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Semiologia e Diagnóstico

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Semiologia e Diagnóstico 
Semiologia é a ciência que visa a investigação, 
interpretação e o estudo da origem dos sinais e 
sintomas das enfermidades, com a finalidade 
de obter o diagnóstico, prognóstico e plano de 
tratamento. 
 Semiotécnica – coleta de dados 
 Propedêutica – Identificação da 
enfermidade 
 Semiogenia – Explicação da formação 
dos sinais e sintomas 
Sinais e Sintomas 
 Sinais – São as manifestações objetivas 
reconhecidas por meio da inspeção, 
palpação, percussão, auscultara e outros 
meios subsidiários. 
 Sintomas – São as sensações subjetivas 
anormais sentidas pelo paciente, mas 
não visualizada pelo médico. 
 
 
 
 
 Síndrome – é o conjunto de sinais e 
sintomas que ocorrem associados, 
podendo ser ocasionada por causas 
diferentes. 
Sinais 
São aquelas manifestações objetivas que 
causam modificações estruturais e funcionais. 
Estas alterações são percebidas pelo 
examinador, através do exame objetivo. 
Vem do latim “signalis”, que significa 
manifestação, indício ou vestígio. 
Os sinais são manifestações clínicas visíveis e 
perceptíveis pelo profissional, através de seus 
sentidos naturais. 
 EX: Mobilidade dental, tumefação na face 
(abcesso, tumor), úlceras na mucosa bucal 
(aftas), mal hálito, ruídos cardíacos, 
consistência de um tecido ou lesão. 
 Podem ser provocados pelo examinador: 
Reflexo patelar 
Manobra de Valsalva 
Sintomas 
São aquelas manifestações subjetivas de uma 
doença, que passa a ser de conhecimento do 
examinador, através de informações relatada 
pelo paciente. 
Origina-se do grego “sympitien”, que significa 
acontecer. 
São manifestações subjetivas percebidas pelo 
paciente e relatadas ao profissional. 
 EX: Dor, náusea, cansaço, prurido, ardor, 
vertigem 
 Podem ser provocados pelo examinador: 
Teste de vitalidade pulpar 
Sinal ou Sintoma Patognomônio 
É o sinal ou sintoma que é exclusivo ou quase 
exclusivo de uma doença. 
 EX: Dente de Hutchinson (sífilis) 
 
 
OBS! 
As vezes sintomas e sinais se confundem 
(dispneia, febre, vômito, tosse) 
 
 
 
 Exame Clínico 
Tem como objetivo a colheita de dados que 
constituirão a base do diagnóstico. Estes dados 
farão parte do Prontuário Odontológico do 
paciente. 
Para um bom exame clínico exige-se: apuro dos 
sentidos, capacidade de observação, com senso, 
critério e discernimento, além do conhecimento 
básico sobre a doença. 
Subdivide-se em: 
1. Anamnese ou exame subjetivo: 
 Queixa principal 
 História da doença Atual (HDA) 
 História Pregressa (HP) 
 História Buco-Dental 
 História Familiar (HI) 
 História Psico-Social 
 Revisão de Sistemas 
2. Exame físico ou exame objetivo. 
 Exame Físico Geral 
 Exame Físico Regional 
 Exame Regional 
Extrabucal 
 Exame Regional 
Intrabucal 
Prontuário odontológico 
É obrigatório 
Tem implicações legais 
Deve ser corretamente preenchido e de forma 
legível, além de devidamente arquivado (Cerca 
de 10 anos) 
Problemas do Prontuário Digital – Necessidade 
da assinatura do paciente, para comprovação de 
dados. 
Deve ser constituído por todos os documentos 
emitidos dentro da clínica e de exames 
complementares necessários para a realização 
do diagnóstico pelo Cirurgião – Dentista. 
Ficha clinica 
Dentre os documentos do prontuário destaca-
se a Ficha Clínica com: 
 História médica e odontológica atual 
 Radiografias intra e extra-orais 
 Cópias de atestados e receituários de 
prescrição de medicamentos 
 Modelos de estudos 
 Fotografias 
Os dados semiológicos (sinais e sintomas) 
obtidos no exame clinico são anotados de 
maneira lógica. 
Registra todas as informações na anamnese e 
do exame físico. 
 
 
 
 
Objetivos da semiologia 
 Identificar o problema 
 Esclarecer as circunstancias do 
problema 
 Documentar as condições médicas 
passadas 
 Investigar possíveis fatores genéticos, 
sociais ou ambientais que influenciem no 
problema 
 Checar e anotar sintomas adicionais 
Objetivo das áreas médicas 
 Determinar o diagnóstico 
 Conhecer as condições médicas pré-
existentes 
 Descobrir doenças concomitantes 
 Controlar emergências 
 Tratar o paciente 
Definição: 
-Documentação composta pela identificação da 
instituição e do profissional, identificação do 
paciente, anamnese, exame clínico, plano de 
tratamento e evolução, e intercorrências no 
tratamento. 
Importância 
 Organização da clínica ou instituição 
 Administrativa (orçamento e plano de 
tratamento) 
 Paciente como um todo (Revisão dos 
Sistemas) 
 Evitar e tratar emergências 
 Aspectos legais (identificação humana e 
processos judiciais) 
Composição 
Identificação Anamnese 
Exame Objetivo 
Geral 
Exame Objetivo 
Especial 
Exames 
complementares 
Diagnóstico 
Prognóstico Plano de tratamento 
 
1- Identificação 
Consiste na obtenção dos dados pessoais pelo 
profissional ou por auxiliar que personalizam o 
paciente e que também têm valor semiológico. 
 - NOME (Arquivamento/ Relação afetiva) 
 - SEXO (predileção de doenças por 
determinado sexo; 
Ex: Hipertireoidismos e aftas no feminino e 
paracoccidioidomicose no masculino) 
 -COR DA PELE (por exemplo, maior 
predileção de carcinomas em pele clara e maior 
displasia fibrosa em pele escura) 
 - IDADE (maior número de lesão cariosa na 
infância e adolescência e maior doença 
periodontal nos adultos). 
 - ENDEREÇO COMPLETO / TELEFONES 
DE CONTATO (Afetividade e dados para 
remarcação de consulta e contato imediato em 
alguma necessidade. 
 - NATURALIDADE / PROCEDÊNCIA 
(Locais de endemias e epidemias) 
 - PROFISSÃO (Carcinomas mais comuns em 
profissões relacionadas à exposição ao sol) 
 - ESTADO CIVIL (Atenção à problemática 
psicológica) 
 
 
 
 
2- Anamnese 
Consistência no interrogatório do paciente, com 
a finalidade de estabelecer a história de sua 
doença e de seu “estado geral de saúde” 
A palavra Anamnese origina-se do grego 
anamnesis; ánaá – trazer de volta, recordar, e 
mnesis – memória, “trazer de volta à mente 
todos os fatos relacionados à doença e à 
doença e à pessoa doente. ” 
Consiste na história clínica do paciente, ou seja, 
é o conjunto de informações obtidas pelo 
dentista ou profissional de saúde por meio de 
entrevista previamente esquematizada. 
A anamnese é individual e intransferível, e leva 
à hipótese diagnóstica em cerca de 70-80% 
das vezes. 
É importante ao profissional durante a 
ANAMNESE: 
 - Diálogo franco entre examinador e o 
paciente; não desvaloriza precocemente 
informações. 
 -Disposição para ouvir, deixando o paciente 
falar à vontade sem distraí-lo, e interrompa-o o 
mínimo possível; evite assuntos irrelevantes. 
 - Se interessar não só pelos problemas do 
paciente, mas por ele, como pessoa; observar 
seu comportamento e ansiedade. 
 - Possuir motivação, conhecimento científico, 
controle emocional, bondade, afabilidade e boas 
maneiras, a fim de obter um relato completo e 
poder chegar a um diagnóstico. 
Objetivos da anamnese 
 Estabelecer a relação profissional da 
saúde/paciente; 
 Obter os elementos essenciais da 
história clinica 
 Conhecer os fatores pessoais, familiares 
e ambientais relacionados com o 
processo saúde/ doença; 
 Obter elementos para guiar o 
profissional no exame físico; 
 Definir a estratégia de investigação 
complementar; 
 Direcionar a terapêutica em função do 
entendimento global a respeito do 
paciente. 
Requisitos básicos 
- Objetividade 
-Precisão 
-Respeito 
-Sinceridade 
-Entender e ser entendido corretamente 
-Interpretação e Observação 
-Sensibilidade e Especificidade 
-Reprodutividade 
-Empatia 
Na anamnese deve ser avaliado: 
 Queixa principal (QP) ou Motivo da 
Consulta (MC) 
-Motivo fundamental que levou o paciente a 
consulta. A causa pode ser algum indício de 
anormalidade, insatisfaçãocom o atendimento 
com outro profissional ou consulta de rotina 
sem sintomatologia presente. 
 História da Doença Atual (HDA) 
-Histórico completo e detalhado da queixa e 
toda sua evolução temporal e sintomatologia. 
-Quando se iniciou a sintomatologia/Como eram 
os sinais e sintomas no início/vem melhorando? 
/ Vem piorando? 
 História Pregressa (HP) – médica e 
odontológica 
-Está sob tratamento médico? Motivo 
-Está sob uso de medicamento? Qual? Como? 
 
 
-Qual foi sua última consulta médica? E 
odontológica? 
-Quando foi? Motivo? 
-Foi internado alguma vez? Motivo? 
-Já fez uso de anestésicos locais, antibióticos, 
analgésicos, quimioterapia, radioterapia? 
-Foi submetido a extrações dentárias? 
 História Buco-Dental 
-Realizada uma completa investigação de todo 
histórico antecedente das ocorrências buco-
dentárias: 
 -Frequência de visitas ao dentista 
 - Escovação e Fio Dental 
 - Experiências passadas, durante e depois da 
aplicação da anestesia local 
 - Histórico de experiência em extrações 
dentais 
 -Tratamentos endodônticos, protéticos, 
periodontais, restauradores, etc; 
 - Hábitos e dores na região da ATM: 
 -Bruxismo 
 -Sons Articulares 
 -Mordedura de lábio, mucosa jugal ou 
língua 
 -Dificuldade em abrir a boca 
extensamente 
 - Briquismo 
 -Respiração Bucal 
 História Familiar (HF) 
-Tem por objetivo a obtenção de informações 
sobre o estado de saúde, principalmente, de 
pais, irmãos, avós, esposa (o) e filhos, na busca 
de uma eventual doença herdada ou com 
tendência familiar. Esta fase da anamnese é 
importante frente à suspeita de diabetes, 
doença cardiovascular, tuberculose, distúrbios 
hemorrágicos, doenças alérgicas e nervosas. 
 História Psico-social 
-Hábitos nocivos como drogas, tabaco e 
ingestão de bebidas alcoólicas; 
-Sucção (chupeta e/ ou dedos) 
-Onicofagia (roer unhas) 
-Mordedura do lábio 
-Mordedura de lápis / caneta 
-Goma de mascar 
-A depressão em homens e alto níveis de stress 
em mulheres, são apontados com os principais 
responsáveis por alto níveis de PA. (MacDonald 
et al., 1999) 
-Medo do dentista 
-Emergências médicas frequentemente 
causadas por ansiedade (medo de dentista) 
 -Angina pectoris; 
 -Infarto agudo do miocárdio 
 -Broncoespasmos asmáticos 
 -Insuficiência adrenal aguda 
 -Hipertensão grave 
 -Crise tireoidiana 
 -Choque insulínico 
 -Hiperventilação 
 -Convulsões 
 Revisão de Sistemas (RS) 
-Cardio-Vascular 
-Respiratório 
-Renal 
-Hepático 
-Endócrino 
 
 
Hematopoiético 
-Outros órgãos

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