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As contribuições de Francis Galton para a Psicologia

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As Contribuições de Galton para a Psicologia
No contexto das contribuições de Francis Galton para a psicologia, estão, a herança
mental e as diferenças individuais, os métodos estatísticos, os testes mentais a partir da
capacidade sensorial, criação e utilização de instrumentos, o desenvolvimento humano, a
associação, a influência da infância sobre o desenvolvimento adulto, e a criação do
questionário psicológico. Veremos todas essas contribuições e como foram desenvolvidas
ao longo do texto.
Galton com sua extrema inteligência, apesar de não ser psicólogo, foi o primeiro a
considerar o fenômeno das diferenças individuais um objeto de estudo, antes ignorado
pela psicologia. Depois de seu primo Darwin publicar a “Origem das Espécies”, Galton
desenvolveu estudos sobre a herança mental e as diferenças individuais, trazendo pela
primeira vez a marca da evolução no contexto da psicologia.
Como citado anteriormente, a partir de Galton surgiu o conceito de Eugenia, Hereditary
Genius - 1869 (O Gênio Hereditário), com o objetivo de incentivar a reprodução seletiva,
homens inteligentes e notáveis, a gerarem filhos e desencorajar a geração dos
considerados “inaptos” a esse papel, surgindo assim uma sociedade com homens
poderosos. O estudo de hereditariedade foi a primeira grande contribuição de Galton para
a psicologia.
Aproveitando de seu imenso interesse pela matemática, desenvolveu e aplicou métodos
estatísticos para análise de dados de suas pesquisas sobre hereditariedade.
Os dados biológicos e sociais foram aplicados na estatística pela primeira vez através de
Adolph Quetelet, que mostrou que o homem tem a tendência de se aproximar cada vez
mais da curva normal de distribuição, usando a frase “O Homem Médio”. A maior parte
dos indivíduos estão em torno da média, onde um número cada vez menor é encontrado
nas extremidades.
Galton maravilhado com os dados de Quetelet, aplicou nessa teoria um conjunto de
características humanas que poderia ser resumido por dois valores: o valor médio da
distribuição (média) e a dispersão ou variação em torno dessa média (o desvio padrão).
Observou que a estatura dos homens tem a tendência de chegar mais próximo a média,
por exemplo, os homens altos, não são tão altos quanto seus pais, e filhos de homens
mais baixos, são mais altos que os pais, levando as duas variações (desvio padrão) para
mais próximo da média. A partir disso foi aplicado métodos estatísticos nas ciências
sociais e de comportamento.
Galton desenvolveu também os testes mentais, podendo ser considerado o primeiro
clínico da psicologia. Partiu da suposição de que a inteligência podia ser medida através
da capacidade sensorial de cada indivíduo.
Essa ideia veio a partir de John Locke, que segundo ele, o conhecimento é adquirido
através dos sentidos. Concluindo Galton que “os indivíduos mais capazes têm o sentido
mais aguçado”. Galton inventou instrumentos para medir de forma rápida e precisa
características sensoriais e de coordenação motora, em uma grande quantidade de
pessoas, incluindo um apito com a mais alta frequência sonora, testado em pessoas e
animais.
Esse apito em forma mais aperfeiçoada foi utilizado em laboratório de psicologia até os
anos 30 e foi substituído por um aparelho mais sofisticado.
Além do apito, Galton também desenvolveu outros instrumentos para estudos, como o
fotômetro usado para testar a precisão que um indivíduo pode igualar duas manchas de
cor. Um pêndulo calibrado para mensurar o tempo de reação a sons e luzes, entre outros,
que serviram de protótipos utilizados atualmente em testes laboratoriais. Galton tinha
tanto fascínio nas diferenças individuais, que chegou a descobrir as impressões digitais.
Em determinado período, Galton coletou dados de mais de nove mil pessoas utilizando
instrumentos de medida antropométrica com o objetivo de definir a gama da capacidade
humana, além de obter informações sobre altura, peso, capacidade do tórax de força de
impulsão e compressão, velocidade do sopro, audição, visão e sentido cromático.
Um século depois, tais estudos foram analisados por psicólogos estadunidenses, e viram
que os estudos tinham dados estatísticos, além de fornecer informações sobre a
população testada da época, como o desenvolvimento da infância, adolescência e
maturidade e informações de capacidades físicas, semelhando-se com relatos mais
recentes de capacidade humana. Chegando a conclusão de que os estudos de Galton
continuam servindo de instrução e sendo utilizados até hoje.
Galton passou a dedicar seu tempo a experimentos de tempo de reação, se propôs a
escrever separadamente em papéis, uma relação de setenta e cinco palavras, e sete dias
depois olhou novamente para cada uma delas e cronometrou o tempo que levava para
produzir duas associações a cada palavra descrita. Após o término, passou a
compreender a origem das associações, e descobriu que quase metade delas, vinham de
vivências de sua infância e adolescência.
Sendo uma considerável demonstração da influência da infância sobre a personalidade
de uma pessoa ao atingir o nível de maturidade.
Galton deu início as pesquisas sobre as imagens mentais. Foi proposto a um grupo de
cientistas estudiosos e a um grupo de pessoas com capacidades mais baixas, que se
recordassem de cenas de suas infâncias definindo-as como, tênues ou nítidas, claras ou
escuras, coloridas ou não coloridas, etc. Para espanto de Galton, o primeiro grupo, de
cientistas, revelaram um baixo nível de imagens mentais, não havia nada nítido e
conclusivo. Enquanto o segundo grupo relatavam imagens detalhadas, com cores, cheiros
e sabores.
Essa investigação nos leva ao primeiro método de questionário psicológico aplicado.
Francis Galton tinha uma mente tão brilhante que não podia se resumir em apenas uma
área, não era apenas matemático, antropólogo, eugenista ou psicólogo, era um cientista
de todas as disciplinas. Contribuiu para tantas áreas diferentes, e dentro da psicologia
não podia ser diferente mesmo tendo trabalhado por poucos anos.
Nos trouxe uma gama extraordinária de estudos que esperavam ser desvendados, e que
antes eram impensáveis ou não consideráveis. Investigações sobre a mente e a
capacidade humana que foram descobertos e produzidos por Galton, que mais tarde
vieram a ser lapidados por cientistas e estudiosos da área, influenciando principalmente a
psicologia nos Estados Unidos.

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