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Histórico das DCNT TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA Transição demográfica é um conceito que descreve a dinâmica do crescimento populacional, decorrente dos avanços da medicina, urbanização, desenvolvimento de novas tecnologias, taxas de natalidade e outros fatores. TRANSIÇÃO NUTRICIONAL “Entende-se por transição nutricional um processo no tempo que corresponde às mudanças de padrões nutricionais de populações, essencialmente determinadas por alterações na estrutura da dieta e na composição corporal dos indivíduos, resultando em importantes modificações no perfil de saúde e nutrição” TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA Entende-se por transição epidemiológica as mudanças ocorridas no tempo nos padrões de morte, morbidade e invalidez que caracterizam uma população específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas, sociais e econômicas (Omram, 2001; Santos-Preciado et al., 2003). AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA Em 2018, a expectativa de vida era de 76,3 anos. Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DCNT e Agravos Devido a transição epidemiológica percebe-se que ao longo dos anos, as mortes por doenças crônicas não transmissíveis tem aumentado. Veja o gráfico a seguir. DCNT As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem o maior problema global de saúde e estão relacionadas com número elevado de mortes prematuras e perda da qualidade de vida com alto grau de limitação e incapacidade, além de impactos econômicos para famílias, as comunidades e a sociedade em geral. OMS inclui como doenças crônicas não transmissíveis: Doenças do Aparelho Circulatório (cerebrovasculares e cardiovasculares) Agravos Oncológicos Doenças Respiratórias Crônicas Diabetes mellitus Lembrando que, tais doenças apresentam fatores de risco em comum!! Outras DCNT: Desordens mentais e neurológicas Doenças ósseas e articulares Osteoporose Desordens genéticas Doenças bucais Doenças autoimunes Patologias oculares e auditivas Lembrando que, estas últimas não partilham dos mesmos fatores de risco!! CARACTERÍSTICAS DAS DCNTS Etiologia múltipla Muitos fatores de risco Longo período de latência Origem não infecciosa História natural prolongada Longo curso assintomático Associação com incapacidades funcionais e deficiência São muito influenciadas pelas condições de vida e escolhas individuais; Necessitam de abordagem sistemática para o tratamento, exigindo novas estratégias dos serviços de saúde; Aumento de mortes prematuras; Impacto econômico. Por isso, é imprescindível analisarmos os determinantes sociais de saúde, a seguir: FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS Tabagismo Consumo de bebida alcóolica Inatividade física Alimentação inadequada DCNT E DESIGUALDADES SOCIAIS DCNT atinge fortemente camadas pobres da população e grupos mais vulneráveis, como a população de baixa escolaridade e renda; Como determinantes sociais das DCNT, são apontadas as desigualdades sociais, as diferenças no acesso aos bens e aos serviços, a baixa escolaridade, as desigualdades no acesso à informação, além dos fatores de risco modificáveis. PANORAMA MUNDIAL 2008: 36 milhões de mortes ocorridas no mundo; 80% das mortes ocorrem em países de baixa ou média renda, sendo 29% pessoas menores de 60 anos, sendo 13% em países desenvolvidos; 2011: Reunião de Alto Nível na ONU para discutir doenças crônicas não transmissíveis. PANORAMA BRASILEIRO DCNT correspondem a 72% das causas de mortes sendo: 31% de doenças do aparelho circulatório 16,3% neoplasias 5,2% diabetes 5,8% doenças respiratórias crônicas Tem-se como grupos vulneráveis os idosos, os de baixa renda e baixa escolaridade. Plano de Ações para o Enfrentamento das DCNT no Brasil O objetivo do Plano de Enfrentamento de DCNT é o de promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde voltados às doenças crônicas. Diretrizes e ações em: 1. Vigilância, informação, avaliação e monitoramento; 2. Promoção da saúde; 3. Cuidado integral. POLÍTICAS DE ENFRENTAMENTO DE DCNT Organização da Vigilância de DCNT PNPS Programa Academia da Saúde Adesão à Convenção-Quadro para Controle do Tabaco Guia Alimentar para a População Brasileira – Aleitamento Materno Expansão e Fortalecimento da Atenção Básica – 60% Programa Farmácia Popular ALGUMAS METAS NACIONAIS PROPOSTAS: Reduzir a taxa de mortalidade prematura Reduzir a prevalência de obesidade em crianças Reduzir a prevalência de tabagismo Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos Aumentar a cobertura de exame preventivo de câncer de colo uterino em mulheres de 25 a 64 anos. ESTUDOS E INQUÉRTOS POPULACIONAIS VIGITEL ELSA –BRASIL ESTUDO SABE PNAD (IBGE) Pesquisas Escolares VIGITEL Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico VIGITEL é realizado desde 2006, com publicação anual. Realizado nos 26 estados mais o DF Monitorar por inquérito telefônico a frequência e a distribuição dos principais determinantes das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) Descrever a evolução anual dos indicadores, monitorar e apoiar as políticas públicas de saúde. DCNT e Agravos de Causas Externas Em 2011 à 2016 registraram 62.804 mortes por suicídio e 48.204 tentativas de suicídio, sendo a maioria, ou seja, 62% por enforcamento. A média nacional é 5,5 por cada 100 mil habitantes. Idosos (Acima de 70 anos) foram registradas média de 8,9 mortes por 100 mil habitantes Alto índice entre jovens, principalmente homens e indígenas A taxa de mortalidade entre os índios é quase 3x maior (15,2%) do que o registrado entre os brancos (5,9%) e negros (4,7%) Os homens concretizaram o ato mais do que as mulheres, correspondendo a 79% do total de óbitos registrados Os solteiros, viúvos e divorciados, foram os que mais morreram por suicídio (60,4%).
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