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TEORIA ESQUEMATIZADA PDF

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1 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Si vis pacem, para bellum” 
(Se queres a paz, Prepara-te para a guerra) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
EDITAL ESQUEMATIZADO 
 
 
LIÇÃO 1 – #MORFOLOGIA: classe de palavras; verbos (tempos 
e modos / locução verbal / vozes do verbo); 
LIÇÃO 2 – #SINTAXE I: termos integrantes: TRANSITIVIDADE 
(complemento verbal; complemento nominal); função sintática dos 
pronomes pessoais; função do “QUE” / “SE” 
LIÇÃO 3 – #SINTAXE II: termos essenciais: estudo do sujeito; 
LIÇÃO 4 – #SINTAXE III: regência; crase; colocação 
pronominal; pontuação; acentuação; 
LIÇÃO 5 – #SEMÂNTICA: Coordenação e Subordinação; Substituição e 
repetição de conectores e de outros elementos de sequenciação; Relação de 
Sinonímia e antonímia; Significação de palavras e expressões; Reescrita de 
sentença; 
 
LIÇÃO 6 - #OFICINA DE LEITURA: Compreensão textual; 
Interpretação textual; Tipologia textual; Figuras de linguagem; 
Funções da linguagem; Variação linguística. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
SUMÁRIO 
LIÇÃO 1 ................................................................................................... 7 
LIÇÃO 2 ................................................................................................... 32 
LIÇÃO 3 ................................................................................................... 39 
LIÇÃO 4 ................................................................................................... 49 
LIÇÃO 5 – SEMÂNTICA ........................................................................... 65 
 AS COORDENADAS ....................................................................... 66 
 AS SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS ............................................ 69 
 AS SUBORDINADAS ADJETIVAS ................................................... 70 
 AS SUBORDINADAS ADVERBIAIS ................................................. 71 
✓ SEMÂNTICA DAS PREPOSIÇÕES ................................................... 74 
✓ AS EXPRESSÕES DENOMINATIVAS ............................................... 75 
APÊNDICE ........................................................................... 77 
✓ PONTUAÇÃO ................................................................................. 78 
✓ ACENTUAÇÃO ............................................................................... 82 
OFICINA DE LEITURA .......................................................... 85 
✓ INTERTPRETAÇÃO TEXTUAL 
✓ COMPREENSÃO TEXTUAL 
✓ GÊNEROS TEXTUAIS 
 TIPOLOGIA TEXTUAL 
✓ REFERÊNCIA TEXUTAL 
✓ FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
 FIGURAS DE LINGUAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA 
#ESQUEMATIZADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIÇÃO 1 
#ASPECTO MORFOLÓGICO 
✓ Substantivo / Artigo 
✓ Preposição 
✓ Flexão nominal 
✓ Pronomes 
✓ Substantivo / Adjetivo 
✓ Advérbio 
✓ Verbo: tempos e modos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
1- UNIVERSO DA CONSTRUÇÃO: O SUBSTANTIVO E AS CLASSES VARIÁVEIS! 
 
DETERMINATES SUBSTANTIVO ADJETIVO/FUNÇÃO DE ADJETIVO 
Artigo 
Pronomes NÚCLEO 
Numeral 
 
1.1.2 ARTIGO E SUBSTANTIVO: a primeira relação semântica do sintagma! 
 
A) O artigo é a palavra que acompanha e determina o substantivo de 
modo definido (O, A, OS, AS) ou indefinido (UM, UMA, UNS, UMAS); 
 
B) os artigos são responsáveis por diversos detalhes de significação, em 
diferentes situações comunicativas em que são empregados. 
 
1.1.2.1 EMPREGO DO ARTIGO DEFINIDO 
a) Junto de nomes próprios, denota familiaridade (podendo o artigo ser 
omitido): 
“O Antônio comunicou-se com João.” 
b) Costuma aparecer ao lado de certos nomes próprios geográficos; 
“A Suécia”, “o Atlântico”, “o Brasil” 
 
DICA#CASCA! no Brasil, os Estados que dispensam o uso do artigo são: 
Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, 
Pernambuco e Sergipe. 
 
c) Em alguns títulos; 
“O historiador Tito Lívio” 
(é omitido em ordinais pospostos ao título: Pedro I, Henrique VIII) 
 
d) Usa-se o artigo em nomes de trabalhos literários e artísticos (se o artigo 
pertence ao título, terá de ser escrito, obrigatoriamente, com letra 
maiúscula) 
“Os Lusíadas”, “A Tempestade” 
(mesmo quando o nome da obra vier precedido de preposição, conserva-se o 
artigo: “No caso de Os Lusíadas”) 
 
e) São omitidos antes da palavra casa designando residência ou família; 
“Estou em casa”, “passei por casa”, “todos de casa”, “fui a casa” 
(quando seguidos de nome do possuidor ou de um adjetivo ou expressão 
adjetiva, pode o vocábulo casa acompanhar-se de artigo: “Da casa de meus 
pais”) 
*No exemplo “fui a casa”, o artigo é omitido, ou seja, só há a 
 
 
 
7 
preposição a, pois a palavra casa não é qualificada. 
 
f) Nas indicações de tempo com uma hora, expressando a primeira hora, a 
utilização do artigo é facultativa; 
“Era perto da uma hora/Era perto de uma hora” 
 
g) Na maioria dos casos, de emprego facultativo junto a possessivos em 
referência a nome expresso; 
“Meu livro/O meu livro” 
*É obrigatório o uso do artigo, quando o possessivo é usado sem substantivo: 
“Bonita casa era a minha”; 
 
h) Não se repete o artigo em frases como: 
“O homem mais virtuoso do lugar” 
“O homem o mais virtuoso do lugar” (errado) 
*É preciso saber distinguir o uso do conjunto o mais quando é para enfatizar 
o substantivo determinado por adjetivo como na frase: 
“Seu rosto de leite e rosas, de um contorno o mais perfeito” 
 
i) Junto às designações de partes do corpo e nomes de parentesco, os artigos 
denotam posse; 
“Traz a cabeça embranquiçada pelas preocupações. 
Tem o rosto sereno, mas as mãos trêmulas.” 
 
j) A palavra todo, no singular, pode vir ou não seguida de artigo, com os 
significados de inteiro, total e cada; 
“O coração de todo o ser humano foi concebido para ter piedade” 
*O conjunto o todo denota totalidade, inteireza. 
(ou também pode aparecer com o sentido de qualquer: 
“O coração de todo o ser humano foi concebido para ter piedade”) 
*Em designações geográficas, o conjunto todo o ou a palavra todo entrará 
como correta se a região pedir ou não artigo: 
“Todo o Brasil”, “Todo Portugal” 
*Usa-se em algumas expressões como: todo o gênero, todo o mundo, a toda 
a parte, em toda a parte, a toda a pressa, em todo o caso, etc. 
*No plural, todos não dispensa artigo (salvo se vier se vier acompanhado de 
palavra que exclua este determinante: 
“Todas as famílias”, “todas estas pessoas” 
*Se exprimimos a totalidade numérica por numeral precedido do elemento 
reforçativo todos, aparecerá artigo se o substantivo vier expresso: 
“Todos os dois romances”, “todas as seis respostas” 
*Se omitirmos o substantivo, não haverá lugar para o artigo: 
“Fizeram-me seis perguntas. Respondi, acertadamente, a todas seis.” 
 
 
 
8 
 
DICA#CASCA! 
CUIDADO COM AS PREPOSIÇÕES! (CLASSE INVARIÁVEL) DECORE 
AS INICIAIS DAS PREPOSIÇÕES ESSENCIAIS: ASDEPCT A – A – 
ANTE – ATÉ – APÓS 
S – SEM – SOB – SOBRE 
D – DE – DESDE 
E – EM – ENTRE 
P – PARA – POR – PER – PERANTE 
C – COM – CONTRA 
T – TRÁS 
 
1.1.4 – FLEXÃO NOMINAL 
1.1.4.1 – GÊNERO 
A) São usados APENAS no MASCULINO: 
 
o tapa 
o eclipse 
o lança-perfume 
o dó (pena) 
o sanduíche 
o clarinete 
o champanha 
o sósia 
o maracajá 
o clã 
o hosana (cântico de louvor) 
o herpes 
o pijama 
o suéter 
o soprano 
o proclama 
o pernoite 
o púbis 
 
B) São usados APENAS no FEMININO: 
 
a dinamite 
a áspide 
a derme 
a hélice 
a alcíone 
a filoxera 
a clâmide 
a omoplata 
a cataplasma 
a pane 
a mascote 
a gênese 
a entorse 
a libido 
a cal 
a faringe 
a cólera (doença) 
a ubá (canoa) 
 
C) São geralmentemasculinos os substantivos de origem grega 
terminados em -ma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
o grama (peso) 
o quilograma 
o plasma 
o apostema 
o diagrama 
o epigrama 
o telefonema 
o estratagema 
o dilema 
o teorema 
o apotegma 
o trema 
o eczema 
o edema 
o magma 
o anátema 
o estigma 
o axioma 
o tracoma 
o hematoma 
 
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. 
 
D) Substantivos comuns de dois gêneros 
o agente – a agente 
o anarquista – a anarquista 
o artista – a artista 
o camarada – a camarada 
o chefe – a chefe 
o cliente – a cliente 
o colega – a colega 
o colegial – a colegial 
o compatriota – a compatriota 
o dentista - a dentista 
o doente – a doente 
o estudante – a estudante 
o fã – a fã 
o gerente – a gerente 
o herege – a herege 
o imigrante – a imigrante 
o indígena – a indígena 
o intérprete – a intérprete 
o jornalista – a jornalista 
o jovem – a jovem 
o jurista – a jurista 
o mártir – a mártir 
o pianista – a pianista 
o policial – a policial 
o selvagem – a selvagem 
o servente - a servente 
o suicida – a suicida 
o taxista – a taxista 
 
DICA#CASCA! 
 
1 - Substantivos terminados em “ão” mudam para “ã”, outros para “oa” e 
ainda para “ona” (neste caso, em aumentativos). 
 
o capitão = a capitã o tecelão = a tecelã/ teceloa o chorão = a chorona 
 
2 - Alguns substantivos com terminação “e” podem fazer o feminino 
mudando a terminação para “a”. 
 
o infante = infanta o governante = a governanta 
 
3 - Substantivos terminados em “ês”, “L” e “z” fazem o feminino com o 
acréscimo de “a”. 
 
 
 
10 
o freguês = a freguesa o oficial = oficiala o juiz = juíza 
 
1.1.5 – PLURAL DOS SUBSTANTIVOS 
 
A) Os substantivos terminados em -ão formam o plural de três maneiras: 
 
Singular Plural 
 
balão balões 
botão botões 
canção canções 
confissão confissões 
coração corações 
eleição eleições 
estação estações 
fracção fracções 
gavião gaviões 
leão leões 
nação nações 
operação operações 
opinião opiniões 
questão questões 
tubarão tubarões 
vulcão vulcões 
 
Neste grupo se incluem todos os aumentativos: 
 
amigalhão amigalhões 
bobalhão bobalhões 
casarão casarões 
chapelão chapelões 
dramalhão dramalhões 
espertalhão espertalhões 
facão facões 
figurão figurões 
moleirão moleirões 
narigão narigões 
paredão paredões 
pobretão pobretões 
rapagão rapagões 
sabichão sabichões 
vagalhão vagalhões 
vozeirão vozeirões 
 
B) Um reduzido número muda a terminação -ão em -ães: 
 
Singular Plural 
 
alemão alemães 
bastião bastiães 
cão cães 
capelão capelães 
capitão capitães 
catalão catalães 
charlatão charlatães 
escrivão escrivães 
guardião guardiães 
 
 
 
11 
pão pães 
sacristão sacristães 
tabelião tabeliães 
 
C) um número pequeno de oxítonos e todos os paroxítonos acrescentam 
simplesmente um -s à forma singular: 
 
Singular Plural 
 
cidadão cidadãos 
cortesão cortesãos 
cristão cristãos 
desvão desvãos 
irmão irmãos 
pagão pagãos 
acórdão acórdãos 
bênção bênçãos 
gólfão gólfãos 
órfão órfãos 
órgão órgãos 
sótão sótãos 
 
DICA#CASCA! 
 
1.ª Neste grupo se incluem os monossílabos tónicos chão, grão, mão e vão, 
que fazem no plural chãos, grãos, mãos e vãos. 
 
2.ª Artesão, quando significa «artífice», faz no plural artesãos; no sentido de 
«adorno arquitectónico», o seu plural pode ser artesãos ou artesões. 
 
D) Para alguns substantivos finalizados em -ão, não há ainda uma forma de 
plural definitivamente fixada, notando-se, porém, na linguagem corrente, uma 
preferência sensível pela formação mais comum, em -ões. É o caso dos 
seguintes: 
 
Singular Plural 
 
alão alãos 
alões 
alães 
 
alazão alazães 
alazões 
 
aldeão aldeãos 
aldeões 
aldeães 
 
anão anãos 
anões 
 
ancião anciãos 
anciões 
anciães 
 
castelão castelãos 
castelões 
 
 
 
12 
corrimão corrimãos 
corrimões 
 
deão deães 
deões 
 
ermitão ermitães 
ermitãos 
ermitões 
 
hortelão hortelãos 
hortelões 
 
refrão refrães 
refrãos 
 
rufião rufiães 
rufiões 
 
sultão sultões 
sultãos 
sultães 
 
truão truães 
truões 
 
Verão verões 
verãos 
 
vilão vilãos 
vilões 
 
1.1.5.1 – SUBSTANTIVOS QUE SÃO USADOS SOMENTE NO PLURAL 
 
Chamamos de pluralia tantum (expressão latina que significa "somente no 
plural") um substantivo usado exclusivamente na forma plural. Assim, não 
usamos uma variante singular para se referir a um único objeto. Veja alguns 
exemplos: 
as condolências 
as costas 
as férias 
as fezes 
as núpcias 
os arredores 
os parabéns 
os pêsames 
os picles 
Em textos mais antigos, até podemos encontrar algumas ocorrências no 
singular, como parabém, pêsame, entre outras. Porém, atualmente estes 
substantivos são usados apenas no plural. 
 
1.1.5.2 – PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS 
 
A) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se optar por colocar 
apenas o primeiro elemento ou ambos no plural: 
 
palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves 
couve-flor = couves-flor ou couves-flores 
 
 
 
13 
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios 
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas 
 
B) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: 
 
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos 
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens 
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras 
C) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: 
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas 
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes 
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos 
 
D) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: 
 
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de- 
colônia 
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor 
E) Permanecem invariáveis, quando formados de: 
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora 
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas 
 
F) Casos Especiais 
 
o louva-a-deus e os louva-a-deus 
o bem-te-vi e os bem-te-vis 
o bem-me-quer e os bem-me-queres 
o joão-ninguém e os joões-ninguém 
 
1.1.5.3 – PLURAL DAS PALAVRAS SUBSTANTIVADAS 
 
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes gramaticais 
usadas como substantivo, apresentam, no plural, as flexões próprias dos 
substantivos. Por exemplo: 
 
Pese bem os prós e os contras. 
O aluno errou na prova dos noves. 
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos. 
CUIDADO! 
Numerais substantivados terminados em -s ou -z não variam no plural. Por 
exemplo: 
 
Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez. 
 
1.1.5.4 – PLURAL DOS DIMINUTIVOS 
 
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e acrescenta-se o 
sufixo diminutivo. 
 
pãe(s) + zinhos = pãezinhos 
animai(s) + zinhos = animaizinhos 
 
 
 
14 
botõe(s) + zinhos = botõezinhos 
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos 
farói(s) + zinhos = faroizinhos 
tren(s) + zinhos = trenzinhos 
colhere(s) + zinhas = colherezinhas 
flore(s) + zinhas = florezinhas 
mão(s) + zinhas = mãozinhas 
papéi(s) + zinhos = papeizinhos 
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas 
funi(s) + zinhos = funizinhos 
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos 
pai(s) + zinhos = paizinhos 
pé(s) + zinhos = pezinhos 
pé(s) + zitos = pezitos 
 
1.1.5.5 – PLURAL METAFÔNICO 
 
Alguns substantivos, além de receberem a desinência -s na formação do 
plural, trocam a vogal tônica fechada (ô) pela tônica aberta (ó). Esse é o chamado 
plural metafônico. A palavra vem do grego metafonia [met(a)- + -fon(o)- + - 
ia] que, em gramática, significa alteração do timbre de vogal tônica fechada para 
vogal tônica aberta. Assim, povo (ô) / povos (ó), tijolo (ô) / tijolos (ó), porco 
(ô) / porcos (ó) etc. 
 
DECORE, PELO AMOR DE DEUS! 
 
1) Se a palavra possui feminino, o plural masculino assume o timbre da forma 
feminina: 
 
masculino feminino plural 
oco (ô) oca (ô) ocos(ô) 
bobo (ô) boba (ô) bobos (ô) 
lobo( ô) loba (ô) lobos(ô) 
novo (ô) nova (ó) novos (ó) 
porco (ô) porca (ó) porcos (ó) 
choco (ô) choca (ó) chocos (ó) 
 
Exceção: sogro (ô) – sogra (ó) – sogros (ô) 
 
2) Quando há consoante nasal m ou n, o timbre da vogal é sempre fechado: 
singular plural 
 
gomo (ô) gomos (ô) 
tremoço (ô) tremoços (ô) 
pomo (ô) pomos (ô) 
colono (ô) colonos (ô) 
trono (ô) tronos (ô) 
 
3) Quando a palavra não se encaixa nos dois casos anteriores, é comum a 
abertura do timbre da vogal o no plural: 
 
singular plural 
globo (ô) globos (ó) 
olho (ô) olhos (ó) 
porto (ô) portos (ó) 
miolo (ô) miolos (ó) 
osso (ô) ossos (ó) 
 
 
 
 
15 
4) Os substantivos femininos conservam no plural o mesmo timbre do 
singular:. 
singular plural 
arroba (ô) arrobas (ô) 
bolha (ô) bolhas (ô) 
boda (ô) bodas (ô) 
folha (ô) folhas (ô) 
moda(ó) modas (ó) 
peroba (ó) perobas (ó) 
sova (ó) sovas (ó) 
1.2 – PRONOMES 
1.2.1 – INDEFINIDOS 
São aqueles que se referem à 3ª pessoa gramatical de forma vaga, imprecisa. 
Eles podem ser variáveis, sofrendo flexão de gênero e número e podem também 
assumir papel de pronome substantivo e de pronome adjetivo. 
 
Variáveis Invariáveis Locução pronominal indefinida 
 
Algum (uns), alguma(s) 
 
Alguém 
 
Qualquer um 
 
Nenhum(uns), nenhuma(s) 
 
Algo 
 
Cada um 
 
Todo(s), toda(s) 
 
Cada 
 
Todo aquele que 
 
Outro(s), outra(s) 
 
Nada 
 
Um ou outro 
 
Muito(s), muita(s) 
 
Ninguém 
 
Todo mundo 
 
Pouco(s), pouca(s) 
 
Tudo 
 
Seja quem for 
 
Certo(s), certa(s) 
 
 
Tanto(s), tanta(s) 
 
 
Quanto(s), quanta(s) 
 
 
Qualquer, quaisquer 
 
 
1.2.2 - Emprego de alguns pronomes indefinidos (QUESTÃO DE PROVA!) 
A) Algum(uns), alguma(s) 
Quando eles aparecem antes do substantivo, possuem sentido afirmativo. Se 
aparecerem depois, ganham sentido negativo. 
Algum amigo ligará para você. (sentido afirmativo; alguém ligará) 
Amigo algum ligará para você. (sentido negativo; ninguém ligará) 
B) Certo(s), certa(s) 
Dependendo da posição dessas palavras, a classe gramatical mudará. Se 
alguma delas vier ANTES do substantivo, serão pronomes indefinidos; se 
vierem APÓS o substantivo, serão adjetivos. 
 
 
 
16 
Certas pessoas nunca tomam as decisões certas. 
Certas pessoas caracteriza o pronome indefinido certas, mas decisões 
certas caracteriza o adjetivo certas que é dado à palavra decisões. 
C) Todo(s), toda(s) 
Essas palavras possuem variações de sentido. Se forem empregadas no 
plural, vão indicar a totalidade de um conjunto: 
Todas as lojas estarão abertas até meia-noite. 
Se forem empregadas no singular e sem artigo, essas palavras terão sentido 
de qualquer e cada: 
Em casa, toda decisão é tomada em conjunto. (toda decisão = cada decisão) 
Se forem empregadas no singular e com artigo, essas palavras indicarão 
totalidade, funcionando como a palavra inteiro, transformando-se em 
adjetivo: 
Assistiam desenhos por toda a manhã. (assistiam desenhos pela manhã inteira) 
Se essas palavras forem empregadas no singular, depois de um substantivo, 
também serão como a palavra inteiro. 
Assistiam desenhos pela manhã toda. (assistiam desenhos pela manhã inteira) 
 
1.2.2 – POSSESSIVOS 
Os pronomes possessivos são aqueles que se referem às três pessoas gramaticais, 
indicando algo que lhes pertence, estabelecendo a relação de posse entre o pronome 
pessoal e o possessivo. São variáveis em gênero e número, concordando sempre com 
a pessoa ao qual se refere. 
 
Pessoa gramatical Pronome pessoal Pronome possessivo 
 
1ª pessoa singular 
 
Eu 
 
Meu, minha, meus, minhas 
 
2ª pessoa singular 
 
Tu 
 
Teu, tua, teus, tuas 
 
3ª pessoa singular 
 
Ele/ela 
 
Seu, sua, seus, suas 
 
1ª pessoa plural 
 
Nós 
 
Nosso, nossa, nossos, nossas 
 
2ª pessoa plural 
 
Vós 
 
Vosso, vossa, vossos, vossas 
 
3ª pessoa plural 
 
Eles/elas 
 
Seu, sua, seus, suas 
 
1.2.3 – DEMONSTRATIVOS 
São aqueles que possuem a função de indicar o lugar que um ser ou alguma 
coisa ocupa em relação às três pessoas gramaticais. Essa localização pode 
ocorrer no tempo, no espaço ou no contexto. Os pronomes demonstrativos 
podem ser variáveis ou invariáveis: 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Variáveis Invariáveis 
 
Este, esta, estes, estas 
 
Isto 
 
Esse, essa, esses, essas 
 
Isso 
 
Aquele, aquela, aqueles, aquelas 
 
Aquilo 
 
DICA#CASCA! A BANCA ABORDA, COM ESSES PRONOMES, A REFERÊNCIA 
TEXTUAL! 
 
CUIDADO! Substitutos dos pronomes demonstrativos (CAI NA 
PROVA!) 
 
A) A palavra “tal” pode ser considerada sinônima dos seguintes pronomes: 
Este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela e aquilo: 
 
Tal surpresa me deixou acanhada. (esta) 
Foi inesperada tal atitude, mesmo porque não conhecíamos esse seu lado. (aquela) 
 
B) No sentido de “exato, idêntico, em pessoa”, as palavras “mesmo” e 
“próprio” atuam como pronomes demonstrativos: 
 
Foi a própria professora quem nos deu a notícia. (em pessoa) 
Foi nesse mesmo lugar que nos encontramos pela primeira vez. (exato) 
 
C) A palavra “semelhante” pode atuar como demonstrativo de identidade: 
 
Você foi corajoso em proferir semelhante palavra. 
 
D) AS PALAVRAS O, A, OS, AS 
 
“A vida é uma tragédia para os que sentem e uma comédia para os que pensam.” 
A vida é uma tragédia para aqueles que sentem e uma comédia para aqueles que 
pensam. 
 
1.2.4 – RELATIVOS 
 
 
 
Masculino 
 
Variáveis 
 
 
Feminino 
 
 
 
A) O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado 
relativo universal. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais" 
quando seu antecedente for um substantivo. 
 
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) 
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) 
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) 
 
 
 
18 
Quadro dos Pronomes Relativos 
 
Invariáveis 
 
o qual 
cujo 
quanto 
os quais 
cujos 
quantos 
a qual 
cuja 
quanta 
as quais 
cujas 
quantas 
quem 
que 
onde 
 
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) 
 
B) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por 
isso, são utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", 
"onde" (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são 
usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de 
determinadas preposições. 
 
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. 
(O uso de "que" neste caso geraria ambiguidade.) 
 
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia 
usar "que" depois de "sobre".) 
 
CUIDADO! os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de 
acordo com a regência verbal dos verbos da oração. 
 
Havia condições com que não concordávamos. (concordar com) 
Havia condições de que desconfiávamos. (desconfiar de) 
 
C) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o 
consequente. Equivale a "do qual", "da qual", "dos quais", "das quais". 
 
O carro, cujo pneu está furado, pertence a papai. 
 
D) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome 
indefinido: tanto (ou variações) e tudo: 
 
Emprestei tantos quantos foram necessários. 
Ele fez tudo quanto havia falado. 
 
E) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de 
preposição. 
 
O Deus a quem amo é poderoso! 
 
F) "Onde" ou “Em que”, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só 
pode ser utilizado na indicação de lugar. 
 
A casa onde morava foi assaltada. 
A casa em que morava foi assaltada. 
 
G) Na indicação de tempo, deve-se empregar "quando" ou "em que". 
 
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior. 
 
1.3 ADJETIVO E SUBSTANTIVO: a segunda relação semântica 
do sintagma! 
1.3.1 – O QUE É ADJETIVO? 
Os adjetivos são termos que atribuem características, qualidades ou estados a um 
substantivo. 
1.3.2 – O QUE É LOCUÇÃO ADJETIVA? 
De mesmo valorque o adjetivo, as locuções adjetivas exercem o mesmo papel que o 
adjetivo, atribuindo qualidades e caracterizando os seres. A diferença, no entanto, é 
que as locuções adjetivas são expressões iniciadas por preposições 
 
 
19 
(de, em, com, sem, etc). 
Aquela árvore com flores na esquina. 
DICA#CASCA! As locuções adjetivas, apesar de exercerem o mesmo papel 
de adjetivo, não são expressões que transformamos em adjetivo, uma vez 
que às vezes elas não possuem um adjetivo equivalente ou este adjetivo 
equivalente não traz o mesmo significado. 
Tempero de receitas apetitosas. 
Aqui, não há um adjetivo equivalente a receitas apetitosas. 
Ela tem opiniões infantis. 
Aqui, o significado do adjetivo e da locução proposta é divergente, porque 
a frase pressupõe opiniões ingênuas, não necessariamente da infância. 
1.3.3 – PRINCIPAIS LOCUÇÕES ADJETIVAS 
 
de águia aquilino 
de aluno discente 
de anjo angelical 
de ano anual 
de aranha aracnídeo 
de asno asinino 
de baço esplênico 
de bispo episcopal 
de bode hircino 
de boi bovino 
de bronze brônzeo ou êneo 
de cabelo capilar 
de cabra caprino 
de campo campestre ou rural 
de cão canino 
de carneiro arietino 
de cavalo cavalar, equino, equídio ou hípico 
de chumbo plúmbeo 
de chuva pluvial 
de cinza cinéreo 
de coelho cunicular 
de cobre cúprico 
de couro coriáceo 
de criança pueril 
de dedo digital 
de diamante diamantino ou adamantino 
de elefante elefantino 
de enxofre sulfúrico 
de esmeralda esmeraldino 
de estômago estomacal ou gástrico 
de falcão falconídeo 
de farinha farináceo 
de fera ferino 
de ferro férreo 
de fígado figadal ou hepático 
de fogo ígneo 
de gafanhoto acrídeo 
de garganta gutural 
 
 
20 
de gelo glacial 
de gesso gípseo 
de guerra bélico 
de homem viril ou humano 
de ilha insular 
de intestino celíaco ou entérico 
de inverno hibernal ou invernal 
 
1.3.3 FLEXÃO EM GRAU 
 
A) Superlativo 
Indica característica atribuída ao substantivo em máxima intensidade. É 
dividido em absoluto e relativo. 
 
A.1) Superlativo Absoluto 
O superlativo absoluto ainda admite duas formas: analítico e sintético. 
A.1.2) Quando é analítico, temos uma palavra intensificadora + adjetivo. 
Aqui será construído um prédio muito alto. 
 
A.1.2) No caso do sintético, temos o adjetivo + um sufixo intensificador. 
 
Aqui será construído um prédio altíssimo. 
 
B) Superlativo Relativo 
Quando o superlativo é relativo, temos um adjetivo que atribui característica 
relacionando-o a outros seres com a mesma característica. Estes também 
admitem duas divisões, sendo de superioridade: 
 
Este prédio é o mais alto do mundo. 
 
Ou de inferioridade: 
 
Esta menina é a mais baixa de todas. 
 
C) Comparativo 
Indica comparação entre uma característica que dois seres possuem, 
estabelecendo uma relação entre eles. Tem três tipos: comparativo de 
superioridade, de igualdade ou de inferioridade. 
 
C.1) Comparativo de Superioridade 
A árvore era mais alta que o poste. 
 
C.2) Comparativo de Igualdade 
A árvore era tão alta quanto o poste. 
 
C.3) Comparativo de Inferioridade 
A árvore era menos alta que o poste. 
 
DICA#CASCA! O USO DA PREPOSIÇÃO É FACULTATIVO! (QUESTÃO DE 
PROVA!) 
 
Lucas é menos extrovertido (do) que seu irmão. 
Lucas é mais extrovertido (do) que seu irmão. 
 
 
 
21 
Este procedimento é melhor (do) que o outro. 
Meu desempenho foi pior (do) que o seu. 
A falta de segurança é maior (do) que a de saneamento básico. 
 
DICA#CASCA!: As formas analíticas representadas por “mais bom”, “mais 
mau”, “mais grande” e “mais pequeno”, apenas devem ser utilizadas quando 
se comparam duas características de um mesmo ser. 
 
Exemplos: 
 
Pedro é mais bom (do) que esforçado. 
O garoto é mais mau (do) que esperto. 
Aquele cão é mais pequeno (do) que bravo. 
 
1.3.4 – ADJETIVO DE RELAÇÃO 
Por definição, um adjetivo de relação é aquele que 
 
A) tem valor semântico objetivo, ou seja, não expressa subjetividade ou ponto 
de vista; 
B) é derivado por sufixação de um substantivo; 
C) vem colocado após o substantivo; 
D) não varia em grau superlativo, ou seja, não pode ser intensificado. 
 
VEJA: 
Economia MUNDIAL; (não existe ECONOMIA MUITO MUNDIAL) 
Vinho CHILENO; (não existe VINHO MUITO CHILENO ou CHILENÍSSIMO) 
 
1.3.5 – PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS 
Nos adjetivos compostos, só o último elemento vai para o plural: 
cantor norte-americano - cantores norte-americanos 
Exceções: 
 
1. adjetivos compostos invariáveis: 
• sapato azul-marinho - sapatos azul-marinho 
• camisa azul-celeste - camisas azul-celeste 
2. São invariáveis os adjetivos compostos cujo último elemento é um 
substantivo: 
• Blusa verde-bandeira – blusas verde-bandeira 
• tecido verde-abacate - tecidos verde-abacate 
• batom vermelho-paixão – batons vermelho-paixão 
3. Também são invariáveis os adjetivos composto por 
COR+DE+SUBSTANTIVO: 
• Blusa cor-de-rosa 
• Blusas cor-de-rosa 
4. Flexão dos dois elementos: 
• Menino surdo-mudo – meninos surdos-mudos 
1.3.6 - GÊNERO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS 
1. Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos somente o 
segundo é variável: 
• guerra franco-alemã - roupa azul-escura. 
 
 
 
22 
2. Os adjetivos compostos cujo segundo elemento é um substantivo, não 
variam em gênero: 
• terno verde-garrafa - blusa amarelo-limão. 
3. Flexão dos dois elementos: 
• menino surdo-mudo - menina surda-muda. 
* Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um 
substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. É o 
exemplo da palavra ROSA, que originalmente é um substantivo, mas pode 
ser adjetivada em alguns casos como os seguintes: 
• Camisas rosa-claro 
• Blusas rosa-choque 
1.4 – O ADVÉRBIO (CLASSE INVARIÁVEL) 
A) Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do VERBO, do 
ADJETIVO e do próprio ADVÉRBIO. 
 
B) Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa situação, 
normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o 
conteúdo da oração. VEJA: 
As providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente. 
 
C) Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais 
como: 
Tempo: Ela chegou tarde. 
Lugar: Ele mora aqui. 
Modo: Eles agiram mal. 
Negação: Ela não saiu de casa. 
Dúvida: Talvez ele volte. 
D) Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a ideia de 
intensidade. VEJA: 
O filme era muito bom. 
 
1.4.1 – FLEXÃO DO ADVÉRBIO 
Outra característica dos advérbios se refere a sua organização morfológica. 
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apresentam variação em 
gênero e número. 
Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe a seguir. 
 
A) GRAU COMPARATIVO 
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo do 
adjetivo: 
 
de igualdade: tão + advérbio + quanto (como) 
VEJA: 
Renato fala tão alto quanto João. 
 
de inferioridade: menos + advérbio + que (do que) 
VEJA: 
 
 
23 
Renato fala menos alto do que João. (menos alto que) 
 
de superioridade: 
 
Analítico: mais + advérbio + que (do que) 
VEJA: 
Renato fala mais alto do que João. (mais alto que) 
 
Sintético: melhor ou pior que (do que) 
VEJA: 
Renato fala melhor que João. (melhor do que) 
 
B) GRAU SUPERLATIVO 
O superlativo pode ser analítico ou sintético: 
 
Analítico: acompanhado de outro advérbio. 
VEJA: 
Renato fala muito alto. 
muito = advérbio de intensidade 
alto = advérbio de modo 
Sintético: formado com sufixos. 
 
VEJA: 
Renato fala altíssimo. 
 
1.4.2 – CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS (NÃO DECORE!!!) 
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de: 
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, 
cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, 
adentro, afora, alhures, embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe, 
de perto, em cima, àdireita, à esquerda, ao lado, em volta. 
 
Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, 
ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, 
enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, 
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de 
manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, 
de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. 
 
Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às 
pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse 
jeito,desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, 
em vão e a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente, tristemente, 
propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, 
bondosamente, generosamente. 
 
 
 
24 
 
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, 
decididamente, deveras, indubitavelmente. 
 
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, 
de jeito nenhum. 
 
Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, 
casualmente, por certo, quem sabe. 
 
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso, bastante, mais, menos, 
demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, 
quase, de todo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, grandemente, 
bem (quando aplicado a propriedades graduáveis). 
 
Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, 
unicamente. 
VEJA: Brando, o vento apenas move a copa das árvores. 
 
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. 
VEJA: O indivíduo também amadurece durante a adolescência. 
 
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. 
VEJA: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus amigos por 
comparecerem à festa. 
 
DICA#CASCA! 
A) Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao advérbio o mais 
ou o menos. 
VEJA: 
Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos tarde possível. 
B) Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em geral sufixamos 
apenas o último: 
VEJA: 
O aluno respondeu calma e respeitosamente. 
 
CUIDADO! Distinção entre ADVÉRBIO e PRONOME INDEFINIDO 
 
Há palavras como muito, bastante, suficiente etc. que podem aparecer como 
advérbio e como pronome indefinido. 
 
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro advérbio e não sofre 
flexões. VEJA: 
Eu corri muito. (bastante, suficiente) 
 
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre flexões. VEJA: 
Eu corri muitos quilômetros. (bastantes, suficientes) 
 
 
25 
2 – VERBOS 
 
2.1 - MODOS VERBAIS 
 
INDICATIVO = CERTEZA; 
SUBJUNTIVO = INCERTEZA, HIPÓTESE, DESEJO; 
IMPERATIVO = ORDEM, PEDIDO, DESEJO. 
2.1 - TEMPOS VERBAIS (DECORE) 
 
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa 
pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. Veja: 
 
2.2 TEMPOS DO INDICATIVO 
 
A ) Presente - Expressa um fato atual. 
Eu estudo neste colégio. 
 
CUIDADO! (QUESTÃO DE PROVA!) 
 
B) Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior 
ao atual, mas que NÃO foi completamente terminado. 
Ele estudava as lições quando foi interrompido. 
 
C) Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento 
anterior ao atual e que foi totalmente terminado. 
Ele estudou as lições ontem à noite. 
 
D) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido ANTES de outro 
fato já terminado. (PASSADO DO PASSADO) 
Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples) 
 
CUIDADO! (QUESTÃO DE PROVA!) 
 
E) Pretérito Mais-que-perfeito composto: 
Eu amara quando o verão acabou. (forma simples) 
Eu tinha amado quando o verão acabou. (forma composta / MESMO SENTIDO!) 
 
F) Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num 
tempo vindouro com relação ao 
momento atual. 
Ele estudará as lições amanhã. 
 
G) Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer 
posteriormente a um determinado fato passado. 
Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias. 
 
DECORE! 
 
H) Pode veicular uma ideia de hipótese: 
Não sei o que faria se não estivesses presente. (FUTURO CONDICIONAL) 
 
2.2 – TEMPOS DO SUBJUNTIVO 
 
 
 
 
26 
A) Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. 
É conveniente que estudes para o exame. 
 
B) Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já 
ocorrido. 
Eu esperava que ele vencesse o jogo. 
 
DICA#CASCA!: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em 
que se expressa a ideia de condição ou desejo. 
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. 
 
C) Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num 
momento futuro em relação ao atual. 
Quando ele vier à loja, levará as encomendas. 
 
DICA#CASCA! o futuro do presente é também usado em frases que indicam 
possibilidade ou desejo. 
Se ele vier à loja, levará as encomendas. 
 
CUIDADO! (QUESTÃO DE PROVA) 
 
#FUTURO DO SUBJUNTIVO OU INFINITIVO PESSOAL? 
 
A diferença é que o futuro do subjuntivo vem regido por conjunção 
(normalmente “quando” ou “se”), advérbio ou pronome relativo. VEJA: 
 
“Quando eu soltar a minha voz, por favor me entenda.” 
“Se você não cantar agora, o público não perdoará.” 
“A casa em que ela cantar sempre estará cheia de fãs.” 
 
O infinitivo, por sua vez, pode ser regido por preposição: 
 
“Ao soltar a minha voz, você me entenderá.” “Para 
cantar agora, ela exige mil coisas absurdas.” “Sem 
lutares, a vitória é improvável.” 
“Chegou a hora de essa gente mostrar seu valor.” 
 
ou vir sem preposição: 
 
“Navegar é preciso.” 
“Viver não é preciso.” 
“Convém chegares mais cedo.” 
 
2.3 – FORMAS NOMINAIS 
 
Infinitivo – equivale ao valor de um 
substantivo; 
Gerúndio – equivale ao valor de um 
adjetivo ou de um advérbio; 
Particípio – equivale ao valor de um 
adjetivo. 
 
2.3.1 – EMPREGO DO INFINITO 
Essa forma nominal do verbo deve ser utilizada quando há a intenção de exprimir o 
processo verbal em eficiência, ou seja, exprime a noção de ação do verbo, 
aproximando-o do substantivo. 
 
 
 
27 
https://portugues.uol.com.br/gramatica/substantivos.html
“É preciso saber viver” 
De amar, também se morre. 
 
2.3.2 – EMPREGO DO GERÚNDIO 
O gerúndio deve ser utilizado quando há a intenção de expressar a continuidade do 
processo verbal, realizando as funções do advérbio ou do adjetivo. 
 
Ela perdeu o livro andando no parque. (valor adverbial = quando) 
Tenho agonia de pessoa assobiando. (valor de adjetivo = pessoa que assobia) 
 
2.3.3 – EMPREGO DO PARTICÍPIO 
O particípio deve ser utilizado quando há a intenção de exprimir um resultado da 
ação verbal, acumulando tanto as funções do verbo quanto do adjetivo e, por isso, 
pode receber as desinências -a de feminino e -s de plural. 
 
Comprado o presente, fomos para a festa. 
A roupa foi confeccionada por um estilista. 
 
2.4 – LOCUÇÃO VERBAL 
 
2.4.1 - TEMPOS COMPOSTOS (CAI NA PROVA!) 
A) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO 
Processo que ocorreu ANTES de outro processo passado. 
 
Ele disse que tinha (havia) pegado o dinheiro pela manhã. (= pegara) 
 
B) FUTURO DO PRESENTE 
Expressa um fato ainda não realizado no momento presente, mas já 
PASSADO em relação a OUTRO FATO FUTURO. Isso acontece por influência 
nominal particípio. 
 
Quando estivermos lá, o dia já terá amanhecido. 
 
CUIDADO! O TEMPO COMPOSTO DO FUTURO DO PRESENTE NÃO PODE SER 
SUBSTITUÍDO PELA FORMA SIMPLES! 
 
Quando estivermos lá, o dia já terá amanhecido. (tempo composto / fato ocorrido) 
Quando estivermos lá, o dia amanhecerá. (forma simples / fato futuro). 
 
C) FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO: 
Indica um fato que se realizaria no passado, entretanto, com uma condição: 
 
Se tivéssemos conversado antes, essatragédia não teria acontecido. 
 
Indica um processo ENCERRADO posteriormente a uma época passada que 
mencionamos no presente: 
 
Anunciou-se que no dia anterior o jogador já teria assinado contrato com outro 
clube. 
 
D) PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO: 
É empregado para indicar processos que se REPETEM ou PROLONGAM do 
passado até o presente: 
 
Tenho amado muito nestes últimos dias. 
 
 
 
28 
https://portugues.uol.com.br/gramatica/adverbios.html
É natural substituirmos este tempo composto pela locução verbal VIR + 
GERÚNDIO. 
 
Venho amando muito nestes últimos dias. 
 
2.5 – VOZES DO VERBO 
A voz verbal transmite se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação 
expressa pelo verbo. As três vozes verbais existentes no português são a voz 
ativa, a voz passiva e a voz reflexiva. 
 
COMO ISSO CAI NA PROVA: 
 
2.5.1 – ClASSIFICAÇÃO DA PALAVRA SE (pronome apassivador; pronome 
reflexivo; pronome recíproco). VEJA: 
 
2.5.1.2 – PRONOME APASSIVADOR: 
Vende-se casa. 
2.5.1.3 – PRONOME REFLEXIVO (SE = A SI MESMO) 
O garoto se feriu. (O garoto feriu a si mesmo) 
2.5.1.4 – PRONOME RECÍPROCO (SE= UM COM OUTRO / UM AO OUTRO) 
Os jogadores se ofenderam. (um ao outro) 
2.5.2 – VOZ ATIVA 
 
O verbo está na voz ativa quando o sujeito gramatical é o agente da ação, ou 
seja, quando o sujeito gramatical pratica a ação verbal. 
 
Mariana leu o livro. 
A avó fez o almoço. 
O professor corrigiu as provas dos alunos. 
 
2.5.3 – VOZ PASSIVA 
 
O verbo está na voz passiva quando o sujeito gramatical é o paciente da ação, 
ou seja, quando o sujeito gramatical sofre a ação verbal, praticada pelo agente 
da passiva. 
 
O livro foi lido por Mariana. 
Leu-se o livro. 
O almoço foi feito pela avó. 
Fez-se o almoço. 
As provas dos alunos foram corrigidas pelo professor. 
Corrigiram-se as provas. 
 
Existem dois processos distintos de formação da voz passiva: o analítico e o 
sintético. 
 
2.5.3.1 – VOZ PASSIVA ANALÍTICA 
 
É formada por um verbo auxiliar (normalmente o verbo ser), mais o particípio 
de um verbo transitivo, seguindo quase sempre a estrutura: 
 
sujeito paciente + verbo auxiliar + particípio + preposição + agente da 
 
 
29 
passiva. 
 
A dança foi coreografada por ela. 
As capas dos cadernos foram enfeitadas pelas crianças. 
Os pacientes serão atendidos pelo médico logo que possível. 
 
2.5.3.2 – VOZ PASSIVA SINTÉTICA 
 
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, 
seguido do pronome apassivador SE. Por exemplo: 
 
Abriram-se as inscrições para o concurso. 
Destruiu-se o velho prédio da escola. 
 
2.5.3.3 - VOZ REFLEXIVA 
 
O verbo está na voz reflexiva quando o sujeito gramatical é ao mesmo 
tempo agente e paciente da ação, ou seja, quando o sujeito gramatical 
pratica e sofre a ação verbal. É formada por um verbo na voz ativa mais um 
pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos, se), atuando como objeto. 
A voz reflexiva pode ser recíproca, ou seja, quando há dois sujeitos que 
praticam a ação um no outro. 
O cozinheiro feriu-se com a faca. 
DICA#CASCA! 
Para saber se a palavra Se é reflexiva, basta trocá-la por A SI MESMO. Veja: 
O garoto feriu-SE com a faca = feriu A SI MESMO com a faca. (pronome reflexivo) 
 
2.5.3.4 – VOZ REFLEXIVA RECÍPROCA 
 
A voz reflexiva também pode ser recíproca. Isso acontece quando o verbo 
reflexivo indica reciprocidade, ou seja, quando dois ou mais sujeitos praticam 
a ação, ao mesmo tempo que também são pacientes. 
 
Maria e João amam-se. 
Os jogadores ofenderam-se. 
Os carros chocaram-se. 
DICAS #CASCAS! 
 
A) Para saber se a palavra Se é recíproca, basta trocá-la por UM COM OUTRO 
/ UM AO OUTRO. Veja: 
 
Maria e João amam-se. = Maria e João amam UM AO OUTRO. (pronome reflexivo 
recíproco) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
DECORE, PELO AMOR DE DEUS! 
 
A TABELA PODEROSA DO “SE” 
1.V.T.I + SE + PREPOSIÇÃO = SUJEITO INDETERMINADO / ÍNDICE 
INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO / 
Trata-se de propostas duvidosas. 
2.V.I + SE = SUJEITO INDETERMINADO / ÍNDICE INDETERMINAÇÃO DO 
SUJEITO / Vive-se bem em aptos. 
3.V.L + SE = SUJEITO INDETERMINADO / ÍNDICE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO 
/ Fica-se nervoso em audiências. 
4.SE = A SI MESMO / PRONOME REFLEXIVO / O garoto feriu-se. 
5.SE = UM AO OUTRO; UM COM OUTRO / PRONOME REFLEXIVO RECÍPROCO / 
ÍNDICE DE RECIPROCIDADE / Pai e filho amam-se incondicionalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIÇÃO 2 
#ASPECTO SINTÁTICO 
 
TERMOS INTEGRANTES: 
 
✓ TRANSITIVIDADE: complemento verbal; complemento 
nominal); 
✓ FUNÇÃO SINTÁTICA DOS PRONOMES PESSOAIS: 
✓ FUNÇÃO do “QUE” / “SE” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
2.1 - A TRANSITIVIDADE E A COMPLEMENTAÇÃO VERBAL 
(objeto 
#A TABELA DA TRANSITIVIDADE VERBAL 
 
 
DECORE, PELO AMOR DE DEUS!!! 
 
V.T.D (verbo transitivo direto) / QUEM AMA AMA 
ALGUMA COISA; 
 
DICA#CASCA! 
 
1 – A banca cobra o objeto direto preposicionado! 
O objeto direto pode ser preposicionado nos seguintes casos: 
A) Acompanhado de verbos que exprimem sentimentos. 
Não odeio a ninguém. (CASO FACULTATIVO) 
B) Para evitar ambiguidade.(CASO OBRIGATÓRIO. 
QUESTÃO DE PROVA!) 
 
Na copa do mundo, venceram aos brasileiros os alemães 
 
C) Quando for expresso por pronome pessoal oblíquo 
tônico.(CASO OBRIGATÓRIO) 
 
Pedro, sua família, nesse dia ensolarado, festeja a ti. 
 
D) Quando for expresso pelo pronome relativo QUEM. 
(CASO OBRIGATÓRIO) 
 
A pessoa a quem amo está presente. 
 
E) Quando for o nome próprio “Deus”. (CASO 
FACULTATIVO) 
 
A igreja orienta que todos amem a Deus. 
 
F) Algumas expressões que indicam ideia de partitivo, ou 
seja, o objeto direto transmite ideia de parte daquilo a 
que se refere. (FACULTATIVO) 
 
“Celina bebeu do próprio veneno.” (bebeu parte do veneno) 
“Celina bebeu o próprio veneno.” (bebeu todo o veneno) 
 
V.T.I (verbo transitivo indireto) / QUEM PRECISA 
PRECISA DE ALGUMA COISA; 
 
DECORE AS PREPOSIÇÕES ESSENCIAIS!!! 
 
A: a, ante, até, após; 
S: sem, sob, sobre; 
D: de, desde; 
E: em, entre; 
P: para, por, perante, per; 
 
 
 
33 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/pronome.htm
C: com, contra; 
T: trás. 
ASDEPCT! 
 
V.I (verbo intransitivo) / QUEM MORRE MORRE; 
 
A) Não necessitam decomplemento porque têm 
sentido completo. Por esse motivo, eles conseguem 
formar o predicado sozinhos; 
 
Carmem morreu. 
Jordana chegou. 
 
B) Os verbo intransitivos são, muitas vezes, 
acompanhados de adjunto adverbial ou de predicativo. 
 
Carmem morreu serenamente. (advérbio) 
Jordana chegou satisfeita. (predicativo do sujeito) 
 
C) PRINCIPAIS VERBOS INTRANSITIVOS: morrer, 
nascer, andar, correr, sair, trabalhar, adormecer, 
dormir, etc. 
 
V.T.D.I (verbo transitivo direto e indireto / QUEM 
ESCREVE ESCREVE ALGUMA COISA PARA 
ALGUÉM; 
 
V.L(verbo de ligação) 
 
A) Os verbos de ligação, também chamados 
de copulativos, têm a função de ligar o sujeito e suas 
características (predicativo do sujeito); 
B) Lista dos Verbos de Ligação: 
B.1) Estado Circunstancial 
• Estar. Exemplo: Estou exausta! 
• Parecer. Exemplo: Ela parece feliz com os 
resultados. 
• Andar. Exemplo: Desde aquele episódio, andamos 
sempre contentes. 
B.2) Estado Permanente 
• Ser. Exemplo: Eles são capazes de finalizar tudo até 
amanhã? 
• Viver. Exemplo: Vivem doentes. 
B.3) Mudança de Estado 
• Ficar. Exemplo: Fico feliz com a notícia! 
• Tornar-se. Exemplo: Ela se tornou um exemplo de 
vida. 
• Virar. Exemplo: Depois de tudo, virou um santo... 
B.4) Continuidade do Estado 
• Permanecer. Exemplo: Ele permaneceu calado. 
• Continuar. Exemplo: Ela continuou atenta ao 
trabalho. 
 
 
 
34 
DICAS#CASCAS! 
A) A BANCA COBRA O COMPLEMENTO VERBAL: OBJETO DIRETO E OBJETO 
INDIRETO! (FIQUE DE OLHO!); 
B) VERBO DE LIGAÇÃO NÃO TEM COMPLEMENTO! A vida é bela (bela é 
PREDICATIVODO SUJEITO); 
C) CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 
A classificação dos verbos em intransitivo, transitivo e verbo de ligação é feita 
mediante o seu CONTEXTO. 
Isso porque o mesmo verbo pode ser classificado de formas distintas, conforme 
verificamos nos exemplos a seguir: 
 
Desde aquele episódio, andamos sempre contentes. (verbo de ligação, pois 
expressa um estado, que é o fato de se sentir contente); 
 
Ela vive cansada. (verbo de ligação, pois expressa um estado, que é o fato de 
se sentir constantemente cansada); 
 
Ela vive no Japão. (verbo intransitivo, pois expressa a ação de residir no 
Japão); 
 
D) O PREDICATIVO DO SUJEITO É A CARACTERÍSTICA DO SUJEITO QUE 
DEFINE OU MODIFICA O SUJEITO! 
Ele é chamado de predicativo porque faz parte do predicado, mas não 
acrescenta nada ao verbo e, sim, ao sujeito. 
 
2.2 – COMPLMENTO NOMINAL VS. ADJUNTO ADNOMINAL 
2.2.1 – COMPLEMENTO NOMINAL 
Complementa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). Ex: 
Tenho medo do escuro. 
Paulo é fiel ao time. 
O governo agiu contrariamente ao povo. 
2.2.2 - ADJUNTO ADNOMINAL 
Determina, Específica o valor do SUBSTANTIVO! 
A casa de papai é bonita. 
O carro bonito foi vendido. 
TABELA DO PODER! 
 
ADJUNTO 
ADNOMINAL 
COMPLEMENTO 
NOMINAL 
Subst. Abstrato ou Concreto Substantivo abstrato; 
Adjetivo; 
Advérbio. 
Sentido de Posse Sem sentido de posse 
O uso da preposição NÃO é 
obrigatório 
O uso da preposição É OBRIGATÓRIO 
Sentido Ativo Sentido Passivo (qualquer 
preposição) 
 
 
 
35 
https://www.todamateria.com.br/verbos-intransitivos/
https://www.todamateria.com.br/verbos-transitivos/
https://www.todamateria.com.br/predicado/
 
 
2.2.3 - COMPLEMENTO NOMINAL VS. OBJETO INDIRETO ( a 
técnica do estudo da preposição) 
 
1. Ele pensa verdadeiramente na vitória. 
 
1º PASSO: a técnica só é válida quando O TERMO DESTACADO ESTÁ 
POSPOSTO AO VERBO! 
 
2º PASSO: quebramos a estrutura do termo destacado: 
na vitória = em + a vitória. 
 
3º PASSO: descobrimos a origem da preposição (se for do verbo, temos 
OBJETO INDIRETO; se for do nome, temos COMPLEMENTO NOMINAL). 
 
Como, na questão, QUEM PENSA PENSA EM ALGUMA COISA, temos OBJETO 
INDIRETO. 
 
Agora, veja: 
 
2. Ele é fiel ao clube. 
Ao clube = a + o clube (A é preposição / O é artigo) 
 
Analisando o verbo da questão, descobrimos que trata-se de VERBO DE 
LIGAÇÃO. Logo, a preposição tem origem no NOME FIEL. 
 
ao clube = COMPLEMENTO NOMINAL. 
 
2.3 – A FUNÇÃO SINTÁTICA DOS PRONOMES 
 
A) CASO RETO 
EU –TU – ELE – NÓS – VÓS – ELES 
FUNÇÃO NA ORAÇÃO: SUJEITO 
 
B) OBLÍQUO ÁTONO 
ME – TE – LHE – SE – O/OS – A/AS – NOS – VOS – LHES 
FUNÇÃO NA ORAÇÃO: COMPLEMENTO VERBAL (objeto direto ou indireto). 
Desejo-te boa sorte... 
Faça-me o favor... 
 
DICAS#CASCAS! 
 
A) O – A – OS – AS SÓ FUNICIONAM COMO OBJETO DIRETO! 
Ontem, eu a vi. 
 
B) Em verbos terminados em -R, -S ou -Z, elimina-se a terminação e os 
pronomes o(s), a(s) se tornam lo(s), la(s).Em verbos terminados em -AM, - 
EM, -ÃO e –ÕE os pronomes se tornam no(s), na(s); 
 
C) FUNÇÕES DO PRONOME LHE: 
 
 
 
 
36 
(preposição DE) 
C.1) COMPLEMENTO VERBAL: objeto indireto 
Disse-lhe a verdade! 
 
C.2) COMPLEMENTO NOMINAL (SEMPRE COM VERBO DE LIGAÇÃO!) 
Ele não lhe foi fiel. 
 
C.3) ADJUNTO ADNOMINAL (SENTIDO POSSE / SEMPRE COM VERBO 
TRANSITIVO DIRETO / PODE SER SUBSTITUÍDO POR SEU, SUA, DELE, 
DELA) 
Beijo-lhe a mão. (Beijo a sua mão. / Beijo a mão dele.) 
 
D) OBLÍQUO TÔNICO (A PREPOSIÇÃO É OBRIGATÓRIA) 
A MIM – A TI – A SI – A ELE/A ELES – A ELA/A ELAS – A NÓS – A VÓS 
FUNÇÃO NA ORAÇÃO: COMPLEMENTO VERBAL (objeto indireto; objeto direto 
preposicionado) 
Disse a verdade a mim. (objeto indireto) 
Ninguém entende a nós.” (objeto direto preposicionado) 
 
2.4 - PRONOME RELATIVO – A FUNÇÃO SINTÁTICA REFERENCIAL QUE 
/ O QUAL / A QUAL / ONDE = EM QUE / QUANDO = EM QUE / CUJO / QUEM 
OBSERVE: 
O CARRO QUE COMPREI É BONITO. 
 
1 – O CARRO É BONITO; 
2 – EU COMPREI O CARRO. (objeto direto da oração subordinada adjetiva) 
QUE = CARRO / CARRO TEM FUNÇÃO DE OBJETO DIRETO / QUE = OBJETO DIRETO 
DICA#CASCA: OS PRONOMES RELATIVOS INTRODUZEM AS ORAÇÕES 
SUBORDINADAS ADJETIVAS. LOGO, POSSUEM FUNÇÃO DE ADJUNTO 
ADNOMINAL! 
O ALUNO QUE ESTUDA PASSA! 
O PRONOME RELATIVO FUNCIONA COMO ADJUNTO ADNOMINAL DE ALUNO E 
SUJEITO DA ORAÇÃO QUE ESTUDA. 
 
CUIDADO! USO DO PRONOME RELATIVO (DECORE!) 
1- Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim 
determinar. 
Este é o pintor a cuja obra me refiro. 
Este é o pintor de cuja obra gosto. 
2 - O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas: 
Não conheço o político de quem você falou. 
 
3 - O relativo quem pode aparecer sem antecedente claro, sendo classificado 
como pronome relativo indefinido. 
Quem faltou foi advertido. 
4 - Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de 
preposição. 
 
 
 
37 
Marcelo era o homem a quem ela amava. 
5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo 
universal, pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas, no 
singular ou no plural. 
Não conheço o rapaz que saiu. Gostei 
muito do vestido que comprei. 
Eis os ingredientes de que necessitamos. 
6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o, a, os, 
as. 
Falo o que sinto. (o pronome o equivale a aquilo) 
7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome 
relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual 
(e flexões). 
Aquele é o livro com que trabalho. 
Aquela é a senhora para a qual trabalho. 
8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivalente a do 
qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída. 
Apresentaram provas em cuja veracidade eu creio. 
9. O pronome relativo QUANTO, QUANTOS e QUANTAS são pronomes relativos 
quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas. 
Comprou tudo quanto viu. 
10. O relativo ONDE deve ser usado para indicar lugar e tem sentido 
aproximado de em que, no qual. 
Este é o país onde habito. 
a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode ser 
usado sem antecedente. 
Sempre morei no país onde nasci. 
b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale a 
para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde. 
Voltei àquele lugar aonde minha mãe me levava quando criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIÇÃO 3 
#ASPECTO SINTÁTICO 
 
TERMOS ESSENCIAIS: (o estudo do sujeito) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
3.1- O ESTUDO DO SUJEITO 
 
A) O SUJEITO SIMPLES / SUJEITO COMPOSTO (A BANCA COBRA EM 
CONCORDÂNCIA VERBAL!) 
 
B) SUJEITO DESINENCIAL / ELÍPTICO / OCULTO DETERMINADO 
Ganhamos a loteria. 
Paulo, SAIA! 
 
C) SUJEITO INDETERMINADO (A BANCA COBRA AS FUNÇÕES DA PALAVRA 
SE!) 
 
1º CASO: VERBO NA 3ª PESSOA DO PLURAL 
 
Ex: Roubaram meu carro. 
 
2° CASO: O VERBO + ” SE” QUESTÃO DE PROVA! 
DECORE AS FÓRMULAS MÁGICAS! 
 
2.1) V.T.I + SE + PREPOSIÇÃO = SUJEITO INDETERMINADO 
 
Ex: Precisa-se de funcionários. 
SE = Índice de indeterminação do sujeito. 
DE FUNCIONÁRIOS = objeto indireto 
VERBO NA 3ª PESSOA SINGULAR! 
 
2.2) V.I + SE = SUJEITO INDETERMINADO 
 
Ex: Vive-se bem em apartamentos. 
SE = Índice de indeterminação do sujeito. 
VERBO NA 3ª PESSOA SINGULAR! 
 
2.3) VERBO DE LIGAÇÃO + SE 
Ex: Fica-se nervoso na casa da sogra. 
 
SE = Índice de indeterminação do sujeito. 
VERBO NA 3ª PESSOA SINGULAR! 
 
2.4) V.T.D + SE = SUJEITO DETERMINADO 
Ex: Alugam-se apartamentos. / Aluga-se apartamento. 
 
SE = Partícula Apassivadora 
Apartamentos / apartamento = Sujeito simples 
O verbo DEVE CONCORDAR com o sujeito! 
 
D) ORAÇÃO SEM SUJEITO (os verbos IMPESSOAIS) 
é formada apenas pelo predicado e articula-sea partir de um verbo impessoal. 
Observe a estrutura destas orações: 
 
 
 
 
40 
Havia formigas na casa. 
Nevou muito este ano em Nova Iorque. 
 
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a 
enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo 
verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo 
verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa 
ocorrem com: 
 
D.1) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: (Nevar, chover, ventar, 
gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer) 
 
Veja: 
Choveu muito no inverno passado. 
Amanheceu antes do horário previsto. 
 
DICA#CASCA! quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter 
sujeito determinado. 
 
Veja: 
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito) 
Já amanheci cansado. (eu=sujeito) 
 
D.2) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia 
de tempo ou fenômenos meteorológicos: 
 
D.2.1) Ser: 
 
É noite. (Período do dia) 
Eram duas horas da manhã. (Hora) 
 
DICA#CASCA! ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão 
numérica que o acompanha. (É uma hora/ São nove horas) 
 
Hoje é (ou são) 15 de março. (Data) 
 
3.2 – CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
1.1 - CASOS QUE ACEITAM O SINGULAR E O PLURAL (questão de 
prova!) 
 
A) EXPRESSÕES PARTITIVAS: A MAIOR PARTE, BOA PARTE, GRANDE PARTE, A 
MAIORIA, A MINORIA, PARTE DE, METADE DE, UMA PORÇÃO DE, O GROSSO DE, O 
RESTO DE etc. 
Ex: 
Boa parte das pessoas ACREDITOU/ACREDITARAM no que ele disse. 
A maioria os alunos OBTEVE/OBTIVERAM boas noitas. 
Metade dos professores PARTICIPOU/PARTICIPARAM do congresso. 
 
DICA#CASCA! O mesmo processo de concordância se aplica quando se 
empregam COLETIVOS (bando, grupo, enxame etc.). Quando o COLETIVO é 
seguido de TERMO NO PLURAL, a concordância também é OPTATIVA: 
 
Ex: 
Um grupo de alunos EXIGIU/EXIGIRAM a presença da professora. 
 
CUIDADO! O verbo ficará no SINGULAR se essas palavras (maioria, parte, 
 
 
 
41 
metade etc.) NÃO FOREM ESPECIFICADAS. 
Ex: 
A maioria faltou. 
Boa parte abandonou o projeto. 
Um bando destruiu a sala. 
 
CUIDADO! (CAI NA PROVA!) Com expressões partitivas + ser, o verbo 
CONCORDA com o PREDICATIVO, e não com o SUJEITO: 
 
A maioria dos analistas SÃO EXPERIENTES. 
 
B) SUJEITO COMPOSTO POSPOSTO: quando o sujeito composto é posposto, ou 
seja, colocado depois do verbo, passam a existir duas possibilidades de concordância: 
VERBO NO PLURAL ou em CONCORDÂNCIA COM O NÚCLEO MAIS PRÓXIMO. 
 
Ex: 
FALTARAM ao time CORAGEM E DETERMINAÇÃO. 
FALTOU ao time CORAGEAM E DETERMINAÇÃO. 
ACABARAM O LEITE E OS OVOS. 
ACABOU O LEITE E OS OVOS. 
 
CUIDADO! Nos casos em que o SE indica IDEIA DE RECIPROCIDADE entre os 
núcleos que constituem o SUJEITO COMPOSTO, a concordância deve ser feita 
no PLURAL. 
 
Ex: 
ABRAÇARAM-SE A MÃE E A FILHA. 
OFENDERAM-SE muito O TÉCNICO E O JOGADOR. 
 
C) PALAVRAS SINÔNIMAS (A CONCORDÂNCIA COM A UNIDADE DE SENTIDO 
DOS NÚCLEOS) 
 
Ex: 
DESCASO e DESPREZO sempre MARCOU seu comportamento. 
O verbo no SINGULAR ENFATIZA a UNIDADE DE SENTIDO DOS NÚCLEOS. 
 
DESCASO e DESPREZO sempre MARCARAM seu comportamento. 
Também é possível a CONCORDÂNCIA LÓGICA, ou seja, o emprego do VERBO NO 
PLURAL. 
 
D) Verbos SER entre pronome não pessoal e substantivo (Concorda com o 
Sujeito ou Predicativo) 
 
Ex: 
Tudo ERA/ERAM delícias naquela mesa. 
Isso É/SÃO coisas que dizem por aí. 
Quem É/SÃO os integrantes da comissão? 
 
E) Verbo SER nas expressões que indicam noção de quantidade (MUITO, 
POUCO, BASTANTE / VERBO NO SINGULAR!) 
 
Ex: 
Três quilos de carne É MUITO POUCO para um churrasco. 
Cinco dias É POUCO tempo para conhecer Roma. 
Cem reais É POUCO para comprar tudo o que é preciso. 
 
F) Verbo SER nas indicações de tempo (Concorda com o número de minutos, 
de horas, ou de dias mais próximo) 
 
 
 
42 
Ex: 
É uma hora da tarde. 
São quatro horas. 
É meio-dia e vinte. 
Hoje é/são vinte e dois de dezembro. 
 
G) A expressão É QUE (VERBO NO SINGULAR) 
 
Ex: 
É para essas pessoas QUE o novo governo deve trabalhar. 
É nessas horas QUE se vê quem de fato é amigo. 
Os elefantes fazem tudo, mas os macacos É QUE levam a fama. 
 
H) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade 
aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e 
substantivo, o verbo concorda com o substantivo. 
 
Ex: 
Cerca de mil pessoas participaram da manifestação. 
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade. 
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas. 
 
CUIDADO! quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que 
exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório: 
Ex: 
Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem. (Ofenderam 
um ao outro) 
 
I) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve 
ser feita levando-se em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, 
o verbo deve ficar no singular. Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar 
no plural. 
 
Exs: 
Os Estados Unidos possuem grandes universidades. 
Alagoas impressiona pela beleza das praias. 
As Minas Gerais são inesquecíveis. 
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. 
Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha. 
 
J) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, 
quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou 
"de vós", o verbo pode concordar com o primeiro pronome (na terceira 
pessoa do plural) ou com o pronome pessoal. 
 
E Quais de nós são / somos capazes? 
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? 
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras. 
 
CUIDADO! 
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo 
ficará no singular. 
 
Ex: 
Qual de nós é capaz? 
Algum de vós fez isso. 
 
 
 
 
43 
L) PORCENTAGEM (Quando o sujeito é formado por uma expressão que 
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o 
substantivo). 
Exs: 
25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação. 
85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito. 
1% do eleitorado aceita a mudança. 
1% dos alunos faltaram à prova. 
 
CUIDADO! Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de 
substantivo, o verbo deve concordar com o número. 
Exs: 
25% querem a mudança. 
1% conhece o assunto. 
 
M) O PRONOME RELATIVO QUE 
Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concordância em número e 
pessoa é feita com o antecedente do pronome. 
 
Exs: 
Fui eu que paguei a conta. 
Fomos nós que pintamos o muro. 
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 
Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem. 
 
N) O PRONOME RELATIVO QUEM 
Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", pode-se utilizar o verbo na 
terceira pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do 
pronome. 
Exs: 
Fui eu quem pagou a conta. / Fui eu quem paguei a conta. 
Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro. 
 
O) Com a expressão "um dos que", o verbo deve assumir a forma plural. 
 
Ex: 
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas. 
Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance. 
 
CUIDADO COM A IDEIA DE EXCLUSÃO (CAI NA PROVA!) 
Se houver exclusão, a expressão um dos que leva o verbo para o singular: 
 
Já foi um dos candidatos que venceu a última eleição presidencial (somento José 
venceu). 
 
P) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas 
como: "não só...mas ainda", "não somente"..., "não apenas...mas também", 
"tanto...quanto", o verbo concorda de preferência no plural. 
 
Ex: 
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste. 
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia. 
 
Q) VERBO PARECER 
O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias:Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo. 
 
 
 
 
44 
Alguns colegas pareciam chorar naquele momento. 
 
A variação do verbo parecer não ocorre, o infinitivo sofre flexão. 
Alguns colegas parecia chorarem naquele momento. 
 
CUIDADO! 
Com orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular. 
 
EX: 
As paredes parece que têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos.) 
 
R) O VERBO NO INFINITIVO (questão de prova!) 
 
R.1) INFINITIVO PESSOAL COM SUJEITO IGUAL AO DO VERBO DA ORAÇÃO 
ANTERIOR ( FLEXÃO FACULTATIVA) 
 
Ex: 
Os sindicalistas foram a Brasília para CONVERSAR / CONVERSAREM com o 
presidente. 
 
CUIDADO! 
 
Se a oração infinitiva vier ANTES da principal, é mais frequente o 
INFINITIVO FLEXIONADO: 
Para CONVERSAREM com o presidente, os sindicalistas foram a Brasília. 
R.2) INFINTIVO PESSOAL COM SUJEITO DIFERENTE DO SUJEITO DO VERBO 
DA ORAÇÃO ANTERIOR (FLEXÃO OBRIGATÓRIA!) 
 
Ex: 
O presidente fez o possível para os executivos estrangeiros ACEITAREM a proposta. 
 
R.3) INFINTIVO QUE É REGIDO POR PREPOSIÇÃO E FUNCIONA COMO 
COMPLEMENTO DE SUBSTANTIVO, ADJETIVO OU VERBO. (NÃO SE FLEXIONA 
O INFINITIVO!) 
 
Ex: 
Os jornalistas foram proibidos DE ENTRAR. 
Eles não têm chance DE VENCER. 
Foram incumbidos DE ABRIR a exposição. 
Todos estão obrigados A COMPARECER. 
 
R.3) RECIPROCIDADE (FLEXÃO OBRIGATÓRIA!) 
 
Ex: 
Depois de brigas e brigas marido e mulher faziam o possível para SE SUPORTAREM. 
 
R.4) DEIXAR – FAZER – MANDAR – OUVIR – SENTIR – VER + INFINITIVO 
(FLEXÃO OPTATIVA!) 
 
Exs: 
Faça os meninos DORMIR / DORMIREM cedo. 
Mande os cozinheiros PREPARAR / PREPARAREM a comida. 
 
CUIDADO! 
Se o SUBSTANTIVO for substituído por um PRONOME OBLÍQUO, O 
INFINITIVO NÃO SERÁ FLEXIONADO 
 
Ex: 
 
 
 
45 
Deixe-os ficar. 
Faça-os dormir cedo. 
Não os ouvi cantar. 
 
R.5) LOCUÇÃO VERBAL 
 
Só se flexiona o PRIMEIRO VERBO, chamado de auxiliar. O INFININITVO não 
deve ser flexionado. 
Ex: 
Eles DEVEM chegar logo. 
QUEIRAM comparecer ao estacionamento. 
 
3.3 – CONCORDÂNCIA NOMINAL 
Conceito: é a adequação dos termos da oração feita para que estes harmonizem e 
concordem em número e gênero com o substantivo. 
Regra geral: em uma oração com dois ou mais substantivos, o adjetivo pode concordar 
com todos estes termos (concordância lógica) ou com o mais próximo dele 
(concordância atrativa). 
Ex: 
Menino e menina gordos. (lógica, pois “gordos” abrange “menino” e “menina”) Menino 
e menina gorda. (atrativa, pois “gorda” se refere somente a “menina”) 
CUIDADO! Na soma, o termo masculino SEMPRE prevalecerá. Para que haja a 
forma FEMININA e PLURAL, na adição dos núcleos, é necessário que TODOS os 
elementos, SEM EXCEÇÃO, sejam femininos. 
Ex: 
A mãe e filha bonitas chegaram cedo. 
Chegou atrasada a mãe e o pai. (atrativa, pois “atrasada” se refere somente a “mãe”) 
Chegaram atrasados a mãe e o pai. (lógica, pois “atrasados” se refere a “mãe” e “pai”) 
 
A) Obrigado, anexo (incluso / apenso), quite, próprio, possível, tal qual, 
nenhum: são variáveis. 
 
Ex: Muito obrigada, disse e mulher. Os documentos seguem anexos. 
A lista de preços inclusa foi aprovada pela diretoria. A petição segue apensa ao 
processo. 
Posso dizer que agora estamos quites. Ela mesma trocou a lâmpada queimada. 
O autor escreveu três possíveis finais para a história. As mães eram tais quais as filhas. 
Nenhuns carros passaram por aqui. 
Não vi nenhuma motocicleta também. 
 
ATENÇÃO: “anexo” é variável, porém as expressões “em anexo”, “em incluso” 
e “em apenso” são invariáveis. 
Os documentos estão em anexo. 
A lista de preços em incluso foi aprovada pela diretoria. 
A petição segue em apenso ao processo. 
 
Menos é invariável: 
 
Ela comprou menos roupas dessa vez. Também quis parcelar em menos vezes. 
Bastante, meio: quando modificam o substantivo, são variáveis; quando são 
advérbios, invariáveis. 
Havia bastantes pessoas dentro daquele ônibus. (modifica o substantivo 
“pessoas” - variável) 
Choveu bastante ontem de manhã. (função de advérbio - invariável) 
Hoje eu estou meio desanimado. (função de advérbio - invariável) 
Ela comeu meia melancia! (modifica o substantivo “melancia” - variável) 
 
 
 
46 
Haja(m) vista – o termo serve para exemplificação. Caso o exemplificado 
esteja no singular, verbo SOMENTE poderá ficar no SINGULAR; caso o 
elemento exemplificado esteja no PLURAL, o verbo PODERÁ VIR no 
SINGULAR ou como no PLURAL. 
 
Os últimos fatos foram alegres, HAJA VISTA O NASCIMENTO DE JOÃO. 
A literatura brasileira é muito rica, HAJA(M) VISTA OS MARAVILHOSOS LIVROS DE 
MACHADO DE ASSIS. 
 
CUIDADO! A expressão fica invariável (seguida de preposição). 
Haja vista aos fatos explicados por esta teoria. 
 
MESMO – Quando significar “PRÓPRIO” é variável. Porém quando significar 
ATÉ MESMO é invariável. 
 
Ela mesma (PRÓPRIA) fez o almoço. Mesmo (ATÉ MESMO) ela fez o almoço. 
 
POSSÍVEL 
Com as estruturas com O MAIS – O MENOS – O MELHOR – O PIOR – 
QUANTO, o adjetivo POSSÍVEL estará no SINGULAR; 
 
Fiz todos os esforços QUANTO POSSÍVEL. / São alunos O MAIS estudiosos POSSÍVEL. 
 
Já nas estruturas com OS MAIS – OS MENOS – OS MELHORES – OS PIORES, o 
adjetivo POSSÍVEL virá no PLURAL. 
São alunos OS MAIS POSSÍVEIS ESTUDIOSOS. 
 
DECORE! 
 
1 – Fica no SINGULAR o ADJETIVO que modifica dois ou mais SUBSTANTIVOS 
que se referem à mesma pessoa ou coisa: 
 
Ele sempre foi pai e marido EXEMPLAR. 
Tom Jobim foi compositor, músico e arrnajador GENIAL. 
 
2 - Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode 
variar. Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos: 
 
a) Adjetivo anteposto aos substantivos: 
O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. 
 
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. 
Encontramos caída a roupa e os prendedores. 
Encontramos caído o prendedor e a roupa. 
 
CUIDADO! Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o 
adjetivo deve sempre concordar no plural. 
 
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. 
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. 
 
3 - Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: 
 
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for 
acompanhado de nenhum modificador. 
 
Água é bom para saúde. 
 
 
 
47 
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um 
artigo ou qualquer outro determinativo. 
 
Esta água é boa para saúde. 
 
4 - O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a que 
se refere. 
 
Juliana as viu ontem muito felizes. 
 
5 - Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no 
singular, podem ser usadas as construções: 
 
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último adjetivo. 
 
Admiro a cultura espanhola e a portuguesa. 
 
b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo. 
 
Admiro as culturas espanhola e portuguesa. 
 
6 – É PROIBIDO / É NECESSÁRIO 
Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis 
se o substantivo a que se referem possuir sentido genérico (não vier 
precedido de artigo). 
 
É proibido entrada de crianças. 
Em certos momentos, é necessário atenção. 
No verão, melancia é bom. 
 
Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos, 
pronomes ou adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele. 
 
É proibida a entrada de crianças. 
Esta salada é ótima. 
A educação é necessária. 
São precisas várias medidas na educação. 
 
CUIDADO! 
O certo é dizer “duzentas milhões de pessoas” ou “duzentos milhões de 
pessoas”? 
 
Esse é um caso que engana muita gente – então, atenção: milhões é sempre 
masculino. Independentemente de o complemento ser feminino (“milhões de 
crianças”, “milhões de pessoas”), o numeral sempre fica no masculino: “dois 
milhões de mulheres”, “trezentos milhões de pessoas”. Assim, deve sempre dizer- 
se:dois milhões de crianças (e nunca *duas milhões); 
 
“trezentos milhões de visualizações” (e jamais *trezentas milhões); 
 
“…de duzentos e oitenta a seiscentos milhões de pessoas…”, e não *duzentAs e 
oitenta a seiscentAs milhões“; 
 
“…quinhentos milhões de novas tomadas”, e não *quinhentas milhões de novas 
tomadas, etc. 
 
 
 
48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIÇÃO 4 
#ASPECTO SINTÁTICO 
 
✓ REGÊNCIA; 
✓ CRASE; 
✓ COLOCAÇÃO PRONOMINAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
4.1 - VERBOS INTRANSITIVOS 
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no 
entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que 
costumam acompanhá-los. 
 
CHEGAR - IR 
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua 
culta, as preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para. 
 
Exemplos: 
Fui ao teatro. 
Adjunto Adverbial de Lugar 
 
Ricardo foi para a Espanha. 
Adjunto Adverbial de Lugar 
 
Eles chegaram de Santos. 
Amanhã deves chegar cedo ao curso. 
 
CUIDADO! 
 
Quando cheguei a casa. (correto) 
Quando cheguei EM casa. (errado) 
Amanhã vou A ou PARA casa. (certo) 
Amanhã vou EM casa. (errado) 
 
DICA#CASCA! "IR PARA algum lugar" enfatiza a direção, a partida." IR A 
algum lugar" sugere também o retorno.Importante: reserva-se o uso de 
"em" para indicação de tempo ou meio. Veja: 
 
Cheguei a Roma em outubro. 
Adjunto Adverbial de Tempo 
 
Chegamos no trem das dez. 
Adjunto Adverbial de Meio 
 
COMPARECER 
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. 
 
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo. 
 
4.2 - VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS 
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. 
Isso significa que esses verbos exigem uma preposição para o 
estabelecimento da relação de regência. Os pronomes pessoais do caso 
oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são lhe, 
lhes (ambos para substituir pessoas). Não se utilizam os pronomes o, os, a, 
as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos 
indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos 
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. São 
verbos transitivos indiretos, dentre outros: 
 
Consistir 
Tem complemento introduzido pela preposição "em". 
 
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos. 
 
 
 
 
50 
Obedecer e Desobedecer 
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a". 
 
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. 
Eles desobedeceram às leis do trânsito. 
 
Responder 
Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto 
indireto para indicar "a quem" ou"ao que" se responde. 
 
Respondi ao meu patrão. 
Respondemos às perguntas. 
Respondeu-lhe à altura. 
 
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo 
a que se responde, admite voz passiva analítica. Veja: 
 
O questionário foi respondido corretamente. 
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. 
 
Simpatizar e Antipatizar 
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com". 
 
Antipatizo com aquela apresentadora. 
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria 
privilegiada. 
 
4.3 VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS OU INDIRETOS (QUESTÃO 
DE PROVA / REECRITURA DE SENTENÇA!) 
 
Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra 
indireta, sem que isso implique modificações de sentido. Dentre os principais, 
temos: 
 
Abdicar 
Abdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo. 
Acreditar 
Não acreditava a própria força. / Não acreditava na própria força. 
Almejar 
Almejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações. 
Ansiar 
Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas. 
Anteceder 
Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma 
série de fatos estranhos. 
Atender 
Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos. 
Atentar 
Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta forma 
de digitar. 
Cogitar 
Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos em uma nova estratégia. 
Consentir 
Os deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas. / Os deputados 
consentiram na adoção de novas medidas econômicas. 
Deparar 
 
 
 
51 
Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem 
em nossa trilha. 
Gozar 
Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde. 
Necessitar 
Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos de 
algumas horas para preparar a apresentação. 
Preceder 
Intensas manifestações precederam a mudança de regime./ Intensas manifestações 
precederam à mudança de regime. 
Presidir 
Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro. 
Renunciar 
Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta. 
Satisfazer 
Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe. 
Versar 
Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos 
modernistas. 
 
4.4 - VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS 
 
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto 
e um indireto. Merecem destaque, nesse grupo: 
 
Agradecer, Perdoar e Pagar 
São verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto 
indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos: 
 
Agradeço aos ouvintesa a audiência. 
Objeto Indireto Objeto Direto 
 
Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador. 
Objeto Direto Objeto Indireto 
Paguei o débito ao cobrador. 
Objeto Direto Objeto Indireto 
 
O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado. 
Observe: 
 
Agradeci o presente. / Agradeci-o. 
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. 
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. 
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. 
Paguei minhas contas. / Paguei-as. 
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. 
 
CUIDADO! 
Com os verbos AGRADECER – PERDOAR - PAGAR a pessoa deve sempre 
aparecer como OBJETO INDIRETO, mesmo que na frase não haja objeto direto. 
 
Veja os exemplos: 
A empresa não paga aos funcionários desde setembro. 
Já perdoei aos que me acusaram. 
Agradeço aos eleitores que confiaram em mim. 
 
Informar 
 
 
 
52 
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a 
pessoas, ou vice-versa. 
 
Informe os novos preços aos clientes. 
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços) 
 
Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções: 
Informei-os aos clientes. 
Informei-lhes os novos preços. 
Informe-os dos novos preços. 
Informe-os deles. (ou sobre eles) 
Obs.: a mesma regência do verbo INFORMAR é usada para os seguintes: 
AVISO, CERTIFICAR, NOTIFICAR, CIENTIFICAR, PREVENIR. 
 
Comparar 
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições "a" ou 
"com" para introduzir o complemento indireto. 
 
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança. 
 
Pedir 
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração 
subordinada substantiva) e indireto de pessoa. 
 
Pedi-lhe favores. 
Objeto Indireto objeto Direto 
Pedi-lhe que mantivesse em silêncio. 
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta 
 
A construção "PEDIR PARA", muito comum na linguagem cotidiana, deve ter 
emprego muito limitado na língua culta. No entanto, é considerada correta 
quando a palavra licença estiver subentendida. 
 
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. 
 
Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma oração 
subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os 
catálogos em casa). 
A construção "dizer para", também muito usada popularmente, é igualmente 
considerada

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