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Semiologia da dor DOR Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP): “Experiência sensorial e emocional desagradável, associada a um dano tecidual real ou descrita em termos deste dano”. Conceitualmente a dor apresenta: Dimensão sensorial discriminativa Indivíduo identifica o estímulo nocivo Eixo afetivo e emocional Sensação dolorosa Experiências anteriores ➢ Estado psicoemocional e comportamental. Dor orofacial. Associada aos tecidos moles e mineralizados da cabeça, face e pescoço. Tecidos lesados: Mucosa, Vasos, Dentes Glândulas, Músculos ou Ligamentos Enviam impulsos através do nervo trigêmeo. São interpretados como dor pelos circuitos cerebrais O cirurgião-dentista tem a responsabilidade: Diagnóstico e tratamento das dores Parte interna e ao redor da boca, face e pescoço. Conselho Federal de Odontologia: Reconheceu e regulamentou a especialidade odontológica de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, em 2004. Dor aguda x dor crônica. Dor aguda: Função biológica de proteção Estabelecimento rápido e curta duração Pode ter intensidade variável, dependendo do estímulo causador. Dor mais frequente nos consultórios odontológicos Associada às afecções dentárias mais comuns ▪ PULPITES E ABCESSOS ▪ DOR PÓS-OPERATÓRIA A sensibilização central é induzida Como efeito posterior para proteger os locais feridos. Processo de cicatrização, a dor diminui e a sensibilização central é controlada. Quando o período de dor ou cicatrização supera ➢ 3 a 6 meses ➢ CRONIFICAÇÃO DA DOR. Dor crônica: Persistente Rotina do paciente Muitas vezes torna-se refratária a diversas formas de tratamento Estados de dor crônica são acompanhados: ➢ Depressão ➢ Fatores estressantes de longa duração ➢ Experiências emocionais traumáticas Condições de comorbidade: A associação dessas alterações explica as diversas condições de comorbidades frequentemente observadas nesses pacientes, como cefaleias, disfunções temporomandibulares (DTM), síndrome do intestino irritável, fibromialgia, gastrite, entre outros. Local da dor: região anatômica na qual a dor é sentida pelo paciente. Origem da dor: estrutura do corpo onde de fato a dor se origina. Nem sempre coincide com o local da dor. Classificação das dores orofaciais Academia Americana de Dor Orofacial (AAOP) EIXO I ▪ Condições dolorosas oriundas das estruturas físicas, por impulsos nociceptivos que produzem dor. Dores somáticas e Neuropáticas. EIXO II ▪ Alterações psicoemocionais relacionadas com o estado doloroso EIXO I: DOR SOMÁTICA SUPERFICIAL: A dor que emana das estruturas superficiais tem uma característica viva, estimulante e precisa em localização. Quanto maior for o estímulo agressor, maior será a resposta dolorosa. A origem e o local da dor são os mesmos e frequentemente são facilmente identificadas. Dois tipos de dor somática superficial são observados: a dor cutânea e a dor mucogengival. São importantes exemplos de quadros de dor somática superficial: lesões de afta, feridas cutâneas na região facial, respostas alérgicas, ulcerações por trauma, queimaduras de mucosa, estomatite de contato, entre outros. DOR SOMÁTICA PROFUNDA: Prepara o indivíduo para conservação e recuperação. Menos precisas quando comparadas as superficiais. Difícil localização; Geralmente o paciente relata dor em uma área maior que a origem da dor; O local da dor pode não indicar sua origem real, o que pode confundir o profissional durante o diagnóstico. DOR VISCERAL: DOR PULPAR OTALGIA E DOR GLANDULAR DOR VASCULAR DOR NEUROVASCULAR CARACTERÍSTICAS DAS DORES SOMÁTICAS PROFUNDAS: DOR MUSCULOESQUELÉTICA: MIALGIA ARTRALGIA DOR ÓSSEA E PERIOSTEAL PERIODONTALGIA DOR NOS TECIDOS CONJUNTIVOS FROUXOS Eixo I: Dor neuropática Episódica Neuralgia paroxística. Dor intensa Incessante Aguda 1 ou + nervos Irritações ou Danos Intensificação Recorrência súbita dos sintomas Espasmos ou Convulsão DORES NEUROPÁTICAS EPISÓDICAS: Períodos curtos de dor muito intensa; Seguida por total remissão; Sensação de choque elétrico que percorre o exato trajeto do nervo afetado. NEURALGIA TRIGEMINAL: Principais características: Maior prevalência em mulheres. Maior frequência em adultos e idosos. Unilateral (afeta apenas um dos ramos trigeminais). Área de gatilho. Provocada por estímulos leves. A dor fica restrita à distribuição anatômica do ramo afetado. NEURALGIA TRIGEMINAL: Dor em choque elétrico, queimação - Depleção com bloqueio - Provocada por estímulos leves nas áreas de gatilho - Responde a anticonvulsivantes ODONTALGIA: Dor pulsátil, latejante Pontadas que podem confundir com sensação de choque - Depleção com bloqueio anestésico - Exacerbação por estímulo pulpar - Responde a tratamento dentário adequado. DOR NEUROPÁTICA CONTÍNUA NEURITE - DOR POR DESAFERENTAÇÃO DORES NEUROPÁTICAS CONTÍNUAS: Lesões ou danos nos neurônios aferentes primários. Sensação de queimação ou ardência (persistente) Evento de dano e traumatismo ao nervo afetado. Odontalgia atípica ou dor do dente fantasma (causa desconhecida). Dor persistente, contínua e moderada. Não responde aos testes normais de diagnóstico para dor pulpar. Eixo II. Condições psicológicas do indivíduo Fatores psicoemocionais intensificam o processo doloroso DOR PODE APRESENTAR: Localização múltipla - Resposta inesperada a tratamento - Complicações e efeitos colaterais anormais - Recidivas sem justificativa orgânica - Tornar-se refratária a qualquer abordagem terapêutica. Diversos transtornos psicoemocionais: Ansiedade - Depressão - Transtornos de personalidade O cirurgião dentista: Deve esta atento a essas condições - Realizar o encaminhamento apropriado - Abordagem multidisciplinar - Êxito do tratamento. Princípios terapêuticos da dor. Tratamento direcionado à causa. Alterações inflamatórias pulpares e odontalgia decorrentes da cárie dental: ➢ Restauração do dente afetado. Dores inflamatórias mais frequentes: ➢ Afecções dentárias ➢ Periodontais ➢ Pós- operatório de procedimentos cirúrgicos CONTROLE DA DOR!! Farmacoterapia. Anti-inflamatórios não Esterioidais (AINES) Fármacos mais utilizados pela Odontologia Empregados em diversas condições patológicas Ação analgésica, anti-inflamatória e antitérmica Redução de prostaglandinas: ▪ Analgesia e controle do edema e da vasodilatação. INDICADOS: Dores agudas do sistema mastigatório ➢ Dor pós-operatória ➢ Dor por DTM articular ou muscular Opióides: Analgésicos de ação central Dores moderadas e severas Dependência química Efeitos colaterais: Náusea - Depressão do SNC - Sonolência, - Constipação Morfina: Protótipo dos opióides VER SLIDE Odontologia: Dores agudas intensas - Traumatismos - Pós-operatório - Dores neoplásicas CODEÍNA – TRAMADOL Analgesia não farmacológica: ACUPUNTURA: Aplicação de agulhas em pontos específicos - Produz analgesia por estimular a produção de opióides endógenos Indicações na Odontologia ▪ Analgésico, Antiinflamatório, Relaxante Muscular ▪ Calmante, Antidepressivo leve, Cicatrizante ▪ Estimula as defesas do paciente TENS: Estimulação elétrica transcutânea - Método não invasivo e bastante efetivo de analgesia em dores musculares. Indicações na Odontologia ▪ Trismo pós- operatório ▪ Limitações de abertura bucal ▪ Adjuvante no tratamento das DTM em geral.
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