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CONTABILIDADE GERAL MATERIA

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CONTABILIDADE GERAL 
Aula 1 
Apuração do resultado 
A apuração do resultado consiste no registro e confronto de todas as receitas e despesas de acordo com o seu fato 
gerador, independentemente do recebimento ou pagamento. Significa confrontar as receitas, custos e despesas, 
podendo esta diferença ser positiva (lucro) ou negativa (prejuízo). 
 
 
Reflexo no Balanço Patrimonial: A apuração do resultado é feita à parte do Balanço Patrimonial e serão 
evidenciadas no Patrimônio Líquido. As receitas contribuem para o aumento do Patrimônio Líquido, enquanto 
as despesas e custos contribuem para a redução. Isto ocorre em função da própria natureza das contas de resultado: 
 
 
 
 
 
As receitas têm natureza CREDORA, logo, contribuem para o LUCRO! Enquanto os CUSTOS E DESPESAS são contas de 
natureza DEVEDORA, logo, contribuem para a obtenção de PREJUÍZOS! 
Procedimentos para a apuração do resultado 
As operações de uma empresa ocasionam aumentos e diminuições no Ativo, no Passivo e no Patrimônio Líquido, 
devendo tais variações serem registradas em contas específicas. Sua função é acumular, de forma ordenada, os 
débitos e créditos da mesma natureza, de maneira que seu saldo represente, no momento considerado, a situação 
do elemento patrimonial ou da variação patrimonial a que se refere. 
Cada uma dessas contas será distinguida das demais pela sua denominação e estão classificadas em: 
a. Contas Patrimoniais (Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido); 
b. Contas de Resultado (Receitas, Custo e Despesas). 
No desenvolvimento das operações da empresa, todos os fatos serão registrados à medida que ocorrerem, 
obedecendo ao Princípio da Competência. Após lançamento e apuração dos saldos de todas as contas, iremos 
identificar as contas de resultado para proceder com a apuração. 
Na apuração, as contas que possuem saldo credor (receitas) serão transferidas mediante um lançamento a débito de 
igual valor, em contrapartida da conta “APURAÇÃO DO RESULTADO”, conhecida com a abreviatura ARE. Enquanto as 
contas que possuem saldo devedor (custos e despesas) serão transferidas mediante um lançamento a credito de 
igual valor, em contrapartida da conta “APURAÇÃO DO RESULTADO”. 
Se no final, o saldo desta conta for credor, significa que as receitas foram maiores que as despesas e custos, portanto 
o resultado foi Lucro, do contrário a empresa teve Prejuízo. Ao final, o seu saldo será transferido para o Patrimônio 
Líquido, na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
Para melhor compreensão, vamos acompanhar a resolução de um exemplo prático! 
Consideremos os seguintes fatos: 
 
Agora, observe a movimentação dos fatos citados, com o registro nas suas respectivas contas: 
Para a apuração do resultado, o primeiro passo será identificar as contas de resultado que serão transferidas para a 
apuração: Receitas e Despesas. As demais contas, Salários a pagar e Contas a Pagar, terão seus saldos transferidos 
para o Balanço, pois são contas patrimoniais. 
Em seguida, iremos transferir os saldos das contas devedoras (despesas), debitando na conta de apuração (ARE) e os 
saldos das contas credoras (Receitas), creditando na conta de apuração (ARE). 
Vejamos o PASSO A PASSO! 
 
Nos razonetes, encerramos as contas de despesas e receitas, transferindo os saldos para o ARE (Apuração do 
Resultado do Exercício). 
Transferindo as despesas para o ARE, temos: 
 
Transferindo as receitas para o ARE: 
 
A diferença entre os saldos resultará num lucro de 13.900. Pronto, apuramos o resultado do exercício que ocasionou 
num Lucro. 
 
Agora, o próximo passo é transferir o saldo da conta ARE para a conta de lucro ou prejuízos do exercício. 
 
Como dito anteriormente, as contas de resultado são contas transitórias, que servem para apurar o resultado a 
partir da conta ARE, sendo o seu saldo transferido para a conta Lucros Acumulados, que é uma conta patrimonial e 
fica localizada no grupo Patrimônio Líquido, do Balanço Patrimonial. 
Feita a apuração, toda a movimentação será apresentada na Demonstração do Resultado do Período, também 
conhecida por Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). 
 
Aula 2 
Balancete de Verificação 
 
De acordo com as normas de contabilidade, o Balancete de Verificação é a relação de contas, com seus respectivos 
saldos, extraída dos registros contábeis em determinada data. O grau de detalhamento do balancete deverá ser 
consentâneo com sua finalidade, devendo conter os seguintes elementos mínimos: 
• Identificação da Entidade. 
• Data a que se refere. 
• Abrangência. 
• Identificação das contas e respectivos grupos. 
• Saldos das contas, indicando se devedores ou credores. 
• Soma dos saldos devedores e credores. 
 
 
O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente e quando se destinar a fins externos à Entidade deverá 
conter nome e assinatura do contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC. 
O balancete de verificação é um demonstrativo auxiliar que relaciona os saldos das contas remanescentes no diário. 
Desta forma, auxilia na verificação da aplicação do método das partidas dobradas observado pela escrituração da 
empresa. Por este método cada débito deverá corresponder a um crédito de mesmo valor, cabendo ao balancete 
verificar se a soma dos saldos devedores é igual à soma dos saldos credores. (BERBEL, 2003). 
Já sabemos que a escrituração de cada operação é feita através de débitos e créditos de igual valor (Método das 
Partidas Dobradas), logo, somando os débitos de todas as contas, teremos um total que será igual à soma dos 
créditos de todas as contas. Então, o valor total dos saldos credores deve ser igual ao valor total dos saldos 
devedores. 
Essa é a técnica de escrituração do balancete de verificação, sendo que a soma dos débitos deve se igualar à soma 
dos créditos, caso contrário os registros efetuados no Diário e transcritos para o Razão estão incorretos. 
Vejamos um exemplo de Balancete de Verificação escriturado: 
 
 
Esse é um exemplo de Balancete de Verificação do tipo mais simples, de duas colunas apenas. Neste modelo, serão 
apresentados apenas os saldos atuais das contas. 
De acordo com Berbel (2003), existem tipos de balancete de verificação, cada um deles com as suas características. 
Vamos especificá-los. 
Balancete de quatro colunas 
 
Característica: No balancete de seis colunas, além dos saldos atuais e dos saldos anteriores, serão apresentados 
também os saldos do período. 
Balancete de oito colunas 
 
Característica: No balancete de oito colunas, além dos saldos atuais e dos saldos anteriores, serão apresentados 
também a movimentação e os saldos do período. 
Livros Contábeis 
Para realizar a escrituração contábil, são utilizados vários livros que variam em função do tipo de empresa. Segundo 
Ribeiro (2010, p. 56), os livros de escrituração são classificados quanto à utilidade, natureza e finalidade. 
Vamos detalhar a classificação dos livros quanto a sua utilidade, a sua natureza e a sua finalidade. 
 
QUANTO A UTILIDADE: 
São classificados em principais e auxiliares. 
 
QUANTO A NATUREZA: 
 
QUANTO A FINALIDADE: 
 
Formalidades para escrituração 
De acordo com a Resolução CFC N.º 1.330/11, que aprova a ITG 2000 – Escrituração Contábil, os livros contábeis 
obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma não digital, devem revestir-se de formalidades 
extrínsecas, tais como: 
a. Serem encadernados. 
b. Terem suas folhas numeradas sequencialmente. 
c. Conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou representante legal da entidade e 
pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional de Contabilidade. 
Quanto à forma digital, devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como: 
a. Serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado. 
b. Serem autenticados no registro público competente. 
Aescrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises, demonstrativos e demonstrações contábeis são de 
atribuição e de responsabilidade exclusivas do profissional da contabilidade legalmente habilitado. 
As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as assinaturas do titular ou 
de representante legal da entidade e do profissional da contabilidade legalmente habilitado. 
Quando o Livro Diário e o Livro Razão forem gerados por processo que utilize fichas ou folhas soltas, deve ser 
adotado o registro “Balancetes Diários e Balanços”. No caso da entidade adotar processo eletrônico ou mecanizado 
para a sua escrituração contábil, os formulários de folhas soltas devem ser numerados mecânica ou 
tipograficamente e encadernados em forma de livro. 
Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e encadernação em forma de 
livro, porém o arquivo magnético autenticado pelo registro público competente deve ser mantido pela entidade. Os 
registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais da escrituração contábil. 
Antes de entender a técnica de escrituração dos Livros Diário e Razão, vamos relembrar o mecanismo do 
débito/crédito para a escrituração contábil. 
Para efetuar os lançamentos nos livros contábeis, é necessário aplicar o método das partidas dobradas. Para tanto, 
utilizaremos uma representação gráfica de conta denominada Razonete em "T" ou simplesmente Razonete. 
Título do Conta 
 
O Razonete evidencia toda a movimentação das contas, que por sua vez aparecem em toda a escrituração. O lado 
esquerdo de uma conta é chamado lado do DÉBITO e, o lado direito, lado do CRÉDITO. A diferença entre o total de 
débitos e o total de créditos feitos em uma conta em determinado período é denominada SALDO. Se o valor dos 
débitos for maior que o valor dos créditos, a conta terá saldo DEVEDOR; caso ocorra o contrário, a conta terá 
saldo CREDOR. 
Com o advento do sistema Público de Escrituração Digital, hoje a escrituração contábil tem sido realizada de forma 
digital. 
Aula 3 
Livros contábeis 
 
O livro Diário, exigido pela Legislação Societária e Fiscal, é de escrituração obrigatória, sendo escriturado em ordem 
cronológica, e registra, em ordem de dia, mês e ano, todas as operações contabilizáveis verificadas na existência de 
uma pessoa jurídica. 
O registro de uma operação no livro Diário denomina-se partida de diário ou lançamento contábil. O método 
universalmente usado em todos os sistemas contábeis para se efetuar uma partida de diário (lançamento contábil) é 
o Método das Partidas Dobradas, ou seja, a cada lançamento a débito (ou débitos), corresponde um crédito (ou 
créditos) de igual valor. 
De acordo com Athar (2005), as Partidas de Diário serão registradas de acordo com o número de lançamentos do 
fato, sendo denominadas Fórmulas de Lançamento: 
 
 
Na escrituração do Diário, deverá conter essencialmente: 
1. Local e data 
2. Conta (s) Devedora (s) 
3. Conta (s) Credora (s) 
4. Histórico 
5. Valor 
 
No início de cada página de Diário ou nas mudanças de mês, a data será sempre por extenso, sem obedecer às 
colunas do livro Diário. A conta debitada é colocada sempre na margem esquerda do desenho do livro e, para 
significar que a conta está sendo creditada, a mesma deverá conter sempre à sua frente a letra a (minúscula). 
Essa letra "a" será sempre colocada na primeira coluna da esquerda do desenho do livro Diário. 
O Histórico é a descrição sumária da operação que está sendo contabilizada, e não deve conter informações 
supérfluas, mas somente aquelas necessárias à identificação da operação. As colunas correspondentes aos 
valores dos lançamentos serão discriminadas pelos débitos e créditos. Para escrituração dos valores do 
lançamento, poderão, ainda, ser utilizadas as três colunas a direita da página, da seguinte forma: 
Escrituração do Livro Razão 
O livro Razão resume a escrituração do Livro Diário, cujas movimentações são registradas em fichas ou folhas soltas 
ou em registros especiais pelo sistema de processamento eletrônico de dados. Mesmo com a possibilidade de 
registro em meios eletrônicos, as fichas ou folhas são mantidas em arquivo. Para cada conta, deve existir pelo menos 
uma ficha de Razão. 
 
Eis um exemplo prático da escrituração do Diário e Razão: 
Consideremos os seguintes fatos: 
 
 
 
 
 
 
Escrituração no livro Diário 
Fato (1): Abertura de uma empresa com capital inicial de R$ 10.000, em dinheiro, no dia 01/02/2001. 
 
 
Fato (2): A empresa adquire, com pagamento à vista, móveis por R$ 2.000, em 03/02/2001. 
 
Fato (3): Aquisição de uma máquina em 12/02/20X1, no valor de R$ 4.000, junto ao fornecedor Alfa, com 
pagamento para 60 dias. 
 
Escrituração no Livro Razão 
Contas em que ocorreram as movimentações: caixa, móveis, máquinas, fornecedores e capital social. 
 
Razão da conta CAIXA: 
 
Razão da conta MÓVEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Razão da conta MÁQUINAS 
 
Razão da conta FORNECEDORES 
 
Razão da conta CAPITAL SOCIAL 
 
Resumindo: no Livro Diário os lançamentos contábeis são agrupados por dia, gerando assim um controle diário do 
patrimônio. No Livro Razão, os lançamentos contábeis são agrupados por contas, gerando assim um controle de 
cada item do patrimônio (BERBEL, 2013). 
Quanto ao registro de uma operação no livro Diário, denomina-se PARTIDA DE DIÁRIO ou LANÇAMENTO CONTÁBIL. 
O método universalmente usado em todos os sistemas contábeis, para se efetuar uma partida de diário (lançamento 
contábil), é o Método das Partidas Dobradas, ou seja, a cada lançamento a débito (ou débitos), corresponde um 
crédito (ou créditos) de igual valor. 
Aula 1 
Demonstrações Contábeis Básicas: considerações gerais 
 
De acordo com o Pronunciamento Técnico Contábil (CPC 26, 2001), as demonstrações contábeis são representações 
estruturadas da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. 
O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, 
do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações 
e tomada de decisões econômicas. 
Ainda de acordo com esse CPC, as Demonstrações Contábeis proporcionam informação da entidade acerca do 
seguinte: 
a. Ativos. 
b. Passivos. 
c. Patrimônio líquido. 
d. Receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas. 
e. Alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles. 
f. Fluxos de caixa. 
 
 
 
Demonstrações Contábeis obrigatórias 
A Lei das Sociedades por Ações – Lei 6.404/1976 – determina que, ao final do exercício social, que em geral se 
confunde com o ano-calendário, devem ser elaboradas e publicadas as seguintes demonstrações contábeis: 
• Balanço Patrimonial (BP). 
• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). 
• Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). 
• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA). 
• Demonstração do Valor Adicionado (DVA). 
Quanto à apresentação e publicação das demonstrações contábeis, é importante destacar o seguinte: 
 
 
 
 
É importante ainda ressaltar que as notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis, portanto, 
é obrigatória a apresentação das notas explicativas junto com as demonstrações contábeis. 
A Lei 6.404/1976 exige que as demonstrações contábeis das sociedades anônimas e das empresas de grande porte 
sejam auditadas por um auditor independente, cujo parecer deve ser publicado junto com as demonstrações 
contábeis. 
A figura a seguir apresenta as demonstrações contábeis obrigatórias pela Lei 6.404/1976, em conjunto com as notas 
explicativas e o parecer do auditor independente. 
 
 
Todas as demonstrações contábeis são relevantes, mas duas são essenciais para a elaboração das demais: o Balanço 
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).E é sobre essas duas que a partir de agora iremos 
obter maiores detalhes. 
Vamos entender o que é Balanço Patrimonial. 
O Balanço Patrimonial é uma demonstração obrigatória, que evidencia os elementos do Patrimônio, definido de 
forma simplista como "o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma Entidade". 
A representação gráfica do Patrimônio Líquido pode ser apresentada assim, dentro da estrutura do Balanço 
Patrimonial: 
 
Vamos entender melhor o que é Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. 
- ATIVO: 
Conjunto dos bens e direitos de uma Entidade. São representados sempre do lado esquerdo do Balanço Patrimonial. 
- PASSIVO: 
(Exigível): representa o conjunto de obrigações perante terceiros. Todos os elementos do Passivo (exigível) estão 
descriminados no lado direito do Balanço Patrimonial. É também denominado de capital de terceiros. 
- PATRIMONIO LÍQUIDO: 
É a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo (exigível) de uma entidade em determinado momento. Representa 
o registro do valor que os proprietários têm aplicado no negócio. É também denominado capital próprio. 
Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira são os ativos, os 
passivos e o patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: 
 
(a) ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam 
futuros benefícios econômicos para a entidade. 
 
(b) passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que 
resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. 
(c) patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. 
As definições de ativo e de passivo identificam suas características essenciais, mas não procuram especificar os 
critérios que precisam ser observados para que eles possam ser reconhecidos no balanço patrimonial. Desta forma, 
é considerada uma demonstração sintética dos componentes patrimoniais e representa uma prestação de contas 
para os usuários da contabilidade. 
Aula 2 
Requisitos e Estrutura do Balanço Patrimonial 
 
Vamos começar com uma indagação: como o Balanço Patrimonial pode ser iniciado e como é constituído? 
O Balanço Patrimonial inicia-se com o seguinte cabeçalho: 
• Denominação da empresa 
• Título da Demonstração (Balanço Patrimonial) 
• Data de encerramento 
O corpo do Balanço é constituído por duas colunas: 
• À esquerda, na qual são evidenciados os componentes do ATIVO. 
• À direita, na qual são evidenciados os componentes do PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO. 
O Balanço Patrimonial, pode ser representado graficamente da seguinte maneira: 
Saiba Mais 
Os ativos e passivos serão registrados no CIRCULANTE, quando forem de curto prazo, e de NÃO CIRCULANTE, 
quando forem de longo prazo. 
 
 
 
As contas do ATIVO são agrupadas de acordo com a sua rapidez de conversão, ou seja, por ordem decrescente de 
liquidez: 
1. As contas que já são dinheiro e vão se transformar em dinheiro rapidamente (Caixa, estoques). 
2. As contas que se transformarão em dinheiro mais lentamente (títulos a receber). 
3. As contas que dificilmente se converterão em dinheiro (imóveis, máquinas). 
As contas do PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO são agrupadas de acordo com o seu vencimento (rapidez de 
pagamento), ou seja, por ordem decrescente de exigibilidade: 
1. As contas que serão pagas mais rapidamente (Fornecedores, salários). 
2. As contas que serão pagas mais lentamente (Financiamentos). 
3. As contas que dificilmente serão pagas (patrimônio líquido). 
 
Na elaboração do Balanço Patrimonial, a entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos 
circulantes e não circulantes, como grupos de contas separados no balanço patrimonial. 
 
Quando a entidade fornece bens ou serviços dentro do ciclo operacional claramente identificável, a classificação 
separada de ativos e passivos circulantes e não circulantes no balanço patrimonial proporciona informação útil ao 
distinguir os ativos líquidos que estejam continuamente em circulação como capital circulante dos que são utilizados 
nas operações de longo prazo da entidade. 
 
As contas do Balanço Patrimonial poderão diferenciar de acordo com o tipo de atividade da entidade. As contas e 
suas respectivas funções e funcionamento, serão extraídas do Plano de Contas. 
 
Vamos pontuar as características dos grupos do Balanço Patrimonial. 
Ativo Circulante: “são os bens e direitos que a empresa espera realizar no exercício social seguinte à data do 
balanço.” (ATHAR, 2005, p.55). O Ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer os seguintes critérios: 
a. Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo 
operacional da entidade. 
b. Está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado. 
c. Espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou 
d. É caixa ou equivalente de, a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada 
durante pelo menos doze meses após a data do balanço. 
O Ativo Circulante compreende os valores a receber no período do ciclo operacional (em curto prazo), estando 
subdividido nos seguintes subgrupos: 
 
 
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulante. Termo este utilizado para incluir ativos 
tangíveis, intangíveis e ativos financeiros de natureza associada a longo prazo, tais como: investimentos, imobilizado 
e intangível. São os valores a receber após o ciclo operacional, ou seja, o término do exercício seguinte. 
 
 
Passivo: são obrigações assumidas por uma empresa (ou indivíduo) de entregar a terceiros parte do seu ativo ou 
lhes prestar serviços. (ATHAR, 2005). 
Passivo Circulante: o passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer um dos seguintes 
critérios: 
a. Espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade. 
b. Está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado. 
c. Deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou 
d. A entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses 
após a data do balanço. 
Assim, representam obrigações exigíveis no período do ciclo operacional (em curto prazo). 
1. Fornecedores 
2. Impostos 
De acordo com Athar (2005), passivo não circulante é classificado como não circulante se o credor tiver concordado, 
até a data do balanço, em proporcionar um período de carência a finalizar pelo menos após o término do exercício 
seguinte. 
Assim, representam obrigações exigíveis após o período do ciclo operacional (em longo prazo): 
1. Financiamentos 
2. Parcelamentos de impostos 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
O Patrimônio Líquido representa o capital próprio da Entidade, o que significa dizer que se trata de uma obrigação 
não exigível. 
• Capital Social 
• Reservas de Capital 
• Reservas de Lucros 
• (-) Ações em Tesouraria 
• Ajustes de Avaliação Patrimonial 
• Prejuízos Acumulados 
Capital Social 
Formação: Poderá ser composto por bens móveis ou imóveis, assim como por direitos. Será dividido em ações ou 
quotas, onde a quantidade de ações será encontrada assim: 
 
Discriminação: A conta capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não 
realizada. Desta forma: 
 
No caso de Sociedade Anônima: 
 
Reservas de Capital 
Definição: São aquelas que não se originam do resultado do exercício, logo não transitam pelo resultado. São 
contribuições dos sócios ou terceiros. 
Destinação: Serão utilizadas para absorver prejuízos ou para o aumento de capital. 
Reservas de Lucros 
Definição: São constituídas a partir da apropriação de lucros da companhia. 
Destinação: Tem por finalidade assegurar a integridade do PL. 
Ajustes de Avaliação Patrimonial 
São definidos como ajustes de avaliaçãopatrimonial as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor 
atribuído a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. Assim, as contas 
do Ativo e do Passivo continuam a ser inicialmente registradas pelo seu valor histórico de entrada, mas sempre que 
houver mudança no valor de mercado, tornando o superior ou inferior ao valor original, este deverá ser atualizado, 
utilizando como contrapartida uma conta do PL de ajuste de avaliação patrimonial. As contas de ajustes de avaliação 
patrimonial poderão ter saldo credor ou devedor (neste caso, serão retificadoras do PL), a depender da situação. 
Ações em Tesouraria 
As ações da companhia que forem adquiridas pela própria sociedade são denominadas Ações em Tesouraria. Não é 
permitido às companhias (abertas ou fechadas) adquirir suas próprias ações a não ser quando: 
a) de operações de resgate, reembolso ou amortização de ações. 
b) aquisição para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até o valor do saldo de lucros ou reservas 
(exceto a legal) e sem diminuição do capital social ou recebimento dessas ações por doação. 
c) aquisição para diminuição do capital. 
 
Essas operações com as próprias ações estão previstas no art. 30 da Lei 6.404/76. Em se tratando de companhia 
aberta, deverão ser obedecidas as normas expedidas pela CVM, particularmente as disposições sobre aquisição de 
ações de sua própria emissão, contidas na Instrução CVM nº 10, de 14.02.1980, inclusive as relativas ao conteúdo 
das notas explicativas que deverão ser divulgadas sobre o assunto. 
Prejuízos Acumulados 
Abrigam os prejuízos acumulados de períodos anteriores. Com a nova Lei 11.638/07, não é mais prevista a existência 
de lucros acumulados no PL. 
 
Aula 3 
Elaboração do Balanço Patrimonial 
 
Após o registro dos fatos e apuração do resultado, os saldos das contas patrimoniais (Ativo, Passivo e 
Patrimônio Líquido) serão transportados para o Balanço Patrimonial. Observe os lançamentos abaixo: 
 
 
Note que após toda a movimentação, a empresa apurou os saldos das contas patrimoniais e eles 
serão demonstrados no Balanço Patrimonial. Agora veja como ficará o Balanço Patrimonial: 
 
Demonstração do Resultado 
É a apresentação, em forma resumida, das operações realizadas pela empresa durante o exercício social, 
demonstradas de forma a destacar o resultado líquido do período. Contempla as informações sob o 
aspecto econômico, e relacionam-se com as despesas, custos, receitas e o resultado que pode ser lucro 
ou prejuízo. 
O resultado é frequentemente utilizado como medida de performance ou como base para outras 
medidas, tais como o retorno do investimento ou o resultado por ação. Os elementos diretamente 
relacionados com a mensuração do resultado são as receitas e as despesas. O reconhecimento e a 
mensuração das receitas e despesas e, consequentemente, do resultado, dependem em parte dos 
conceitos de capital e de manutenção de capital adotados pela entidade na elaboração de suas 
demonstrações contábeis. 
De acordo com Pronunciamento Técnico CPC 26, os elementos de receitas e despesas são definidos como 
segue: 
a. receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da 
entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em 
aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionadas com a contribuição dos 
detentores dos instrumentos patrimoniais; 
b. despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da 
saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo 
do patrimônio líquido, e que não estejam relacionadas com distribuições aos detentores dos 
instrumentos patrimoniais. 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) enfoca o aspecto econômico da entidade mediante o 
confronto das receitas, custos e despesas incorridos em determinado exercício, tendo como objetivo 
fornecer informações aos usuários das demonstrações. De acordo com a Lei nº 6.404/76, a Demonstração 
do Resultado do Período inicia-se com o seguinte cabeçalho: 
• Denominação da empresa 
• Título da Demonstração (Balanço Patrimonial) 
• Data de encerramento 
As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as assinaturas do 
titular ou de representante legal da entidade e do profissional da contabilidade legalmente habilitado. 
 
Elaboração da Demonstração do Resultado 
Para a elaboração da Demonstração do Resultado, precisaremos apresentar de forma discriminada os 
lançamentos referentes às contas de resultado realizadas no período em análise. Observe os lançamentos 
efetuados para a apuração do resultado de determinado período. 
Nos razonetes, somando os valores do lado direito, teremos um total de R$6.100 no débito. 
 
 
Nos razonetes, somando os valores do lado esquerdo, teremos um total de R$20.000 no crédito. 
 
A diferença entre os saldos resultará num lucro de 13.900. Pronto, apuramos o resultado do exercício que 
ocasionou num Lucro! 
 
Já foi dito que a conta ARE é uma conta transitória e serviu apenas para apurarmos o resultado, sendo o seu 
saldo transferido para os Lucros Acumulados. Agora, precisamos apresentar toda a movimentação de resultado 
de forma discriminada. É neste momento que apresentamos a Demonstração do Resultado do Período. Vamos 
lá! 
 
Vale salientar que a demonstração apresentada está de acordo com a movimentação do exemplo. Caso 
exista outras informações, as mesmas deverão ser listadas e discriminadas.

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