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Petição Responsabilidade Cívil

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AO DOUTO JUÍZO DA COMARCA DA VARA CÍVEL DE CIDADE/UF 
MARCELO , nacionalidade, casado, profissão, portador do RG n.º xxx, inscrito 
sob o CPF de n.º xxx, e ANA nacionalidade, casado, profissão, portador do RG n.º xxx, 
inscrito sob o CPF de n.º xxx, residentes e domiciliados na Rua xxx n.º xxx, bairro xxx, 
cidade xxx, CEP xxx, com endereço eletrônico xxx Vem por intermédio de sua 
advogada- OAB/UF com endereço profissional na Rua xxx nº xxx, bairro xxx, cidade 
xxx, UF e eletrônico xxx, tempestivamente propor a presente: 
AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL 
Em face do CONDOMÍNIO DO BOSQUE VERDE, pessoa jurídica de direito 
privado, inscrita no CNPJ sob o nº xxx, endereço eletrônico xxx, localizado na rua xxx, 
nº xxx, CEP xxx, cidade xxx, UF xx. Representado pelo seu síndico, Nome xxx, 
nacionalidade, estado civil xxx, portador do RG n.º xxx, inscrito sob o CPF de n.º xxx,. 
pelas relevantes razões de fato e de direito que passa a expor: 
I-DOS FATOS 
Em, xx de xxx de xxxx, o casal, Marcelo e Ana fizeram uma compra de um 
automóvel 0km da marca Fiat, modelo Argo, 2021. Após a retirada do veículo, 
estacionaram-no no condomínio em que moram. 
Na manhã do dia seguinte, a compra quando saiam para trabalhar se depararam 
com um enorme amassado no capô do veículo que acabaram de comprar. Ao qual foi 
verificado que foi devido a uma queda de um vaso de planta que caiu de algum dos 
apartamentos do condomínio. Sem saber de qual a unidade causadora do dono e sendo 
esta impossível de se verificar, os autores chamaram o sindico para informar o ocorrido 
e assim poderem obter a reparação do dano causado, ao qual o representante da parte réu 
disse não nada poderia ser feito, uma vez que era impossível identificar o culpado. 
Kelvin Rocha Souza 
Após a tentativa frustrada junto ao sindico os autores foram até a concessionária, e após 
o orçamento ficou constatado que o valor do reparo do dano causado pela queda do vaso 
ficou na quantia de R$2.000,00 (dois mil reais), ademais, devido ao reparo que os 
autores deveriam fazer no veículo deveriam locar um automóvel durante o reparo que 
ensejou um gasto a mais de R$1.200,00 (mil e duzentos reais). 
II- DOS FUNDAMENTOS 
Diante dos fatos acima alegados, cabe ao condomínio a reparação do dano 
causado pela queda do vaso, devendo então o condomínio ser o responsável por reparar 
o dano, posto que é responsável objetivamente por danos causados por quedas de 
objetos das unidades autônoma, uma vez que, inexiste a possibilidade de se provar o 
efetivo causador do dano. Vale ressaltar que cabe ao condomínio a “obrigação de 
indenizar, visto que, o dever surgiu no momento em que o dano ao patrimônio jurídico 
físico foi causado devendo então o condomínio reparar o dano material conforme dispõe 
o ART 927 PÚ CC. 
Outrora o ART 938 impõe ao morador a responsabilidade objetiva pelos objetos 
lançados ou caídos de seu apartamento. Essa responsabilidade funda-se no princípio da 
guarda, de poder efetivo sobre a coisa no momento do evento danoso. Porém a doutrina 
entende que a responsabilidade será de todo o condomínio, uma vez que não se sabe de 
qual unidade habitacional o objeto caiu. 
Como traz Aguiar Dias: “O problema da responsabilidade em 
relação às coisas e líquidos lançados ou caídos dos aptos, a solução é a 
da RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DE TODOS OS 
MORADORES (...) cuja responsabilidade seja possível atribuir o dano. 
Nos grandes edifícios de aptos, o morador da ala oposta ao seu que se 
deu a queda ou lançamento NAO PODE, decerto, presumir-se 
responsável pelo dano, mas, d. vênia , a oneração apenas das unidades 
da coluna e vista sobre o local do acidente é tarefa interna da 
Administração Condominial. Tratando-se de objetos atirados do 
Edifício, responde o Condomínio-reu pela responsabilidade civil 
objetiva, assim vem orientando a jurisprudência em inúmeros julgados, 
inclusive nesta Corte.” 
Kelvin Rocha de Souza 
 
Outro não é o entendimento jurisprudencial acerca do tema. 
RESPONSABILIDADE CIVIL. OBJETOS LANÇADOS DA 
JANELA DE EDIFÍCIOS. A REPARAÇAO DOS DANOS É 
RESPONSABILIDADE DO CONDOMÍNIO. A impossibilidade de 
identificação do exato ponto de onde parte a conduta lesiva, impõe 
ao condomínio arcar com a responsabilidade reparatória por 
danos causados à terceiros . Inteligência do art. 1.529 , do Código 
Civil Brasileiro. Recurso não conhecido. ( REsp 64682/RJ - Relator: 
Ministro Bueno de Souza - Órgão Julgador: Quarta Turma - Data 
do Julgamento: 10/11/1998; 
RECURSO ESPECIAL - RESPONSABILIDADE CIVIL - DIREITO 
DE VIZINHANÇA - LEGITIMIDADE PASSIVA - CONDOMÍNIO - 
PRESCRIÇAO - JULGAMENTO ALÉM DO PEDIDO - MULTA 
COMINATÓRIA - FIXAÇAO EM SALÁRIOS MÍNIMOS - 
SENTENÇA - CONDIÇAO. 1. Na impossibilidade de identificar o 
causador, o condomínio responde pelos danos resultantes de 
objetos lançados sobre prédio vizinho . ( REsp 246830/SP - Relator: 
Ministro Humberto Gomes de Barros - Órgão Julgador: Terceira 
Turma - Data do Julgamento: 22/02/2005) 
Diante de todo o exposto requer , a indenização conforme dispõe o artigo 944 do C.C. 
Sendo está medida pela extensão do dano material. 
III- DOS REQUERIMENTOS 
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência pelo acolhimento da presente ação, julgando 
a integralmente procedente nos seguintes termos: 
a) julgue procedente o pedido inicial declarado, condenando a ré ao pagamento a título 
de danos matérias na quantia de R$ 3.200,00 acrescidos de juros de mora de 1% ao mês 
desde a citação com atualização monetária desde o evento ocorrido. Reparando o dano 
causado nos termos do ART 927 PÚ CC; 
b) que condene o réu ao pagamento dos ônus sucumbências no percentual de 10% (dez 
por cento), conforme ART 85 CPC; 
 
Kelvin Rocha de Souza 
 
c) Seja recebida e processada, nos termos da legislação vigente, com a citação da ré, na 
figura de seu representante legal, para que querendo apresente sua contestação no prazo 
legal nos termos do Art. 335 CPC, sob pena de revelia e confissão quanto á matéria de 
fato nos termosdo sob pena de revelia e de todos os fatos narradas serem considerados 
verdadeiros como dispõe o Art. 344 CPC, condenando-o ao pagamento das custas 
processuais e demais cominações legais; 
d) atendendo ao que dispõe o ART 319, VII do CPC, os autores informam que possuem 
interesse na audiência de conciliação; 
IV- DAS PROVAS 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, 
conforme ART. 369 CPC, e depoimento pessoal sob pena de confissão caso o seu 
representante não compareça, ou, comparecendo, se negue a depor como dispõe ART. 
385, § 1º, CPC. 
V- DO VALOR DA CAUSA 
 Dá- se à causa o valor de R$ 3.200,00 (três mil e duzentos reais). 
Nestes Termos, pede e espera deferimento. 
Local e data. 
Advogado (nome completo do advogado e sua assinatura). 
OAB/UF 
 
 
 
 
Kelvin Rocha de Souza

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