dos administradores, se não 
constante no contrato social, pedido de recuperação judicial, exclusão 
extrajudicial de sócio minoritário; v) Maioria dos presentes - outras liberações. 
 
CAPITAL SOCIAL: 
Formação e integralização: Deverá ser expresso em moeda corrente (reais), 
podendo compreender qualquer espécie de bens que sejam suscetíveis de 
avaliação pecuniária. 
O Capital Social será dividido em quotas (iguais ou desiguais) e os sócios 
possuem a obrigação de subscrever (prometer que vai pagar) e integralizar 
(pagar de fato). 
 
A integralização aqui não pode ser feita com serviços. Com a integralização, o 
capital social é exatamente o patrimônio social. 
 
A falta de integralização torna o sócio remisso, com isso ele pode ser excluído, 
ter sua participação reduzida ou ter que indenizar a sociedade em decorrência da 
mora (atraso). 
 
No caso do capital social não integralizado, todos os sócios respondem de forma 
solidária pela integralização do capital. 
Ex: tem 100 mil no papel, faltam 40 mil para ser integralizado por algum dos 
sócios, todos os demais serão responsáveis pela falta de integralização. 
 
Aumento do Capital Social: 
Existe a possibilidade de aumento do capital social, mas somente ocorrerá 
quando o capital que existe atualmente esteja totalmente integralizado. 
O aumento será deliberado em assembleia mediante alteração no contrato social. 
Até 30 dias após a deliberação, os sócios terão preferência na aquisição de 
novas quotas, na proporção de sua participação. 
A preferência poderá ser cedida para os outro sócio, sem a anuência dos demais. 
No caso de cessão para terceiros, será válida se não houver oposição dos sócios 
titulares de mais de ¼ do capital social. (o contrato pode dispor de outra forma) 
Após a aquisição das novas quotas, delibera-se uma assembleia para alteração 
do Contrato Social. 
 
Redução do Capital Social: 
Hipóteses: i)Verificação de perdas irreparáveis, diminuição proporcional do 
valor das quotas (não diminui o número de quotas, mas sim o seu valor) 
ii) Se excessivo em relação ao objeto da sociedade, a redução será feita 
restituindo parte do valor das quotas aos sócios, dispensando as prestações ainda 
devidas, com diminuição proporcional, do valor nominal das quotas. 
Caso terceiro seja prejudicado, o credor quirografário, por título anterior à 
redução, poderá opor-se a está no prazo de 90 dias. Havendo oposição, a 
redução somente será eficaz se houver o pagamento da dívida ou o depósito 
judicial do valor. 
Havendo pagamento, depósito ou não havendo oposição proceder-se-á 
averbação na Junta Comercial. 
 
Exclusão extrajudicial de sócio: 
Mediante alteraçãodo Contrato Social, sem interferência do judiciário. 
Mais rápido, mais barato, mais informal. 
Requisitos: i) O sócio excluído não pode ser majoritário, em regra; ii) Deve ter 
praticado ato de inegável gravidade com risco a continuidade da empresa, 
denominado justa causa, depende do caso concreto; iii) Existência de previsão 
no contrato social acerca da possibilidade de exclusão do sócio por justa causa; 
iv) Convocação de assembleia ou reunião específica para deliberar sobre o 
tema, não pode debater outros temas; v) Cientificação do sócio a ser excluído 
acerca da assembleia ou reunião para que este tenha a oportunidade de 
apresentar sua defesa; vi) Quorum de maioria absoluta: Mais da metade do 
capital social. Aqui, segundo o STJ, o cômputo será feito a partir dos demais 
sócios, não considerando o sócio que será excluído. 
*Esses requisitos são cumulativos 
Atendidos os requisitos, procederá a alteração do capital social, com a exclusão 
do sócio. (O sócio será restituído do valor que integralizou) 
 
 
SOCIEDADE ANÔNIMA 
 
-Lei 6.604 de 1976 
A Sociedade Anônima também pode ser chamada de Companhia. 
 
Classificação das Sociedades Anônimas: 
*De capital aberto: é aquela em que há a admissão de negociação dos valores 
mobiliários (ações) do mercado de capitais (bolsa de valores). E o mesmo que 
dizer que negocia suas ações na bolsa de valores . Há a necessidade de 
autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) 
*De capital fechado: não admissão de negociação de valores mobiliários no 
mercado de capitais (bolsa de valores). Ou seja, as ações só podem ser 
negociadas diretamente com a companhia , se esse for o caso. 
 
 
CAPITAL SOCIAL: 
E dividido em ações, não em quotas como na Sociedade Limitada. 
Os sócios (acionistas) são responsáveis somente pelo preço de emissão das 
ações (preço da ação) que subscreverem ou adquirirem, ou seja, não há 
solidariedade pela integralização do restante das ações. 
EX: a ação vale 40 reais, eu quero comprar mil: gastei R$40.000,00. Meu amigo 
também quer comprar mil ações da mesma sociedade, mas ele não pagou 
R$40.000,00, ele só pagou R$20.000,00. O único que responde pela não 
integralização do meu amigo é ele . 
É o tipo societário mais seguro para os sócios. 
-É formado por bens ou dinheiro, não sendo admitida sua integralização por 
meio de prestação de serviço. 
 
Nome empresarial: 
Adota denominação (nome fantasia) e nunca firma (razão social), com 
expressão que designe a atividade desenvolvida acompanhada da expressão S/A 
ou Sociedade Anônima no início, meio ou final do nome. 
Ex: Banco Itaú S/A; S/A Alfa Tecnologia; Gama S/A Transportes; 
*Precisa ter o Nome Fantasia + Ramo + S/A. 
-Pode ser usada a Expressão Cia ou Companhia no início ou meio do nome, 
nunca no final. Ex: Companhia de Abastecimento de Água; Alfa CIA 
Transportes. 
É possível a colocação de nome de fundador ou acionista que tenha contribuído 
para o êxito da sociedade. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES 
 
De acordo com a espécie: ordinárias, preferenciais ou de fruição. 
Ações ordinárias: Oferecem direitos e vantagens comuns a todos os acionistas. 
 
Ações preferenciais: Atribuem vantagem política ou econômica ao seu detentor. 
Apesar de possuir certas vantagens, não possui direito ao voto, em regra. 
 
Ações de fruição ou de gozo: São aquelas que substituem ações ordinárias ou 
preferenciais que foram amortizadas pela companhia. A amortização ocorre 
quando a sociedade apura o valor patrimonial da ação e paga ao respectivo 
acionista. 
 
De acordo com a circulação: nominativas ou escriturais. 
Ações nominativas: Geram a emissão de um certificado e circulam por meio de 
registro em livro próprio, o chamado livro de Transferência de Ações 
Nominativas. Este livro é obrigatório para as sociedades que emitem ações 
nominativas. A S/A não é obrigada a ter esse livro. 
Se o adquirente quiser vender, deverá informar a S/A que vai transferir sua 
ação. 
Ações escriturais: São transmitidas por meio de instituição financeira, não 
gerando certificado, nem o titular nem a companhia tem um certificado que 
prova isso. Obs. Salienta-se que atualmente não existem mais ações ao portador 
ou endossáveis no sistema brasileiro, já que o dispositivo da Lei 6.404/76 que 
autorizaram a emissão destes tipos de ações foram revogados. 
*Não pode mais passar ações para frente sem registrar, não existem mais ações 
endossáveis e nem ações ao portador (sem registro). 
 
DEBÊNTURES: 
Espécie de valor mobiliário, assim como a ação, emitido pelas sociedades 
anônimas que conferem ao seu titular um direito de crédito certo contra a 
companhia, nos termos de que dispuser a sua escritura de emissão ou seu 
certificado. 
Eventual lucro ou prejuízo da companhia em nada afetarão o direito daquele que 
é titular da debênture. 
 
Ex: Venda de debêntures a 10 reais para construção de um prédio, após 5 anos 
pagará os 10 reais mais correção monetária, mais meio por cento de juro ao 
mês. O dinheiro é certo: se a pessoa teve lucro ou prejuízo com o prédio o valor 
a ser pago em relação às debêntures é o mesmo. 
A debênture é título executivo extrajudicial, ou seja, o título pode ser executado, 
caso não seja pago o valor devido ao debenturista. 
 
Em relação a deliberação a respeito da emissão de debêntures cabe, em 
princípio, de forma privativa a assembleia geral, podendo em algumas hipóteses 
ocorrer a deliberação pelo Conselho de Administração. 
 
PARTES BENE F ICIÁRIAS: ( F echada) 
Títulos que conferem aos seus titulares um direito eventual de crédito contra a 
companhia, condicionado ao resultado positivo da companhia, ou seja, ao lucro 
anual. *Diferente do que acontece na debênture, onde o crédito é certo. 
 
Somente as companhias fechadas podem emitir as partes beneficiárias. 
 
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO: 
Não representa direito de crédito aos seus titulares, mas sim o direito de 
preferência na subscrição de novas ações. 
*Tem preferência na aquisição, mas vai pagar a mesma coisa que os outros. 
Ex: Fura fila: te põe em lugar privilegiado, mas tem que pagar da mesma forma.Somente será exercido no caso de pagamento do preço de emissão da ação. 
 
Os acionistas possuem preferência na subscrição da emissão dos bônus. 
Acionista atual tem preferência. 
Os bônus de subscrição serão nominativos, ou seja, deverão indicar os 
respectivos titulares não podendo ser “ao portador”. 
 
Constituição das sociedades anônimas: 
O ato constitutivo das companhias é um estatuto, por tal razão é tida como 
sociedade estatutária ou institucional . 
Requisitos para a constituição: i) Pelo menos 2 pessoas de todas as ações que se 
divide o capital subscrito (não precisa estar integralizado 
ii) Realização, como entrada, de no mínimo 10% do preço de emissão das ações 
subscritas em dinheiro; 
iii) Depósito no Banco do Brasil ou em outro estabelecimento bancário 
autorizado pela CVM. Depois de constituída a sociedade, a companhia pega o 
dinheiro de depósito para si. Se não constituir dentro do período de 6 meses o 
banco deverá devolver o valor para quem depositou. 
 
Os acionistas: 
Acionista é o detentor de uma parcela do capital social, a chamada ação. 
Os acionistas possuem os chamados direitos essenciais que não podem ser 
retirados nem mesmo pelo estatuto: 
-Participação nos lucros sociais: A divisão desse lucro é conhecida como 
dividendo. A lei prevê o recebimento de dividendos obrigatórios. Caso o 
estatuto tenha sido omissão, pelo menos metade do lucro deve ser dividido, 
abatidas as despesas destinadas às reservas. 
-Participação no acervo da companhia em caso de liquidação: É quando a 
sociedade acaba; o que sobra deve ser dividido entre os acionistas. 
-Fiscalização da gestão dos negócios sociais: Apesar de o conselho fiscal ter 
como uma de suas principais funções, não há impedimento de que os sócios 
façam essa fiscalização. 
-Preferência para subscrição de novas ações, partes beneficiárias conversíveis 
em ações e bônus de subscrição (tudo que está relacionado a aquisição de novas 
ações): essa preferência será exercida na proporção das ações que o acionista 
possui. 
-Direito de retirada: conhecido como direito de recesso, é assegurado mediante 
o reembolso do valor de suas ações. 
 
*Direito a Voto não é essencial!!!!! 
 
Acionista controlador: i)Possui ou possuem direitos que lhe assegurem, de 
modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembleia geral e o 
poder de eleger a maioria dos administradores da companhia. Pode ser pessoa 
física ou jurídica, pode ser um grupo de pessoas, uma família acionista por 
exemplo. 
ii)Usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o 
funcionamento dos órgãos da companhia. 
*tem que cumular os dois!!!! 
 
Acordo de acionistas: Trata-se de contrato parassocial (formado fora do 
estatuto) social e poderá ser oposto à companhia (exigido seu cumprimento) 
quando arquivado na sua sede. É lícito. 
Poderá versar sobre a compra e venda de ações, preferência para aquisição de 
ações, exercício do direito a voto, ou do poder de controle. 
A eficácia do acordo perante terceiros somente ocorrerá, depois de averbados 
nos livros de registro e nos certificados das ações, caso tenham sido permitidos. 
 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS SOCIETÁRIOS 
Assembléia geral: É o órgão máximo da sociedade anônima em que todos os 
acionistas têm direito de participar e possui competência para tratar de qualquer 
assunto relacionado ao objeto social. É o único órgão em que TODO 
ACIONISTA pode participar. 
Ela divide-se em ordinária ou extraordinária (trata de qualquer assunto que não 
esteja elencado entre os assuntos previstos para a assembleia ordinária). 
- Ordinária: ocorre uma vez ao ano (nos quatro primeiros meses) e tem 
competência para tratar dos seguintes assuntos. 
 
 Art. 132. Anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do 
exercício social, deverá haver 1 (uma) assembléia-geral para: 
I - tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as 
demonstrações financeiras; 
II - deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de 
dividendos; 
 III - eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o 
caso; *Se tiver conselho de administração, os administradores e os membros do 
conselho fiscal, serão eleitos por este, e também, caso os mandatos estejam em 
curso. 
 IV - aprovar a correção da expressão monetária do capital social. *alteração do 
capital social, de acordo com a correção monetária, no estatuto social. 
 
O que não estiver na competência da assembleia ordinária poderá ser tratado na 
assembleia extraordinária, que poderá se realizar quantas vezes forem 
necessárias e em qualquer mês. 
É muito comum que ambas sejam cumulativamente convocadas e realizadas no 
mesmo local, data e hora, instrumentadas em ata única. *Inicia uma, acabou, já 
inicia a outra. 
 
A Assembleia Geral será convocada pelo conselho de administração (se existir) 
ou pelos diretores. 
A lei traz a possibilidade da convocação ser feita por outras pessoas, sendo: 
-Conselho Fiscal: se os órgãos da administração retardarem por mais de 1 mês 
essa convocação e a extraordinária sempre que ocorrerem motivos graves ou 
urgentes; 
-Por qualquer acionista: quando os administradores retardarem por mais de 60 
dias a sua convocação; 
-Por acionistas que representem 5%, no mínimo, do capital social, quando os 
administradores não atenderem, no prazo de 8 dias, a pedido de convocação que 
apresentarem, devidamente fundamentado, com indicação das matérias a serem 
tratadas. 
-Por acionistas que representem 5%, no mínimo, do capital votante, ou 5%, no 
mínimo, do capital sem direito a voto, quando os administradores não 
atenderem, no prazo de 8 dias, a pedido da convocação de assembleia para 
instalação de conselho fiscal. 
 
Salienta-se que os acionistas sem direito de voto podem comparecer à 
assembleia e discutir a matéria submetida à deliberação, ou seja, há restrição de 
direito de voto, mas não ao direito de voz. 
 
O Conselho de Administração: 
O Conselho de Administração junto com a diretoria fazem parte da 
administração da companhia, por isso é órgão com função administrativa,fixando os rumos gerais da sociedade anônima. 
Possui também função deliberativa e a principal delas é a nomeação de 
diretores. 
É composto por, no mínimo, três membros, eleitos pela assembleia geral e por 
ela destituídos a qualquer tempo. 
 
Não é obrigatório em todas as S/As , porém, deve existir em alguns tipos 
societários. 
Será obrigatório: Na companhia de capital aberto, na companhia de capital 
autorizado (aquelas em que há prévia autorização no estatuto para aumento do 
capital social) e sociedades de economia mista (sociedade anônima que tem 
maioria de capital público, a fazenda pública tem domínio sobre, pois tem mais 
capital público “estatais”) 
Ex: A Petrobrás tem que ter Conselho de Administração, pois tem capital 
aberto. 
 
 
 
 
DIRETORIA 
É um órgão obrigatório e de representação da companhia. 
Juntamente com o conselho de administração, a diretoria administra. 
 
É formada por duas ou mais pessoas físicas , acionistas ou não e residentes no 
Brasil . 
Os membros são eleitos pelo Conselho de Administração ou pela Assembleia 
Geral, no caso de inexistência deste. 
 
As demais regras devem vir no estatuto, o qual deverá estabelecer: i) O número 
de diretores, ou o máximo e o mínimo permitido; ii) O modo de sua 
substituição; iii) O prazo de gestão que não será superior a três anos, permitida a 
sua reeleição; iv) As atribuições e poderes de cada diretor. 
 
Conselho Fiscal: 
É órgão obrigatório, mas de funcionamento facultativo, com função de 
assessoramento técnico e fiscalização. 
É composto por no mínimo 3 e no máximo 5 pessoas físicas, acionistas ou não, 
eleitos pela Assembleia Geral. 
Só podem fazer parte do conselho fiscal pessoas que tenham sido 
administradoras ou conselheiras fiscais por no mínimo 3 anos ou que tenham 
curso superior. *Em 1976 a existência de curso superior era muito rara, hoje o 
acesso foi ampliado. 
 
Responsabilidade da Companhia pelos atos de seus administradores perante 
terceiros: 
Em relação aos atos praticados pelos administradores, a sociedade sempre 
responderá. 
Pode ser responsabilizado pessoalmente? 
Sim 
i) No caso de realização de atos regulares de gestão, o administrador não 
assume responsabilidade pessoal por eles. 
ii) No caso de prática de atos de gestão praticados com dolo, culpa ou violação 
da lei ou do estatuto, nesse caso, o diretor por exemplo, pode ser 
responsabilizado pessoalmente. 
 
 
Ação de responsabilidade contra o administrador faltoso: 
A sociedade deliberará em assembleia extraordinária se responsabilizará o 
administrador ou não. 
Havendo deliberação no sentido de responsabilização, a companhia ajuizará a 
competente ação de responsabilidade. 
No caso de mesmo havendo deliberação nesse sentido, a sociedade não entrar 
com a ação no prazo de 3 meses a contar da deliberação, qualquer acionista 
poderá poderá mover a ação em nome próprio,para recuperar o prejuízo causado 
a companhia ( legitimidade extraordinária : está em nome próprio buscando 
reparação de direito alheio), ou seja, o benefício da ação não será revertido ao 
acionista, mas sim à sociedade. *Se o acionista ganhar a ação, o dinheiro ganho, 
se for o caso, deve ser entregue à Companhia, descontado o valor do advogado, 
recebendo somente o teto do benefício. *Não tem lucro com a ação, só pode 
pegar o suficiente para ressarcir o prejuízo que teve com a propositura da ação. 
 
Caso a assembleia decida por não ajuizar a demanda, acionistas que 
representem pelo menos 5% do capital social, poderão ajuizar a demanda em 
questão. Mesmas condições da hipótese anterior; legitimidade extraordinária. 
 
A ação de responsabilidade proposta pelos acionistas em benefício da 
sociedade, não exclui a possibilidade de o acionista ou terceiro diretamente 
prejudicado por ato de administrador propor ação em seu benefício. *Ação para 
recuperar o prejuízo do próprio acionista. 
É uma ação de legitimidade ordinária , para recuperar o prejuízo próprio; O que 
eu ganhar é meu. 
*Independente do número de ações que o acionista tem. 
 
Sociedade subsidiária integral: 
É uma sociedade unipessoal (só tem como acionista um único sócio) 
Art. 251. A companhia pode ser constituída, mediante escritura pública, tendo 
como único acionista sociedade brasileira. 
Exemplo de subsidiárias: Subsidiárias da Petrobras, a Petrobras tem vários 
acionistas, empresas, donas de capital social. 
Sociedade subsidiária integral:é quando se tem uma única empresa subsidiária 
que é dona de todas as ações. 
 
Subsidiária: porque tá por trás; Integral: porque é dona de todas as ações. 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
 
Lei 9.279/1996 
 
Bens da propriedade industrial: 
i) Invenção; ii) Modelo de utilidade; iii) Desenho industrial (design) ; iv) Marca. 
São bens imateriais. 
 
Esses bens são protegidos pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade 
Industrial), uma autarquia federal, com sede no Rio de Janeiro. 
Sempre que o INPI está no processo, a demanda tramita na Justiça Federal. 
 
Proteção da Propriedade Industrial: 
São protegidos por PATENTE ou REGISTRO. 
 
-A Patente garante a proteção da invenção e do modelo de utilidade a qual é 
documentada por meio da Carta-Patente. 
-O registro protege marca e desenho industrial, o qual é documentado por meio 
do Certificado. 
A patente ou o pedido de patente poderão ser cedidos (passados para outra 
pessoa) desde que atendidos os requisitos da lei. 
O mesmo ocorre com o registro e seu respectivo pedido que poderão ser 
cedidos. Nesse caso, a cessão deverá compreender todos os registros ou 
pedidos, em nome do cedente, de marcas iguais ou semelhantes, relativas a 
produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, sob pena de cancelamento dos 
registros ou arquivamento dos pedidos não cedidos. *Do contrário, parece que o 
cedente irá concorrer com aquele para quem ele está cedendo. 
 
Prazos da patente e do registro: 
Invenção: 
A proteção ocorre por meio de patente. O prazo de duração da patente é de 20 
( vin te) anos, contados da data do depósito do pedido ou 10 anos da data da 
concessão da patente. Considerando neste caso, o que ocorrer por último (o que 
durar mais,mais proteção). 
Tal prazo não admite prorrogação e uma vez cessado, a invenção cai em 
domínio público e perde a proteção. 
 
Modelo de utilidade: 
Enquanto a Invenção consiste em algo totalmente novo, o modelo de utilidade 
consiste em um aperfeiçoamento de algo já existente. 
A proteção também ocorre por meio de patente. 
O prazo de duração da patente é de 15 anos, contados da data do depósito do 
pedido ou 7 anos da data da concessão da patente. Considerando neste caso, o 
que ocorrer por último (o que durar mais, mais proteção). 
Tal prazo não admite prorrogação e uma vez cessado, a invenção cai em 
domínio público e perde a proteção. 
 
Des enho industrial (design): 
A proteção ocorre por meio de registro. 
O prazo de duração do registro é de 10 ( dez ) anos, sempre contados da data do 
depósito do pedido. Tal prazo admite 3 prorrogações sucessivas de 5 anos cada . 
(pode ter 15 anos de prorrogação). 
 
O objeto continua servindo para a mesma coisa. 
A grande marca do Desenho Industrial é a futilidade: se eu crio algo que 
aumenta a utilidade, trata-se de um modelo de utilidade. 
 
Marca: 
A proteção ocorre por meio de registro. 
O prazo de duração do registro é de 10 anos, sempre contados da data do 
depósito do pedido. Pode prorrogar infinitas vezes pelo mesmo prazo de 10 
anos. 
 
Requisitos para a concessão da patente: 
(mesmos requisitos para invenção e modelo de utilidade) 
i) Novidade : Uma invenção ou modelo de utilidade atendem ao requisito da 
novidade quando é desconhecida dos cientistas ou pesquisadores especializados. 
Segundo a lei, há novidade de quando a invenção ou modelo de utilidade não 
estão compreendidos no estado da técnica. 
ii) Atividade Inventiva : Para ser patenteável há a necessidade de que a invenção 
ou modelo de utilidade não decorram de obviedades do estado da técnica, ou 
seja, o inventor deve ter chegado ao resultado por ato criativo seu. 
iii) Industriabilidade (aplicação industrial) : Há a necessidade de que o invento 
possa ser produzido pela indústria já existente. 
iv) Desimpedimento (licitude) : Não serão patenteáveis as invenções e modelos 
de utilidades que são proibidas por lei. 
 
Art. 18. Não são patenteáveis: 
I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à 
saúde públicas; 
II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer 
espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os 
respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de 
transformação do núcleo atômico; e 
III - o todo ou parte dos seres vivos , exceto os microorganismos transgênicos 
que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade 
inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera 
descoberta. 
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismos transgênicos são 
organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que expressem, 
mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma 
característica normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais. 
 
Requisitos para a concessão do registro do desenho: 
i) Novidade : O desenho é novo quando não compreendido no estado da técnica. 
O estado da técnica é composto por tudo aquilo que foi divulgado, por qualquer 
meio, até a data do depósito do pedido do registro, bem como o desenho 
depositado no INPI, mas ainda não publicado. 
ii) Originalidade : Apresentação de uma configuração visual distintiva em 
relação a objetos anteriores, sem que tenha aumentado sua utilidade (futilidade). 
iii) Desimpedimento : A lei impede o registro de alguns tipos de desenhos 
industriais, tais como aqueles: a) Com natureza puramente artística; b) Que 
ofendam a moral, os bons costumes, a honra ou a imagem das pessoas; c) Que 
atentem contra a liberdade de consciência crença, culto religioso, ou contra 
idéias ou sentimentos dignos de respeito e veneração; d) Apresenta forma 
necessária, comum, vulgar, ou determinada essencialmente por considerações 
técnicas e funcionais. 
 
 
 
 
Requisitos para a concessão do registro de marca: 
i) Novidade relativa : Exige-se a novidade para que a marca cumpra sua 
finalidade de identificação de determinado público. Não se exige a novidade 
absoluta. 
Em regra, a proteção ocorre no segmento em que atua o empresário. Esta 
proteção dentro do ramo de atividade decorre do princípio da especificidade, 
que objetiva evitar a confusão do consumidor. 
*exceção ao princípio da especificidade: as marcas de alto renome, nas quais a 
proteção é global, se estende a todos os ramos da atividade. 
Ex: Coca-Cola, Nike. 
ii) Não colidência com marca notoriamente conhecida: a ideia é evitar a 
utilização da marca por aquele que não a detenha,mesmo que tal marca não 
tenha sido registrada no Brasil. O grande objetivo é evitar a confusão do 
consumidor. 
Ex: Coca-Cola, Nike. *Essas marcas, se não atualizarem seu registro, por 
exemplo, pouca importa, continua o impedimento de uso. 
iii) Desimpedimento: a lei traz um rol muito extenso de impedimentos ao 
registro de marca, destacando-se: Brasão, e bandeiras oficiais; Letras, 
algarismos e datas, salvos se revestidos de suficiente forma distintiva; 
indicações geográficas. 
 
 
FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO 
 
 
Lei 11.101 de 2005 
A lei de falências possibilita a decretação da falência ou a recuperação do 
empresário, denominado pela lei como devedor. 
Ao se referir a empresário, tanto os empresários individuais como as sociedades 
empresárias estão abrangidas. 
Alguns tipos de empresários estão excluídos das disposições da Lei 
11.101/2005: 
 i) Empresa Pública; ii)Sociedade de Economia Mista; iii) Instituição 
 financeira pública ou privada; v) Cooperativa de crédito; iv) Consórcio; 
v)Entidade de previdência complementar; vi) Sociedade operadora de plano de 
assistência à saúde; vii) Sociedade seguradora; viii) Sociedade de capitalização. 
-Empresas de caráter público; banco e crédito; seguro, consórcio e previdência; 
Competência para processamento da recuperação de falência: 
Justiça Estadual 
Juízo do local do principalestabelecimento do devedor ou da filial de empresa 
que tenha sede fora do Brasil. O principal estabelecimento (maior volume de 
negócios). 
O Banco pode ser um dos credores, assim como a união federal. 
 
Suspensão da prescrição e das ações e execuções movidas em face do devedor 
(empresário): 
A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação 
judicial, suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções 
movidas em face do devedor, inclusive aquela dos credores particulares do sócio 
solidário. 
* A ideia é evitar que o devedor vá pagando sem respeitar a ordem imposta no 
processo de falência. 
O processo de falência impõe uma ordem de pagamento. 
 
Não são suspensas as ações que demandem quantia ilíquida e as ações 
trabalhistas , já que o procedimento das ações, por si só, não levará a redução do 
patrimônio. Neste caso, após o trânsito em julgado não haverá prosseguimento 
da execução nos respectivos juízos, devendo os credores habilitarem seus 
créditos no processo de falência. 
*A ação que não tem valor definido, danos morais por exemplo (eu peço 10 
mil,mas o juiz tem que decidir primeiro), o juiz tem que dar a sentença 
primeiro. 
*Trabalhista também tem que entrar na fila. Será o primeiro a receber. 
Após o trânsito em julgado, não haverá prosseguimento da execução nos 
respectivos juízos, devendo os credores habilitarem seus créditos no processo de 
falência. 
 
As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da 
recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do 
Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica. *Prossegue a 
ação, mas vai receber no processo de falência. 
 
Art 6. § 4º Na recuperação judicial, as suspensões e a proibição de que tratam os 
incisos I, II e III do caput deste artigo perdurarão pelo prazo de 180 (cento e 
oitenta) dias, contado do deferimento do processamento da recuperação, 
prorrogável por igual período, uma única vez, em caráter excepcional, desde 
que o devedor não haja concorrido com a superação do lapso temporal. 
 
*Apesar da clareza do dispositivo, segundo o entendimento do STJ, é possível a 
prorrogação a depender do caso concreto, principalmente quando a demora na 
aprovação do plano não decorre de culpa do empresário. 
 
Administrador Judicial: 
Nomeado pelo juiz. 
Será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, 
administrador de empresa, contador ou pessoa jurídica que seja especializada. 
*Não é obrigatório, a lei da preferência, mas não exige. 
 
A remuneração será fixada pelo juiz e não será superior a 5% do valor devido 
aos credores submetidos à recuperação judicial ou do valor de venda dos bens 
na falência. 
No caso de Empresa de Pequeno Porte (EPP) ou Microempresa (ME) este 
percentual não será superior a 2%. 
O administrador judicial não necessariamente administra a sociedade 
empresária falida ou em recuperação. 
*O juiz pode tirar os administradores e colocar outra pessoa como 
administrador. 
 
Comitê: 
Também chamado de comitê de credores, não é órgão obrigatório na 
recuperação judicial ou na falência e será constituído a partir da deliberação dos 
credores na assembleia geral. 
A composição do comitê é bastante plural, abrangendo todos os tipos de 
credores. Assim, o comitê será composto por: 
-1 representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 suplentes; 
-1 representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantias 
ou privilégios especiais, com 2 suplentes; 
-1 representante indicado pela classe de credores quirografários e com 
privilégios gerais, com 2 suplentes; 
-1 representante indicado pela classe de credores representantes de 
microempresas e empresas de pequeno porte, com 2 suplentes; 
*Quase todas as classes estão representadas no comitê, com exceção do fisco. 
 
Assembleia geral dos credores: 
Representa a vontade dos credores, razão pela qual sua importância é bastante 
grande. Ela será formada pela classe dos credores, assim divididas: 
i) Titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de 
acidentes de trabalho; 
ii) Titulares de crédito com garantia real; 
iii) Titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio 
geral ou subordinados. (Essa classe tem 2 representantes no comitê, assunto 
acima) 
iv) Titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de 
pequeno porte. 
*Todos os credores podem participar desta assembleia. 
 
Na recuperação , a principal função dessa assembleia é deliberar sobre a 
aprovação ou não do plano de recuperação judicial. 
 
Na falência , poderá deliberar sobre a formação ou não do comitê de credores, 
adoção de outras formas de realização do ativo, bem como qualquer outra 
matéria que interesse aos credores. 
 
RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
 
Objetivos da Recuperação: 
A ideia, seja no âmbito judicial ou extrajudicial, é a superação da crise 
econômica e financeira patrimonial do empresário, a fim de que as atividades 
não sejam encerradas, mantendo-se os postos de trabalho e atendendo aos 
interesses dos credores. 
Ou seja, o objetivo é evitar sua falência com o cumprimento de sua função 
social. Decorre com o chamado "princípio da preservação da empresa”. 
*‘Empresa’ aqui como atividade. 
 
FASE POSTULATÓRIA: Inicia-se pela apresentação da petição inicial pelo 
devedor (aquele que necessita se recuperar), que pode ser empresário individual 
ou sociedade empresária com todos os documentos exigidos por lei. 
*O próprio empresário tem que fazer esse pedido. Diferente do que acontece na 
falência, um credor pode entrar com o pedido de falência contra uma empresa, 
mas o pedido de recuperação judicial compete ao empresário. 
Requisitos: 
i) Não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas por sentença transitada 
em julgado as obrigações daí decorrentes; (a hipótese trata de empresas 
distintas, no caos, mais de uma recuperação judicial) 
ii) Possuir mais de 2 anos de exploração da atividade econômica; (se precisa de 
recuperação judicial com menos de 2 anos de exploração da atividade, 
presume-se que não é uma

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