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Apostila de direito empresarial e tributário.

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Legislação Tributária ............................................................................. 7 
Capítulo I - Sociedade, Estado e Direito ......................................................... 7 
1. Sociedade ................................................................................................ 7 
1.1 A origem da vida em sociedade ............................................................... 7 
1.2 O Estado e o Governo ............................................................................. 9 
2. Estado ................................................................................................... 10 
2.1 Atividades financeiras do Estado ............................................................ 11 
2.1 Receitas Públicas - Classificação ............................................................ 12 
2.2 Direito Tributário – Ramo do Direito Público ........................................... 13 
2.3 Fontes do Direito Tributário ................................................................... 14 
Questão debate: ........................................................................................ 15 
Capítulo II - Tibutos ................................................................................... 15 
2.1 – Tributos - Conceituação ..................................................................... 16 
2.2 – ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS ............................................................ 17 
2.2.1 – Introdução ..................................................................................... 17 
2.2.2 – Impostos ........................................................................................ 18 
2.2.3 – Taxa .............................................................................................. 18 
2.2.3.1 – Taxa de Polícia ............................................................................. 19 
2.2.3.2 Taxa de serviço ............................................................................... 20 
2.2.3.3 Preço público x taxa ........................................................................ 21 
2.2.4 Pedágio ............................................................................................. 21 
2.2.5 Contribuições de Melhoria .................................................................. 22 
2.2.6 Empréstimo Compulsório .................................................................... 24 
2.2.7 Contribuições Especiais ...................................................................... 24 
2.2.7.1 Contribuições Sociais ....................................................................... 25 
2.2.7.2 Contribuição Intervenção no Domínio Econômico – CIDE ................... 28 
2.2.7.3 Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas
 ................................................................................................................. 30 
2.2.7.4 Contribuições para Custeio do Serviço de Iluminação Pública ............. 31 
2.3 - Competência residual da União ........................................................... 31 
2.3.1 - Impostos Extraordinários ................................................................. 32 
Questão debate: ........................................................................................ 32 
 
 
 
Capítulo III – LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR ......................... 33 
3.1. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ................................................................. 33 
3.1.1 Vigência da norma tributária no Espaço ............................................... 35 
3.1.2 Vigência da norma tributária no Tempo ............................................... 36 
3.2 Princípios Constitucionais Tributários .......................................... 37 
3.2.1 Classificação ...................................................................................... 37 
3.2.2 Princípios Constitucionais Tributários - Espécies ...................... 38 
3.2.2.1 – Princípio da Legalidade ................................................................. 38 
3.2.2.2 – Princípio da Irretroatividade .......................................................... 39 
3.2.2.3 – Princípio da Anterioridade ............................................................. 40 
3.2.2.4 – Princípio da Anterioridade Nonagesimal ......................................... 40 
3.2.2.5 – Princípio da Igualdade .................................................................. 41 
3.2.2.6 – Princípio do não Confisco .............................................................. 42 
3.2.2.7 – Princípios Constitucionais Específicos ................................. 42 
3.2.2.7.1 – Princípios Específicos do Imposto de Renda ................................ 42 
3.2.2.7.2 – Princípios Específicos do IPI ....................................................... 42 
3.2.2.7.3 – Princípios Específicos do ITR ...................................................... 43 
Capítulo IV – MATRIZ E SUJEIÇÃO TRIBUTÁRIA ................................ 43 
4.1. Obrigação Tributária ............................................................................ 43 
4.2. Fato Gerador ....................................................................................... 45 
4.2. Sujeição Ativa e Passiva ....................................................................... 46 
4.2.1 – Contribuinte e Responsável ............................................................. 47 
4.2.1.4.2- Responsabilidade do adquirente ou remitente: .............................. 49 
4.2.1.4.3 - Responsabilidade dos sucessores e do cônjuge meeiro: ................ 49 
4.2.1.4.4 - Responsabilidade na transformação societária: ............................ 49 
4.2.1.4.5 - Responsabilidade pela aquisição de estabelecimento ou fundo de 
comércio: .................................................................................................. 50 
4.2.1.4.6 - Responsabilidade de terceiros: .................................................... 50 
4.2.2 Responsabilidade pessoal por infrações ............................................... 51 
4.2.2.1 Exclusão da responsabilidade pela denuncia espontânea ................... 51 
4.3 Capacidade Tributária Passiva ............................................................... 51 
4.4 Domicílio .............................................................................................. 52 
 
 
 
4.5 Lançamento ......................................................................................... 52 
4.5.2 Aspectos do Lançamento .................................................................... 54 
4.5.3 Alteração do lançamento após a notificação do sujeito passivo ............. 54 
4.5.4 Modalidades de Lançamento ............................................................... 55 
4.5.4.1 Lançamento por Declaração ou Misto ............................................... 55 
4.5.4.2 Lançamento de Ofício ou Direto ....................................................... 55 
4.5.4.3 Lançamento por Homologação ou Auto Lançamento ......................... 57 
4.5.5 Crimes Tributários .............................................................................. 57 
Capítulo V – SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO .... 59 
5.1. Suspensão do Crédito Tributário ........................................................... 59 
5.1.1 - Moratória: ....................................................................................... 59 
5.1.2 - Depósito do Montante Integral ......................................................... 59 
5.1.3 - Reclamações e Recursos .................................................................. 60 
5.1.4 - Concessão de Medida Liminar em Mandado de Segurança. ................ 60 
5.1.5 - OParcelamento. .............................................................................. 61 
5.2 – Extinção do Crédito Tributário ............................................................ 61 
5.2.1 – Pagamento ..................................................................................... 62 
5.2.1.1 – Pagamento Indevido e Restituição ................................................ 62 
5.2.2 – Consignação em Pagamento ............................................................ 62 
5.2.3 – Compensação ................................................................................. 63 
5.2.4 Transação ......................................................................................... 63 
5.2.5 – Remissão ........................................................................................ 63 
5.2.6 – Conversão do Depósito em Renda .................................................... 63 
5.2.7 – Pagamento Antecipado e Homologação do Lançamento .................... 64 
5.2.8 – Decisão Administrativa Irrecorrível ................................................... 64 
5.2.9 – Decisão Judicial com Trânsito em Julgado ........................................ 64 
5.2.10 - Decadência ................................................................................... 64 
5.2.11 – Prescrição ..................................................................................... 65 
5.2.12 – Dação em Pagamento ................................................................... 65 
Capítulo VI – Tributos Federais Em Espécie ....................................... 66 
6.1 – Cofins e Pis ....................................................................................... 66 
6.1.1 – Regime de incidência cumulativa...................................................... 66 
 
 
 
6.1.1.2 – Regime de incidência não-cumulativa ............................................ 68 
6.1.1.3 – Regimes especiais ........................................................................ 68 
6.1.1.4 – Incidência na Importação de Bens e Serviços ................................. 76 
6.1.2 – Não incidência, imunidades e isenções. ................................. 77 
6.1.2.1 – Imunidades ................................................................................. 77 
6.1.2.2 – Isenções ...................................................................................... 77 
6.1.2.3 – Não incidência ............................................................................. 79 
6.2 – Imposto Sobre Produtos Industrializados ............................................. 79 
6.2.1 - Contribuinte .................................................................................... 79 
6.2.2 – Base de Cálculo, Alíquota e Período de Apuração .............................. 80 
6.3 – Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica e da Pessoa Física .............. 80 
6.3.1 Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica .......................................... 80 
6.3.2 – Imposto sobre a Renda da Pessoa Física .......................................... 81 
6.4 - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ............................................ 82 
6.5 – Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e 
Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação ............................................................................................. 83 
6.5.1 - Contribuinte .................................................................................... 83 
6.5.2 - Hipóteses de Não Incidência ............................................................ 83 
6.5.3 – Base de Cálculo E Alíquota............................................................... 84 
6.6 – Imposto Predial e Territorial Urbano ................................................... 85 
6.6.1 - Contribuinte .................................................................................... 85 
6.6.2. - Progressividade do Iptu .................................................................. 85 
6.6.3 – Base de Cálculo E Alíquota............................................................... 85 
6.7 – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza .................................... 86 
6.7.1 - Hipóteses de Não Incidência ............................................................ 86 
6.7.2 - Contribuinte .................................................................................... 87 
6.7.3 – Base de Cálculo E Alíquota............................................................... 87 
Capítulo VII – PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL FEDERAL ........ 87 
7 – Processo Administrativo Fiscal ............................................................... 87 
7.1 – Princípios Aplicáveis ao Processo Administrativo Fiscal.......................... 88 
7.2 – Procedimento de Fiscalização ............................................................. 88 
 
 
 
7.3 – Exigência Fiscal ................................................................................. 89 
7.4 – Instauração do Contencioso Administrativo ......................................... 90 
7.5 – Julgamento em Primeira Instância ...................................................... 92 
7.6 – Julgamento em Segunda Instância ...................................................... 93 
7.7 – Julgamento em Instância Especial ....................................................... 94 
7.8 – A Definitividade da Decisão Administrativa .......................................... 95 
Bibliografia: ......................................................................................... 96 
 
 
 
Legislação Tributária 
Capítulo I - Sociedade, Estado e Direito 
1. SOCIEDADE 
1.1 A origem da vida em sociedade 
Muito se discute a respeito da origem do Direito e da Sociedade, mas não há 
dúvida quanto a relação de dependência entre ambos. O Direito é 
contemporâneo à sociedade. 
As principais teorias que explicam a origem da sociedade são: A Teoria 
Contratualista e a Teoria Naturalista 
A Teoria Naturalista tem como expoentes Aristóteles e São Tomás de Aquino. 
Os naturalistas – assim chamados os adeptos da Teoria Naturalista – são 
favoráveis à idéia da sociedade natural, idéia essa que, atualmente, leva um 
grande número de pensadores a exercer uma forte influência na vida política da 
sociedade. Aristóteles, considerado o introdutor de tal pensamento (século IV 
a.C.), defendia ser o homem naturalmente um animal político e, assim sendo, 
só viveria isolado se fosse um bruto ou um Deus. No mesmo caminho se 
encontram outros importantes filósofos, dos quais podemos citar: Cícero, Santo 
Tomás de Aquino e Ranelletti. Dos três acima citados destacamos Santo Tomás 
de Aquino, autor da obra intitulada "Summa Theologica". Consagrou-se entre 
os autores medievais por ser o mais expressivo seguidor de Aristóteles, 
reafirmando as suas postulações e também por incrementar a idéia da vida 
solitária como uma exceção, conforme havia feito o filósofo grego, porém 
introduz uma nova visão, a qual é fundamentada em três hipóteses, a saber: 
a) ‘excellentia naturae’, quando se tratar de indivíduo notavelmente 
virtuoso, que vive em comunhão com a própria divindade, como ocorria 
com os santos eremitas; 
b) ‘corruptio naturae’, referente aos casos de anomalia mental; 
c) ‘Mala fortuna’, quando só por acidente, como nos casos de naufrágio ou 
de alguém que se perdesse numa floresta, o indivíduo passa a viver em 
isolamento. 
Por fim, vale lembrar que essa corrente filosófica ainda defende duas outras 
condições da vida em sociedade, quais sejam: 
a) O de que o ser humano, mesmo provido de bens materiais necessários à 
sua sobrevivência, continua necessitando do convívio com seus 
semelhantes;b) O de que a existência do citado impulso associativo natural não exclui, 
de forma alguma, o aspecto volitivo humano. 
Já a Teoria Contratualista, cujos expoentes são Thomas Hobbes, John Locke e 
Rousseau, se opôs aos adeptos da idéia de sociedade natural. Sustentaram ser 
a sociedade, tão só, o produto de um acordo de vontades, ou seja, de um 
contrato hipotético celebrado entre os homens, motivo esse que lhes renderam 
a denominação de contratualistas. Os contratualistas, deve-se dizer, não foram 
uníssonos em suas explicações com relação ao motivo pelo qual os homens, em 
determinada etapa de sua evolução, decidiram agruparem-se aos seus 
semelhantes ao ponto de formarem uma instituição denominada sociedade. 
Contudo, existe entre eles uma convergência a um ponto comum: todos os 
seus adeptos negam o fundamento do impulso associativo natural, defendido 
pela Teoria Naturalista, e argumentam ser a vontade humana a única 
justificativa para a existência da sociedade. 
O ponto de partida das idéias contratualistas são as obras de Thomas Hobbes, 
em especial a que foi publicada em 1651, intitulada "O Leviatã". Hobbes pôs 
explicitamente em dúvida a doutrina do homem como um ser naturalmente 
social, o chamado zoon politikón. Afirmava que o homem não é sociável por 
natureza e só logra sê-lo por educação. Os homens vivem primeiro sem 
instituições, num estado de igualdade em que cada indivíduo tem direito sobre 
todas as coisas, o que Hobbes chama de “estado natural”. O esforço para obter 
vantagens e poderes sobre os outros fez com que o estado natural dos 
homens, anteriormente a sua reunião em sociedade, fosse a guerra de todos 
contra todos. Assim sendo, o estado de natureza é uma permanente ameaça 
que pesa sobre a sociedade e que pode irromper sempre que a paixão silenciar 
a razão ou a autoridade fracassar.A tendência natural dos homens para se 
causarem danos recíprocos entra em conflito com as imposições da razão 
natural que exige a preservação da vida e a possibilidade de cada um dos 
membros do grupo a conservar. E esse conflito só cessa com o triunfo da razão, 
isto é, com o contrato que assegura a cada um a propriedade de determinados 
bens. Em outras palavras, quando cada ser humano passa a respeitar o espaço 
do outro. Com essa finalidade e para salvaguardar o primeiro contrato, ou 
contrato social, estabeleceu-se um, segundo, o de domínio, mediante o qual os 
indivíduos se submetem às Instituições do Estado. A convivência entre os 
homens – ou seja, a sociedade – só é possível em virtude da submissão dos 
indivíduos a um poder estatal. 
Dessa forma, pode-se, por fim, concluir que apesar do contratualismo não 
possuir hodiernamente adeptos declarados isso não reduz sua importância no 
âmbito filosófico, e que a sociedade é advinda da necessidade natural inerente 
ao ser humano, em consonância com os aspectos volitivo e da consciência do 
homem. Portanto, não há como conceber o homem como um ser isolado, fora 
de um contexto social. 
 
 
 
1.2 O Estado e o Governo 
Colocadas as duas principais teorias que explicam a origem da sociedade temos 
que centrar nossa atenção na formação do Estado, já que é com a formação do 
Estado e com o exercício do poder, que surge a necessidade de se cobrar 
tributos para custear as despesas do Estado. 
Assim veremos que o exercício desse poder em determinado território, nasce na 
família. A família é a origem primitiva da forma social. O poder familiar era 
exercido dentro de um certo território, onde todos os familiares moravam e 
defendiam os seus bens. Aos poucos elas foram crescendo (forma patriarcal) se 
transformando em gens, umas dominando as outras pela força, sempre unidas 
pela descendência. Este formato deu origem ao Império. Assim, a evolução 
havida desde a família, originou-se de dois princípios: a fragmentação e a 
aglutinação. Vale dizer, a família ia aos poucos se dividindo, pois com o 
aumento do número de seus integrantes estes se viam na contingência de se 
separar, a fim de obterem melhores meios de subsistência. Apesar disso, os 
membros dessas famílias separadas conservaram a convicção de que 
descendiam de um mesmo tronco. Isso servia de defesa contra os inimigos. Por 
isso, as famílias originárias de um tronco ancestral reuniam-se sob as ordens de 
um chefe comum. Dessa reunião surgiram as gens, as tribos e por fim, as 
cidades e impérios. Nesse momento já tínhamos esses pequenos povoados 
submetidos ao poder de um chefe, fatalmente absoluto, ou seja, exercia o 
poder sem limites. O governo, nada mais é que a organização do exercício do 
poder. É por meio dele que se viabiliza a vida em sociedade, vale dizer, a vida 
em sociedade organizada. É o elemento formal do Estado e se caracteriza, além 
da divisão do exercício do poder, pela soberania. Soberania é o poder que tem 
um Estado de se organizar juridicamente e de fazer valer dentro de seu 
território, a universalidade de suas decisões, lembrando que tais decisões e a 
própria existência do Estado deve ser reconhecida pelos demais Estado 
(países). As funções primordiais do Estado que são exercidas pelo governo, são 
a de realizar o bem comum, promover o auto-desenvolvimento da sociedade e 
perseguir a paz social. Assim, o Governo interfere na ordem social, econômica e 
jurídica, de forma a diminuir as diferenças sociais e realizar o bem comum, 
embora essa concepção seja atual e tenha se iniciado com a Revolução 
Francesa, no século XVIII. Por muito tempo a função do chefe do governo era 
conquistar território, centralizar o poder e saciar o luxo da nobreza. Não havia a 
idéia de que o principal objetivo do governo é promover o bem comum. 
Os pressupostos ou elementos do Estado são três, quais sejam:-Território, Povo 
e a Soberania O território é a superfície sobre a qual se estabelece o povo de 
modo permanente, incidindo aí a soberania. São elementos do território o solo, 
o espaço aéreo e o mar territorial. Também fazem parte do território do Estado 
a plataforma submarina, os navios de guerra onde quer que estejam, os navios 
mercantes em alto mar, os aviões militares, os que estejam no espaço aéreo 
livre e as embaixadas. 
 
 
 
Entende-se por povo o grupo social organizado. Diferencia-se povo e população 
já que o povo é constituídos pelos cidadãos que são ligados por laços de 
tradição, idioma, religião, respeito a um solo comum onde foram sepultados os 
seus antepassados e que serve de berço aos seus descendentes. E a população 
é o conglomerado de indivíduos estatisticamente considerados, num dado 
momento dentro do território do estado, ou seja, a população é integrada não 
só pelos cidadãos naturais do país, mas também pelos estrangeiros. 
Soberania é a propriedade que tem um Estado de ser uma ordem suprema que 
não deve a sua validade a nenhuma outra ordem superior, ou seja, ele pode 
discutir, aprovar e implementar as medidas que seu povo entender cabíveis 
sem a interferência de outro Estado. Adiciona-se a isso, o reconhecimento 
internacional – pelos outros países – da existência do Estado. 
De tudo o que foi dito dessumi-se a importância dos tributos. O Estado 
moderno deve prover aos seus cidadãos o bem comum, a paz social e o seu 
auto-desenvolvimento. Para tanto, se utiliza de políticas públicas para 
distribuição da renda e para a melhoria dos serviços públicos, tais como: 
educação, saúde, saneamento básico, segurança, habitação e dentre outros, o 
quais são possíveis de implementação somente mediante retribuição, por meio 
de pagamento de tributos. 
Em países mais desenvolvidos que o nosso, cito o Estados Unidos, o crime fiscal 
é levado às últimas conseqüências. Daí a importância do tema para a 
sociedade. No Brasil, embora essa consciência esteja crescendo, muito há que 
ser feito para um pleno convencimento das pessoas. 
2. ESTADO 
Modernamente o Estado (em Estado Federados como o Brasil, considera-setodos os entes federados: União, Estados Membros, Municípios e Distrito 
Federal) tem diversos deveres ou funções, necessárias para alcançar os 
objetivos/fins a que se propõem uma Nação Politicamente Organizada e um 
Estado Democrático de Direito. Ver artigos 3o. e 6o, da Constituição Federal de 
1988, abaixo transcritos: 
“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - Garantir o desenvolvimento nacional; 
 III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais; 
IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
 
 
 
Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, 
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” 
Para que o Estado atinja esses objetivos, o povo lhe confere poder, decorrente 
de sua Soberania, para que, em nome da Sociedade (Povo), o Estado possa 
fixar normas de comportamento, que devem ser obedecidas por todos os 
membros da organização social. Ver parágrafo único, do artigo 1o, da 
Constituição Federal de 1988, abaixo transcrito: 
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático 
de Direito e tem como fundamentos: 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. ” 
Vê-se daí que primeiramente são colocados os interesses sociais, coletivos, 
digam-se públicos, e em segundo plano os interesses individuais. 
De qualquer forma o poder do Estado não é e não deve ser, absoluto. Em que 
pese a prevalência do interesse público sobre o privado, as garantias individuais 
dos cidadãos são o fiel da balança. Assim, fica o Estado obrigado a observar as 
limitações previstas na Constituição Federal, a fim de que se tenha um 
equilíbrio nas relações Estado X particular. 
2.1 Atividades financeiras do Estado 
Para a consecução dos seus objetivos, o Estado desenvolve várias atividades 
financeiras, notadamente com relação a capitação, aplicação e gestão de 
recursos, conforme figura 1.1 abaixo: 
Figura 1.1 Gestão dos Recursos Públicos 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelo autor 
Captação dos 
recursos públicos 
Aplicação dos 
recursos públicos 
 
 
 
Nas questões financeiras, o Estado, assim como em um “condomínio”, não 
pode deixar ao livre arbítrio dos particulares, o atendimento às normas de 
conduta, fixadas pela sociedade no seu ordenamento jurídico. É um ônus da 
vida em sociedade, ou seja, para que a sociedade se estruture é necessário que 
cada indivíduo contribua financeiramente para isso. 
Você pode optar por comprar ou não uma casa em condomínio e no mesmo 
ato, estará optando pelas regras instituídas nele. Uma dessas regras é o 
pagamento da taxa condominial. 
A vida em sociedade não lhe dá esta escolha, já que quando você nasce fará 
parte de uma sociedade e esta situação lhe obrigará a arcar com os custos 
correspondentes. Assim, não se trata de uma opção, mas sim de uma 
imposição legal. As contribuições para a vida em sociedade são obrigatórias e 
instituídas por lei. São as Leis que permitem ao Estado tornar obrigatório o 
acatamento, por todos os indivíduos, das determinações que deverão levar aos 
resultados pretendidos com a Gestão, a Captação e a Aplicação dos recursos ou 
receitas públicas. 
Doutrinariamente podemos afirmar que as entradas ou ingressos nos cofres 
públicos são todos créditos, inclusive os simples movimentos de fundos, 
cauções, fianças, depósitos, indenizações e outras decorrentes do exercício do 
direito civil. 
2.1 Receitas Públicas - Classificação 
Não são todas as receitas públicas que são de interesse de estudo do Direito 
Tributário, embora as receitas tributárias são a de maior vulto. 
As Receitas Públicas podem ser classificadas da seguinte forma 
Quanto à regularidade ou frequência: 
- Receitas Ordinárias, são as receitas previstas na estimativa de arrecadação; 
- Receitas extraordinárias, são as receitas não previstas na estimativa de 
arrecadação 
Quanto à forma de obtenção: 
- Receitas Originárias, aquelas advindas do próprio patrimônio do Estado; 
- Derivadas, aquelas advindas do patrimônio alheio. São a maioria das receitas. 
As Receitas tributárias são receitas “Derivadas” que satisfazem algumas 
condições, como por exemplo: não resultam de sansão de um ato ilícito, são 
instituídas por lei, são prestações pecuniárias, etc. 
O Direito Tributário define as obrigações e direitos do Estado e do contribuinte. 
 
 
 
2.2 Direito Tributário – Ramo do Direito Público 
Os diversos ramos do Direito se dividem em Público e Privado. 
Ao ramo de Direito Público pertencem as normas jurídicas que disciplinam os 
interesses da coletividade, vale dizer, essas normas tutelam os interesses da 
sociedade. A essas normas aplicam-se princípios específicos tais como: a 
prevalência do interesse público sobre o privado, a não ocorrência da prescrição 
aquisitiva contra o Estado e algumas regras próprias, como: a contagem de 
prazo em dobro para recorrer e quádruplo para contestar, atos administrativos 
com ciência ficta, etc. Tais regras amparam o Estado em sua atuação, sempre o 
favorecendo frente ao particular. 
Já ao ramo de Direito Privado pertencem as normas jurídicas que disciplinam as 
relações jurídicas individuais. O princípio norteador das normas jurídicas de 
Direito Privado é o princípio da autonomia da vontade. 
Abaixo apresentamos o quadro 1. 1 sinóptico dos ramos de Direito. 
Quadro 1. 1 - Sinopse dos ramos do direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
natural - dar a cada um o que é seu 
 - viver honestamente 
 - não lesar a outrem 
internacional 
constitucional 
- geral - 
T.G.E. 
Previdenciário 
Tributário 
administrativo 
penal 
processual penal 
 civil 
 trabalho 
Público 
interno 
 eleitoral 
- privado internacional 
 civil 
Direito 
Positivo 
escrito ou 
costumeiro 
 comercial 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor 
Não será objeto do nosso trabalho o detalhamento de cada um dos ramos do 
Direito, matéria afeta a disciplina de Introdução ao Estudo do Direito. 
Trabalharemos nesse momento com o ramo do Direito Tributário. 
Segundo Rubens Gomes de Souza, o Direito Tributário pertence ao ramo de 
direito público que rege as relações entre o Estado e os particulares, 
decorrentes da atividade financeira do Estado, na obtenção de receitas que 
correspondem ao conceito de tributos. 
As normas de Direito Tributário regulam o poder fiscal do Estado e as relações 
com as pessoas sujeitas a esse poder 
2.3 Fontes do Direito Tributário 
Fonte do Direito é o lugar donde provém a norma jurídica. 
As chamadas fontes reais ou materiais, são os fatos da vida ou do cotidiano, os 
quais, após previsão legal, serão os “fatos tributáveis”, ou seja, fatos que 
geram obrigação tributária. 
Já as fontes formais – modo de exteriorização do Direito por meio de normas 
jurídicas escritas – são atos normativos onde o Direito cria corpo. 
O ordenamento jurídico brasileiro é baseado no Direito Romano. Dessa forma 
qualquer mandamento jurídico deve estar previsto na lei. 
Veja o que diz a Constituição Federal de 1988, no seu art. 5º, inciso II: 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança eà 
propriedade, nos termos seguintes: 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei; (grifei) 
Abaixo apresentamos um quadro sinóptico das principais fontes formais do 
Direito Tributário, em ordem de hierarquia: 
 
 
 
 Constituição Federal, estadual ou Leis Orgânicas 
 Emendas à Constituição ou as Leis Orgânicas 
 Leis Complementares 
 Leis Ordinárias, Medidas Provisórias e Tratados Internacionais* 
 Decretos Legislativos** e Resoluções*** 
 Normas infra legais 
*(após aprovação do legislativo) 
As Resoluções do Senado Federal fixam a alíquotas máximas do imposto 
estadual de Transmissão de Bens e Direitos Causa Mortis e Doação e algumas 
alíquotas do ICMS 
Por fim, vale ressaltar que a Jurisprudência e a Doutrina não são fontes formais 
do Direito Tributário. 
Questão debate: 
1) A aplicação dos recursos públicos x a arrecadação tributária. 
2) Qual é a importância da hierarquia das normas jurídicas para o Direito 
Tributário? 
Capítulo II - Tibutos 
É comum no nosso cotidiano a utilização indevida da palavra “imposto” com o 
mesmo significado de tributo. Na verdade tributo é um gênero, cujas espécies 
são: o imposto, a contribuição de melhoria, o empréstimo compulsório, a taxa, 
o pedágio, as contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e no 
interesse de categorias profissionais e econômicas. 
É cediço que a maior parte dos recursos públicos são provenientes dos Tributos 
e sendo eles a maior fonte de recursos do Estado, ganham notória importância 
para o equilíbrio das contas públicas, para a distribuição de renda e em muitos 
casos, são fator determinante para o sucesso ou insucesso de investimentos 
comerciais e industriais. 
É por meio dos tributos que se controla a entrada de produtos estrangeiros 
nocivos à economia e também que se possibilita o desenvolvimento econômico 
de regiões menos abastadas. Veja o exemplo da Zona Franca de Manaus. 
 
 
 
2.1 – TRIBUTOS - Conceituação 
O Código Tributário Nacional, Lei 5.176, de 25 de outubro de 1.976, foi 
recepcionado pela Constituição Federal de 1.988 como status de lei 
complementar, senão vejamos. 
O artigo 146, da Constituição Federal, em seu inciso III, assim estatui: 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos 
impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, 
bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas 
sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e 
para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou 
simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições 
previstas no art. 195, I e 
§§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Como se vê a Constituição Federal ao prever que as normas gerais em matéria 
tributária serão regulamentadas por lei complementar, igualou o CTN à essas 
leis, já que tais normas gerais estão nele previstas. 
O artigo 3º do CTN, assim define tributo: 
Figura 2.1 – artigo 3º Código Tributário Nacional 
TRIBUTO Art.3o. CTN
a)É TODA PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA COMPULSÓRIA
b)EM MOEDA OU CUJO VALOR NELA POSSA EXPRIMIR
c) QUE NÃO CONSTITUA SANÇÃO DE ATO ILÍCITO
d) INSTITUÍDA POR LEI
e) COBRADA MEDIANTE ATIVIDADE ADMINISTRATIVA
PLENAMENTE VINCULADA
Fonte: Elaborada pelo 
autor 
 
 
 
2.2 – ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
2.2.1 – Introdução 
Segundo o Código Tributário Nacional, são tributos os impostos, as taxas e as 
contribuições de melhoria. Ver artigo 5º, do CTN, abaixo transcrito: 
Art. 5o., CTN: Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
O nosso Código Tributário é de 1.966. De lá para cá o Sistema Tributário 
Nacional sofreu várias modificações. 
Muito se discutiu a respeito da natureza de alguns tributos. Em 1.988 a 
Constituição Federal inseriu no capítulo destinado ao Sistema Tributário 
Nacional (art. 145 e seguintes) o empréstimo compulsório, o pedágio e as 
contribuições. 
É pacífica a natureza tributária dos empréstimos compulsórios e das 
contribuições. Muito se discute, porém no que tange aos pedágios. 
A Constituição Federal quando trata das limitações ao poder de tributar, se 
refere aos pedágios da seguinte forma: 
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por 
meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a 
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo 
Poder Público;” (grifo nosso) 
Na nossa concepção o simples fato de existir disposição expressa na 
Constituição Federal, em especial, no Capítulo que trata do Sistema Tributário 
Nacional, indica a vontade do legislador originário de incluir tal exação dentre 
aquelas regradas pelos princípios tributários. 
No que se refere às contribuições especiais, o judiciário já se manifestou. São 
tributos. Não dispondo a Lei em contrário, as contribuições “especiais” 
obedecem às mesmas normas vigentes para os tributos. 
Uma dúvida que atormenta algumas pessoas é justamente a diferenciação de 
tributo, imposto, taxa ou contribuição de melhoria. 
A celeuma é resolvida pelo art. 4º, do Código Tributário Nacional, o qual 
estatui: 
 
 
 
“Art. 4º A natureza específica do tributo é determinada pelo fato 
gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevante para 
determiná-la: 
I – A denominação e demais características formais adotadas pela 
lei 
II – A destinação legal do produto da sua arrecadação” 
Observa-se, portanto que a hipótese de incidência, também conhecida como 
fato gerador, descrita na lei, é que identifica ou revela a identidade (natureza) 
de um tributo. 
2.2.2 – Impostos 
De acordo com o artigo 16, do CTN, Imposto é o tributo cuja obrigação tem 
como fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal 
específica, relativa ao contribuinte. Significa dizer que a obrigação de pagar um 
Imposto não decorrente de qualquer atividade ou serviço prestado pelo Estado. 
Os fatos geradores, também conhecidos como hipóteses de incidência, dos 
Impostos, são de dois tipos, a saber: 
a) Ou é um comportamento do contribuinte, como por exemplo: dar saída 
de uma mercadoria, prestar um serviço especificado na lei, transmitir 
uma propriedade ou valor financeiro; 
b) Ou é uma situação na qual ele se encontre, como por exemplo: ser 
proprietário de um imóvel, ser proprietário de um veículo, ter uma 
grande fortuna, etc. 
Podem ser instituídos pelos quatro entes federativos, a União, os Estados 
Membros, o Distrito Federal e os Municípios, conforme competência tributária 
instituída pela Constituição Federal de 1.988. 
2.2.3 – Taxa 
As taxas têm como fato gerador fatos vinculados à atividade estatal. Tanto o 
CTN quanto a Constituição regram essa matéria. Veja os dispositivos abaixo: 
Art. 77 do CTN: 
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal 
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, 
têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a 
 
 
 
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e 
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
Art 145, II, da Constituição Federal: 
A União, os Estados, o DF e os Municípios poderão instituir os 
seguintestributos: 
I-... 
II- Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela ou 
pela utilização efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua 
disposição. 
 Como as taxas são instituídas em razão do poder de polícia ou da prestação 
efetiva ou potencial de serviço público, existe vinculação entre a arrecadação e 
a destinação dos recursos, devendo estes serem empregados na manutenção 
da atividade estatal. 
É importante frisar que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de 
impostos. 
Também se observa que existem dois tipos de taxas. A taxa de polícia e a taxa 
de serviço, as quais serão tratadas nos tópicos a seguir. 
2.2.3.1 – Taxa de Polícia 
Primeiramente faz-se necessária a definição do poder de polícia. Tal definição é 
encontra no artigo 78, do CTN, abaixo transcrito: 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração 
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou 
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão 
de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, 
aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício 
de atividades econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao 
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
 
 
 
A cobrança da taxa de polícia visa disciplinar o exercício de determinada 
atividade, referente ao cumprimento das normas pertinentes ou conceder 
autorização. O exercício dessas atividades pode afetar o interesse da sociedade 
e, portanto, sofrem limites e restrições de ordem pública. 
Lembre-se, as taxas de polícia não são cobradas em favor do contribuinte, mas 
sim da sociedade. 
2.2.3.2 Taxa de serviço 
As taxas de serviço têm como fato gerador a atuação do Estado consistente na 
execução de um serviço público específico e divisível, efetivamente prestado ou 
colocado a disposição do contribuinte. O artigo 79, do CTN, assim disciplina o 
assunto: 
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 
consideram-se: 
I - Utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, 
sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa 
em efetivo funcionamento; 
II - Específicos, quando possam ser destacados em unidades 
autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades 
públicas; 
 III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, 
por parte de cada um dos seus usuários. 
A utilização efetiva se refere àquela não compulsória. São serviços colocados à 
disposição de toda a comunidade, mas só paga quem usa. 
A utilização potencial refere-se ao pagamento do serviço independentemente 
de estar se utilizando dele, mas necessariamente tal serviço deve estar à sua 
disposição do contribuinte, mediante atividade administrativa em efetivo 
funcionamento. 
Vale dizer, o Estado deve se aparelhar para a prestação de um determinado 
serviço. Basta a existência de uma atividade administrativa em efetivo 
funcionamento. Feito isso, o serviço já será específico. 
 
 
 
Em alguns casos a cobrança da taxa mínima do serviço colocado a disposição e 
não utilizado, pode ser fator determinante para a sua viabilidade econômica ou 
mesmo para a sua eficiência. 
Serviços divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização e mensuração separada 
por cada um dos seus usuários. 
A divisibilidade se relaciona com a possibilidade de se aferir quanto cada um 
dos cidadãos utilizou o serviço, ou seja, quanto o Estado prestou de serviço 
para cada um dos contribuintes. 
São exemplos de serviços indivisíveis a defesa do território nacional e a 
segurança pública; e divisíveis as taxas judiciais, a taxa d’água e a luz 
residencial. 
2.2.3.3 Preço público x taxa 
O assunto é controverso. Alguns autores entendem que não existe preço 
público. Dizem que todo serviço prestado pelo Estado deve ser remunerado por 
meio de taxa de serviço. 
Faremos a distinção até porque defendemos a existência do preço público. 
Podemos afirmar que quando o serviço derivar de obrigação legal, será taxa, 
quando o serviço derivar de contrato, será preço público. Em outras palavras, 
quando for obrigatório, será taxa, pois decorre de lei, e quando for facultativo, 
decorrente de contrato de prestação de serviço, será preço público. 
A importância da distinção se materializa pela aplicação dos princípios 
tributários às taxas, enquanto aos preços públicos, se aplicam as regras cíveis 
da teoria geral dos contratos. 
São exemplos de preços públicos a conta telefônica e a tarifa de ônibus urbano. 
2.2.4 Pedágio 
A inclusão do pedágio como tributo é um tema bastante controverso. Há quem 
entenda ser uma nova espécie tributária, eventualmente uma taxa de utilização 
de bem público, defendendo que o pedágio não é pago por serviços prestados, 
mas pela utilização da via pública. Outros entendem ser uma taxa de serviço 
pois, os recursos arrecadados são utilizados para a manutenção e adequação 
das vias, como também para custear serviços de guincho, telefone e 
assistências aos usuários. 
Não pode ser preço público, pois é obrigatório, instituído por lei e não é regido 
por contrato. 
A controvérsia sobre a natureza tributária ou não do pedágio foi sinalizada pelo 
Supremo Tribunal Federal – STF. Veja a ementa abaixo: 
 
 
 
“Tributário. Pedágio. Lei n. 7.712, de 22/12/88. Pedágio: natureza 
jurídica: taxa: CF, art. 145, II, art. 150, V. Legitimidade constitucional do 
pedágio instituído pela Lei n. 7.712, de 1988. ” (RE 181.475, Rel. Min. 
Carlos Velloso, julgamento em 4-5-99, DJ de 25-6-99) 
2.2.5 Contribuições de Melhoria 
A matéria está disciplina pelos seguintes dispositivos legais, abaixo transcritos. 
Constituição Federal: 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir os seguintes tributos: 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
Código Tributário Nacional: 
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras 
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a 
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da 
obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os 
seguintes requisitos mínimos: 
 I - Publicação prévia dos seguintes elementos: 
 a) memorial descritivo do projeto; 
 b) orçamento do custo da obra; 
 c) determinação da parcela do custo da obra a ser 
financiada pela contribuição; 
 d) delimitação da zona beneficiada; 
 e) determinação do fator de absorção do benefício da 
valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, 
nela contidas; 
 
 
 
 II - Fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para 
impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no 
inciso anterior; 
 III - regulamentação do processo administrativo de instrução 
e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem 
prejuízo da sua apreciação judicial. 
 § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada 
pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do 
inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos 
respectivos fatores individuais de valorização. 
 § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada 
contribuinte deverá ser notificado do montante dacontribuição, da forma 
e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o 
respectivo cálculo. 
Embora de pouca aplicação prática, devido a complexidade, a contribuição de 
melhoria só é devida se ocorrer a valorização de imóvel em razão de obra 
pública. 
Como dito alhures a contribuição de melhoria somente pode ser instituída se 
ocorrer valorização de imóvel em decorrência de obra pública. Não obstante, 
havendo desvalorização do imóvel em razão de obra pública será devido ao 
prejudicado a reparação cível pelo dano experimentado. 
O artigo 81, do Código Tributário Nacional, traz duas limitações ao valor de 
instituição da contribuição de melhoria, assunto polêmico em nossos tribunais, 
já que alguns doutrinadores entendem que tais limites não foram 
recepcionados pela lei maior, entendimento não compartilhado por este 
subscritor. Os limites são: 
Limite total: a despesa realizada; e 
Limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel 
beneficiado; 
Deve-se ficar atento aos requisitos enumerados pelo artigo 82, do CTN, acima 
referenciados. 
 
 
 
2.2.6 Empréstimo Compulsório 
O Empréstimo Compulsório se distingue das demais espécies tributárias por ter 
cinco características bastante marcantes, quais sejam: 
a) É instituído por lei complementar; 
b) É posteriormente devolvido aos contribuintes, segundo o prazo 
estipulado na lei que o criou; 
c) Tem aplicação vinculada a necessidade que motivou a sua criação; 
d) Tem como motivação para a sua criação despesas extraordinárias 
decorrentes de calamidade pública ou guerra externa efetiva ou 
iminente, ou ainda, para atender investimentos públicos urgentes e de 
relevante interesse nacional; 
e) Somente a União pode instituí-lo; 
A base normativa do Empréstimo Compulsório é o artigo 148, da Constituição 
Federal, abaixo transcrito: 
Art. 148 A União, mediante Lei Complementar, poderá instituir 
empréstimos compulsórios: 
I- Para atender despesas extraordinárias, decorrentes de 
calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência; 
II- Investimentos públicos urgentes e de relevante interesse 
nacional, obs. Art.150, III,b, CF. 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo 
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
2.2.7 Contribuições Especiais 
As Contribuições Especiais são também conhecidas como parafiscais para 
diferenciá-las da contribuição de melhoria. São classificadas em 4 espécies, 
quais sejam: 
a) Contribuições Sociais; 
b) Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico; 
c) Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas; 
d) Contribuições para Custeio do Serviço de Iluminação Pública; 
 
 
 
As contribuições, diferentemente dos impostos, têm destinação específica, vale 
dizer, o produto da sua arrecadação deve ser empregado no custeio da despesa 
referida na lei de sua instituição. 
A competência para instituição das Contribuições Sociais, das Contribuições de 
Intervenção no Domínio Econômico e das Contribuições de Interesse das 
Categorias Profissionais ou Econômicas, é da União, embora os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, possam instituir planos previdenciários custear 
a aposentadoria dos seus servidores. É uma exceção. 
A matéria está disciplinada pelo artigo 149, da Constituição Federal, “in verbis”: 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições 
sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação 
nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e 
III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às 
contribuições a que alude o dispositivo. 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão 
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício 
destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não 
será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos 
da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
2.2.7.1 Contribuições Sociais 
As Contribuições Sociais têm como objetivo o bem-estar e justiça social, 
mediante financiamento da seguridade social. 
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência – aposentadoria - e à assistência social - 
afastamento por invalidez, pensão por morte, auxílio funeral e prisão. 
Poderá incidir sobre a folha de salários, o faturamento, o lucro, loteria, 
produção rural, importação de produtos estrangeiros e eventos esportivos. 
A matéria está disciplinada pelo artigo 195, da Constituição Federal, “in verbis”: 
Art. 195. 
A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e 
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
 
 
 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I - Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou 
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, 
mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 1998) 
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, 
de 1998) 
c) O lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
II - Do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo 
regime geral de previdência social de que trata o art. 201; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
II - Sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - Do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à 
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não 
integrando o orçamento da União. 
§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma 
integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social 
e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a 
cada área a gestão de seus recursos. 
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como 
estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público 
nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 
 
 
 
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção 
ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 
154, I. 
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, 
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio 
total. 
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas 
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as 
houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto 
no art. 150, III, "b". 
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências 
estabelecidas em lei. 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador 
artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas 
atividades em regime de economia familiar, sem empregados 
permanentes, contribuirão paraa seguridade social mediante a 
aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da 
produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão 
ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da 
atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do 
porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de 
trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 
2005) 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema 
único de saúde e ações de assistência social da União para os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os 
Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
 
 
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de 
que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em 
montante superior ao fixado em lei complementar. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as 
contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, 
serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003) 
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, 
total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, 
pelo incidente sobre a receita ou o faturamento. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
2.2.7.2 Contribuição Intervenção no Domínio Econômico – 
CIDE 
Visa possibilitar a atuação da União no domínio econômico, especialmente nas 
áreas em que o legislador entender que é necessária e salutar tal atuação. 
Não incidirá sobre as receitas decorrentes de exportação 
Atualmente existem duas contribuições de intervenção no domínio econômico, 
a saber: 
CIDE Exportação. Visa estimular o desenvolvimento tecnológico brasileiro, 
mediante programas de pesquisa científica e tecnológica cooperativa entre 
universidades, centros de pesquisa e o setor produtivo. Incide, a alíquota de 
10%, sobre os valores pagos e remetidos às pessoas residentes ou domiciliadas 
no exterior. Tais serviços implicam na transferência de tecnologia e na remessa 
de royalties. A arrecadação é direcionada para o desenvolvimento de pesquisas 
e projetos científicos, por meio de transferências Fundo Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT. 
Cide – Combustível. Visa subsidiar transporte de álcool combustível, de gás 
natural e seus derivados e de derivados de petróleo, o financiamento de 
projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás e o 
financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. Incide sobre a 
importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e 
seus derivados, e álcool etílico combustível. 
Sua matriz legal está nos parágrafos 2º a 4º, do artigo 149, e parágrafo 4º, do 
Art. 177, ambos da Constituição Federal, abaixo transcritos: 
 
 
 
Art. 149 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que 
trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 33, de 2001) 
I - Não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
II - Poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás 
natural e seus derivados e álcool combustível; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
II - Incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 
2001) 
a) Ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da 
operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
b) Específica, tendo por base a unidade de medida adotada. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser 
equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única 
vez. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
Art. 177 
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico 
relativa às atividades de importação ou comercialização de 
petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool 
combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
I - A alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 33, de 2001) 
 
 
 
a) Diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 33, de 2001) 
a) b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe 
aplicando o disposto no art. 150, III, b; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
II - Os recursos arrecadados serão destinados: (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 33, de 2001) 
a) Ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool 
combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
b) Ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do 
petróleo e do gás; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
c) Ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
Por fim, aduzimos que a referidas contribuições foram instituídas pelas leis 
10.168/200 e 10.336/2001. 
2.2.7.3 Contribuições de Interesse das Categorias 
Profissionais ou Econômicas 
Destina-se ao custeio das atividades das instituições fiscalizadoras das 
categorias profissionais ou econômicas, tais como as devidas: à Ordem dos 
Advogados do Brasil, ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, ao 
Conselho Regional de Contabilidade, etc. 
É cediço que por se tratarem de tributos, à essas contribuições se aplicam as 
normas gerais tributárias, em especial os princípios da legalidade, da 
irretroatividade, da anterioridade e da noventena. 
O seu fato gerador é o exercício da profissão regulamentada e fiscalizada pela 
entidade instituidora. 
A existência das entidades de controle e fiscalização das categorias profissionais 
e econômicas não deve ser interpretada como organismos burocráticos, mas 
como instituições de regulamentação e controle, cujos maiores benefícios são a 
representação e a defesa dos interesses das categorias respectivas. 
 
 
 
2.2.7.4 Contribuições para Custeio do Serviço de Iluminação 
Pública 
A Emenda Constitucional 39/2002 instituiu a Contribuição para Custeio do 
Serviço de Iluminação Pública - CIP, espécie de tributo que incide sobre a 
prestação do serviço de iluminação pública, efetuada pelo Município, no âmbito 
do seu território. O referido dispositivo legal acrescentou o art. 149-A, à 
Constituição Federal, o qual tem a seguinte redação: 
Art. 149- 
A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das 
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o 
disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 
2002) 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o 
caput, na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 39, de 2002) 
Esta contribuição foi introduzida em nosso ordenamento jurídico com a 
finalidadeespecífica de auxiliar financeiramente os municípios, já que os auxilia 
a custear grande parte da despesa com energia elétrica decorrente da 
iluminação pública. 
2.3 - Competência residual da União 
O legislador originário introduziu na Constituição Federal de 1988 a 
possibilidade de apenas um ente federal, no caso a União, criar novos impostos, 
desde que já não tenham previsão constitucional, sejam não cumulativos e não 
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na própria 
Constituição Federal. 
Resta claro que no momento atual, em que a carga tributária brasileira é uma 
das mais altas do mundo, não há espaço político para a aplicação deste diploma 
legal. 
No entanto, a Constituição Federal tem vigência por prazo indeterminado e por 
sorte, deverá acompanhar várias gerações de brasileiros, motivo pelo qual em 
outro cenário político/administrativo tal dispositivo poderá ser de grande valia. 
A citada norma legal está estatuída no artigo 154, da Constituição Federal, 
abaixo transcrito: 
 
 
 
Art. 154 A União poderá instituir: 
I-Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde 
que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos discriminados nesta CF. 
2.3.1 - Impostos Extraordinários 
Trata-se de outra situação excepcional prevista pelo legislador constitucional 
originário. Como se sabe o Brasil é um país pacífico e que preza pela solução 
dos conflitos de forma harmoniosa. 
Por outro lado, não se pode afastar uma possibilidade remota de 
eventualmente ocorrer um conflito armado envolvendo o Brasil e nessas 
condições, a União certamente necessitaria de recursos adicionais para a 
defesa. 
Daí a justificativa racional para inclusão da previsão legislativa constante do art. 
154, inciso II, da Constituição Federal, abaixo transcrito. 
Art. 154. A União poderá instituir: 
II - Na iminência ou no caso de guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as 
causas de sua criação. 
Questão debate: 
1. A luz do ordenamento jurídico pátrio o acréscimo patrimonial 
obtido por um bicheiro na sua atividade pode ser tributado? 
2. COSIP e Princípios da Isonomia e da Capacidade Contributiva 
O Tribunal, por maioria, desproveu recurso extraordinário interposto pelo 
Ministério Público do Estado de Santa Catarina contra acórdão do tribunal de 
justiça local que, em ação direta de inconstitucionalidade estadual, declarara a 
constitucionalidade da Lei Complementar 7/2002, editada pelo Município de São 
José, que instituiu Contribuição para o Custeio dos Serviços de Iluminação 
Pública - COSIP. Alegava o recorrente, em síntese, que por ser a hipótese de 
incidência do tributo o consumo de energia elétrica, restringindo o sujeito 
passivo da obrigação aos respectivos consumidores, haveria ofensa ao princípio 
da isonomia, uma vez que o serviço de iluminação pública seria prestado 
indistintamente a todos os cidadãos. 
 
 
 
Sustentava, ainda, que o fato de um contribuinte consumir mais ou menos 
energia elétrica não significaria que ele seria mais ou menos beneficiado pela 
iluminação pública, inexistindo, portanto, relação entre o que a lei chamou de 
“níveis individuais de consumo mensal de energia elétrica” e o custo de serviço 
de iluminação pública. Entendeu-se que a COSIP constitui um novo tipo de 
contribuição que refoge aos padrões estabelecidos nos artigos 149 e 195 da CF, 
ou seja, é uma exação subordinada a disciplina própria (CF, art. 149-A), sujeita, 
contudo, aos princípios constitucionais tributários, haja vista enquadrar-se 
inequivocamente no gênero tributo. Ressaltou-se que, de fato, como a COSIP 
ostenta características comuns a várias espécies de tributos, não haveria como 
deixar de reconhecer que os princípios aos quais estes estão submetidos 
também se aplicam, modus in rebus, a ela. Destarte, salientou-se que, apesar 
de o art. 149-A da CF referir-se apenas aos incisos I e III do art. 150 da CF, o 
legislador infraconstitucional, ao instituir a contribuição em análise, considerada 
a natureza tributária da exação, estaria jungido aos princípios gerais que regem 
o gênero, especialmente o da isonomia (art. 150, II) e o da capacidade 
contributiva (art. 145, § 1º). 
RE 573675/SC, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 25.3.2009. (RE-573675) 
Capítulo III – LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR 
3.1. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
O poder de tributar é o poder fiscal, a capacidade jurídica, instituída em lei, 
para criar tributos. O poder de tributar, também conhecido como competência 
tributária, difere das atribuições que são as de arrecadar e fiscalizar tributos ou 
executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, 
as quais podem ser conferidas a outra pessoa jurídica de direito público. 
A competência tributária é atribuída a um dos entes federados, quais sejam: 
União, Estados Federados, Distrito Federal e Municípios e está prevista no 
Capítulo I – Do Sistema Tributário Nacional, da Constituição Federal de 1.988, 
artigos 145 e seguintes. Em especial, a competência dos impostos está prevista 
nos artigos 153 a 156, da Constituição Federal. 
A atribuição da competência tributária de um imposto a um dos entes 
federados determina a outorga de competência legislativa a respeito do mesmo 
tributo. Neste aspecto, a Constituição foi ampla, impedindo inclusive que a 
União instituísse isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito 
Federal ou dos Municípios. 
As disposições sobre a competência tributária e as atribuições estão previstas 
nos artigos. 6º a 8º, do Código Tributário Nacional, abaixo transcritos: 
 
 
 
 Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende 
a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na 
Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do 
Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. 
 Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, 
a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência 
legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. 
 Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das 
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou 
decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa 
jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da 
Constituição. 
 § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais 
que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. 
 § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral 
da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. 
 § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas 
de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. 
 Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa 
jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha 
atribuído. 
O poder de tributar ou a competência tributária é indelegável, ou seja, um ente 
federado não pode delegar a outro ente, a sua competência tributária. 
Como vimos o sistema de competência tributária no Brasil é misto, ou seja, as 
quatro pessoas jurídicas de Direito Público têm competência tributária, mas o 
produto da arrecadação não fica totalmente com a pessoa competente para 
instituir o tributo, já que é dividido entre os entesÉ fato que dentre as 
competências do Estado, a de tributar é mais importante, já que o fruto da 
arrecadação viabiliza a execução de políticas públicas e a própria estrutura do 
Estado. Está intimamenteligada com a própria organização estatal, já que sem 
dinheiro não é possível ao Estado proporcionar ao cidadão a garantia mínima 
dos seus direitos. 
Ocorre, porém que o poder de tributar não poder ser ilimitado em razão da 
segurança jurídica e de abusos que poderiam ser cometidos caso o governante 
pudesse instituir e cobrar impostos de maneira aleatória, sem limite algum. Por 
isso sofre restrição por meio de normas constitucionais e infra-constitucionais. 
Na Constituição Federal encontramos esses limites principalmente nos art. 145 
a 156 - princípios constitucionais tributários e imunidades. 
 
 
 
A própria competência tributária é um limite imposto ao Estado, pois como 
exemplo, a União não pode legislar sobre o IPVA, já que este é um tributo de 
competência legislativa dos estados federados. 
As normas criadoras dos tributos também os limitam, quando: disciplinam 
alíquotas máximas e mínimas, contemplam situação de isenção e suspensão, 
etc. 
3.1.1 Vigência da norma tributária no Espaço 
A aplicação da norma tributária no espaço também é uma limitação aos entes 
federativos. 
A competência tributária delegada pela Constituição Federal deve ser exercida 
dentro do âmbito territorial do ente federativo, sob pena de ser considerada 
ineficaz a norma tributária. Em outras palavras o ente federativo exerce a sua 
competência tributária nos seus limites territoriais- Município, Estado, Distrito 
Federal e União. 
É possível ainda a celebração de convênios visando a concretização das ações 
fiscalizadora e arrecadadora, conforme se dessome dos art 102 e 199, do CTN, 
abaixo transcritos. 
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, 
nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os 
convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras 
leis de normas gerais expedidas pela União. 
Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente 
assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta 
de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou 
específico, por lei ou convênio. 
 Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em 
tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com Estados 
estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos. (Incluído 
pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
Em âmbito internacional, os tratados nos quais o Brasil é signatário, têm 
vigência condicionada a sua aprovação, que se dá por meio de decreto 
legislativo, ingressando no ordenamento jurídico pátrio com força de lei 
ordinária. 
 
 
 
3.1.2 Vigência da norma tributária no Tempo 
Para a determinação da vigência da lei tributária no tempo temos que estudar 
pelo menos 4 diplomas legais, quais sejam, a Lei de Introdução ao Código Civil 
- LICC – Decreto 4.657, de 04 de setembro de 1.942, o Código Tributário, a lei 
instituidora do tributo em referência e a Constituição Federal. 
Nos ateremos neste momento à LICC e ao CTN, tendo em vista que os demais 
diplomas legais serão comentados em momento oportuno. 
A regra geral em Direito é que as disposições legais se aplicam aos fatos 
presentes e futuros, só retroagindo em casos excepcionais. 
A LICC disciplina o assunto da seguinte forma, em seus art. 1º e 2º: 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em 
todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente 
publicada. 
 § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei 
brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de 
oficialmente publicada. (Vide Lei 2.145, de 1953) 
 § 2o A vigência das leis, que os Governos Estaduais 
elaborem por autorização do Governo Federal, depende da 
aprovação deste e começa no prazo que a legislação estadual 
fixar. 
 § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova 
publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste 
artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova 
publicação. 
 § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se 
lei nova. 
 Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá 
vigor até que outra a modifique ou revogue. 
 § 1o A lei posterior revoga a anterior quando 
expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou 
quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei 
anterior. 
 
 
 
 § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou 
especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei 
anterior. 
 § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se 
restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
O Código Tributário Nacional trata da matéria no seu artigo 3º, com a seguinte 
disposição: 
Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor: 
 I - Os atos administrativos a que se refere o inciso I do 
artigo 100, na data da sua publicação; 
 II - As decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, 
quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da 
sua publicação; 
 III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, 
na data neles prevista. 
O artigo em comento trata apenas dos atos infra-legais. 
No que tange às disposições legais veremos logo abaixo, as previsões 
constitucionais, as quais são bastante esclarecedoras. 
3.2 Princípios Constitucionais Tributários 
3.2.1 Classificação 
Princípios são um conjunto de pressupostos ou proposições diretoras. Portanto 
qualquer norma legal tributária deve estar em consonância com os princípios 
tributários. Não é demais frisar que a ofensa de uma norma a um princípio 
tributário invalida a sua aplicação. 
São constitucionais porque estão disciplinados na constituição de 1.988 e têm 
por finalidade garantir, restringir, vedar ou limitar direitos, notadamente as 
ações do poder fiscal público. O poder fiscal ou poder de tributar é a 
capacidade de criar tributos, a competência tributária. 
A competência tributária foi outorgada às quatro pessoas jurídicas de direito 
público interno, através do art. 145 da CF, ou seja, à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios. 
Os princípios constitucionais tributários se classificam em: 
 
 
 
- GERAIS- Se referem a todos os tributos e contribuições, e estão disciplinados 
nos art. 145 a 150, da Constituição Federal. Podemos citar os seguintes: 
legalidade, igualdade, anterioridade, irretroatividade, não confisco e vedação da 
limitação ao tráfego. 
- ESPECIAIS - Se referem a determinada espécie tributária; e estão 
disciplinados nos art. 145 a 152, da Constituição Federal. Podemos citar os 
seguintes: pessoalidade, previsto no § 1º, do art.145, da CF, o princípio 
segundo o qual as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos, 
previsto no § 2º, do art. 145, da CF e a proibição da diferenciação tributária em 
razão da procedência/destino, prevista no art. 152, da CF. 
- ESPECÍFICOS – Se referem, especificamente, a determinados tributos, e 
estão disciplinados nos art. 153 a 156, da Constituição Federal. Podemos citar 
os seguintes: princípios da generalidade, universalidade e progressividade do 
imposto de renda, previsto no § 2º, do art.153, da CF, o princípio da não 
cumulatividade e seletividade do IPI, previsto no § 3º, do art.153, da CF e o 
princípio da progressividade em razão do grau de utilização da terra, para o ITR 
previsto no § 4º, do art.153, da CF. 
3.2.2 Princípios Constitucionais Tributários - Espécies 
3.2.2.1 – Princípio da Legalidade 
O Princípio da Legalidade é o princípio basilar para todos os ramos do Direito. O 
legislador constitucional disciplinou

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