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MATERIAL AV1 - AULA 1 - CONCEITOS BÁSICOS

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Centro Universitário Estácio de São Paulo 
 
HISTÓRIA E FUNDAMENTOS SOCIOANTROPOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Aula 1 Conceitos Básicos da Educação Física 
 
 
O PAPEL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
A prescrição e orientação do exercício está legitimada ao professor de educação 
física, registrado no Conselho Regional de Educação Física (CREF), profissional que tem 
a competência para avaliar e decidir sobre o melhor exercício. 
Um dos princípios do está na individualidade biológica, ou seja, cada indivíduo 
responde de forma diferente ao mesmo exercício. 
Quase nunca o exercício de “Maria” vai responder da mesma forma em “Joana” 
e, atualmente, na internet, encontram-se muitas informações deturpadas, em especial 
nas redes sociais sendo comum o aluno chegar nas academias com seu treino pronto, 
geralmente retirado ou copiado no blog de alguma celebridade fitness. 
 
+ PROMOVER ATIVIDADE FÍSICA 
- SEDENTARISMO 
+ ATIVIDADES COTIDIANAS 
+ INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA 
- INTERNET 
 
A regularidade de um comportamento e transformação do mesmo em hábito 
implica em múltiplas questões. 
Motivação para a ação, percepção dos benefícios, adequação às necessidades 
pessoais e satisfação com a atividade executada são itens fundamentais para que isso 
possa acontecer. 
Mas, primordialmente, é necessário o acesso à oportunidade de um contato 
íntimo como o corpo, pois “cada sociedade destaca e valoriza determinadas formas de 
uso do corpo ou determinados movimentos corporais. E assim, os corpos vão se 
diferenciando uns dos outros, em consequência dos símbolos e valores que nele são 
colocados pela sociedade em cada momento histórico específico” (Daolio, 1994, p. 94). 
Nossa sociedade e nossa cultura priorizam o saber intelectual, uma estética 
ideal, um corpo máquina, um corpo esquecido ou manipulado pelos interesses 
dominantes, ou seja, o conhecimento e o poder estão acima dos sentimentos, 
sensações, desejos, necessidades, capacidade de compartilhar a vida e suas múltiplas 
condições. 
O corpo é ele mesmo uma construção social, cultural e histórica (GOELLNER, 
2003; SEGURADO, 2005), ele está tão inserido e é detentor de tal importância na 
sociedade que ao mesmo tempo ele é capaz de produzir uma cultura e ser influenciado 
por outras, pensar o corpo como algo produzido na e pela cultura é, simultaneamente, 
um desafio e uma necessidade (GOELLNER, 2003). 
Na contemporaneidade a mídia atua na formatação do corpo (CASTRO, 2005) e 
este corpo que antes era visto de diferentes formas pelas sociedades, hoje é encarado 
como objeto de diferentes anseios de desejos (FIGUEIRA, 2003) onde a importância 
dada ao corpo contrapõe-se ao ofuscamento ao qual o mesmo esteve submetido no 
passado (ANZAI, 2000). 
Estes anseios e desejos desencadeiam um fenômeno que transformou e ainda 
transforma o corpo em um objeto vendável, acabando por promover uma tendência à 
hegemonia de certa expectativa corporal (SILVA, 2001). O universo do consumo está 
inteiramente conectado ao universo da informação, e a forma com que esta informação 
circula na sociedade. Os discursos gerados por meio deste processo instigam a 
sociedade com estilos de vida, formas (corpo) e comportamentos. 
Imaginemos o impacto causado por um padrão estético hegemônico em 
homens, mulheres, crianças ou adolescentes. Que conseqüências este padrão causa na 
sociedade? O que se faz quando alguém nos diz: “Fique nu... Mas seja magro, bonito e 
bronzeado” (FOUCAULT, 1983, p.83). 
Tratando o corpo como um objeto de consumo, nos deparamos com um 
momento onde existe a aceitação ou a exclusão dos sujeitos de acordo com seus 
padrões estéticos. O sujeito excluído carrega um sentimento de não aceitação e tende 
a tentar ser aceito, se enquadrar e a acompanhar as tendências exigidas para a 
aceitação. 
Esta área de conhecimento é apresentada como a área que estuda o movimento 
humano. O movimento pode ser compreendido de diversas formas, tanto o movimento 
estudado pela biomecânica quanto o movimento cultural do qual o corpo faz parte, e é 
neste segundo que permeará a nossa disciplina. 
 
O corpo reina e padece por toda a parte (SANT’ANNA, 2005) é uma frase que 
muito se aproxima da realidade do profissional e da profissão da Educação Física. Nós 
cuidamos do corpo, temos como o objetivo fazer com que o corpo seja saudável, mas 
não é esta ideia ou ideal que reina na sociedade. O corpo belo é muito mais desejado 
que o corpo saudável, em muitos dos casos a saúde é comprometida para se atingir a 
beleza tão sonhada. 
O profissional fica de mãos atadas diante do processo de embelezamento que é 
a mais complexa forma de controle social (EDMONDS, 2002), que se utiliza da culpa para 
alimentar uma indústria que se beneficia da insegurança do indivíduo (ANZAI, 2000) 
para obter lucro. 
É impossível atender os desejos dos sujeitos, que querem complexas mudanças 
fisiológicas em um tempo demasiadamente curto, e aqueles que não conseguem o 
resultado esperado culpabilizam o profissional levantando que a área como um todo é 
ineficaz. Como promover uma mudança de pensamento, fazendo com que se 
compreenda o tempo necessário para uma mudança fisiológica significativa levando 
em consideração os padrões saudáveis enquanto as revistas vendidas nas bancas 
apresentam um discurso que é capaz de fazer o mesmo processo em apenas dez dias? 
Acredito que se faz necessário uma profunda reformulação na relação da mídia 
para com o corpo, e que a Educação Física como área cientifica deve coordenar as 
discussões pertinentes aos reflexos que o corpo midiático exerce nos sujeitos e como 
estes se comportam diante dos efeitos causados. 
 
 
CONCEITOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
1. Atenção básica à Saúde 
Com base em estudos, o Ministério da Saúde do Brasil indica que poderiam ser 
evitadas 260 mil mortes ao ano devido ao câncer e doenças cardíacas, caso a população 
brasileira adotasse o hábito de praticar 30 minutos de atividades físicas por cinco dias 
na semana e através da alimentação saudável. 
No Brasil, as reflexões acerca da promoção da saúde resultaram na criação do 
Sistema Único de Saúde - SUS, que tem por objetivo central assegurar o direito à saúde 
com base nos princípios da universalidade, integralidade, equidade, descentralização e 
participação social (Brasil, 1988). 
Desde então, a Atenção Básica à Saúde - ABS passou a ser a porta de entrada e 
principal estratégia para alcançar a meta de Saúde para Todos (OMS, 1978) 
No Brasil, 46% da população é sedentária, de acordo com a OMS. O Plano de 
Ação Global para Atividades Físicas tem como objetivo reduzir a inatividade física em 
15% até 2030 com a ajuda de todos: população, empresas e Poder Público. 
Contudo, mesmo com os avanços identificados, ainda são relatados pelos 
usuários do sistema sérios problemas relacionados à escassez de recursos humanos, 
garantia de acesso, utilização do serviço e equidade no atendimento (SIQUEIRA et al 
2009). 
Ao longo dos anos, o SUS passou, inegavelmente, por transformações 
importantes, centradas na ampliação do acesso da população aos serviços de saúde 
(BRASIL, 2003). Em 1994, o Ministério da Saúde criou o Programa Saúde da Família – 
PSF, inicialmente formulado como um programa e passando, a partir de 1997, a ser 
definido como Estratégia de Saúde da Família, tendo como desafio promover e 
reorientar as práticas e ações de saúde de forma integral e contínua, levando-as para 
mais perto do ambiente familiar e, com isso, favorecendo a melhoria da qualidade de 
vida da população (BRASIL, 2001). 
De acordo com a Resolução nº 046/2002/CONFEF, que dispõe sobre a 
intervenção do profissional de Educação Física e define suas competências e campos de 
atuação profissional, a intervenção é plena nos serviços à sociedade no âmbito das 
atividades físicas, incluindo a prática de exercícios físicos e esportes, nas suas diversas 
manifestações e diferentes objetivos. 
A Política Nacional de Promoção da Saúde, (Brasil 2006) conceitua as Práticas 
Corporais (atividadesfísicas) como expressões individuais e coletivas do movimento 
corporal advindo do conhecimento e da experiência em torno do jogo, da dança, do 
esporte, da luta e da ginástica. 
AS PRÁTICAS CORPORAIS São possibilidades de organização, escolhas nos modos 
de relacionar-se com o corpo e de movimentar-se, que sejam compreendidas como 
benéficas à saúde de indivíduos e de coletividades, incluindo caminhadas e práticas 
lúdicas, esportivas e terapêuticas. 
 
O profissional de Educação Física pode atuar como autônomo e em instituições 
e órgãos públicos e privados de prestação de serviços que envolvam a atividade física 
ou o exercício físico, incluindo aquelas responsáveis pela atenção básica à saúde, onde 
poderá atuar nos três níveis de intervenção (primária, secundária e terciária), 
dependendo das necessidades do indivíduo e do grau de competência do profissional. 
 
• Entende-se por intervenção primária qualquer ato destinado a diminuir a 
incidência de uma doença numa população, reduzindo o risco de surgimento de 
casos novos = PREVENÇÃO. Em programas do sistema de saúde, programas 
desenvolvidos em academias de ginástica ou outros espaços de aplicação e 
orientação de atividades físicas, podem oferecer possibilidades de 
conhecimento e vivências corporais que ao privilegiarem a interação dos 
domínios motor, cognitivo e afetivo, contribuem, de forma decisiva, para 
minimizar as chances de aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis, 
melhorando a saúde dos beneficiários, prolongando o período de vida ativa e 
contribuindo para uma melhor qualidade de vida. 
 
• A intervenção secundária busca diminuir a prevalência de uma doença numa 
população reduzindo sua evolução e duração, exigindo diagnóstico precoce e 
tratamento imediato = TRATAMENTO. Na atenção secundária à saúde, o 
profissional de Educação Física, após a anamnese, deverá identificar os 
indivíduos que referiram presença de alguma doença encaminhando-os, se for o 
caso, para consulta médica antes da prescrição e aplicação de 
exercícios/atividades físicas. Deve-se prestar atenção especial para os 
beneficiários que fazem uso de betabloqueadores ou que apresentem alterações 
glicêmicas, hipertensão arterial sistêmica, histórico de trombose e de acidente 
vascular cerebral (AVC). 
Mesmo diante desses casos e na dependência da análise médica, o exercício 
físico orientado e sistematizado pode contribuir para minimizar os efeitos 
deletérios dessas doenças sobre o organismo humano e reduzir a utilização e 
dependência de medicamentos. 
 
• A intervenção terciária visa diminuir a prevalência das incapacidades crônicas 
numa população, reduzindo ao mínimo as deficiências funcionais consecutivas à 
doença já existente, permitindo uma rápida e melhor reintegração do individuo 
na sociedade, com aproveitamento das capacidades remanescentes = 
REABILITAÇÃO. Na atenção terciária à saúde, o profissional de Educação Física 
poderá atuar em diferentes ambientes, tais como, hospitais (fase II da 
reabilitação cardíaca), clínicas para programa de exercício físico supervisionado 
(fase III da reabilitação cardíaca) ou mesmo na residência do beneficiário para 
atendimento individualizado. Assim, é de fundamental importância o 
entendimento do profissional sobre as consequências das doenças e da ação do 
exercício físico no organismo, melhorando o quadro de saúde previamente 
encontrado. 
 
O profissional de Educação Física, inserido na atenção básica à saúde deverá ser 
capaz de desenvolver ações compatíveis com as metas traçadas pelos órgãos 
responsáveis. 
 
O profissional atuará avaliando o estado funcional e morfológico dos 
beneficiários, estratificando e diagnosticando fatores de risco à saúde, prescrevendo, 
orientando e acompanhando exercícios físicos, tanto para pessoas consideradas 
“saudáveis”, objetivando a promoção da saúde e a prevenção de doenças, quanto para 
grupos de portadores de doenças e agravos, atuando diretamente no tratamento não 
farmacológico e intervindo nos fatores de risco. 
Cabe-lhe, também, disseminar no indivíduo e na comunidade a importância da 
prática de atividades físicas com base em conhecimentos científicos, desmistificando 
concepções equivocadas. 
• Melhorar a capacidade cardiorrespiratória com consequências positivas 
sobre os sistemas circulatório e respiratório; 
• Desenvolvimento da força, da resistência muscular e da flexibilidade 
articular com reflexos positivos sobre a locomoção, a capacidade de trabalho e o sistema 
imunológico; 
• Desenvolvimento do equilíbrio e da coordenação com contribuições 
importantes para o desenvolvimento das habilidades motoras e da autoconfiança. 
• 
Observar, entre outras, as seguintes etapas: 
Analisar o prontuário 
Identificar a presença de fatores de risco 
Definir as variáveis e padrões de atividades adequados para os indivíduos: tipo, 
intensidade, duração e frequência dos exercícios; 
Minimizando riscos associados à prática de exercícios físicos e contribuindo para 
potencializar resultados positivos 
 
O impacto de uma intervenção de promoção à saúde em uma perspectiva ampla 
relacionada às práticas corporais/atividade física, certamente poderá refletir nos gastos 
do SUS, em relação às enfermidades e mortes evitáveis, na melhoria da qualidade de 
vida da população e na compreensão de que manter a saúde é uma tarefa que exige um 
esforço em conjunto, a mobilização do indivíduo, da comunidade, do governo, de ideias 
e ideais. 
 
 
2. Definições 
ATIVIDADE FÍSICA, EXERCÍCIO FÍSICO, QUALIDADE DE VIDA, SAÚDE, APTIDÃO FÍSICA 
 
❖ SAÚDE 
“Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não 
meramente a ausência de doenças”. (OMS, 1948) 
Esse conceito, de 1948, indica que não basta não ter doenças diagnosticadas para 
que uma pessoa seja considerada saudável. 
 
 
❖ QUALIDADE DE VIDA 
Essa expressão pode ser definida como “a percepção do indivíduo de sua posição 
na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores em que vive e em relação aos 
seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações” (OMS, 1995). 
A leitura atenta deste conceito nos permite identificar que a qualidade de vida 
depende de condições subjetivas (percepções e sentimentos dos indivíduos) e objetivas 
(condições materiais e a posição do indivíduo na sociedade). 
 
 
 
Não devemos confundir qualidade de vida com padrão de vida. Muitas pessoas 
têm uma errada noção de qualidade de vida, confundindo os termos. 
Padrão de vida é uma medida que calcula a qualidade e quantidade de bens e 
serviços disponíveis. 
 
❖ ATIVIDADE FÍSICA 
Atividade física: qualquer movimento produzido pela musculatura esquelética 
que resulte em gasto energético. (Caspersen, Powell et al. 1985). 
 
 
A atividade física é dividida em dois segmentos: 
 
❖ ATIVIDADE FÍSICA NÃO ESTRUTURADA são as atividades de rotina, como 
caminhar, andar de bicicleta, lavar e passar roupa, fazer compras, entre 
outras, organizadas em 4 grupos (referindo-se ao contexto social): 1- 
LAZER, 2- TRABALHO, 3- DESLOCAMENTO E 4- DOMÉSTICO 
 
❖ ATIVIDADE FÍSICA ESTRUTURADA que seria todo exercício físico 
planejado, ou seja, um programa planejado de atividades físicas. 
 
Portanto, Exercícios físicos são atividades físicas estruturadas, ou seja, possuem 
planejamento e são repetidos regularmente visando à melhoria e/ou manutenção de 
algum componente da aptidão física. 
Possui sistematização e controle (frequência, volume e intensidade) 
 
 
❖ APTIDÃO FÍSICA 
Entre diversos conceitos, a aptidão física foi definida pela Organização Mundial 
da Saúde como 
“a capacidade de realizar trabalho muscular de maneira satisfatória”, 
ou seja, um indivíduo com aptidão física conseguiria realizar esforços físicos com 
bom desempenho, sem fadiga excessiva. 
 
Outra definição foi dada por Bouchard e colaboradores, em 1990 e citada por 
Guiselini (2004): 
“aptidão física é um estado dinâmico de energia e vitalidade que permite a cada 
um não apenas a realização das tarefasdo cotidiano, das ocupações ativas das horas de 
lazer e enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva, mas também evitar o 
aparecimento das disfunções hipocinéticas, enquanto funcionando no pico da 
capacidade intelectual e sentindo uma alegria de viver”. 
 
Porém, ser/estar apto fisicamente abrange mais do que a capacidade dos sistemas 
respiratório e cardiovascular em trabalharem eficientemente durante um exercício de 
média a longa duração. 
 
ATIVIDADE FÍSICA
ATIVIDADE FÍSICA NÃO 
ESTRUTURADA
Atividades físicas do dia 
a dia - ocupacionais
ATIVIDADE FÍSICA 
ESTRUTURADA
Exercício físico
A aptidão física está como um aspecto a ser desenvolvido por meio das 
atividades físicas. Deve-se ressaltar que a Educação Física passa a adquirir um papel de 
grande relevância à medida que ela tem a função de estruturar o meio ambiente 
adequado para a criança, o adolescente e adulto. Essa experiência oferece 
conhecimentos que resultam numa contribuição exemplar ao desenvolvimento 
humano, principalmente o desenvolvimento motor, garantindo a aprendizagem de 
habilidades específicas. 
 
Subdivisões do desenvolvimento físico (CORBIN, 2010) 
 
 
A partir do desenvolvimento físico, adquire-se o desenvolvimento da aptidão 
física, e este por sua vez possui suas dimensões a serem afetadas em relação à saúde. 
 
DIMENSÕES DA APTIDÃO RELACIONADA À SAÚDE (PITANGA, 2010) 
 
 
❖ SEDENTARISMO 
Ausência de atividade física – INATIVIDADE FÍSICA - GASTO CALÓRICO – Inferior 
a 500 kcal. 
O gasto final depende do metabolismo de cada um, assim como do 
condicionamento físico ao fazer tal exercício. A habilidade em desempenhar cada 
prática também influencia na conta final. 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
APTIDÃO FÍSICA
Aptidão fisiológica
Pressão arterial, Perfil 
Lipídico e 
Lipoproteínas, 
Integridade Óssea, 
Níveis de Glicose
Aptidão relacionada à 
saúde
capacidade 
cardiorrespiratória, 
força, resistência 
muscular, flexibilidade 
e composição corporal
HABILIDADES 
ATLÉTICAS
Valências físicas
MORFOLÓGICA
Composição Corporal
Distribuição da Gordura Corporal
FISIOLÓGICAS
Pressão Sanguínea
Tolerância à Glicose
Lipídios / Lipoproteínas Plasmáticas
COMPORTAMENTAL
Tolerância ao estresse
FUNCIONAL-MOTORA
Consumo Máximo de O2
Força / Resistência muscular
Flexibilidade
Qualquer tabela de gasto calórico é uma estimativa, pois há duas variáveis 
importantes: a execução do movimento e o condicionamento físico. Mesmo duas 
pessoas treinadas, que não são sedentárias, podem ter gastos diferentes dependendo 
da forma como executam cada movimento. 
 
Basicamente, para o gasto de 500 kcal: 
Arrumar armário: 8 horas e 30 minutos 
Lavar louça: 3 horas 
Passear com cachorro: 2 horas e 30 minutos 
Varrer a casa: 2 horas e 30 minutos 
Caminhar: 1 hora e 50 minutos 
Andar de bicicleta: 1 hora 
Subir escadas: 45 minutos 
Correr a 12km/h: 40 minutos 
 
As últimas décadas foram caracterizadas por uma mudança no perfil global de 
morbimortalidade, com diminuição das doenças infecciosas e consequente aumento 
proporcional das doenças crônicas (Murray and Lopez 1997). 
Alguns dos fatores que contribuíram para esta inversão foram: 
(a) o avanço tecnológico e a industrialização, que tornaram a vida do homem 
cada vez mais sedentária; 
(b) o envelhecimento populacional, resultante de aumento da expectativa de 
vida através do controle das doenças infecciosas e da diminuição das taxas de natalidade 
(Monteiro 1995). 
 
Nahas (2003) apresenta a seguinte relação entre gasto calórico e classificação da 
quantidade de atividade física realizada: 
✓ Gasto calórico de até 500 Kcal por semana com atividades físicas: indivíduo 
sedentário; 
✓ Gasto calórico entre 500 Kcal a 1000 Kcal por semana com atividades físicas: 
indivíduo insuficientemente ativo ou pouco ativo; 
✓ Gasto calórico de 1000 Kcal, no mínimo, por semana com atividades físicas: indivíduo 
moderadamente ativo. 
✓ Indivíduos que têm gasto calórico acima de 2000 Kcal por semana com a prática de 
atividades físicas são considerados muito ativos. 
 
 
EM RELAÇÃO À PROMOÇÃO DA SAÚDE, O QUE É MAIS IMPORTANTE? 
ATIVIDADE FÍSICA OU EXERCÍCIO FÍSICO? 
 
Por vezes as opções não agradam, portanto, apresentar as diversas 
possibilidades do dia a dia para o corpo se exercitar com atividades físicas NÃO 
estruturadas é uma opção para combater o mal da sociedade. 
Em vez do elevador ou de escadas rolantes, utilizar as escadas fixas já aumenta 
a frequência cardíaca e coloca os músculos para trabalhar. 
Ir até o mercado ou à padaria a pé, em vez de usar o carro, também. Ao sair de 
lá, carregar as próprias compras acrescenta esforço e contribui para a atividade. Até 
fazer faxina conta. 
É interessante que a pessoa que planeja começar atividades não estruturadas o 
façam buscando elevar um pouquinho o esforço: tentar adquirir o hábito de usar menos 
o carro e começar caminhando no ritmo natural, mas sempre que possível tente andar 
mais rápido. Resulta em melhor da função pulmonar, gradativamente. 
Lembrando dos cuidados básicos: hidratação, alongamento, aquecimento e 
postura. 
O ideal é fazer perceber que o hábito faz parte da rotina – e acabará fazendo, 
uma vez que o corpo se acostuma com a sensação de prazer provocada pela atividade 
física, aumentando a intensidade e acumulando os benefícios. 
Talvez é o ponto de partida para desenvolver o gosto para tentar alguma 
atividade estruturada.

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