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Profa. Claudete Carvalho ALOPECIAS Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA É a redução parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada área de pele. Ela apresenta várias causas, podendo ter uma evolução progressiva, resolução espontânea ou controlada com tratamento médico. FONTE: WIKIPÉDIA • alopekía, origem grego, que significa ausência, rarefação ou queda, transitória ou definitiva, dos cabelos ou dos pelos, com expressão local, regional ou total. Profa. Claudete Carvalho CLASSIFICAÇÃO DAS ALOPECIAS alopecia não cicatricial resulta de um processo que reduz ou torna lento o crescimento dos pelos sem dano irreparável ao folículo piloso. alopecia cicatricial É resultante da destruição dos folículos pilosos. Estes são irremediavelmente lesados e substituídos por tecido fibrótico. Diversas doenças dos cabelos mostram um quadro bifásico em que, no início, ocorre alopecia não cicatricial e, no decorrer da doença, alopecia cicatricial e queda permanente de cabelos. As alopecias cicatriciais são subdivididas ainda em duas formas primárias: quando o alvo da inflamação é o próprio folículo e, na forma secundária quando o folículo é destruído como resultado de uma inflamação inespecífica Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA NÃO CICATRICIAL sem atrofia cicatricial → reversível ▪ ALOPECIA ANDROGENÉTICA → fatores genéticos. ▪ ALOPECIA AREATA → perdas localizadas origem diversa. ▪ EFLUVIO TELÓGENO → perda difusa ▪ EFLUVIO ANÁGENO → perda pós quimio ALOPECIA CICATRICIAL traumas/dano definitivo na região folicular →irreversível ▪ LUPUS DISCÓIDE ▪ LIQUEN PLANO PILAR ▪ PSEUDOPELADA DE BROC ▪ FOLICULITE DISSECANTE ▪ TRAUMAS MECÂNICOS Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA ANDROGENÉTICA (AAG) • Ocorre em indivíduos geneticamente suscetíveis na presença de androgênios. • Os primeiros sinais ocorrem na adolescência, com evolução que varia de pessoa para pessoa. • Perda progressiva que afina (redução do diâmetro), encurta e despigmenta os fios. • Segue um padrão de perda definido. • Inicia-se na linha capilar anterior de ambas têmporas – resulta em entradas acentuadas nessa linha capilar, seguida por queda de cabelo na coroa e frontal, com preservação do occiptal. • Não há inflamação profunda e as glândulas sebáceas se mantém intactas. • Inflamação superficial e crônica. • As mulheres tem 3-3,5 vezes menos 5-alfa-redutase. • A aromatase converte testosterona a estradiol e estrona, o que reduz a conversão da testosterona a DHT. • A aromatase é significativamente maior nos folículos pilosos das mulheres na região frontal e 4 vezes maior na região occiptal. Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA ANDROGENÉTICA (AAG) É a CALVÍCIE, causada por alterações hormonais associadas a fatores genéticos e inflamatórios. Miniaturização do folículo na presença de andrógenos. Pelo terminal vellus 1. Fatores genéticos: herança autossômica dominante 2. Fatores hormonais: formação da DHT pela presença da enzima 5α redutase 3. Processo Inflamatório: inibe o crescimento e induz a fase telógena. Há uma redução da fase anágena, enquanto a fase telógena continua a mesma. →percepção de maior queda. Profa. Claudete Carvalho DHT A atividade da enzima 5 alfa-redutase atua sobre a testosterona, transformando-a em DHT que ligam-se ao receptor andrógeno e causam a queda. • Pessoas calvas tem mais receptores DHT na área calva (determinação genética). • A atividade da 5 alfa-redutase é maior nos calvos, produzindo mais DHT. Uma pequena variação na testosterona livre determina seborreia, e alopecia. A mulher tem 6 vezes mais aromatase que o homem. Aromatase transforma a testosterona em estradiol, um hormônio que protege da calvície. WICHROWSKI, 2007 Curiosidade: Cetoconazol reduz os níveis de DHT no folículo piloso Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA ANDROGENÉTICA MASCULINA(AAG) Classificação de Norwood-Hamilton (1951) Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA ANDROGENÉTICA FEMININA(AAG) EVOLUÇÃO MASCULINO X FEMININO Dominante para sexo masculino Classificação de Ludwig AAG feminina tem relação com hormônios: ▪ Distúrbios de Tireóide ▪ Ovário policístico ▪ Menopausa ▪ Anticoncepcional As mulheres podem ter AAG de dois padrões: masculino ou feminino. AAG Feminina diminuição da densidade (pelos/cm2) e os pelos que permanecem são de diâmetro e comprimento similares ao de uma cabeleira normal (sem queda). AAG Masculina não ocorre diminuição na densidade (permanece a mesma 200 fios/cm2) mas os pelos se tornam velos) Fonte: KEDE,M.P. Dermatologia Estética Profa. Claudete Carvalho EVOLUÇÃO ALOPECIA ANDROGENÉTICA MASCULINA X FEMININA Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA ANDROGENÉTICA PADRÃO DIFUSO ALOPECIA FEMININA • Afeta 6-12% das mulheres na faixa etária entre 20-30 anos e mais de 55% das mulheres após 70 anos. • É a queda de cabelo difusa não cicatricial com rarefação evidentes nas regiões frontal, central e parietais do couro cabeludo. A linha capilar frontal é preservada. • Caracteriza-se pelo aumento de fios miniaturizados do tipo velo. • Em muitos caso os níveis de testosterona se apresentam normais mas este tipo de alopecia se refere a hiperandrogenismo. • Observar nestes casos – hirsutismo, anomalias menstruais, acne e SOPC. Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA ANDROGENÉTICA FEMININA Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA ANDROGENÉTICA – TRATAMENTOS • FINASTERIDA bloqueador da 5 α redutase II. Melhores resultados para AAG Masculina. Posologia: 1mg/dia. Efeitos colaterais: “diminuição da libido e do jato ejaculatório”. Mulheres devem ser alertadas sobre risco de danos ao feto. • MINOXIDIL ação mitogênica observada em células epidérmicas. E prolonga a fase anágena (fase de crescimento). Posologia: solução a 2 a 5 % duas vezes ao dia. • FLUTAMIDA liga-se aos receptores androgênicos. Indicado para AAG feminina.Posologia: 125-250 mg/dia • 17 α ESTRADIOL acelera a atividade proliferativa das células da matriz capilar e inibe a 5 α redutase. Posologia: aplicação couro cabeludo 1 x dia. • Cetoconazol – antifúngico. Observou-se que o cetoconazol, especialmente combinado com finasterida, resulta em aumento de crescimento de cabelo. Ele também reduz os níveis de DHT (mecanismo antiandrogenico). Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA AREATA (PELADA) Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA AREATA (RIVITTI,2005) • É uma afecção crônica dos folículos pilosos e das unhas, de etiologia desconhecida; • pode ser desencadeada após um trauma emocional ou estresse físico, baixa autoestima, mudanças profissionais e etc.; • Queda dos cabelos e/ou pelos, por interrupção de sua síntese, sem que ocorra destruição ou atrofia dos folículos, motivo pelo qual pode ser reversível; • Perda importante de cabelos de modo abrupto folículos pilosos entram prematuramente na fase telógena →queda após 2-4 meses pós-evento; • Ciclo capilar alterado folículos pilosos entram prematuramente na fase telógena. • Há presença de células inflamatórias ao redor do bulbo. • A lesão característica é uma placa alopécica lisa com coloração da pele normal atingindo o couro cabeludo ou qualquer área pilosa do corpo. • Surgem na periferia das placas os pelos peládicos ou pelos em ponto de exclamação. Profa. Claudete Carvalho Etiopatogenia multifatorial • Genética; • Microtrauma; • Estresse (psicológicos); • Inflamatório. Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA AREATA ▪ A AA é uma doença autoimune que afeta 2% da população antes dos 30 anos de idade (2017). ▪ As pessoas que tem mais dificuldade de enfrentar eventos estressores passam a ter a imunidade mais frágil, propiciando o aparecimento de doenças autoimunes; ▪ A rápida taxa de perda de cabelo e desfiguração causada pela condição causa ansiedade nos pacientes e aumenta os riscos de desenvolver complicações psicológicas; ▪ AA tem um impacto considerável na qualidade de vida do paciente. Isso se deve à visibilidade desse transtorno, que afeta a aparência do paciente e sua a saúde emocional. Profa. ClaudeteCarvalho ALOPECIA AREATA (PELADA) ▪ ALOPECIA AREATA LOCAL – local em forma circular ▪ ALOPECIA AREATA UNIVERSAL – perda de cabelos total ▪ ALOPECIA AREATA TOTAL – perda de cabelos do couro cabeludo ▪ ALOPECIA AREATA OFIÁSICA – perda da região parietoocciptal Profa. Claudete Carvalho AA unifocal ou multifocal Profa. Claudete Carvalho AA Profa. Claudete Carvalho DIAGNÓSTICO DE AA ▪ Positividade do sinal da tração suave - os pelos se desprendem facilmente. Nas fases mais crônicas, essa manobra é negativa; ▪ Presença de pelos cadavéricos - ocorre fratura da haste no interior do folículo piloso, produzindo-se pontos negros dentro do óstio folicular que se assemelham a comedões; ▪ Desenvolvimento de penugem branca de cerca de meio centímetro de comprimento ao longo da área alopécica; ▪ Lesões crônicas - presença desses sinais não é mais detectada e pode surgir leve hiperqueratose folicular na área alopécica; ▪ A superfície das áreas alopécicas pode tornar-se atrófica, mas nunca cicatricial. Profa. Claudete Carvalho EXAME TRISCOSCÓPIO AA pelos cadavéricos pontos de exclamação pelos brancos Profa. Claudete Carvalho AA também afeta as unhas Pitting das unhas Profa. Claudete Carvalho AA TOTAL perda de cabelos do couro cabeludo Profa. Claudete Carvalho AA UNIVERSAL TOTAL perda de cabelos total Profa. Claudete Carvalho AA OFIÁSICA perda da região parietoocciptal Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA AREATA OFIÁSICA perda da região parietoocciptal Profa. Claudete Carvalho AA BARBA Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA AREATA (PELADA) Profa. Claudete Carvalho EFLUVIO TELÓGENO • https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/efluvio- telogeno/56/ https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/efluvio-telogeno/56/ Profa. Claudete Carvalho EFLUVIO TELÓGENO Profa. Claudete Carvalho EFLUVIO TELÓGENO ▪ ET é a perda excessiva de cabelo em razão de alguma anormalidade do cabelo. ▪ Queda de cabelos difusa que ocorre após um estresse emocional, pós-parto, durante dietas de emagrecimento muito radicais, pelo uso de alguns medicamentos (retinóides,anticoagulantes, anticonvulsivantes, antitireóideos, metais pesados), por influência de doenças sistêmicas como alterações hormonais, alterações da tireoide, diabetes ou deficiências nutricionais (Fe, Zn, proteínas), distúrbios inflamatórios deficiência de Fe ou Vit. E e maternidade. ▪ Transformação prematura dos pelos em fase anágena para fase telógena, ou seja, aumento de fios em fase telógena. ▪ Ausência de inflamação significativa. ▪ Não ocorre miniaturização. ▪ Evento causador do quadro 2-3 meses antes ▪ Fios telógenos normal 10% e fios telógenos em efluvio 20-40% ▪ Densidade capilar pode reduzir até 50%. Profa. Claudete Carvalho EFLUVIO TELÓGENO • É uma condição que se caracteriza pelo aumento da queda diária de fios de cabelo. Seu aumento é visto principalmente naquele bolo que cai no chuveiro ou fica na escova quando penteamos. O eflúvio se divide em dois tipos: agudo e crônico. São subtítulos que compartilham a queixa de queda aguda, mas são clinicamente distintos. • Eflúvio telógeno agudo: sua causa está associada a algum evento que aconteceu três meses antes do início da queda. Isso porque o período de preparo para a queda dura de dois a três meses e os fios se desprendem ao final desse ciclo. Esses eventos, ou gatilhos, convertem um percentual maior de fios para a fase de queda. Sendo assim, ao invés de termos 100-120 fios caindo diariamente, temos 200-300 fios, dependendo do paciente e da causa do eflúvio. Os eventos mais associados à queda são: pós-parto, febre, infecção aguda, sinusite, pneumonia, gripe, dietas muito restritivas, doenças metabólicas ou infecciosas, cirurgias, especialmente a bariátrica, por conta da perda de sangue e do estresse metabólico, além do estresse. Algumas medicações também podem desencadear o problema. Tudo isso pode interferir na proporção dos fios na fase de queda. Em geral, 70% dos casos têm o agente descoberto. Já nos 30% restantes a causa acaba por não ser definida. • Eflúvio telógeno crônico: a fase na qual os fios caem muito, se assemelha à versão aguda. Porém, em longo prazo, é diferente. Há ciclos de aumento dos fios na fase de queda, de forma cíclica, uma ou duas vezes por ano, ou a cada dois anos, dependendo do paciente. Conforme o tempo passa, o paciente fica com o cabelo mais volumoso na base e menos volumoso no comprimento. O cabelo fica mais curto e com o “rabo de cavalo” mais fino. Se o paciente só tiver essa condição, não ficará com o cabelo ralo no couro cabeludo. Porém, seu problema pode estar associado a outras condições que causam rarefação dos fios. De qualquer forma, se perde muito volume e comprimento. O problema nem sempre tem causa definida, mas sabe-se que está associado a doenças autoimunes, dentre elas, a mais comum é a tireoidite de Hashimoto. https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/efluvio-telogeno/56/ https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/efluvio-telogeno/56/ Profa. Claudete Carvalho EFLUVIO TELÓGENO ▪ Define-se ET agudo como perda presente por mais de 6 meses ▪ Pode ser agudo ou crônico: • Agudo quando o fator causal é pontual e isolado (finaliza em até 11 meses) • Crônico quando há manutenção do fator causal ou de outro fator estimulador da queda capilar (superior 11 meses de duração) TRATAMENTO: O eflúvio é autolimitado, ou seja, tem uma duração predeterminada de dois a quatro meses, caso não haja outra doença associada. E, de um dia para o outro, há uma aparente melhora. Na teoria, não seria preciso tratamento. Porém, se o paciente tem alguma condição associada, como alopecia androgenética (calvície) ou a alopecia senil (rarefação que surge após os 60 anos), em geral, costuma-se tratá-lo para que possa ter plena capacidade de recuperar o volume e o comprimento dos fios. Profa. Claudete Carvalho EFLUVIO ANÁGENO ▪ Queda capilar provocada por qualquer droga que altere o ciclo celular ou produção de alguma componente específico para o pelo. Ex.: quimioterápicos ▪ Células do folículo piloso = grande potencial mitótico ▪ Quando a matriz do pelo é exposta a radiação ou às toxinas químicas → produz pelos muito finos com hastes muito frágeis. ▪ Queda inicia 1-2 semanas após o início da quimio reversível Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA AREATA INCÓGNITA Também conhecida como alopecia difusa areata, é uma forma rara de alopecia areata que ocorre predominantemente em mulheres jovens. Nos casos de alopecia areata incógnita, a distribuição irregular típica da perda de cabelo em alopecia areata clássica está ausente, mas a perda capilar é abrupta e intensa também. Enquanto o quadro clínico apresentado por esta doença assemelha-se muito ao do telogênio eflúvio, achados clínicos e dermatoscópicos específicos de alopecia areata estão invariavelmente presentes ao longo da doença. Descrita pela primeira vez em 1987. O distúrbio tem um início extremamente agudo com subsequente perda de cabelo difusa que ocorre dentro de algumas semanas. ▪ Perda difusa em tod cabeça ▪ Não apresenta áreas focais sem cabelo ▪ Exame tricoscópio = pelos em ponto exclamação + velos + yellow dots ▪ Sem presença de eritema ou descamação ▪ Otras áreas do corpo não apresentam alterções Perda capilar em 2 semanas – homem 23 anos Motivo: viagem a trabalho muito estressante Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA CICATRICIAL • Perda permanente do pelo; • clinicamente se observa alopecia e aderência da pele a pele tem aparência suave, brilhante e atrófica (=não se desenvolve); • não necessariamente o tecido é substituído por uma cicatriz; • Em geral, não se observam cicatrizes evidentes, mas os orifícios foliculares desaparecem e conferem ao couro cabeludo um aspecto liso e brilhante. FITZPATRICK, J.E, MORELLI, G.J, Segredos em Dermatologia,4 ed 2012 cap. 20 Resultam de danos à região das células precursoras do folículo, pordoenças inflamatórias ou outros processos patológicos em que haja evolução para a cura com formação cicatricial. (RAMOS, E.S,MARCIA, M.D, Fundamentos de Dermatologia, 2 ed. Atheneu, 2010) Profa. Claudete Carvalho CLASSIFICAÇÃO DAS ALOPECIAS CICATRICIAIS Doenças hereditárias Infecções Neoplasias Agentes Fisicos Doenças inflamatórias Ictiose ligada ao X estafilococócicas CBC (carcinoma basocelular) Traumas mecânicos Lupus discóide Nevo epidérmico Tinea Capitis CEC (carcinoma espinocelular) Radiação ionizante Líquen Plano Pilar Epidermólise bolhosa Varicela Metastases Agentes cáusticos (químico) Pseudopelada de Brocq Tricotiodistrofia Tuberculose Linfomas Saroidose Aplasia Cutis Leishmaniose Tumores de anexo Liquen Escleroso Síndrome de Romberg Necrobiose lipoídica Poroceratose de Mibelli Dermatomiosite Doença de Darier Penfigóide Cicatricial Síndrome de Conradi Mucinose folicular Foliculite queloidiana Foliculite Decalvante Foliculite Dissecante Aminoloidose (Tab. 129.2 pág. 1866 RAMOS, E.S,MARCIA, M.D, Fundamentos de Dermatologia, 2 ed. Atheneu, 2010 ) Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA FIBROSANTE FRONTAL ▪ A alopecia frontal fibrosante (AFF) foi inicialmente descrita em 1994 por Kossard como alopecia frontal fibrosante pós- menopausa; ▪ recessão (entre 1 a 6 cm) e ausência de óstio foliculares na linha capilar fronto/temporal; ▪ QUADRO CLÍNICO: é identificada no exame clínico, por seu caráter progressivo marginal temporofrontal (recessão da linha frontal e temporal) e madarose (perda de cílios e sobrancelhas); ▪ Maioria dos pacientes são mulheres na pós-menopausa (este quadro está mudando!!!!). ▪ A AFF é classificada atualmente como variante do líquen plano pilar, pelo fato de serem histologicamente indistinguíveis, Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA FIBROSANTE FRONTAL EXAME FÍSICO e TRICOSCOPIA: ▪ Redução ou ausência de óstios foliculares; ▪ Eritema perifolicular ▪ Veias da fronte e couro cabeludo mais evidentes ▪ Sinal de Jacquet positivo ▪ Ausência de velus (diagnóstico diferencial da alopecia androgenética) Atuação multidisciplinar: biopsia Atuação da terapia capilar: redução do quadro inflamatório ESTUDO DE CASO:Mulinari-Brenner F, Rosas FM, Sato MS, Werner B. Alopecia frontal fibrosante: relato de seis casos.An Bras Dermatol. 2007;82(5):439-44. Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA DE TRAÇÃO • Comum em cabelos negroides contínua tração dos fios em penteados ou uso de fivelas, rolos, etc. • Alopecia se deve à indução de uma foliculite (= processo inflamatório) irritativa crônica com destruição progressiva do folículo (ausência de óstios); • Geralmente na região fronto-temporal (linha do cabelo); • Dano progressivo; Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA DE TRAÇÃO Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA CENTRAL CENTRÍFUGA (ACCC) ▪ Mais comum em indivíduos negros; ▪ Descrita pela primeira vez em 1968 como “hot comb alopecia”; ▪ Alopecia causada por estresse no couro cabeludo --– descamação prematura da bainha radicular interna – folículos ficam muito inflamados, principalmente no istmo e infundíbulo; ▪ Sugere predisposição genética ou doença autoimune, infecção(fungo ou bactéria) no couro cabeludo ▪ Começa na região do vértex (ou coroa) e se espalha de modo centrífugo; ▪ Visível na região do vértice – pode ser confundida com AAG; ▪ A alopecia por tração (AT) e a alopecia cicatricial central centrífuga (ACCC) merecem destaque nas afecções capilares que acometem pacientes melanodérmicos, por serem atribuídas a penteados, produtos químicos, equipamentos e/ou acessórios utilizados para tratamento capilar estético. Referência: https://www.docs4hair.com/central-centrifugal-cicatricial-alopecia Profa. Claudete Carvalho ALOPECIA CENTRAL CENTRÍFUGA Profa. Claudete Carvalho EPIDERMÓLISE BOLHOSA ▪ Epidermólise bolhosa é o nome que se dá a um grupo de doenças não contagiosas de pele, de caráter genético e hereditário. ▪ Lesões profundas podem produzir cicatrizes semelhantes às das queimaduras alopecia cicatricial. Profa. Claudete Carvalho TINHA DE COURO CABELUDO ▪ Micose de couro cabeludo infecção fúngica superficial ▪ predominante em crianças (especialmente negros); ▪ causa coceira e descamação (em alguns casos); ▪ Pequenos cotos negros de cabelo (pontos pretos); ▪ alopecia por tonsura (corte rente) dos pelos; ▪ Fungo Trichophyton tonsurans – transmissão entre crianças ▪ Microsporum canis – animais ▪ contágio por contato directo de pessoa para pessoa ou através de objetos que, após terem estado em contato com as lesões de uma pessoa afetada, se encontram igualmente contaminados, tais como chapéus ou pentes. Profa. Claudete Carvalho TINHA DE COURO CABELUDO Infecção pelo fungo Trichophyton tonsurans geralmente associado a descamação, eritema e descamação http://162.129.70.33/images/tinea_capitis_2_060407.jpg Profa. Claudete Carvalho LUPUS eritematoso DISCÓIDE (LED) ▪ doença inflamatória da pele que atinge sobretudo adultos (preferencialmente mulheres); ▪ doença crônica e recorrente caracterizada por manchas/placas arredondadas vermelhas (eritematosas) de bordos bem definidos na pele; ▪ cada mancha estende-se gradualmente e a parte central degenera deixando uma cicatriz; ▪ as cicatrizes podem causar uma perda local do pelo; ▪ em estágio avançado, observa-se ausência de folículos pilosos; ▪ alopecia em placa. (fonte: http://www.manualmerck.net/?id=77&cn=772&ss=) Profa. Claudete Carvalho LIQUEN PLANO PILAR Profa. Claudete Carvalho LIQUEN PLANO PILAR (LPP) • Acomete adultos de meia-idade (preferencialmente mulheres); • afeta os folículos pilosos – ausência de óstios; • couro cabeludo é a área mais frequentemente afetada, mas toda a pele com pelo pode ser afetada, como por exemplo as axilas ou a região pubiana; • eritema perifolicular, escamas e/ou tampões queratinócitos são observados; • começa com pápulas associadas com eritema e descamação, atrofia e cicatrizes subsequentes; • lesões de alopecia cicatricial, únicas ou múltiplas, com ausência de óstios foliculares; • pode apresentar dor, prurido intenso e queimação; • pode surgir cabelos grossos antes do surgimento da doença. Profa. Claudete Carvalho PSEUDOPELADA DE BROCQ • Placa única ou múltipla lisa, brilhante, atrófica, não-inflamatória, de limites imprecisos; • ocorre inicialmente na região parietal e o vértex do couro cabeludo; • destruição dos folículos e estrias fibrosas do subcutâneo; • comumente confundida com Alopecia Areata. Profa. Claudete Carvalho FOLICULITE DECALVANTE ▪ Afeta ambos os sexos (mulheres 30-60 anos e homens na adolescência); ▪ causa desconhecida; ▪ hiperceratose, tampões foliculares e inflamação perifolicular; ▪ alopecia resultante de supurações (pus) dos folículos pilosos; ▪ áreas de alopecia circundadas por pústulas foliculares; ▪ Presença discreta de bactérias tipo Estafilococus Aureus; ▪ há tendência de crescimento centrífugo, com múltiplas lesões concomitantes, além de afetar principalmente as regiões parietais e occipital do couro cabeludo. Profa. Claudete Carvalho FOLICULITE* DISSECANTE • afeta principalmente negros, do sexo masculino, de 18 a 40 anos; • obstrução folicular por hiperqueratose, seguida de infecção secundária e destruição do folículo; • abscessos profundos e superficiais com grandes áreas cicatriciais; • formação de pápulas e nódulos eritematosos foliculares, com secreção purulenta; • Nódulos com interconexões formando trajetos fistulosos com secreção; *celulite Profa. Claudete Carvalho FOLICULITE QUELOIDIANA DA NUCA • Ocorre mais em negros; • pápulas pequenas e pústulas foliculares que evoluem para queloides e placas cicatriciais, principalmente região occiptal; • inflamação perifolicular e proliferação de fibroblastos, com muita fibrose. Profa. Claudete Carvalho QUEIMADURAS Profa. Claudete Carvalho CUIDAR DO COURO CABELUDO É O SEGREDO DOS CABELOS SAUDÁVEIS, pois é onde o fio cresce, se alimenta e vive • Couro cabeludo é a pele menosvisível e muitas vezes esconde certos “problemas” • Couro cabeludo não hidratado e sem higiene iremos ter um cabelo opaco e sem vida http://www.infobae.com/tendencias/lifestyle/2017/04/05/cuidar-el-cuero-cabelludo-el-mejor-secreto-de-un-pelo-brillante/ 5 passos para um cabelo saudável: 1. Correta limpeza – manutenção do manto hidrolipídico 2. Stress e hormônios - equilíbrio 3. Evitar calor excessivo 4. Processos químicos com moderação e boa qualidade 5. Boa alimentação – vitaminas, minerais e proteínas http://www.infobae.com/tendencias/lifestyle/2017/04/05/cuidar-el-cuero-cabelludo-el-mejor-secreto-de-un-pelo-brillante/ Profa. Claudete Carvalho PROTOCOLOS TERAPIA CAPILAR ALOPECIA NÃO CICATRICIAL • Massagem craniofacial • Argiloterapia • Aromaterapia • Microagulhamento • Dermocosméticos • Fototerapia: alta frequência, laser e led • Vacuoterapia • Microcorrentes Profa. Claudete Carvalho TERAPIA CAPILAR TRATAMENTOS ALOPECIAS ATIVOS COSMÉTICOS Os princípios ativos usados em cosméticos para alopecias, destinam-se a auxiliar na redução da queda do cabelo, podendo atuar através de mecanismos diferentes e desta forma, contribui positivamente na melhora do quadro. Porém, faz-se necessária avaliação clínica para identificar a causa do transtorno. Os principais mecanismos de ação dos ativos cosméticos avaliados para auxiliar no tratamento da alopecia agem: ➢ Estimulam a microcirculação do bulbo capilar; ➢ Aumentam o metabolismo celular; ➢ Inibe 5 α redutase.
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