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2ª AULA PARASITOLOGIA 25/02/2021 INTRODUÇÃO A PARASITOLOGIA Relação Parasito & Hospedeiro Comensalismo · Comensal vive no hospedeiro de forma obrigatória ou facultativa, abriga-se e nutre-se no hospedeiro, sem causar malefícios, nem benefícios. Ex.: tubarão e rêmora (acompanha e se alimenta de sobras). Mutalismo · Dois seres se associam, com ou sem obrigatoriedade, mas as interações são benéficas a ambos. Ex.: anêmona do mar (proteção e carangueijo ermitão (transporte). Parasitismo · É um organismo (parasotp) vive de modo permanente, periódico ou ocasional em outro organismo nutrindo-se e determinando algum dano (variável). Ex.: Taenia solium no porco. Parasitologia · Ciência que estuda os vários aspectos que envolvem organismos parasitos, como sua classificação, biologia e controle. Parasitíase X Parasitose Parasitíase · Quando tem o parasito e ele não causa alteração clínica no hospedeiro. Parasitose · Quando tem o parasito e ele causa alteração clínica no hospedeiro. Tipos de ações dos parasitos nos hospedeiros · Mecânica · ex.: obstrução, quando os parasitos bloqueiam a passagem do alimento, de bile ou de absorção de nutrientes como por exemplo o verme Ascaris lumbricoides que em altas infestações pode formar um novelo e obstruir a passagem no intestino. · Espoliadora · Retirada de sangue do hospedeiro, como ocorre com carrapatos, barbeiros, moscas hematófagas e fêmeas de mosquitos, ou nutrientes, como no caso das tênias. · Tóxica · Alguns parasitos produzem resíduos decorrentes de seu metabolismo ou secretam enzimas que provocam lesõe no organismo do hospedeiro. Ex. Ascaris lumbricóides, lombriga, produz metabólitos (antígenos) que provocam reações alérgicas. · Irritativa e inflamatória · Simples presença do parasito, mesmo sem produzir traumatismo, induz a irritação e muitas das vezes a uma resposta inflamatória local no hospedeiro. Ex.: larva migrans, dermatite devido a penetração da larva de Ancylostoma em humanos. · Transmissão de patógenos. · Ex.: Os carrapatos e mosquitos em geral, além de promover exanguinação, podem transmitir aos seus hospedeiros várias categorias de microrganismos, como protozoários, bactérias, fungos, vírus e helmintos. Classificação dos parasitos · Quanto á localização do parasito no hospedeiro: · Endoparasitas · aqueles que parasitam o organismo do hospedeiro: · infecção · Ex.: Toxoplasma · Ectoparasitas · aqueles que parasitam a superfície externa do hospedeiro: infestação. · Ex.: carrapato, piolhos e pulgas. · Estenoxenos · Aqueles que parasitam hospedeiros específicos · Ex.: T. Solium (suínos) e T. sagnata (bovino). · Eurixenos · aqueles que parasitam diversas espécies. · Ex.: Toxoplasma Quanto á especificidade alimentar: · Estenotrópicos · aqueles que têm exigência para um único tipo de alimento. · Ex.: piolhos e moscas hematófagas. · Euritróficos · aqueles que se nutrem de diferentes substâncias. · Ex.: Necator Quanto ao número de hospedeiros necessários: · Monoxenos · aqueles que completam seu ciclo num único hospedeiro. · Ex.: Strongyloides · Heterroxenos · aqueles que necessitam de dois ou mais hospedeiros para completar seu ciclo de vida · Ex.: Echinococcus. · Hospedeiro definitivo · Parasito em forma adulta ou de fase sexuada · Hospedeiro intermediária · Parasito em forma larvária ou de fase assexuada Quanto ao tempo de duração do parasitismo · Periódicos ou provisórios – somente são parasitos em uma fase do desenvolvimento, na qual espoliam continuamente o hospedeiro. Ex.: Dermatobia (mosca do berne). · Permanentes – passam a vida, em todos os seus estágios espoliando o hospedeiro. Ex.: ácaros do gênero Demodex, piolhos. · Temporários ou intermitentes – utilizam dele periodicamente para alimentação ou abrigo. Ex.: insetos hematófagos. São também chamados micropredadores. Quanto ao requerimento de uma vida parasitária · Obrigatório – parasitos cujo ciclo de vida sempre requer um hospedeiro a ser espoliado. Ex.: Toxoplasma gondi. · Facultativos – parasitos que podem alternar ciclos de vida livre e parasitária. Ex.: Strongylóides stercoralis. · Acidental – organismo que pode ser tornar um parasito de um hospedeiro (não habitual) em condições especiais. Ex.: Dipylidium caninum parasitando crianças. Fatores que auxiliam a permanência da parasitose: · Potencial reprodutivo do parasito; · Longevidade do parasito; · Acometimento de vários hospedeiros; · Menor reação do hospedeiro ao parasito; · Mecanismo de dispersão efetivos; · Formas de resistência. Conceitos · Infecção: invasão e colonização do organismo hospedeiro por parasitos internos, como helmintos (Taenia saginata) e protozoário (Giardia). · Infestação: ataque ao organismo hospedeiro por parasitos externos, como os artrópodes (piolho, carrapato). · O termo parasita pode e deve ser empregado som como tempo do verbo parasitar, mas não na qualidade de substantivo.
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