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Resumo 02 - STAPHYLOCOCCUS

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STAPHYLOCOCCUS 
Os microrganismos (MO) Gram positivos de importância médica são: 
• Staphylococcus: catalase (+) 
• Streptococcus: catalase (-) 
Catalases são enzimas que convertem H2O2 em H2O + O2. Por isso quando se adiciona 
peróxido de hidrogênio em catalase positivos ocorre a formação de bolhas. 
CARACTERÍSITCAS DOS STAPHYLOCOCCUS 
Padrão: cacho de uvas, mas também podem ser encontrados na forma de células isoladas, 
aos pares ou cadeias curtas (cocos agrumados). 
Tamanho: entre 0,5 e 1,5 µm de diâmetro. 
Costumam ser imóveis e anaeróbios facultativos. 
Crescem em concentrações elevadas de sal (10% de NaCl) e temperaturas entre 18-40°C. 
Podem ser encontrados desde à pele às membranas mucosas dos seres humanos. 
São divididos em: 
 
Quando suspenso no plasma, S. aureus forma um complexo que converte fibrinogênio 
em fibrina e forma um coágulo. 
Staphylococcus aureus 
Nome devido à formação de colônias amarelo-ouro por conta da produção de pigmento 
carotenoide, estafiloxantina, quando incubado à temperatura ambiente. 
Apresenta em sua estrutura uma cápsula polissacarídica que inibe a fagocitose por 
leucócitos. 
Também é capaz de formar biofilmes, que possibilitam a ligação da bactéria aos tecidos, 
dispositivos médicos ou corpos estranhos. 
S. aureus
Produtor 
de 
coagulase
S. epidermidis
S. saprophyticus
Coagulase 
negativo
Produzem camadas espessas de peptidoglicano por ligações cruzadas e as enzimas que 
catalisam a construção dessas camadas que são as proteínas ligadoras de penicilinas 
(PBPs), que são alvos de penicilinas e outros β-lactâmicos. 
A aquisição do gene mecA fez com que as PBPs fossem codificadas em PBP2A 
(proteínas ligadores de penicilinas alteradas), que apresentam baixa afinidade pela 
meticilina. Isso é o que acontece com S. aureus resistente à meticilina, vulgo MRSA, o 
que lhes confere resistência à penicilina e a β-lactâmicos. Atualmente os MRSA são 
tratados com vancomicina. 
O peptidoglicano apresenta atividades semelhantes a endotoxinas como estimular a 
produção de pirogênio (pus), ativação do sistema complemento, produção de IL-1. 
São compostos de ácidos teicoicos em sua parede que medeiam sua adesão às células da 
mucosa e são imunógenos fracos, que estimulam a resposta de anticorpos ao se ligarem 
ao peptidoglicano. 
Também apresentam várias proteínas de adesão à superfície: 
o Proteína A estafilocócica: se liga à porção Fc de IgG e impede que sirva de fator 
de opsonização para a fagocitose. 
o Proteína AB ligadora de fibronectina, o próprio nome já diz. 
o Fator de aglutinação: a coagulase, que se liga ao fibrinogênio convertendo-o em 
fibrina insolúvel o que leva aos estafilococos a se agregarem. 
TOXINAS ESTAFILOCÓCICAS 
Citotoxinas 
Alfa: rompe a musculatura lisa dos vasos sanguíneos e se integra às regiões hidrofóbicas 
das membranas formando poros. Isso causa desequilíbrio osmótico e a célula se rompe. 
Beta: esfingomielinase C, catalisa a hidrólise dos fosfolipídios de membrana, sendo esta 
lise proporcional à concentração de esfingomielina exposta na superfície celular. É 
termolábil e intoxica também animais. 
Delta: sugere-se que atua como surfactante rompendo as membranas celulares. É 
produzida pelas 3 espécies de Staphylococcus citadas. 
Gama e PVL: compostas por duas partes (S e L) e conseguem lisar macrófagos e 
neutrófilos. Também são formadoras de poros. PLV é leucotóxica, mas não possui 
atividade hemolítica. 
Toxinas esfoliativas 
Responsáveis pela Síndrome da pele escaldada estafilocócica (SSSS), caraterizada por 
dermatite esfoliativa. Prevalência <5%. Possui 2 formas: 
o ETA: termoestável e associada a bacteriófago; 
o ETB: termolábil e associada a um plasmídeo. 
Não estão associadas à citólise ou inflamação e assim os estafilococos não são 
encontrados na camada da epiderme atingida. É mais frequente em crianças. 
Enterotoxinas 
São superantígenos capazes de induzir ativação de células T e intensifica liberação de 
citocinas. São termoestáveis a 100°C por 30min e são resistentes à hidrólise pelas enzimas 
gástricas do jejuno. 
A: Intoxicação alimentar. 
B: enterocolite pseudomembranosa estafilocócica. 
C e D: contaminam produtos lácteos. 
Toxina-1 da Síndrome do Choque Tóxico 
É resistente ao calor e à proteólise, está associada à menstruação e uso de Absorvente 
interno (OB). As cepas produtoras de TSST-1 se multiplicam rapidamente em tampões 
hiperabsorventes e liberam a toxina. A morte dos pacientes é causada por choque 
hipovolêmico que leva à falência dos órgãos. 
DOENÇAS MEDIADAS POR TOXINAS 
Síndrome da pele escaldada (SSSS) 
Descamação disseminada do epitélio em crianças; forma bolhas sem MO ou leucócitos. 
Causada por toxinas esfoliativas. 
Intoxicação alimentar 
Após o consumo de alimento contaminado (presuntos, bolos, sorvetes e carne salgada) há 
início rápido de vômito, diarreia e espasmos abdominais. Causada por enterotoxinas 
termoestáveis (A). 
Síndrome do choque tóxico 
Multissistêmica, caracterizada por febre, hipotensão e erupção eritematosa macular 
difusa. Pode matar se não for tratada ou eliminado o foco da infecção. Causada pela 
toxina-1. 
INFECÇÕES CUTÂNEAS PIOGÊNICAS (PURULENTAS) 
o Impetigo: se forma uma pequena mácula, depois pústula e então crosta. Mais 
comum em crianças. 
o Foliculite: infecção dos folículos pilosos. 
o Furúnculo: nódulos grandes, doloridos e preenchidos de pus. 
o Carbúnculo: coalescência de furúnculos que se estende para o tecido subcutâneo 
com evidência de doença sistêmica (febre e calafrios). Pode ter regressão 
espontânea ou precisar de incisão cirúrgica. 
INFECÇÕES NÃO SUPURATIVAS 
Bacteremia e endocardite, pneumonia, osteomielite e artrite séptica. 
_ 
Os estafilococos coagulase negativa não produzem enterotoxinas. 
S. epidermidis está principalmente associado à infecção de cateter (relacionada com a 
formação de biofilmes). 
S. saprophyticus está relacionada à infecção do trato urinário (bacteremia) e infecções 
oportunistas.

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