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Aula Direito Civil VERSAO PROF PDF

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TEORIA DO DIREITO PRIVADO
• São Formas gerais do Direito: a) direito subjetivo (faculdade de 
agir) e objetivo (a norma de agir); b) direito público e privado. 
 
• O Direito Romano (Ulpiano) dividia o Direito em Direito Público 
(Estado dos Negócios Romanos) e Direito Privado (Interesses 
particulares). 
Atualmente, adota-se: 
- Público: Direito Constitucional; Direito Administrativo; Direito 
Internacional; Direito Tributário; Direito Processual; Direito Penal. 
- Privado: Direito Civil; Direito do Trabalho e Direito Comercial 
(marítimo, aéreo, societário, agrário e autoral). 
Direito Privado – Direito Particulares (direitos sociais).
• Direito Civil (extrapatrimoniais) é mais 
extenso que o Direito Comercial (interesses 
patrimoniais). 
• Sob o ponto de vista da natureza, o Direito 
Civil encara os bens como valor de uso. O 
Comercial, como valor de troca. 
• Direito trabalho: Público? Privado? Misto 
(coluna do meio)? Novo genus (NDA)?
Conceito de Direito 
• Aspecto Formal: Direito é a regra de conduta 
imposta coativamente aos homens. 
• Aspecto Material: é a norma nascida da 
necessidade de disciplinar a convivência 
social. 
A realidade jurídica compõe-se de dois 
elementos, o material (fatos sociais) e formal 
(conjunto de normas). 
A norma jurídica.
• A norma jurídica compõe-se de 2 
elementos: 
- um preceito (obrigações e proibições); 
- Uma sanção (consequência jurídica). No 
Direito Privado, não existem, senão 
excepcionalmente, sanções pessoais. As 
sanções patr imonia i s tem caráter 
ressarcitório, isto é, reparar o dano. 
Destinatários das Normas. 
• Primárias: dirigem-se aos indivíduos. 
• Secundárias: autoridades encarregadas de 
aplicá-las.
Conceito de Direito Civil 
Direito Civil (conceito): É o complexo de 
normas jurídicas relativas às pessoas na 
sua constituição geral e comum (direitos 
de personalidade), nas suas relações 
recíprocas de família (direito de família) e 
em face dos bens considerados em seu 
valor de uso (direito das coisas e das 
obrigações (Clovis Beviláqua)
Importância do Direito Civil 
• O Direito Civil é ramo básico do Direito 
Privado, é o direito comum. 
• O Direito Civil é a espinha dorsal do curso 
jurídico, pois traz institutos, conceitos e 
regras que se aplicam a todos os ramos do 
Direito: prescrição, decadência, posse e 
propriedade, ato ilícito, atos e fatos jurídicos, 
etc. 
• Os demais ramos do Direito se formaram em 
razão da necessidade de especialização de 
interesses. 
FONTES HISTÓRICAS
• A evolução do Direito Civil parte do Direito ariano, 
prolongando-se pelo Direito grego, romano e medieval. 
- Inicia-se o estudo pelo Direito romano, que dividia-se em 3 
partes: direito das coisas, das gentes e das ações. 
- Após, o imperador Maximiliano adotou o direito romano na 
Alemanha. Até então era por usos e costumes. O povo alemão 
renunciou ao Direito nacional para submeter ao Direito 
Romano (1.000 anos de existência). 
- O Direito Canônico – Concorreu consideravelmente para a 
formação do Direito Civil moderno. 
- No Brasil, o Direito Romano e o Direito Canônico eram fontes 
subsidiárias do Direito Civil, enquanto não se criou seus 
Direito Independente do Direito português.
FONTES DO DIREITO
• Fontes formais: Lei e costume. (jurisprudência e princípios gerais do Direito). 
• Nas palavras do autor Carlos Roberto Gonçalves, “A expressão fontes do direito, 
tanto significa o poder de criar normas jurídicas quanto a forma de expressão 
dessas normas”. 
• Washington de Barros Monteiro, “são os meios pelos quais se formam ou se 
estabelecem as normas jurídicas. São os órgãos sociais de que dimana o direito 
objetivo”. 
• Lei (geral, impessoal e objetiva): No mais amplo sentido da palavra, a lei 
abrange normas jurídicas, tecnicamente conhecidas como por outras 
denominações, tais como: decreto e o regulamento (execução dos diplomas 
legais). 
• Costume: Uso geral constante e notório, com convicção de corresponder a uma 
regra jurídica. (Ex.: Fila). Precisa ter 2 requisitos: objetivo (uso – observância 
uniforme da regra) e subjetivo (convicção de corresponde a uma necessidade 
jurídica). Não se confunde com usos convencionais (cláusulas de estilo). 
• Lei (geral, impessoal e objetiva): No mais amplo sentido 
da palavra, a lei abrange normas jurídicas, 
t e cn i camente conhec i da s como po r ou t r a s 
denominações, tais como: decreto e o regulamento 
(execução dos diplomas legais).
• A jurisprudência (conjunto de decisões dos tribunais sobre as 
matérias de sua competência ou uma série de julgados 
similares): Muitos consideram como fonte formal do Direito, 
ao lado do costume. 
- Duas razões principais para a exclusão (Orlando Gomes): 
1. O juiz é escravo da Lei. 
2. É que o julgado produz efeito unicamente entre as partes. 
A doutrina: É o pensamento dos estudiosos do Direito reduzido a 
escrito. Já foi fonte de direito na roma antiga. Por ser meras 
opiniões pessoais dos escritores, não tem força vinculante.
Classificação das Leis.
• Mais que perfeitas: são as que estabelecem ou autorizam a aplicação de duas sanções (a nulidade do ato 
praticado e a aplicação de uma pena ao violador) na hipótese de serem violadas. Como exemplo, temos o 
art. 19 da Lei de Alimentos (Lei n° 5.478/68) e seu § 1º preveem, a pena de prisão para o devedor de 
pensão alimentícia e ainda a obrigação de pagar as prestações vencidas e vincendas, sendo que o 
cumprimento integral da pena corporal não o eximirá da referida obrigação. Em alguns casos, uma das 
sanções é de natureza penal, como a prevista para o crime de bigamia (CP, art. 235), aplicada 
cumulativamente com a declaração, no cível, de nulidade do casamento (CC, arts. 1.521, VI, e 1.548, II). 
• Perfeitas: são aquelas que impõem a nulidade do ato simplesmente, sem cogitar a aplicação de pena ao 
violador, como por exemplo, a nulidade do negócio jurídico celebrado por pessoa absolutamente incapaz 
(CC, art. 166, I). 
• Menos que perfeitas: são as que não acarretam a nulidade ou a anulação do ato ou negócio jurídico na 
circunstância de serem violadas, somente impondo ao violador uma sanção. Como por exemplo, não 
devem casar o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos 
bens do casal e der partilha aos herdeiros (CC, art. 1.523, I). 
• Imperfeitas: são as leis cuja violação não acarreta nenhuma consequência jurídica. São consideradas 
normas sui generis, não propriamente jurídicas, pois estas são autorizantes. Podemos citar como 
exemplo, as obrigações decorrentes de dívidas de jogo e de dívidas prescritas, que não obrigam a 
pagamento (CC, art. 814). O ordenamento não autoriza o credor a efetuar a sua cobrança em juízo.
• Imperativas: São as leis que exprimem determinadas ordens. 
Como por exemplo, o art. 5° da CF/88 - Todos são iguais 
perante a lei. 
• Proibitivas: São as leis que impedem, censuram, proíbem 
algo. Como por exemplo, o art. 426 do CC - Não pode ser 
objeto de contrato a herança de pessoa viva. 
• Facultativas: São aquelas que se caracterizam por não serem 
obrigatórias. Como por exemplo, o direito de adotar. 
• Punitivas: São aquelas que se caracterizam por punir, 
penalizar. Como por exemplo, o art.942 do CC - Reparação do 
dano.
• Qualquer Lei somente começa a vigorar com a 
publicação no D.O. (Diário Oficial). 
• Vigorar s ign i f i ca ter força obr igatór ia , ter 
executoriedade, significa que a Lei já pode produzir 
efeitos para os casos concretos nela previstos, ou seja, 
aquelas situações reais que se enquadram em sua 
regulamentação. 
• Após a publicação é OBRIGATÓRIA! NÃO CABE ALEGAR 
DESCONHECIMENTO (art. 3º). 
• Início: Após 45 dias (Art. 1º LICC). 
• Vacatio legis: Período entre publicação e entrada em 
vigor. Serve para melhor divulgação e alcance. Não tem 
validade! 
• Desuso não revoga Lei.
• Atenção aluno! Tenha cuidado! publicação é diferente 
de promulgação. 
 
• Promulgação é o nascimento da lei em sentido amplo,é 
ato solene que atesta a existência da lei. A publicação é 
exigência necessária para a entrada em vigor da lei. Os 
prazos para vigência são contados a partir da publicação 
da lei. Lei vigente será lei obrigatória. 
• Importante: caso a lei indique expressamente em seu 
texto, “Esta Lei entra em vigor na data de sua 
publicação” não há de se falar em vacatio legis, isto 
porque, se a lei passa a vigorar na data de sua 
publicação não existe vacância.
• Quando a obrigatoriedade da Lei brasileira for 
admitida em Estados estrangeiros, esta se 
inicia 3 (três) meses depois de oficialmente 
publicada, de acordo com o § 1º do art. 1 da 
LINDB: 
• Art.1º §1 “Nos Estados, estrangeiros, a 
obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de 
oficialmente publicada.” Importante: um prazo 
de 3 meses é diferente de um prazo de 90 dias. 
• AB-ROGAÇÃO: Revogação total da Lei por outra. 
 Expressa. 
 Tácita (incompatível ou regule 
inteiramente a matéria anterior). 
• DERROGAÇÃO: Revogação parcial por outra. 
• Irretroatividade: Direito adquirido (incorporou 
ao patrimônio), coisa julgada (decisão 
i r recor r í ve l ) e a to ju r íd i co per fe i to 
(consumado).
• Ainda no artigo 2º agora em seu § 3º temos: “Salvo 
disposição em contrário, a lei revogada não se 
restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. 
Este parágrafo trata da chamada repristinação. Que 
significa restaurar o valor obrigatório de uma lei que foi 
anteriormente revogada. 
Somente ocorrerá REPRISTINAÇÃO (Lei “A” voltará a 
valer) se a Lei “C” assim dispuser expressamente. Não 
há repristinação automática. 
Para a realização da interpretação, existem algumas técnicas e elas 
são cobradas em concurso, então vamos a elas: 
 
• Gramatical: onde o interprete analisa cada termo do texto 
normativo, observando-os individual e conjuntamente. 
• Lógica: nesta técnica o interprete irá estudar a norma através de 
raciocínios lógicos. 
• Sistemática: onde o interprete analisará a norma através do 
sistema em que se encontra inserida, observando o todo para 
tentar chegar ao alcance da norma no individual, examina a sua 
relação com as demais leis, pelo contexto do sistema legislativo. 
• Histórica: onde se analisará o momento histórico em que a lei foi 
criada. 
• Sociológica ou teleológica: é técnica que está prevista no artigo 5º 
da LINDB: “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a 
que ela se dirige e as exigências do bem comum”.
Classificação das Fontes do Direito
FONTES DO DIREITO
Estruturação do Código Civil
PARTE GERAL 
• Na Parte Geral contemplam-se: 
- O sujeito de direito (pessoas): natural e jurídica 
(arts. 1º a 69) e domicílio (arts. 70 a 78). 
- O objeto do direito (bens jurídicos): imóveis, 
móveis; fungíveis e consumíveis; divisíveis e 
indivisíveis; singulares e coletivos; reciprocamente 
considerados; públicos e particulares. 
- Os fatos jurídicos: negócio jurídico; atos jurídicos 
lícitos; atos ilícitos; prescrição e decadência; da 
prova.
Parte Especial.
• - Direito das obrigações; 
• - Direito de empresa; 
• - Direito das coisas; 
• - Direito de família; 
• - Direito das Sucessões; 
• *Disposições Transitórias. 
PRINCÍPIOS DO DIREITO CIVIL
- Da personalidade. 
- Da autonomia da vontade. 
- Da liberdade de estipulação negocial. 
- Da propriedade individual. 
- Da intangibilidade familiar. 
- Da legitimidade da herança e do direito 
de testar. 
- Da solidariedade social.
A Constitucionalização do Direito Civil.
• A constitucionalização do Direito Civil significa 
a  irradiação dos efeitos das normas e dos 
valores constitucionais no Direito Civil. 
• Segundo o qual, na metáfora de Ricargo 
Lorenzetti: "o sol ocupa o centro do sistema 
solar e emana raios que atingem todos os 
planetas", já a Constituição ocupa o centro do 
sistema jurídico e seus princípios atingem 
todos os Códigos, Leis e Microssistemas. 
• Antigamente Direito Civil e Constituição não 
se misturavam.
•  A constitucionalização do Direito Civil acarreta duas consequências: 
i. a penetração do princípio da dignidade da pessoa humana na nova 
dogmática jurídica. Há a despatrimonialização. Ser, volta a ser 
mais importante do que ter. 
ii. a aplicabilidade dos direitos fundamentais às relações privadas. 
Pode uma escola judaica recusar a matrícula de crianças não 
judias? Pode uma escola católica tradicional recusar a matricula de 
filho de pais divorciados? Pode o locador despejar o locatário, 
porque ele pratica no imóvel cultos umbandistas? Pode um contrato 
de trabalho prever que um empregado não fará nenhum tipo de 
manifestação política?  
Assim, os princípios constitucionais como: Dignidade da pessoa humana 
(art. 1º, III, da CF); solidariedade (art. 3º, I, da CF); e, a isonomia ou 
igualdade (caput, do art. 5º, CF), são aplicados junto ao Direito Privado.
• Na lição Kantiana as coisas têm um preço, 
a s p e s s o a s t ê m d i g n i d a d e e , 
consequentemente, o Direito, antes de 
assegurar a subsistência dos valores 
patrimoniais, ele existe para assegurar a 
prevalência dos valores existenciais. 
Princípios do CC/02 
Segundo Miguel Reale, sistematizador e coordenador da comissão elaboradora 
do CC, três são os princípios norteadores da codificação: 
  
1) Operabilidade: significa dar clareza ao sistema, pois, sendo claro pode ser 
compreendido e aplicado. Ex.: distinção entre prescrição e decadência. 
  
2) Socialidade: enquanto o antigo código era individualista e atendia 
primordialmente aos interesses do indivíduo, o atual código dá primazia ao 
interesse social, da coletividade. Ex.: redução dos prazos de usucapião; função 
social do contrato. 
  
3) Eticidade: é o abandono do formalismo jurídico pelo qual o juiz era a "boca" da 
lei (sistema fechado), adotando-se cláusulas gerais e conceitos indeterminados a 
serem preenchidos pelo juiz de acordo com o caso concreto. Ex.: boa-fé objetiva; 
redução da indenização por equidade (art. 944, parágrafo único, do CC).
PESSOA NATURAL (FÍSICA).
• Conceituação jurídica: ente físico ou moral, 
susceptível de direitos e obrigações. 
Espécies: 
 
 Natural agrupamento de humanos com 
 interesses comuns.
Pessoas Naturais: Início de sua 
Existência e Personalidade.
• Personalidade é adquirida com o nascimento 
com vida e se encerra com a morte. (art. 2º) 
Mas a Lei também protege o nascituro. (?) 
 Não possui personalidade 
 jurídica material, apenas 
 formal.
Art. 2o do CC/02.
A personalidade civil da pessoa 
começa do nascimento com 
vida; mas a lei põe a salvo, 
desde a concepção, os direitos 
do nascituro. 
- ENUNCIADO DO CJF Nº 1: 
Art. 2º: a proteção que o Código defere ao nascituro alcança o 
natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como 
nome, imagem e sepultura. 
ENUNCIADO Nº 2 
Art. 2º: sem prejuízo dos direitos da personalidade nele assegurados, o 
art. 2º do Código Civil não é sede adequada para questões emergentes 
da reprogenética humana, que deve ser objeto de um estatuto próprio. 
(ECA) Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à 
saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: 
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão 
plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras 
formas normatizadas pela autoridade administrativa competente;
LEI DE REGISTRO PUBLICO. 
Art. 50. Todo nascimento que ocorrer 
no território nacional deverá ser dado a 
registro, no lugar em que tiver ocorrido 
o parto ou no lugar da residência dos 
pais, dentro do prazo de quinze dias, 
que será ampliado em até três meses 
para os lugares distantes mais de trinta 
quilômetros da sede do cartório. 
Art. 52. São obrigados a fazer a 
declaração de nascimento: 
1) o pai ou a mãe, isoladamente ou em 
conjunto, observado o disposto no § 2º 
do art. 54; 
2) no casode falta ou de impedimento 
de um dos indicados no item 1º, outro 
indicado, que terá o prazo para 
dec la ração p ro r rogado po r 45 
(quarenta e cinco) dias;
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%202&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art2
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%202&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art2
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%202&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art2
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=b04b894.72d2d296.0.0&nid=2ffb#JD_LEI-0006015Art54
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=b04b894.72d2d296.0.0&nid=2ffb#JD_LEI-0006015Art54
• Teorias do nascituro (adquire personalidade jurídica). 
1) Natalista – Nascimento com vida. 
2) Da personalidade condicional - afirma que a personalidade jurídica 
começa com o nascimento com vida, mas os direitos do nascituro 
estão sujeitos a uma condição suspensiva, portanto, sujeitos à 
condição, termo ou encargo. Ao ser concebido o nascituro poderia 
titularizar alguns direitos extrapatrimoniais, como, por exemplo, à 
vida, mas só adquire completa personalidade quando implementada 
a condição de seu nascimento com vida. 
3) Concepcionista – Desde a concepção já teria personalidade jurídica. 
* A proteção conferida pelo CC ao nascituro em relação aos direitos de 
personalidade alcança o natimorto. 
* Para o Direito Civil, nascer com vida é respirar. 
CAPACIDADE.
• Capacidade de adquirir direitos e contrair obrigações na 
vida civil se dá o nome de capacidade de gozo ou de 
direito. Ela é inerente à pessoa humana (sem isto se 
perde a qualidade de pessoa), neste sentido capacidade 
tem a mesma significação de personalidade. 
• Porém, esta capacidade de direito pode vir a sofrer 
algumas restrições legais (limitações), por causas 
diversas, no seu exercício. 
• À capacidade de exercer por si mesmo os atos da vida 
civil se dá o nome de capacidade de fato ou de 
exercício. 
ARTS. 3º e 4º do CC/02
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer 
pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 
(dezesseis) anos. 
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou 
à maneira de os exercer: 
- os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não 
puderem exprimir sua vontade; 
V - os pródigos. 
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos 
completos, quando a pessoa fica habilitada à prática 
de todos os atos da vida civil. 
Obs.: O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não 
emancipado pode ser mandatário, mas o mandante não 
tem ação contra ele senão de conformidade com as regras 
gerais, aplicáveis às obrigações contraídas por menores. 
(art. 666 do CC/02).
ECA: 
Art. 2º Considera-se criança, para os 
efeitos desta Lei, a pessoa até doze 
anos de idade incomp le tos , e 
adolescente aquela entre doze e 
dezoito anos de idade. 
Parágrafo único. Nos casos expressos 
em lei, aplica-se excepcionalmente 
este Estatuto às pessoas entre dezoito 
e vinte e um anos de idade. 
• São 2 espécies de capacidade: 
- Capacidade de gozo ou de direito, oriunda da 
personalidade, e que é à pessoa. 
- Capacidade de fato ou de exercício (18 anos), quando 
se pode exercer os direitos por si só. 
Ex.: Um bebê não consegue exercer seu direito por si só. 
Se a capacidade é plena a pessoa estará conjugando tanto 
a capacidade de direito (gozo) como a de fato (exercício). 
INCAPACIDADE. 
• É a restrição legal para determinados atos 
da vida civil. 
• Todas as incapacidades estão previstas em 
Lei, pois são exceção. A capacidade é a 
regra. 
Capacidade legitimação (ex.: outorga 
uxória).
Art. 5o, Parag. Unico 
Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na 
falta do outro, mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial, ou 
por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor 
tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino 
superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou 
pela existência de relação de emprego, desde 
que, em função deles, o menor com dezesseis 
anos completos tenha economia própria.
ENUNCIADO CJF Nº 530 
A r t . 5 º ( p a r á g r a f o ú n i c o ) : a 
emancipação, por si só, 
não elide a incidência do 
Estatuto da Criança e do 
Adolescente. 
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%205&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art5
Suprimento da incapacidade.
• Absolutamente incapazes (proibição total de 
exercer o direito) – representação NULO! 
• Ex.: Menores de 16 anos, enfermidade ou doença 
mental. 
• Relativamente incapazes – assistência anulável. 
• Ex.: maiores de 16, ébrios habituais, toxicômanos, 
não possa exprimir a vontade (transitória ou 
p e r m a n e n t e ) , o s p r ó d i g o s ( g a s t a 
desordenadamente, ficando na miséria – depende 
de sentença), índio. 
Cessação da Incapacidade.
• Quando desaparecem as condições. 
- Emancipação (instrumento público ou 
sentença). 
- Casamento. 
- Exercício de emprego público efetivo. 
- Colação de grau em curso superior. 
- Estabelecimento civil ou comercial, desde que 
o menor com 16 anos completo tenha 
economina própria. 
• A responsabilidade civil pelos filhos menores é dos pais, e é 
objetiva. A do menor é subsidiária. 
• Emancipado (voluntária (escritura), legal (casamento) e 
judicial): Responsabilidade solidária dos pais (art. 5º, I). 
Demais casos (§ único do art. 5º), a responsabilidade é do 
menor. Obs.: irrevogável, definitiva e só vale na esfera cível. 
• O STJ entende que somente a emancipação legal ou judicial 
excluir a responsabilidade civil dos pais, a voluntária não. 
LRP: Art. 91. Quando o juiz conceder emancipação, deverá 
comunicá-la, de ofício, ao oficial de registro, se não constar 
dos autos haver sido efetuado este dentro de 8 (oito) dias.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE CIVIL.
A existência da pessoa natural termina com a morte (real ou 
presumida), devidamente averbada em registro público. Real 
= corpo. Presumida = não há corpo. 
A morte pode ser presumida: 
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de 
ausência: 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo 
de vida; 
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não 
for encontrado até dois anos após o término da guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, 
somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e 
averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do 
falecimento.
ENUNCIADO Nº 614 da CJF:
Os efeitos patrimoniais da presunção de morte 
posterior à declaração da ausência são aplicáveis aos 
casos do art. 7º, de modo que, se o presumivelmente 
morto reaparecer nos dez anos seguintes à abertura 
da sucessão, receberá igualmente os bens existentes 
no estado em que se acharem. 
(LRP) Art. 88. Poderão os juízes togados admitir 
justificação para o assento de óbito de pessoas 
desaparecidas em naufrágio, inundação, incêndio, 
terremoto ou qualquer outra catástrofe, quando 
estiver provada a sua presença no local do desastre e 
não for possível encontrar-se o cadáver para exame. 
Parágrafo único. Será também admitida a justificação 
no caso de desaparecimento em campanha, provados 
a impossibilidade de ter sido feito o registro nos 
termos doart. 85 e os fatos que convençam da 
ocorrência do óbito. 
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%207&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art7
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=b04b894.72d2d296.0.0&nid=203e5#JD_LEI-0006015Art85
• Comoriência: presunção de morte 
simultânea de 2 indivíduos, não se 
podendo determinar quem morreu 
primeiro. 
“Não havendo a possibilidade de saber quem é herdeiro de quem, a lei presume que 
as mortes foram concomitantes. Desaparece o vinculo sucessório entre ambos. Com 
isso, um não herda do outro e os bens de cada um passam aos seus respectivos 
herdeiros. (DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Sucessões. 7. ed. rev. 
atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010, pág. 286).
Individualização da Pessoa Natural: 
Nome, Estado e Domicílio. 
• A identificação da pessoa natural se dá sob três 
aspectos: nome, estado e domicílio. 
• Nome: É um dos mais importantes atributos e 
também direito da personalidade. Elementos 
constitutivos: prenome (individual de casa pessoa) 
e patronímico (nome da família ou sobrenome). 
• Agnome: sinal distintivo que acrescenta ao nome 
(ex.: júnior, filho, neto, sobrinho, etc.) 
• Alcunha ou epíteto: Apelido. Ex.: Lula. 
• Hipocorístico: Para expressar carinho. Nando 
(Fernando). 
Art. 16 (CC/02). Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o 
sobrenome. 
———————————- LEI DE REGISTROS PUBLICOS 
Art. 55. Quando o declarante não indicar o nome completo, o oficial lançará adiante do prenome 
escolhido o nome do pai, e, na falta, o da mãe, se forem conhecidos e não o impedir a condição 
de ilegitimidade, salvo reconhecimento no ato. 
Art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, 
pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos 
de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa. 
OBS.: Possível quando a pessoa é conhecida desde pequeno por outro nome (Recurso Especial 
nº 1.217.166/MA (2010/0175173-1), 4ª Turma do STJ, Rel. Marco Buzzi. DJe 24.03.2017). 
Art. 57. A alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após audiência 
do Ministério Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, 
arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração pela imprensa, ressalvada a hipótese do 
art. 110 desta Lei. 
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg05lo.nfo&d=LEI-0006015%20Art%20110&sid=b04b894.72d2d296.0.0#JD_LEI-0006015Art110
VISAO JURISPRUDENCIAL 
DO SUPERIOR TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA
A regra no ordenamento jurídico é a imutabilidade 
do prenome, um direito da personalidade que 
designa o indivíduo e o identifica perante a 
sociedade, cuja modificação revela-se possível, no 
entanto, nas hipóteses previstas em lei, bem como 
em determinados casos admitidos pela 
jurisprudência. 
Julgados: REsp 1728039/SC, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO 
BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 12/06/2018, DJe 
19/06/2018; REsp 1626739/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE 
SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 09/05/2017, DJe 
01/08/2017; REsp 1217166/MA, Rel. Ministro MARCO BUZZI, 
QUARTA TURMA, julgado em 14/02/2017, DJe 24/03/2017; AgRg no 
AgRg no AREsp 594598/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO 
SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/09/2015, DJe 
24/09/2015; AgRg no AREsp 253087/MT, Rel. Ministro RAUL 
ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 16/12/2014, DJe 19/12/2014; 
REsp 1412260/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 15/05/2014, DJe 22/05/2014. (Vide Informativo de 
Jurisprudência N. 482) (Vide Legislação Aplicada LEI N. 10.406/2002 - 
CÓDIGO CIVIL: PARTE GERAL - Art. 16) 
•
• O nome é inalterável. Exceções: 
❑ Expuser ao ridículo. 
❑ Erro grave evidente. 
❑ Embaraço no setor eleitoral ou atividade profissional. 
❑ Quando houver mudança de sexo. 
❑ Quando houver apelido público e notório (Xuxa). 
❑ Quando for necessário para proteger testemunhas ou 
vítimas. 
❑ Quando enteado quiser adotar o sobrenome do padastro. 
❑ Em decorrência do direito à dupla cidadania, de forma a 
unificar os registros (Vide Jurisprudência em Teses N. 80 
– TESE 5 do STJ).
O transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração de seu prenome e de sua 
classificação de gênero no registro civil, exigindo-se, para tanto, nada além da 
manifestação de vontade do indivíduo, em respeito aos princípios da identidade e da 
dignidade da pessoa humana, inerentes à personalidade. 
Julgados: REsp 1561933/RJ, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 20/03/2018, DJe 23/04/2018; REsp 1626739/RS, Rel. Ministro LUIS 
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 09/05/2017, DJe 01/08/2017; REsp 
737993/MG, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 
10/11/2009, DJe 18/12/2009; REsp 1008398/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 15/10/2009, DJe 18/11/2009; REsp 1548879/SP (decisão 
monocrática), Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado 
em 15/06/2018, publicado em 29/06/2018; REsp 1631644/MT (decisão monocrática), 
Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/05/2018, 
publicado em 28/05/2018. (Vide Informativo de Jurisprudência N. 608) (Vide Pesquisa 
Pronta) (Vide Jurisprudência em Teses N. 80 – TESE 7) (Vide Repercussão Geral - TEMA 
761)
A voz humana encontra proteção nos direitos da personalidade, seja como direito 
autônomo ou como parte integrante do direito à imagem ou do direito à identidade 
pessoal. 
Julgados: REsp 1630851/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 27/04/2017, DJe 22/06/2017; REsp 794586/RJ, Rel. Ministro RAUL 
ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 15/03/2012, DJe 21/03/2012. (Vide Informativo 
de Jurisprudência N. 606) 
SITUAÇÃO DO NOME NO CASAMENTO/DIVÓRCIO. 
A continuidade do uso do sobrenome do ex-cônjuge, à exceção 
dos impedimentos elencados pela legislação civil, afirma-se como 
direito inerente à personalidade, integrando-se à identidade civil 
da pessoa e identificando-a em seu entorno social e familiar. (STJ, 
Julgados: REsp 1732807/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 14/08/2018, DJe 17/08/2018) 
O direito ao nome, enquanto atributo dos direitos da personalidade, 
torna possível o restabelecimento do nome de solteiro após a 
dissolução do vínculo conjugal em decorrência da morte. (STJ, 
Julgados: REsp 1724718/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 22/05/2018, DJe 29/05/2018. (Vide 
Informativo de Jurisprudência N. 627) 
Estado (status) da pessoa natural. 
• Estado individual ou físico – Diz respeito a 
constituição física ou orgânica da pessoa 
(maior, menor, macho, fêmea, saúde ou se 
tem doença incapacitante). 
• Estado familiar – A posição que ocupa 
dentro da família. 
• Estado político – Qualidade que advém da 
posição da pessoa na sociedade (nacionais 
(natos e naturalizados), estrangeiros). 
DOMICÍLIO
• É onde a pessoa natural está fixada. 
• Domicílio residência. Residência é aonde a 
pessoa habita. Habitação = transitório (casa de 
praia). 
• Elementos característicos do domicílio civil: 
- Objetivo: que fixa a pessoa a determinado lugar. 
- Subjetivo: vontade da pessoa de permanecer no 
lugar.
LEI DE INTRODUÇÃO AO 
CODIGO CIVIL 
Art. 7º A lei do país em que for 
domiciliada a pessoa determina as 
regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade 
e os direitos de família. 
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do 
país em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer 
que seja a natureza e a situação dos bens. 
ENUNCIADONº 408 DA CJF 
Arts. 70 e 7º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
Para efeitos de interpretação da expressão "domicílio" do art. 7º da 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, deve ser 
considerada, nas hipóteses de litígio internacional relativo a criança 
ou adolescente, a residência habitual destes, pois se trata de 
situação fática internacionalmente aceita e conhecida. 
Art. 70 DO CODIGO CIVIL. 
O domicí l io da pessoa 
natural é o lugar onde ela 
estabelece a sua residência 
com ânimo definitivo. 
Art. 72. É também domicílio 
da pessoa natural, quanto às 
relações concernentes à 
profissão, o lugar onde esta 
é exercida. 
A r t . 7 4 . M u d a - s e o 
domicílio, transferindo a 
residência, com a intenção 
manifesta de o mudar. 
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2070&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art70
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=DECLEI-0004657%20Art%207&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_DECLEI-0004657Art7
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=DECLEI-0004657%20Art%207&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_DECLEI-0004657Art7
• Domicílio profissional (art. 72): É também 
domicílio da pessoa natural, quanto às 
relações concernentes à profissão, o lugar 
onde esta é exercida. 
• Se a pessoa não tiver domicílio certo, será 
considerado o lugar aonde estiver. Ex.: 
cigano. 
• Se tiver mais de um, será qualquer um 
deles.
Quanto a origem, o domicílio se classifica em: legal 
(incapaz (representante), servidor (lugar aonde exerce 
suas funções), preso (lugar aonde cumpre pena), 
marítimo ou aeronáutico (sede do comando), militar 
(aonde servir) - VIDE ART. 76 DO CC/02) ou voluntário. 
Quanto natureza, geral (legal e voluntário) e especial 
(acordo das partes – contrato – autonomina da vontade). 
_______________ 
SÚMULA Nº 335 (art. 78 do Código Civil). 
É válida a cláusula de eleição do foro para os processos oriundos do contrato. 
Direitos da Personalidade (art. 11 ao 
21).
A pessoa natural tem direitos inerentes a sua 
personalidade (extrapatrimoniais). 
O direito a personalidade é: absoluto (podem ser opostos a 
todos); intransmissível; indisponível (fora do comércio); 
irrenunciável; imprescritível (não se consomem com o 
passar do tempo). 
E m b o r a o s d i r e i t o s d a p e r s o n a l i d a d e s e j a m 
intransmissíveis, seus efeitos patrimoniais são 
transmissíveis e podem ser negociados. Ex.: A autoria 
intelectual não é transmissível, mas o recebimento do 
dinheiro decorrente da comercialização da obra pode ser 
negociado.
Enunciados CJF:
ENUNCIADO Nº 4 
Art. 11: o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação 
voluntária, desde que não seja permanente nem geral. 
ENUNCIADO Nº 139 
Art. 11. Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda 
que não especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos 
com abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva e 
aos bons costumes. 
ENUNCIADO Nº 274 
Art. 11. Os direitos da personalidade, regulados de maneira não 
exaustiva pelo Código Civil, são expressões da cláusula geral de tutela 
da pessoa humana, contida no art. 1º, III, da Constituição (princípio da 
dignidade da pessoa humana). Em caso de colisão entre eles, como 
nenhum pode sobrelevar os demais, deve-se aplicar a técnica da 
ponderação. 
ENUNCIADO Nº 531 
Art. 11: a tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da 
informação inclui o direito ao esquecimento. 
ENUNCIADO Nº 532 
Arts. 11 e 13: é permitida a disposição gratuita do próprio corpo com 
objetivos exclusivamente científicos, nos termos dos arts. 11 e 13 do 
Código Civil.
Art. 11 do Código 
Civil: Com exceção 
dos casos previstos 
em lei, os direitos da 
persona l idade são 
in t ransmiss íve is e 
irrenunciáveis, não 
p o d e n d o o s e u 
e x e r c í c i o s o f r e r 
limitação voluntária.
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2011&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art11
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2011&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art11
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2011&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art11
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg02cf.nfo&d=CF-0001988%20Art%201&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_CF-0001988Art1
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2011&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art11
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2011&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art11
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2013&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art13
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2011&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art11
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2013&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art13
STJ
SÚMULA Nº 37 
São cumuláveis as indenizações por dano 
material e dano moral oriundos do mesmo 
fato. 
——————————————————— 
ENUNCIADO Nº 140 
Art. 12. A primeira parte do art. 12 do Código 
Civil refere-se às técnicas de tutela específica, 
aplicáveis de ofício, enunciadas no art. 461 do 
Código de Processo Civil, devendo ser 
interpretada com resultado extensivo. 
P o s s i b i l i d a d e d e 
cumulação de pedido de 
danos morais com danos 
materiais.
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2012&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art12
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2012&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art12
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0005869%20Art%20461&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-0005869Art461
Art. 13 (CC/02). Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição 
permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. 
————————————————— Lei 9.434/1997 - Transplante de órgão 
Art. 9º - É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, 
para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau, inclusive, na forma do 
§ 4º deste artigo, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea. 
————————————————— DECRETO Nº 9.175, DE 18/10/2017 - DOU 19/10/2017 
Art. 17. A retirada de órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano poderá ser efetuada após a morte encefálica, 
com o consentimento expresso da família, conforme estabelecido na Seção II deste Capítulo. 
Art. 20.A retirada de órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano, após a morte, somente poderá ser realizada com 
o consentimento livre e esclarecido da família do falecido, consignado de forma expressa em termo específico de 
autorização. 
Art. 27. Qualquer pessoa capaz, nos termos da lei civil, poderá dispor de órgãos, tecidos, células e partes de seu corpo 
para serem retirados, em vida, para fins de transplantes ou enxerto em receptores cônjuges, companheiros ou parentes até 
o quarto grau, na linha reta ou colateral. 
Art. 28. As doações entre indivíduos vivos não relacionados dependerão de autorização judicial, que será dispensada no 
caso de medula óssea. 
Normas Regentes Disposição do 
Corpo. 
ENUNCIADO Nº 6 
Art. 13: a expressão “exigência médica” contida no art. 13 refere-se tanto ao bem-estar físico quanto ao bem-estar psíquico 
do disponente. 
ENUNCIADO Nº 276 
Art. 13. O art. 13 do Código Civil, ao permitir a disposição do próprio corpo por exigência médica, autoriza as cirurgias de 
transgenitalização, em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, e a 
consequente alteração do prenome e do sexo no Registro Civil. 
ENUNCIADO Nº 401 
Art. 13. Não contraria os bons costumes a cessão gratuita de direitos de uso de material biológico para fins de pesquisa 
científica, desde que a manifestação de vontade tenha sido livre e esclarecida e puder ser revogada a qualquer tempo, 
conforme as normas éticas que regem a pesquisa científica e o respeito aos direitos fundamentais. 
ENUNCIADO Nº 532 
Arts. 11 e 13: é permitida a disposição gratuita do próprio corpo com objetivos exclusivamente científicos, nos termos dos 
arts. 11 e 13 do Código Civil. 
ENUNCIADO Nº 277 
O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição gratuita do próprio corpo, com objetivo científico ou 
altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a 
vontade dos familiares, portanto, a aplicação do art. 4º da Lei nº 9.434/97 ficou restrita à hipótese de silêncio do potencial 
doador.
Enunciados CJF
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2013&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art13
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2013&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art13
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2013&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art13
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2013&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art13
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2013&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art13
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2011&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art11
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2013&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art13
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2011&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art11
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2013&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art13
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2014&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art14
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg05lo.nfo&d=LEI-0009434%20Art%204&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-0009434Art4
Da Disposição do Corpo em Vida e para 
Depois da Morte
Salvo por exigência médica, é defeso (proibido) o ato de disposição do próprio 
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar 
os bons costumes. 
Doação de órgãos: Desde que seja parente, gratuita e não implique em deformação 
ou risco. 
Doação Post mortem – Morte encefálica. Por vontade expressa ou por permissão 
dos familiares. 
Exceção: Cirurgia mudança de sexo (art. 13 c/c art. 5º, X da CF) 
Doação de sangue? Rico de vida – Testemunha de Geová. 
Proteção ao nome, imagem e intimidade. Ex.: Foto do caloteiro na fila de banco 
publicada no jornal. Direito ao esquecimento!
Pessoas Jurídicas e domicílio.
É um ente abstrato, que nasce da conjugação de 
esforços de pessoas para a realização de um 
determinado fim, a qual a lei confere personalidade. 
Com a aquisição da personalidade, passam a ser 
sujeitos de direitos e obrigações. 
Em regra, a personalidade da PJ não se confunde 
com a da PF (personalidade distintas). Há separação 
do patrimônio (princípio autonomia patrimonial). 
Exceto: Sociedade individual. 
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado. 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem 
regidas pelo direito internacional público. 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que 
nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, 
por parte destes, culpa ou dolo. (Vide art. 37, § 6º, CF). 
(vide LEI Nº 4.619, DE 28/04/1965 - DOU 30/04/1965 que trata da Ação Regressiva da União Contra Seus Agentes. 
Art. 1º Os Procuradores da República são obrigados a propor as competentes ações regressivas contra os 
funcionários de qualquer categoria declarados culpados por haverem causado a terceiros lesões de direito que a 
Fazenda Nacional seja condenada judicialmente a reparar.)
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg02cf.nfo&d=CF-0001988%20Art%2037&sid=563f4971.68385ddc.0.0#JD_CF-0001988Art37
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações; 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
(EIRELI)
SÚMULA Nº 39 STJ 
Prescreve em vinte anos a ação para haver indenização, por responsabilidade civil, de sociedade de economia 
mista. 
SÚMULA Nº 42 
Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de 
economia mista e os crimes praticados em seu detrimento. 
SUMULAS DO STJ SOBRE 
SOCIEDADE ECONOMIA MISTA.
De onde vem a natureza jurídica da PJ?
Teorias: 
- Negativista: Só existem no Direito os seres humanos, carecendo a 
PJ de qualquer atributo de personalidade. 
- Afirmativista: Divide em: 
a) teoria da ficção: que se divide em ficção legal (criada por 
Savigny, considera a PJ uma criação artificial da Lei) e da 
realidade e teoria da ficção doutrinária (criada pela doutrina e 
diz que a PJ não tem existência real, apenas mas apenas 
intelectual. 
b) Teoria da realidade: a) Objetiva a PJ é considerada por esta 
teoria como sendo uma realidade sociológica.b) jurídica, a PJ 
considera a pessoa jurídica como uma organização social 
destinada a um serviço ou ofício e, por isso, personificada. c) 
Realidade Técnica, que diz que a personificação de grupos 
sociais é um expediente de ordem técnica. (adotada pelo CC)
Constituição da Pessoa Jurídica 
• Começa a existência legal das pessoas jurídicas de 
direito privado com a inscrição do ato constitutivo no 
respectivo registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo, 
averbando-se no registro todas as alterações por que 
passar o ato constitutivo (art. 45 do CC/02). 
• A existência legal da PJ de direito privado começa 
com o registro do ato constitutivo. Não é quando as 
pessoas celebram o contrato e não é quando 
elaboram o estatuto. Ela começa quando ocorre o 
registro.
REQUISITOS DO 
CONTRATO SOCIAL DA 
PJ.
Art. 46. O registro declarará: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de 
duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou 
instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, 
ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à 
administração, e de que modo 
V - se os membros respondem, ou não, 
subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o 
destino do seu patrimônio, nesse caso. 
ART. 46 DO CODIGO 
CIVIL.
TEORIA DA APARENCIA. 
Art. 47. Obrigam a pessoa 
j u r í d i c a o s a t o s d o s 
administradores, exercidos nos 
limites de seus poderes definidos 
no ato constitutivo. 
Uma pessoa é tida, não 
raras vezes, como titular 
de um direito, quando 
não o é, na verdade. 
Aparece portadora de 
um valor ou um bem, 
agindo como se fosse 
proprietária, por sua 
própria conta e sob sua 
responsabilidade. Não 
está na posição de quem 
representa o verdadeiro 
titular, ou de quem se 
encontra gerindo os 
negócios alheios.
Para a constituição da PJ existem três 
requisitos básicos: 
1. A vontade humana; 
2. A observância às determinações legais; 
3. Ter um fim lícito. 
Capacidade e Representação da Pessoa 
Jurídica 
A capacidade será plena para a PJ, mas limitada a 
finalidade para a qual a pessoa foi criada. 
Os poderes atribuídos a pessoa jurídica estão estipulados 
nos atos constitutivos, em seu ordenamento interno e, 
também, na lei, uma vez que seus estatutos não podem 
contrariar normas cogentes. 
Assim, depois de registrada a PJ o Direito reconhece a 
atividade no mundo jurídico. Neste momento de 
reconhecimento, a pessoa jurídica recebe: denominação, 
domicílio e nacionalidade (todos decorrentes da 
personalidade).
Classificação da Pessoa Jurídica 
• Quanto nacionalidade - podem ser nacionais 
e estrangeiras. 
• Quanto estrutura interna - podem corporação 
(associações e sociedades) e fundação (o 
patrimônio personalizado destinado a um fim 
que lhe dá unidade. São as fundações 
(públicas e privadas). 
• quanto função e capacidade - divididas em 
duas espécies, de direito público (previstas em 
lei – externo e interno) e direito privado 
(partidos políticos, sindicatos). 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
SÚMULA Nº 227 DO STJ: 
A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
________________________________ ENUNCIADO CJF - JORNADA DIREITO CIVIL 
ENUNCIADO Nº 286 
Art. 52. Os direitos da personalidade são direitos inerentes e essenciais à pessoa humana, decorrentes de sua 
dignidade, não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos. 
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2052&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art52
Grupos despersonalizados: 
✓ a família (não possui personalidade jurídica); 
✓ a massa falida (nome que é dado ao conjunto de bens após a 
sentença declaratória de falência); 
✓ o espólio (conjunto de direitos e obrigações do de cujus), não 
possui personal idade jurídica (representada pelo 
inventariante); 
✓ o condomínio; 
✓ a herança jacente ou vacante. 
Em geral, estes grupos, embora não possuam personalidade, 
possuem uma capacidade processual e também legitimidade 
ativa e passiva para demandar e ser demandado em ações 
judiciais. 
Sociedades de Fato
São aquelas que existem e funcionam, mas 
não possuem existência legal justamente 
porque não fizeram seu registro no orgão 
competente ou então porque lhes falta 
autorização legal para funcionamento. 
Será representada pela pessoa a quem 
couber a administração de seus bens.
Começo e Fim (extinção) da Existência 
Legal da Pessoa Jurídica
A pessoa jurídica tem sua origem, em regra, com 
um ato jurídico ou em decorrência de normas. 
Em nosso direito, são duas as fases para a 
concretização da pessoa jurídica: o ato 
constitutivo e a formalidade do registro (JUCEMA 
e SRFB). 
Obs.: As fundações são exceção, pois para elas o 
instrumento público (escritura) ou o testamento 
são essenciais. 
Processo de Extinção da Pessoa 
Jurídica.
Após o encerramento das atividades da pessoa 
jurídica, o seu processo de extinção se realizará 
através da dissolução e da liquidação. 
Este processo se mostra necessário para que se dê 
destinação aos bens da empresa, se pague todas as 
dívidas e para que se faça a partilha do que restar 
entre os sócios. 
A liquidação da pessoa jurídica, segundo o art. 51 do 
CC, ocorrerá nos casos de dissolução ou de cassação 
de autorização para funcionamento.
Associações 
O artigo 53 nos dá uma primeira ideia sobre as 
associações: 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de 
pessoas que se organizem para fins não econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e 
obrigações recíprocos. 
As associações se prestam aos mais variados fins, desde 
que não econômicos, e preenchem, assim, as mais variadas 
finalidades na sociedade. Qualquer atividade lícita e de 
fins não econômicos pode ser buscada por uma associação. 


Presidente de associação de cornos no CE quer vender coleção de chifres 



José Adauto Caetano oferece 70 peças e 3 mil livros por R$ 15 mil. 

Associação foi criada para lutar contra agressão às mulheres, diz fundador.

Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir 
categorias com vantagens especiais. 
ENUNCIADO Nº 577 DO CJF: 
A possibilidade de instituição de categorias de associados com vantagens especiais 
admite a atribuição de pesos diferenciados ao direito de voto, desde que isso não 
acarrete a sua supressão em relação a matérias previstas no art. 59 do CC. 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o 
contrário. 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim 
reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos 
termos previstos no estatuto. 
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que 
lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos 
na lei ou no estatuto.
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2059&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art59
A associação até pode obter lucro, no entanto, este lucro deverá ser reinvestido 
na própria entidade. A associação não pode ter o lucro como finalidade essencial e 
nem distribuí-lo entre seus associados. 
No artigo 54 do CC estão enumerados os requisitos obrigatórios que devem constar 
nos estatutos de toda e qualquer associação: 
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos parasua manutenção; 
V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; 
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. 
VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 
Uma vez admitido o associado, a sua exclusão somente 
será possível por justa causa, obedecido o estatuto. É o 
que diz o artigo 57 do CC: 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo 
justa causa, assim reconhecida em procedimento que 
assegure o direito de defesa e de recurso, nos termos 
previstos no estatuto. 
Nenhuma decisão de exclusão de associado pode prescindir 
de procedimento que permita ao sócio produzir sua 
defesa e suas provas, ainda que o estatuto permita e 
ainda que decidida em assembleia geral, convocada para 
tal fim.
A assembleia geral é o órgão necessário da associação, exerce 
papel de poder legislativo na instituição. O artigo 59 do CC 
elenca as matérias privativas da assembleia. 
 
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral: 
I - destituir os administradores; 
II - alterar o estatuto. 
Parágrafo único: Para as deliberações a que se referem os 
incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembleia 
especialmente convocada para este fim, cujo quórum será o 
estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos 
administradores. 
Patrimônio de uma Associação na 
dissolução
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio 
líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais 
referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de 
fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por 
deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou 
federal, de fins idênticos ou semelhantes. 
§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos 
associados, podem estes, antes da destinação do remanescente 
referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo 
valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da 
associação. 
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no 
Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições 
indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se 
devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art56
Art. 61. A obrigatoriedade de destinação do patrimônio líquido remanescente da 
associação a instituição municipal, estadual ou federal de fins idênticos ou semelhantes, 
em face da omissão do estatuto, possui caráter subsidiário, devendo prevalecer a vontade 
dos associados, desde que seja contemplada entidade que persiga fins não econômicos. 
ENUNCIADO Nº 407 DA CJF - JORNADA DE DIREITO CIVIL
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2061&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art61
Fundações
As fundações têm sua razão de ser no patrimônio destinado a determinada finalidade. A Lei n” 13.151, de 2015 
alterou a redação do artigo 62 do CC, da seguinte forma: 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de 
bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:         
I – assistência social;        
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;        
III – educação;         
IV – saúde;        
V – segurança alimentar e nutricional;         
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;        
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção 
e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;        
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;        
IX – atividades religiosas; e      
X – (VETADO).      
A construção da fundação é voltada para a realização de fins 
socialmente relevantes, úteis e nobres. 
Afasta-se assim taxativamente no parágrafo único a possibilidade 
de instruírem-se fundações com fins ociosos e fúteis. 
A fundação somente poderá constituir-se para fins de assistência 
social; cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e 
artístico; educação; saúde; segurança alimentar e nutricional; 
defesa, preservação e conservação do meio ambiente e 
promoção do desenvolvimento sustentável; pesquisa científica, 
desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de 
sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e 
conhecimentos técnicos e científicos; promoção da ética, da 
cidadania, da democracia e dos direitos humanos; e das 
atividades religiosas. 
Para que se aperfeiçõe a personalidade jurídica da 
fundação, ou seja, para que se possa dizer que esta 
existe como pessoa jurídica, é necessário o 
preenchimento dos seguintes requisitos: 
➢Instituição, por meio de escritura pública ou 
testamento, de dotação especial de bens livres de 
ônus. Vontade + dotação de patrimônio. 
➢ estatutos que a regerão. 
➢ aprovação dos estatutos pelo órgão do Ministério 
Público. 
➢ registro da escritura de instituição.
Modalidades de formação da fundação: 
➢Direta - neste modo, a própria pessoa 
instituidora projeta e regulamenta a fundação. 
➢Fiduciária - neste modo, o instituidor entrega 
a tarefa de organização a outra pessoa. 
Atenção! O instituidor da fundação pode ser 
tanto pessoa natural quanto pessoa jurídica. 
Como vimos, se o instituidor não fizer o estatuto e a 
pessoa por ele designada também não fizer, caberá ao 
Ministério Público esta tarefa. 
Qualquer alteração do estatuto também deve ser: 
a) submetida apreciação do MP. 
b) não contrariar ou desvirtuar o seu fim. 
c) contar com quorum qualificado de 2/3 dos 
componentes. 
O MP tem até 45 dias para analisar a alteração do 
estatuto.
Peculiaridades das fundações: 
✓ seus bens, não podem ser vendidos. 
✓ o elemento pessoa natural pode não ser múltiplo, uma 
vez que basta uma pessoa para sua criação. 
✓ O patrimônio é o elemento fundamental. 
✓ Os fins são imutáveis, porque são fixados pelo instituidor. 
✓ os administradores não são sócios, podem ser 
denominados como membros contribuintes, fundadores, 
beneméritos, efetivos, etc. 
✓ a promessa do instituidor, que se materializa na dotação 
de bens ou direitos, possui caráter irrevogável e 
irretratável.
EXTINÇÃO DA FUNDAÇÃO
Sobre o tema extinção da fundação temos o artigo 69 do CC e o artigo 
765 do NCPC: 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa 
a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do 
Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, 
incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no 
ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo 
juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
Art. 765.  Qualquer interessado ou o Ministério Público promoverá em 
juízo a extinção da fundação quando: 
I - se tornar ilícito o seu objeto; 
II - for impossível a sua manutenção; 
III - vencer o prazo de sua existência.
os partidos políticos. 
O s p a r t i d o s p o l í t i c o s s e r ã o 
organizados e funcionarão conforme o 
disposto em lei específica. 
ENUNCIADO Nº 142 CJF: 
Art. 44. Os partidos políticos, os sindicatos e as associações 
religiosas possuem natureza associativa, aplicando-se-lhes o 
Código Civil. 
ENUNCIADO Nº 469 CJF: 
Arts. 44 e 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada 
(EIRELI) não é sociedade, mas novo ente jurídico personificado. 
E s t a L e i d e f i n e a s 
organizações religiosas e os 
par t idos po l í t i cos como 
pessoas jurídicas de direito 
privado (LEI Nº 10.825,DE 
22/12/200).
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2044&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art44
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2044&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art44
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%20980A&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art980A
as organizações religiosas
São livres a criação, a organização, 
a e s t r u t u r a ç ã o i n t e r n a e o 
funcionamento das organizações 
religiosas, sendo vedado ao poder 
público negar-lhes reconhecimento 
ou registro dos atos constitutivos e 
necessários ao seu funcionamento.
Desconsideração da Pessoa Jurídica
As pessoas jurídicas possuem existência distinta em relação a seus membros. 
Existem, porém, determinados casos onde esta distinção entre a pessoa jurídica e 
a pessoa natural não pode ser mantida. Casos estes em que a personalidade da 
pessoa jurídica foi utilizada para fugir das suas finalidades, para lesar terceiros. 
Quando isto acontece, a personalidade jurídica deve ser desconsiderada, decidindo 
o julgador como se o ato ou negócio houvesse sido praticado pela pessoa natural. 
O assunto está regulado pelo artigo 50 do CC: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da 
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os 
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
ENUNCIADO Nº 7 
Art. 50: só se aplica a desconsideração da personalidade jurídica quando houver a prática de ato irregular e, 
limitadamente, aos administradores ou sócios que nela hajam incorrido. 
ENUNCIADO Nº 51 
Art. 50: a teoria da desconsideração da personalidade jurídica – disregard doctrine – fica positivada no novo 
Código Civil, mantidos os parâmetros existentes nos microssistemas legais e na construção jurídica sobre o tema. 
ENUNCIADO Nº 146 
Art. 50. Nas relações civis, interpretam-se restritivamente os parâmetros de desconsideração da personalidade 
jurídica previstos no art. 50 (desvio de finalidade social ou confusão patrimonial). 
ENUNCIADO Nº 281 
Art. 50. A aplicação da teoria da desconsideração, descrita no art. 50 do Código Civil, prescinde da demonstração 
de insolvência da pessoa jurídica. 
ENUNCIADO Nº 406 
Art. 50. A desconsideração da personalidade jurídica alcança os grupos de sociedade quando presentes os 
pressupostos do art. 50 do Código Civil e houver prejuízo para os credores até o limite transferido entre as 
sociedades. 
ENUNCIADOS CJF SOBRE 
DESONSIDERACAO. 
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2050&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art50
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Portanto, a teoria da desconsideração (ou disregard of the 
legal entity), como assinala Venosa, autoriza o juiz, 
quando há desvio de finalidade, a não considerar os efeitos 
da personificação, para que sejam atingidos bens 
particulares dos sócios ou até mesmo de outras pessoas 
jurídicas, mantidos incólumes, pelos fraudadores, 
justamente para propiciar ou facilitar a fraude. 
 
O abuso da personalidade jurídica conforme expresso no 
CC ocorre em dois casos: 
➢ Desvio de finalidade. 
➢ Confusão patrimonial.
Teorias Sobre a Desconsideração
A Teoria maior, em princípio, exige dois 
requisitos: o abuso e o prejuízo. É a teoria 
adotada pelo Código Civi l . Apenas 
observando que no caso de confusão 
patrimonial, esta será o pressuposto 
necessário e suficiente. 
Teoria menor, que exige como requisito 
apenas o prejuízo ao credor.
A teoria menor por vezes é adotada pela 
jurisprudência, principalmente no que diz 
respeito às relações de consumo (art.28 e 
parágrafos da Lei 8.078/1990). 
Mas o assunto é polêmico. Também é apontada 
pela doutrina uma problemática nas relações 
trabalhistas, pois, segundo ela, a teoria da 
desconsideração tem sido utilizada de forma 
indiscriminada.
Desconsideração Inversa da Pessoa 
Jurídica.
Existe uma situação que ocorre o seguinte: 
O sócio, com objetivo prejudicar a terceiro, 
oculta ou desvia seus bens pessoais para a 
pessoa jurídica. 
A comprovação da insolvência não é 
necessária (Enunciado da Jornada IV STJ 
281).
Proteção dos Direitos da Personalidade 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos 
direitos da personalidade. 
Observe que a aplicação da proteção aos direitos da personalidade não 
é feita indistintamente para todos os casos. Quanto a este assunto 
temos o seguinte enunciado do STJ: 
STJ 227: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
Porém, atente que o dano moral será objetivo, relativo a atributos 
sujeitos valoração extrapatrimonial da sociedade, como o bom nome, 
por exemplo. 
Isso porque a pessoa jurídica não tem direito reparação do dano moral 
subjetivo, uma vez que não possui capacidade afetiva. E a honra 
subjetiva estará relacionada aos sentimentos de autoestima. 
Responsabilidade das Pessoas Jurídicas
A responsabilização vai acontecer quando uma pessoa for 
prejudicada, quando houver um dano - seja ele patrimonial ou 
moral, sendo necessário também que exista um nexo de 
causalidade entre este dano e o ato de um agente - que foi o 
causador do dano. 
A existência de dano gera a responsabilidade e a obrigação de 
reparação deste dano. Sendo que a responsabilidade das pessoas 
jurídicas pode ocorrer no âmbito administrativo, no civil e no 
penal. 
No âmbito penal, por exemplo, a Lei n” 9605 de 12 de fevereiro 
de 1998, que fala sobre os crimes ambientais, responsabiliza 
administrativa, civil e penalmente as pessoas jurídicas, 
aplicando penas restritivas de direitos, prestação de serviços 
comunidade e multa. 
No âmbito civil a responsabilidade da pessoa jurídica 
pode ser: 
Contratual – que está no art. 389 do CC: "Não 
cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas 
e danos, mais juros e atualização monetária segundo 
índices oficiais regularmente estabelecidos, e 
honorários de advogado”. 
Extracontratual - também chamada de delitual ou 
aquiliana, que decorre de atos ilícitos e impõe a todos 
o dever de não lesar. Se mesmo assim a pessoao fizer, 
ocorrerá a obrigação de reparar este dano.
Toda pessoa jurídica de direito privado responde pelos danos causados a terceiros, qualquer 
que seja a natureza de seus fins. Para as pessoas jurídicas de direito público a 
responsabilidade é objetiva sob a modalidade do risco administrativo, conforme art. 43: 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos 
dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo 
contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
Na responsabilidade civil objetiva, as pessoas jurídicas de direito público interno têm a 
obrigação de reparar tão somente pela existência do fato danoso e do nexo causal (que é a 
chamada Teoria do Risco), não existe a necessidade de culpa. É assegurado a estas pessoas, 
no entanto, o direito de ação contra os causadores do dano se estes agirem com culpa ou 
dolo. 
Porém se houver a culpa concorrente entre o agente e a vítima a indenização será reduzida 
pela metade. E se a culpa for exclusiva da vítima o Estado se exonerará da obrigação de 
indenizar. O mesmo acontecendo no caso de fora maior e fato exclusivo de terceiro. 
Domicílio da Pessoa Jurídica 
É a sede jurídica da pessoa jurídica, é onde os credores podem demandar o cumprimento das 
obrigações. É o local de suas atividades habituais, de seu governo, administração ou direção, ou 
ainda, aquele determinado no ato constitutivo. Estabelece o artigo 75 do CC: 
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será 
considerado domicílio para os atos nele praticados. 
——————————————————- 
SÚMULA Nº 363 do STF: 
A pessoa jurídica de direito privado pode ser demandada no domicílio da agência, ou estabelecimento, em que se 
praticou o ato. 
—————————————————— 
§ 2o  Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da 
pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do 
estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
Dos Bens 
As nossas primeiras aulas versaram sobre as pessoas, as pessoas 
naturais e as pessoas jurídicas - que são os sujeitos de direito. 
Pois bem, a partir de agora vamos estudar o objeto do direito. 
Pois, todo direito pressupõe a existência de um objeto, que vem 
a ser justamente aquilo que pode se submeter ao poder dos 
sujeitos de direito e, desta forma, instrumentalizar a realização 
de suas pretensões jurídicas. 
Em sentido amplo, o objeto de direito pode recair sobre coisas, 
ações humanas, atributos da personalidade e até mesmo 
determinados direitos, como, por exemplo, o poder familiar ou a 
tutela. 
Em sentido estrito, o objeto de direito recai sobre os bens - que 
são o objeto dos direitos reais e também determinadas ações 
humanas denominadas prestações. 
Mas o que é um bem?
De acordo com Carlos Roberto Gonalves1 – “Bens são coisas materiais, 
concretas, úteis aos homens e de expressão econômica, suscetíveis de 
apropriação, bem como as de existência imaterial economicamente 
apreciáveis”. 
 Washington de Barros Monteiro assim lecionava – “Juridicamente 
falando, bens são valores materiais ou imateriais que podem ser 
objeto de uma relação de direito”. 
Independente da problemática doutrinária que envolve os conceitos de 
bens e coisas, podemos concluir que bens são coisas concretas como 
um carro, uma casa, uma joia, que possuem valor econômico e que 
podem ser apropriados ao patrimônio da pessoa - tanto natural quanto 
jurídica, mas, também, podem ser coisas imateriais, coisas que não 
são concretas, mas que tenham uma valoração econômica, a exemplo 
da propriedade intelectual. 
Integram o patrimônio das pessoas (física ou jurídica) tanto os bens corpóreos - os que têm 
existência física (material) e podem ser tocados ou sentidos pelo homem, a exemplo dos bens 
imóveis por natureza - como os bens incorpóreos - que são aqueles que têm existência 
abstrata ou ideal, são, portanto, entendidos como abstrações do direito, possuem existência 
jurídica mas não física, a exemplo das propriedades literária, científica ou artística. 
O patrimônio vem a ser a projeção econômica, é tudo aquilo avaliável pecuniariamente (ou 
seja, que tem avaliação em dinheiro). 
Cabe ressaltar que existem determinadas coisas que, podendo integrar o patrimônio de 
alguém, não estão ligadas a ninguém, como, por exemplo, é o caso das coisas de ninguém (res 
nullius) - que são coisas sem dono, que nunca pertenceram a ninguém, como os peixes no mar 
- e também das coisas abandonadas (res derelictae) - que são coisas que foram jogadas fora. 
Além disso, outras coisas não estarão no patrimônio de ninguém especificamente porque 
pertencem a todos (a coletividade), como é o caso das coisas de uso comum do povo - a 
exemplo da praia, das praças e dos parques públicos.
Das Diferentes Classes de Bens
O Código Civil de 2002 em seu livro II, 
denominado Dos bens, apresenta um Título 
único - Das Diferentes Classes de Bens, 
entretanto o subdivide em três capítulos: 
1 - Dos bens considerados em si mesmos; 
2 - Dos bens reciprocamente considerados; 
3 - Dos bens públicos. 
Dos bens considerados em si mesmos 
(arts. 79 a 91). 
É a classificação mais importante porque diz 
respeito natureza dos bens. Neste sentido 
os bens podem ser: imóveis ou móveis; 
fungíveis ou infungíveis; consumíveis ou 
inconsumíveis; divisíveis ou indivisíveis; e 
singulares ou coletivos. 
Bens considerados em si mesmos 
Móveis ou Imóveis Fungíveis ou infungíveis Consumíveis ou inconsumíveis Divisíveis ou Indivisíveis Singulares ou 
Coletivos.
1.1 Bens Imóveis e Bens Móveis. 
Baseia-se na efetiva natureza do bem. 
Bens imóveis 
Assim está no art. 79 do CC: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar 
natural ou artificialmente. 
Deste modo, os bens imóveis - também conhecidos como bens de raiz, 
são os que, absolutamente, não podemos transportar ou remover, sem 
alteração de sua substância. 
De acordo com o artigo visto acima, são considerados bens imóveis o 
solo e tudo o que lhe for acrescentado, de forma natural ou artificial. 
I m ó v e i s p o r a c e s s ã o 
intelectual - parte final do art. 
79 do CC/02. 
Tudo quanto no imóvel o proprietário 
mantiver intencionalmente empregado em 
s u a e x p l o r a ç ã o i n d u s t r i a l , 
aformoseamento ou comodidade. Neste 
caso, é essencial o elemento intelectual 
consistente na intenção do proprietário. 
Exemplos clássicos, como serão vistos 
adiante, são as máquinas de uma fábrica, 
os quadros que adornam as paredes e as 
imagens de santos colocadas em nichos 
próprios. 
ENUNCIADO Nº 11 
Art. 79: não persiste no novo sistema 
legislativo a categoria dos bens imóveis 
por acessão intelectual, não obstante a 
expressão “ tudo quanto se lhe 
incorporar natural ou artificialmente”, 
constante da parte final do art. 79 do 
CC. 
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2079&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art79
https://www.plenum.com.br/plenum_cp/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=C%3A%5CBases%5CLeg%5Cleg03cod.nfo&d=LEI-0010406%2F02%20Art%2079&sid=5b36ac96.5090dd41.0.0#JD_LEI-001040602Art79
Assim, os bens imóveis podem ser classificados, subdivididos em: 
- imóveis por natureza: é imóvel por natureza o solo, incluídos a sua superfície 
o seu subsolo e o seu espaço aéreo. 
- imóveis por acessão natural: aqui

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