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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 
 
 
Direito Civil
Dos Bens
 
 
 
 
 
 
 
Luiz Antônio Dias Barbosa
RA: 202008115132 
 
 
 
 
São Paulo 2020 
 
São Paulo 2020 
 
CARAPICUIBA 2021
Dos Bens,
 
Bens Corpóreos e Incorpóreos 
 
Bens Corpóreos são os bens possuidores de existência física, sendo destacados alguns bens como: casa, automóvel, porta e etc.
Bens Incorpóreos são os que têm existência abstrata ou ideal, mas valor econômico, com direito autoral, o crédito, a sucessão aberta, o fundo de comércio etc. 
Tal Classificação não acolhida pela nossa legislação e pela generalidade dos códigos por considerarem os modernos juristas, como o fazia Teixeira de Freitas, inexato separar, de um lado, a coisa, como objeto material sobre que recai o direito, fazendo-se a abstração do próprio direito, e do outro lado, colocar os direitos, prescindindo-se só objetivo dos direitos reais. Clóvis Bevilaqua afirmou que essa divisão não foi incluída no Código de 1916 por falta de interesse prático. 
Dos Bens Considerados em Si Mesmos 
ART. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Conforme Nelson Duarte 
Embora utilizadas, muitas das vezes como sinônimos, não se confundem bens e coisas, podendo-se dizer que estas são o gênero e aqueles, espécie, distinguindo R. Limongi França como “coisa, tudo o que constitui ou pode constituir o objetivo do direito”, de modo que, também, em se tratando de coisas matérias, o que caracteriza o bem jurídico é o valor econômico, oriundo da utilidade e da limitação, ou seja, aquilo que é útil, por satisfazer uma necessidade, e raro, por não existir em abundância tal que a todos seja acessível. Em se tratando de coisas imateriais “são elas objetivos dos direitos quando apresenta pelo menos um interesse moral”(instituições de direito civil, 4. Ed. São Paulo, Saraiva 1996 página 98) como a honra a liberdade e a propriedade literária etc. 
 
Os bens, segundo Bevilaqua, “Constituem a parte positiva do patrimônio” (Theoria geral do direito civil, 
6.ed. atualizada por Achilles Bevilaqua . Rio de Janeiro, Francisco Alves,1953,p.209) já que, no dizer de Planiol, o patrimônio é único como pessoa. 
A ramificação básica é a que os classifica em : 
a) Bens considerados em si mesmos, ou em sua própria individualidade, e b) bens reciprocamente considerados, ou um em relação a outro. 
Considerados em si mesmos comportam subdivisão quanto :a) á tangibilidade ( tangíveis, também chamados corpóreos ou matérias, ou intangíveis, Incorpóreos ou imaterial); b) á morbilidade ( móveis ou imóveis ); c) à fungibilidade ( fungíveis ou infungíveis); d) consumibilidade ( consumíveis ou não consumíveis ); e) divisibilidade ( divisíveis ou indivisíveis); f) ao modo de constituição (singulares ou coletivo); g) á titularidade ( público ou particulares ). 
O art.79 define os bens imóveis por natureza, ou seja, os que não se podem transportar, sem alteração da natureza. Na verdade, imóveis por natureza é apenas o solo ,porém o Código incluiu na mesma classificação as acessões. As árvores e frutos da terra enquanto não separados consideram-se imóveis, mas porém imóveis, mas podem ser alienados para corte ou colheita e, nesses casos, classificam-se como móveis por antecipação. 
 
Dos Bens Imóveis 
 
No CC/1916 também se incluíam “o espaço aéreo e o subsolo” ( art.43,I ), cuja propriedade, entretanto não se harmoniza com a CF (art. 176), mas o código vigente estabeleceu o compasso ao dispor que“ a propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por lei especiais” ( art. 1230), sem embargo de que “a propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao sei exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividade que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las ” (art.1229) 
A legislação especial estabelece regras acerca das águas ( Decreto n. 24.643/34 ) e de minas (DL n 227/67). 
ART. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II – o direito de sucessão aberta. 
A distinção entre bens móveis e imóveis guarda certo paralelismo com a classificação romana em res mancipi e nec mancipe, pois, segundo o valor atribuido, exigia-se ou não a solenidade mancipatio, sendo a mais importantes chamadas res mancipi. Na Idade Média, o imóvel apresentava maior relevância; os móveis eram considerados bens secundários. Pelo alto valor que muitos apresentam, como as cotas societárias, as coisas móveis vêm ganhando importância. Remanesce, todavia, a tradição de se reputarem imóveis certos bens que são naturalmente móveis, para realçar o valor. 
O CC/ 1916, além dos “direitos reais sobre imóveis, inclusive o penhor agrícola, e as ações que lhes asseguram”, bem como o direito a sucessão alerta, incluía entre os imóveis as apólices de dívida pública com a cláusula de inalienabilidade (art. 44). São direitos reais sobre imóveis a superfície, as servidões, o usufruto, o uso, a habilitação, o direito do promitente comprador de imóvel, a hipoteca, e anticrese (ART.1225). As ações, propriamente, não se classificam como bens, dado o caráter público que ostentam e que não se confunde com eventual direito material discutido. Já quanto ao direito material. Já quanto ao direito à sucessão aberta, pouco importa que o acervo seja composto só de bens moveis, pois se refere, apenas, ao direito à herança e somente após a partilha é que se tratará dos bens individualmente. O código atual não incluiu entre os bens imóveis definição legal o penhor agrícola, como fazia o art. 44.I, do CC /1916, porém o penhor rural, que compreende a agrícola e o pecuário, está sujeito ao registro no Serviço de Registro de Imóveis do local em que estiverem as coisas empenhadas (ART. 1438). 
ART. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I – As edificações que, separados do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – as matérias provisoriamente separadas de um prédio, para nele se reempregarem. 
 
Bens Móveis 
O art.82 do Código Civil considera móveis “os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social”. 
Trata-se de móveis por natureza, que se dividem semoventes e propriamente ditos. Ambos são corpóreos. Outros são móveis para os efeitos legais (CC, art. 83 ), sendo que a doutrina menciona ainda a existência de móveis por antecipação . 
Conforme Clóvis Bevilaqua 
Móveis por natureza são os bens, que sem deterioração na substância, podem ser transportados de um lugar para o outro, por força própria ou estranha. 
Merece destaque a expressão “sem alteração da destinação econômico-social” introduzida no citado art.82 no novo Código. 
Uma casa pré-fabricada por exemplo, enquanto exposta a venda ou transportada não se pode ser considerada imóvel. Conserve a sua unidade ao ser removida para outro local, segundo os dizeres do art. 81.1 do CC, posto que destinada a comercialização, sem nunca te sido antes assentada sobre fundações construídas pelo adquirente. Quando isso acontece, será considerada imóvel, em face da nova destinação econômico-social que lhe foi conferida, sujeita ao pagamento do imposto predial, não exigido do fabricante e comerciante. 
Semoventes / Móveis propriamente ditos 
Dispõe o art. 84 do CV que as matérias destinados a alguma construção enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa quantidade as provenientes da filiação de alguma prédios 
Móveis determinação legal – ART 83 do CC 
Móveis por antecipação – A doutrina refere-se, ainda, a solo, mas com a intenção se separa-los oportunamente e convertê-los em moveis, como árvores destinadas ao corte e os frutos ainda não colhidos. 
 
Dos bens reciprocamente considerados 
ART. 92. CC. Principalé o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. 
Conforme Cláudio Luiz Bueno de Godoy, no CC (comentado) , Ed. Manole na pág.81, na classificação dos bens reciprocamente considerados, ou um em relação a outro, distinguem-se o principal e o acessório. Coisa principal é aquela que tem a existência própria, independente de outra, e acessória, à que supõe a existência de outra, a principal. O CC 1916 cuidava de oferecer, nos artigos 60 a 62, um rol das várias espécies de acessórios: os frutos, os produtos, os rendimentos, os produtos orgânicos do solo, os minerais (excluídos pela organização anterior), as obras de aderência permanente, feitas acima ou abaixo da superfície, e as benfeitorias. Não o fez sistemático o Código atual, mas nele se enumeram os frutos e os produtos (artigo 95 e 1.232), e, quanto aos minerais acomodou- se a CF ( art. 1230 do CC e 176 da CF. 
No Art.93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
As pertenças, espécie de coisa acessória, não eram mencionadas no CC/ 1916, conquanto nessa categoria se pudessem incluir imóveis por acessão intelectual (tudo quanto no imóvel o proprietário mantiver intencionalmente empregado em sua exploração industrial, aformoseamento ou comodidade ART 43, III. 
ART. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. 
 Jurisprudência: Processual civil. Ação busca e apreensão. Decisão que ordena a devolução de pertenças de propriedade do devedor fiduciário. Cabimento. Precedentes do STJ. Decisão mantida na íntegra. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se contrário resulta a lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso ( ART. 94, do CC/02). Consoante precedente do STJ, extraído do Resp. n. 1667.227/RS, a pertença instalada e adquirida pelo devedor fiduciante, em automóvel objetivo de busca e apreensão, ser por esta retirada, dada a natureza Sui Generis deste bem acessório. (TJMG, Al n. 10000190368688001, rel. Luiz Arthur Hilário, j. 02.07.2019, Dje 12.07.2019). 
ART. 95. Apesar de ainda não separados dos bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. 
ART. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
Benfeitorias são despesas e obras destinadas a conservação (necessárias), melhoramentos ou melhor utilização (úteis) e aformoseamento (voluptuárias) de uma coisa. 
Jurisprudência: Anulação de negócio Jurídico. Posse de boa-fé. Direito de indenização e retenção por benfeitorias úteis e necessárias. Realizadas pelo possuidor de boa-fé benfeitorias úteis e necessárias, entendidas como aquelas que visam conservar as coisas ou evitar que ela se deteriore, ou úteis, definidas como as que aumentam ou facilitam, o uso do bem, terá o possuidor direito a indenização, podendo, em ambos os casos, exercer o direito da retenção. Considere-se possuidor de boa-fé aquele que ignora o vício ou o obstáculo que lhe impede aquisição da coisa ou do direito possuído. (TJMG, Proc. N. 2.000.00.4893421/00(1), rel. Duarte de Paula, j. 17.11.2005, publicação 07.12.2005) 
ART. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimo sobrevindo ao bem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
 
Ed. Monale. Páginas 82 e 83. CC(Comentado). 
 
 
 
Dos Bens de domínio Públicos 
ART. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas Jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa pertencerem. 
 
Conforme Nelson Duarte 
Quanto ao respectivo sujeito ou titular, os bens se classificam em públicos ou particulares. 
São públicos os bens pertencentes às pessoas Jurídicas de direito público interno (ART.41 CC) e particulares os demais, sejam seus proprietários pessoas físicas ou outra pessoa jurídica. 
Jurisprudência: Direito constitucional, civil e processual civil. Recurso de apelação. Ação de usucapião extraordinário. Bem imóvel de propriedade de sociedade de economia mista estadual. Natureza privada. 
Possibilidades de aquisição através de ação de Usucapião. ART.173, ll, da CF/88 e ART. 98. Do CC. 
Precedentes do STJ. Ausência de afetação do bem inalienabilidade do art. 515. Necessidade de instrução do feito na instância originária. Sentença anulada. Recurso Provido. Diante da personalidade jurídica de direito privado das sociedades de economia mista, seus bens são, conforme expressa previsão legal ( ART. 98, CC). Não se deixa de reconhecer, por tal motivo, a distinção entre as que exercem atividades puramente econômica, daquelas prestadoras de serviços eventualmente de natureza pública, nos termos previstos no ART.173 da CF/88. Dicotomia insuficiente para levar a conclusão de que os bens das sociedades de economia mista seriam indiscutíveis de Usucapião, a defender da natureza da sua atividade. Em que pede respeitáveis construções doutrinárias em sentido contrário, não há que se levar em conta tal critério para enquadrar seus bens como regidos por normas de ordem públicas, com exceção das hipóteses legalmente previstas dentre as quais não se inclui a impossibilidade de Usucapião. Incidência do art.173, ll, da CF. Precedentes do STJ. Intenção da regularização da área pela apelada que, não obstante sua relevância social, não configura a afetação do bem, por não haver, até o momento, uma utilização efetiva para finalidade específica, no que não se pode negar a jurisdição ao apelante sob tal justificativa. Possibilidade de manejo da ação de Usucapião que se faz presente, cabendo apenas adquirir se os requisitos legais foram preenchidos para a configuração da prescrição aquisitiva em relação a área preenchida. O que não colide com os interesses da coletividade que eventualmente ocupar as demais áreas a serem regularizadas, sem deslembrar que, em caso de oposição de terceiros a posse do Apelante no imóvel, tal aspecto poderá ( e deverá) ser objeto de exame no mérito da ação. Para apreciação do mérito diretamente pelo tribunal, pois os elementos constantes dos autos não permitem a aplicação da denominada “teoria da causa madura”, sendo necessário o retorno dos autos ao juízo a quo para instrução dos feitos, tendo em vista a profusa matéria fática a ser examinada. Recursos provido para anular a sentença, com a consequente retorno feito á vara da origem para regular processamento. (TJPE, Ap. n 0011492-24.2009.8.17.0810,2 Câm. Cível, rel. Des. Cândido José da Fonte Saraiva de Moraes, DJe 17.07.2013, p. 152) 
 
Ed. Manole ( revisada e atualizada) , página 84. CC (Comentado) 
Art. 99. São os bens públicos: 
I- os de uso comum do povo , tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II- os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
III- os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas Jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Parágrafo único . Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas Jurídicas de direito público a que tenha dado estrutura de direito privado. 
 
Jurisprudência: Administrativo. Ação de reintegração de posse. Estabelecimento comercial construído em terreno da marinha. Ocupação irregular. Mesas e cadeiras em área de praia. Bem da União uso comum do povo. Impossibilidade de ocupação por particular. Demolição, com direito a indenização. Boa-fé do ocupante. Cobrança de multa prevista na Lei n.9.636/98. Impossibilidade. Irretroatividade. 
1- Pretendo da União de obter reintegração de posse contra a empresa proprietária da Barraca Segredos do Mar – 12, localizada na Praia do Francês , no Município de Marechal Deodoro/ Al, que comercializaalimentos e bebidas. 
2- Do conjunto probatório colacionado aos autos verifica-se que a ocorrência do esbulho restou comprovada , em razão de que o citado estabelecimento comercial foi construído em terreno da marinha, sem autorização da União para a sua regular ocupação, nos termos DL n. 9760/46, além do que foi construído em local destinado como área verde, ou seja , não sujeita a edificação, bem como vem expandindo irregularmente em direção a praia, área de uso comum do povo , o que é vedado o art. 10, Caput, 1 e 3, da lei n. 7661/88. 
3- Sendo as praias bens públicos da União de uso comum do povo, não são legalizáveis as construções e limitações nelas empreendidas, por não serem passíveis de ocupação individual por particular. 
4- Apesar de irregular, sendo a posse de boa-fé, haja vista que a Barraca em questão teve o apoio da Empresa Alagoana de Turismo, o que deu a aparência de regularidade à situação, é cabível indenização pela demolição das construções, a teor do art.1255 do CC/2002. 
5- A imposição de multa pela União, em face da ocupação irregular, nos termos da Lei n.9636, de 
15.05.1998, não devida, visto que a ocupação do terreno é anterior ao referido dispositivo legal, que não pode retroagir para estipular multas por infrações administrativas. Apelações e remessa oficial improvidas. (TRF,5 R., AP. n.2002.800.000.13756/Al, rel. Des. Frederico Pinto de Azevedo , j.05.07.207). 
 
Art.100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Nelson Duarte afirma na pag.86 do CC(Comentado), Ed. Manole( 14 edição , ano 2020) , que os bens de uso Comum do povo e os de uso especial são inalienáveis ou indisponíveis, por que destinados à coletividade ou ao serviço público, respectivamente. Há duas modalidades de bens públicos: os de domínio público do Estado, compreendendo os de uso comum e os de uso especial, e os de domínio privado do Estado, ou seja os bens dominicais. Os de uso comum do povo sequer têm valoração patrimonial; os demais possuem valor patrimonial, mas o de uso especial são inalienáveis, porque afetados. 
 
ART. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei . Os bens dominicais se acham no chamado patrimônio disponível, consoante se extrai do Regulamento do C de Contabilidade Pública da União ( Decreto n. 15.783, de 08.11.1922, art. 807),podendo ser alienados. 
 
ART. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a Usucapião. 
 
Jurisprudência: Súmula n.340, STF: Desde a vigência do CC, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião. 
 
Processo Civil e reintegração de pose. Agravo retido. Benfeitorias. Indenização. Posse clandestina, sem justo título e sem boa-fé. 
1- Os réus deixaram de pedir expressamente o julgamento do agravo retido, na forma da norma ínsita no ART. 523, parágrafo único, do CPC [sem correspondente no CPC/2015], impondo-se, assim, ele não conhecer. 
2- Os bens públicos são insuscetíveis de Usucapião, nos termos do ART. 183, da CF e do ART. 102, do novo CC, sendo portanto legitima a pretensão do Instituto Nacional do Seguro Social no sentido da reintegração de posse do imóvel. 
3- A questão da indenização das benfeitorias realizadas no imóvel, requer uma ponderação acerca da aferição da boa-fé dos possuidores, conforme preceitua o parágrafo único do ART.71, do DL n. 9760/46. 
4- Os réus invadiram o terreno, levantando edificações para sua residências por sua conta e risco, foto este que não foi negado em contestações. Assim a pose se deu de forma clandestina, sem justo título e sem boa-fé. Em consequências, inexistindo boa-fé, não fazem os réus jus à indenização pelas benfeitorias realizadas (ART.1219,CC). 
5- Agravo retido não conhecido e recurso improvido. ( TRF,2, Ap. n. 251.253,Proc. 
2000.020.106.36294/RJ, rel. Juíza Liliane Roriz, j.11.05.2005 
Ação de usucapião. Bem de propriedade da prefeitura. Indisponibilidade. Recurso provido. Os bens pertencentes às pessoas Jurídicas de direito público são bens públicos e por isso não são sustentáveis de Usucapião, consoante estabelecem o art.183, o parágrafo único do ART. 191 da CF, o art. 102 do CC/2002 e a súmula n. 340 do STF.( TJMG, Proc. 10672.02.088854-7/001(1), rel. Otávio Portes, j.03.10.2007, publicação 09.11.2007) 
 
ART. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencem. 
 
Bem de família
Podem os cônjuges ou a entidade familiar mediante escritura pública ou testamento destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial. (Lei 8.009/1990)
Impenhorabilidade do bem de família
 
O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam proprietários e nele residam. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde quitados.
Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos. Ou seja,são os bens considerados de ostentação, desnecessários para sobrevivência da pessoa. A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: Em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias.
Teoria do Patrimônio Mínimo da pessoa Humana
A Teoria do Estatuto Jurídico do Patrimônio Mínimo, amparada na dignidade da pessoa humana, sustenta que, em perspectiva constitucional, as normas civis devem sempre resguardar um mínimo de patrimônio, para que cada indivíduo tenha vida digna.
No ordenamento jurídico brasileiro é possível verificar a proteção ao patrimônio mínimo na impenhorabilidade do bem de família e também naquelas esculpidas no artigo 833 do novo Codex Processual Civil (correspondente ao antigo artigo 649 do CPC/1973).
No entanto, o julgador não deve estar limitado àquele rol, podendo estender a proteção conforme a situação do caso concreto atendendo, especialmente, o princípio-regra da dignidade da pessoa humana. 
De início, pontuamos que a iterativa Jurisprudência dos Tribunais Pátrios, consagram a concepção de que a impenhorabilidade dos rendimentos de aposentadoria é relativa e tem como escopo proteger o devedor para que receba os valores essenciais ao pagamento de suas despesas mensais ordinárias indispensáveis a sua mantença. Nessa esteira, a proteção que se refere o artigo 833, inciso X do novo pergaminho processual civil, em tese, persiste apenas para o mês em que houve o recebimento da verba salarial, sendo possível que o saldo positivo remanescente de determinado mês sofra a constrição, pois não goza mais da proteção legal supramencionada.
Há corrente doutrinária e jurisprudencial que sustenta a legalidade de tal ordem, com base no seguinte raciocínio: os valores remanescentes do salário ou dos proventos da aposentadoria de um mês para o outro perdem o seu caráter alimentar, entrando na esfera de disponibilidade financeira daquele que detém a referida “sobra” de capital. Nesse sentido, já decidiu o Superior Tribunal de Justiça em sede do RMS 25.397/DF (rel. min. Nancy Andrighi, 3ª Turma, julgado em 14/10/2008, DJe 03/11/2008).
 
Pg. 87.ed.manole( Código Civil comentado).edição 14.2020. 
Biografia. 
Resumo retirado do Código Civil comentado. 
Editora: Manole 
Edição :2020 
Páginas: 76,77,78,79,80,81,82,83,84,85,86 e 87 
Código Civil comentado ( Doutrina e Jurisprudência). Lei n. 10.406, de 10.01.2002.Coordenador: Ministro Cezar Peluso 
Autores: Cláudio L. Bueno de Godoy, Francisco Eduardo Loureiro , Hamid Charada Bdine Jr, Nelson Duarte, Nelson Rosenvald, Marcelo Fortes Barbosa filho, Mauro Antonini. Ed. Atualizada de acordo com as Leis números 13.792, 13.811 e 13.874.

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