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Trauma do joelho FRATURAS DO FÊMUR DISTAL Fratura supracondiliana ou intercondiliana Ocorre pelo trauma direto ao joelho, de alta ener- gia em jovens ou baixa energia em idosos. A artéria poplítea pode ser lesada. O paciente pode não suportar o peso e sente muita dor no joelho. No EF, há aumento do volume do joelho e/ou porção distal da coxa, eventualmente com hemartroses e deformidade em valgo ou varo. TRATAMENTO: via de regra, é cirúrgico, porque geral- mente são fraturas intra-articulares. Fratura de fise femoral distal (Salter-Harris I ou II) Segunda causa mais comum de fratura de placa epifisária em crianças. É causada pelo trauma em hi- perextensão do joelho, quando a metáfise femoral é deslocada para trás em relação à epífise. • Pode lesar a artéria poplítea. TRATAMENTO: redução fechada + fixação. FRATURA DE PATELA FRATURA POR AVULSÃO: por uma forte contração do quadríceps femoral, quebrando transversalmente o osso por tração. Ocorre em uma freada brusca e na rotura do tendão do quadríceps, por exemplo. FRATURA POR ESMAGAMENTO: queda sobre joelho fletido ou forte golpe contra o joelho. TRATAMENTO: depende do grau de desvio e da capa- cidade de extensão do joelho. • Fratura não desviada: terapia conservadora, com imobilização gessada por 6-8 semanas. • Fratura desviada: fixação interna. • Patelectomia total é conservada para casos graves. FRATURA DO PLATÔ TIBIAL São decorrentes de traumas angulares diretos do joelho. Um exemplo é o impacto direto sobre a face lateral do joelho, forçando o joelho em valgo. O côndilo lateral do fêmur é forçado contra o platô lateral da tí- bia, deslocando-o. Pode ocorrer com ou sem rotura do ligamento colateral medial. São fraturas intra-articulares, portanto, com risco de rigidez articular e osteoartrose do joelho (requerem redução anatômica e mobilização precoce da articula- ção). Pode ocorrer lesão de artéria poplítea e do nervo fibular comum. TRATAMENTO: • Fratura estável, não desviada ou com desvio mí- nimo: terapia conservadora, com imobilização ges- sada por 6 semanas. • Fratura instável ou desviada: cirúrgico. LUXAÇÃO DO JOELHO Só ocorre após traumas de alta energia e sempre com ruptura de pelo menos 3 ligamentos: os dois cru- zados + 1 colateral. A lesão neurovascular é muito frequente, podendo ocorrer acometimento da artéria poplítea e do nervo fibular comum (síndrome do pé caído). • Associação com fratura de platô tibial. LUXAÇÃO ANTERIOR: causada por trauma de hiperex- tensão, quando o fêmur de desloca posteriormente e a tíbia anteriormente. É o tipo mais comum. LUXAÇÃO POSTERIOR: segunda mais comum. Quadro clínico Dor e grande tumefação do joelho (hemartroses), além de impotência funcional e instabilidade em valgo e varo. Tratamento Redução fechada por manipulação, sob analgesia opioide, tracionando-se a perna e empurrando anteri- ormente o fêmur (na luxação anterior) ou a tíbia (na luxação posterior). Após a redução, deve ser feita uma radiografia de controle e o status vascular deve ser avaliado. O joelho reduzido deve ser imobilizado em semiflexão numa ór- tese funcional de joelho por 6 semanas.
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