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PREVENÇÃO E CONTROLE DAS ARBOVIROSES Saúde Comunitária Arboviroses (Arthropod-borne virus) Artrópodes: (Aedes aegypti; Aedes albopictus). Vírus: Flaviviridae: Dengue, F. amarela, Zika. Togaviridae : Chikungunya Pluralidade de manifestações clínicas: Doença febril indiferenciada, moderada ou grave, Erupções cutâneas (exantemas), Comprometimento articular, Síndrome neurológica (encefalite, G. Barré) Síndrome hemorrágica (extravasamento capilar, plaquetopenia, CIVD). Qual o ciclo do mosquito Aedes Aegypti? • O ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti compreende quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. Os ovos são depositados em condições adequadas, ou seja, em lugares quentes e úmidos, preferencialmente depositados em lugares próximos a linha d’água, em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas dentro ou nas proximidades das casas, apartamentos, hotéis, ou em qualquer local com água limpa parada. Apesar disso, alguns estudos apontam focos do mosquito em água suja também. • O macho alimenta-se de seivas de plantas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue humano para o amadurecimento dos ovos, que são depositados separadamente nas paredes internas dos objetos, próximos a superfícies de água, local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência. O que é o mosquito Aedes Aegypti? • O Aedes aegypti é o nome científico de um mosquito ou pernilongo que transmite a dengue, febre amarela urbana, além da zika e da chikungunya, doenças chamadas de arboviroses. Possui uma característica que o diferencia dos demais mosquitos, que é a presença de listras brancas no tronco, cabeça e pernas. • O Aedes aegypti não é um mosquito nativo. Originário da África, já foi eliminado do Brasil na história do controle da dengue em 1955, retornando em 1976 por falhas de cobertura de ações do controle. Provavelmente teve sua reintrodução por meio de fronteiras e portos e alcança altas infestações em domicílios localizados em regiões com altas temperaturas e umidades, principalmente na época chuvosa e quente (verão), típica de países tropicais como o Brasil. Quais períodos do ano mais favoráveis para surtos de Aedes Aegypti? • Os maiores casos e epidemias das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti ocorrem no período das chuvas, de outubro a março, em razão das condições ambientais estarem mais propícias ao desenvolvimento dos ovos. No entanto, é importante manter higiene e ter cuidado com todos os locais que podem acumular água parada em qualquer época do ano, pois os ovos são resistentes a dessecação e podem sobreviver no meio ambiente 450 dias, bastando pouca quantidade de agua como uma pequena poça para que haja a eclosão das larvas. • Essa é a forma de prevenção mais efetiva e depende, principalmente, da população. ARBOVIROSES • DENGUE • ZIKA • CHIKV • FEBRE AMARELA Arbovirose mais comum noBrasil: Dengue • 1982: Circulação dos vírus : DENV-1 e DENV-4, Boa Vista (RR) • 1986: DENV-1 no Estado do Rio de Janeiro • 1990: introdução do DENV-2, RJ, e 1º caso de dengue hemorrágico • 2001: isolado o DENV-3 no município de Nova Iguaçu (RJ). • 2010: isolado DENV-4 em Roraima e no Amazonas. • 2011: DENV-4 no Rio de Janeiro. Dengue - frequência 2017: 239.389 casos 2016: 1.483.623 casos 2018: 187.830 casos 2098 com sinais de alarme 191 casos graves Dengue: quadro clínico http://combateaedes.saude.gov.br/sintomas http://combateaedes.saude.gov.br/sintomas Dengue: curso da doença • Período de Incubação Varia de 3 a 15 dias, sendo, em média, de 5 a 6 dias. • Período de Transmissibilidade A transmissão ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue do homem (período de viremia). Este período começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até o 6º dia da doença. SÍNDROME FEBRIL SÍNDROME EXANTEMÁTICA SÍNDROME HEMORRÁGICA • IVAS • MALÁRIA • INFLUENZA • HEPATITE VIRAL • LEPTOSPIROSE • MENINGITE • RUBÉOLA, SARAMPO • ESCARLATINA • MONONUCLEOSE • EXANTEMA SÚBITO • ENTEROVIROSES • ALERGIAS • CHIKUNGUNYA • ZIKA • MENINGOCOCCEMIA • SEPTICEMIA • FEBRE AMARELA • MALÁRIA GRAVE • LEPTOSPIROSE SÍNDROME DO CHOQUE •Doença de notificação e investigação compulsórias Nova classificação epidemiológica Classificação epidemiológica antiga Nova classificação epidemiológica por gravidade Classificação epidemiológica antiga ARBOVIROSES • DENGUE • ZIKA • CHIKV • FEBRE AMARELA Febre chikungunya (CHIKV) Agente causal: • Gênero: Alphavírus. • Família: Togaviridae FASE AGUDA, PÓS AGUDA E CRÔNICA Febre chikungunya (CHIKV) Febre Chikungunya - frequência 2017: 185.800 casos 2018: 7.400 casos 2016: 277.882 casos 2017: 185.593 casos 2018: 65.395 casos Febre Chikungunya: quadro clínico http://combateaedes.saude.gov.br/sintomas http://combateaedes.saude.gov.br/sintomas < 21 dias > 3 meses Febre CHK: curso da doença Febre CHIKV: curso da doença primeiros 21 dias Artralgias e edema especialmente dos pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Simétrica Febre Chikungunya: quadro clínico Manifestações clínicas fase aguda • Febre alta que dura 3 a 5 dias • Artralgia ou artrite incapacitante • Edema de mãos e pés • Mialgia • Exantema (2o ou 3o dia) • Prurido (leve a moderado) • Conjuntivite não purulenta • Cefaleia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CHIKV: Manifestações atípicas Gravidade Descompensação de doenças crônicas Óbitos por CHIKV 2016 – 216 casos 2017 – 183 casos 2018 – 16 casos -mediana de idade 62 anos - presença de comorbidades - intensidade fase aguda CHIKV: Diagnóstico •Doença de notificação e investigação compulsórias ARBOVIROSES • DENGUE • ZIKA • CHIKV • FEBRE AMARELA ZIKA • Agente causal: • RNA vírus. • É um flavivírus. ZIKA HISTÓRIA • Segundo semestre de 2014 no Brasil: ZIKA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • EXANTEMA DE INÍCIO SÚBITO • PRURIDO • Febre, generalmente < 38,50C • Conjuntivite não purulenta o hiperemia conjuntival • Artralgia >> leve a moderada • Mialgia • Cefaleia • Edema periarticular • Sintomas gastrointestinais 80% - assintomático MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Exantema presente em todo o corpo • Pode haver ilhas de pele sã MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Exantema presente em todo o corpo • Pode haver ilhas de pele sã MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Exantema presente em todo o corpo • Pode haver ilhas de pele sã MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Exantema presente em todo o corpo • Pode haver ilhas de pele sã MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Edema articular bilateral MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Edema articular bilateral • Comprometimento poliarticular MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Adenomegalia cervical http://combateaedes.saude.gov.br/sintomas Infecção pelo vírus Zika: quadro clínico 1 http://combateaedes.saude.gov.br/sintomas ZIKA COMPLICAÇÕES DA FASE AGUDA • Encefalite; • Meningoencefalite; • Encefalopatia; • Mielite; • Neurite óptica; • Mielite transversa; • Cerebelite; • Paralisia do VI par craneano; • Síndrome de Guillain-Barré (SGB). Casos suspeitos de Síndrome de Guillain- Barré (SGB) associado ao ZIKV Residir ou tiver viajado para área de possível presença do ZIKV ou manteve relação sexual desprotegida com uma pessoa com risco de aquisição da doença. E Apresenta os seguintes sinais ou sintomas (nível 3 de Brighton): ●Paresia flácida bilateral em membros inferiores e ●Diminuição ou ausência do reflexos nas pernas acometidas e ●Teve um curso da doença que progrediu de 12 horas até 28 dias desde o início da doença ●Não se identificou outra causa para sua doença. Se houver um teste laboratorial confirmando a infecção pelo zika vírus, será um caso confirmado. Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) • Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) é um conjunto de sinais e sintomas presentesem crianças nascidas de mães infectadas por este vírus durante o período gestacional. Além da microcefalia, demais alterações compõem o espectro da SCZ, tais como: • alterações oftalmológicas, • atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, • deformidades articulares e de membros, dentre outras. Infecção pelo vírus Zika síndrome congênita 1. microcefalia grave com colapso parcial craniano 2. cicatriz macular e manchamento retiniano pigmentar focal; 3. hipertonia precoce como sintoma de envolvimento extrapiramidal Febre pelo vírus Zika 2017: 17.593 casos 2016: 216.207 casos 2018: 6371 casos - - - - Casos DNV, CHIKV, ZKV Casos de doenças neurológicas No Rio de Janeiro, 2015-2016...... Infecção vírus zika: Diagnóstico Teste rápido zika IgM eIgG Infecção pelo Zika: critério de caso Dengue, CHIKV ou Zika? Sinais/sintomas Dengue Chikungunya Zika Principais queixas Febre, mialgia Artralgia, febre Exantema e prurido Febre Moderada a intensa, de 2 a 7 dias Moderada a intensa, de 3 a 5 dias Febre baixa, pouco frequente Exantema Pode surgir entre o 4º e 7º dia Pode surgir entre o 2º e 3º dia Precocemente, máculo-papular céfalo-caudal Mialgia Intensa Moderada Pouco frequente Artralgia Raro Muito frequente, associado a poliartrite Frequente Conjuntivite Pode ocorrer Pode ocorrer Muito frequente, associada à fotofobia Dor retro-orbital Intensa e frequente Pouco frequente Pouco frequente Cefaleia Intensa e frequente Leve a moderada Leve a moderada Manifestação neurológica Pouco frequente Frequência variável Frequente Cronicidade Não Frequente Não descrito Sinais Dengue Chikungunya Zika Forma mais grave Choque, disfunção orgânica e hemorragia Artropatia crônica Formas atípicas Infecção congênita Doença neuroinvasiva Hepatomegalia Sinal de alarme Raro Raro Discrasia / Choque Dengue grave Raro Não descrito Dor abdominal Sinal de alarme se intensa e contínua Pouco frequente Não Vômitos Se persistente é sinal de alarme Raro Raro Aumento do Hematócrito Sinal de alarme Raro Raro Plaquetopenia Sinal de alarme (sangramento de mucosa) Pouco frequente Pouco frequente Leucopenia Moderada a intensa (neutro/linfopenia) Leve a moderada (+ linfopenia) Leve a moderada PCR Pode estar normal Elevado Elevado Protocolo do município RJ Exames: Hemograma ARBOVIROSES • DENGUE • ZIKA • CHIKV • FEBRE AMARELA FEBRE AMARELA • AGENTE CAUSAL: • É um vírus de RNA • Flavivírus • Alta mortalidade • FASE VIRÊMICA >> ACALMIA >> INTOXICAÇÃO DOENÇA PODE SER LEVE, MODERADA OU GRAVE FEBRE AMARELA FASE VIRÊMICA • Febre • Cefaleia frontal • Dor lombossacra • Prostração • Mialgia • Náuseas e vômitos • Congestão/Hiperemia conjuntival • Sinal de Faget • Pequenos sangramentos • Icterícia FASE ACALMIA •Remissão da febre com certa remissão dos sintomas FASE INTOXICAÇÃO • Retorno dos sintomas ou piora dos sintomas FORMA LEVE • Ausência de icterícia e sangramento FORMA MODERADA • Leve icterícia e poucos sangramento FORMA GRAVE • Icterícia plena • Sangramentos importantes • Aumento substancial de enzimas hepáticas (TGO > TGP) • Albuminúria importante • Comprometimento cardíaco (miocardite multifocal) • Comprometimento renal (necrose tubular aguda, edema intersticial) • Comprometimento do SNC (encefalopatia metabólica) • Choque Bibliografia https://www.saude.gov.br/images/pdf/2019/setembro/11/BE-arbovirose-22.pdf https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/fevereiro/05/Boletim-epidemiologico- SVS-05.pdf
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