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→ CONCEITO -> hemólise imune causada pela destruição precoce das hemácias devido à ação da resposta imunológica pela fixação de imunoglobulinas ou complemento na superfície da membrana das hemácias → QUADRO CLÍNICO -> sintomas iniciais são decorrentes da anemia causada pela hemólise, dos efeitos secundários do quadro hemolítico ou da doença primária → INCIDÊNCIA -> mais prevalente em mulheres, na faixa etária de 40-50 anos → ETIOLOGIA -> causada por anticorpos eritrocitários da classe IgG que reagem contra antígenos do sistema Rh e, algumas vezes, simulam o comportamento de aloanticorpos → FISIOPATOLOGIA - Destruição eritrocitária é mediada por células do Sistema Macrófagos-Monócitos (SMM), particularmente pelos monócitos e macrófagos esplênicos que possuem receptores para o receptor Fc das imunoglobulinas. - A maioria das hemácias sensibilizadas sofre fagocitose parcial e volta à circulação após perder a forma discoide e tornar-se esferócitos, pois no processo de fagocitose parcial perde mais superfície do que volume. - A destruição extravascular das hemácias favorece o desenvolvimento de palidez, icterícia, esplenomegalia e hepatomegalia → QUADRO CLÍNICO - Palidez - Cansaço aos pequenos e médios esforços - Taquicardia - Icterícia (destaque para escleras) - Esplenomegalia - Linfadenopatia → LABORATÓRIO - Análise morfológica do sangue periférico dos pacientes com AHAI revela hemácias policromáticas, pontilhado basófilo, e esferocitose associados ao aumento do número absoluto de reticulócitos (reticulocitose) e hiperplasia do setor eritroblástico da medula óssea - Presença de hemácias crenadas e rouleaux - Elevação da bilirrubina não conjugada (indireta) - Elevação Desidrogenase Láctica (DHL) - Diminuição da haptoglobina (participa da catabolização da hemoglobina livre no plasma) → DIAGNÓSTICO - Teste de Coombs Direto (TCD) -> demonstra a sensibilização de hemácias . Todas as hemácias possuem certa quantidade de IgG ligada à sua superfície. Indivíduos normais possuem menos de cinquenta moléculas de IgG por hemácia, enquanto, em geral, as hemácias de pacientes com AHAI estão recobertas com grande quantidade de IgG → DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - HPN - Outras anemias hemolíticas → TRATAMENTO 1- Transfusão - Transfusão de concentrado de hemácias não é contraindicada para os pacientes com AHAI, embora deva ser limitada a situações em que há risco de vida ou risco de eventos cardíacos ou cerebrais devidos à anemia. - Nas outras situações a transfusão deve ser evitada, pois o manejo transfusional desses pacientes é difícil e com riscos, uma vez que na maioria dos casos o autoanticorpo é encontrado no plasma, como uma panaglutinina que, além destruir as hemácias transfundidas, pode mascarar a existência de aloanticorpos. 2- Corticoterapia - Tratamento inicial com corticosteroides (prednisona na dose de 1-2 mg/kg/dia) reduz a hemólise - Aumenta o nível de hemoglobina em uma a duas semanas na maioria dos pacientes com AHAI a quente - Pacientes com hemólise fulminante podem se beneficiar da pulsoterapia com metilpredinisola por via endovenosa 3- Esplenectomia - Paciente refratários - Pacientes que não apresentam resposta satisfatória, ou que permanecem dependentes de corticosteroides com efeitos colaterais 4- Suplementação de ácido fólico - Recomendada reposição de ácido fólico e profilaxia para osteoporose, com suplementação de cálcio e vitamina D aos pacientes considerados de alto risco 5- Imunossupressão → ETIOLOGIA -> anticorpos da classe IgM reagem melhor a frio, porque em temperaturas mais baixas os sítios antigênicos das hemácias sofrem mudanças de conformação estrutural que os torna reativos com anticorpos IgM → FISIOPATOLOGIA - Autoanticorpos IgM ligam-se às hemácias nas regiões corpóreas mais frias e fixam complemento - Quando retornam às áreas centrais mais aquecidas do organismo, os anticorpos se desligam deixando frações do complemento na superfície das hemácias, mas raramente a via do complemento é ativada até o final, levando à hemólise intravascular - As hemácias são removidas predominantemente por células fagocitárias no fígado e, raramente, no baço - Sintomas são causados pela aglutinação das hemácias nas extremidades, que leva à redução do fluxo sanguíneo e à diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos nas extremidades, ocasionando a aparência cianótica característica nos dedos, no nariz e nas orelhas dos pacientes - A hemólise é primariamente intravascular pode causar palidez, fadiga, e insuficiência cardíaca → QUADRO CLÍNICO - Sintomas são causados pela aglutinação das hemácias nas extremidades, que leva à redução do fluxo sanguíneo e à diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos nas extremidades, ocasionando a aparência cianótica característica nos dedos, no nariz e nas orelhas dos pacientes - A hemólise é primariamente intravascular pode causar palidez, fadiga, e insuficiência cardíaca - Sinais e Sintomas: . Palidez . Fadiga . Cianose . Esplenomegalia (mais rara) → LABORATÓRIO - Testes laboratoriais revelam anemia com autoaglutinação espontânea, pequeno número de esferócitos, policromasia e reticulocitose → TRATAMENTO - Candidatos potenciais ao tratamento com plasmaférese, embora exista risco de que os autoanticorpos possam aglutinar dentro do sistema de bolsas plásticas durante o procedimento - Tratamento inicial da doença também pode ser realizado com corticosteroides, porém, em geral, a evolução clínica da doença é pouco modificada com o uso desses medicamentos. - Tratamento através da esplenectomia ou com o uso de agentes alquilantes também não costuma oferecer bons resultados, embora possa prevenir a diminuição do nível da hemoglobina a valores clinicamente perigosos.
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