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ponto de equilibrio contabil

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i
CARLA PEIXER
Trabalho de Conclusão de Estágio
CUSTOS AUXILIANDO A TOMADA DE
DECISÃO
Projeto desenvolvido para o Estágio
Supervisionado do Curso de
Administração da Universidade do Vale
do Itajaí- UNIVALI – CES III –
TIJUCAS
TIJUCAS – SC, 2007
ii
A mente que se abre a uma nova idéia
jamais voltará ao seu tamanho original.
Albert Einstein
iii
Agradeço primeiramente a Deus pela vida.
Ao meu esposo pela paciência e apoio nessa caminhada.
A minha mãe pela dedicação.
Ao meu sogro e minha sogra pelo incentivo.
Às minhas cunhadas que serviram de inspiração por se
tornarem pessoas bem sucedidas devido à dedicação ao
trabalho e aos estudos.
Aos meus colegas acadêmicos pelas experiências trocadas
nessa longa jornada.
A empresa por incentivar e contribuir na minha formação
acadêmica e aos colegas de trabalho que contribuíram na
execução deste trabalho, em especial a Joe Afonso Piazza e
Carla Mirelli de Souza.
A todos os professores pelo esforço em ensinar e em especial
ao professor Frederico Sakamoto pelo apoio e incentivo na
realização deste trabalho.
iv
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
a) Razão social
Indústria e Comércio de Calçados Tânia Ltda
b) Endereço
Rua José Marcelino Franco, 313
São João Batista – SC
c) Setor de desenvolvimento do estágio
Custos
d) Duração do estágio
300 horas
e) Nome e cargo do supervisor de campo
Joe Afonso Piazza – Assessoria
f) Carimbo e visto da empresa
v
EQUIPE TÉCNICA
a) Nome da Estagiária
Carla Peixer
b) Área de Estágio
Custos
c) Coordenadora de Estágios
Profª Jaqueline de Fátima Cardoso
d) Supervisor de campo
Joe Piazza
e) Orientador de Estágio
Profº Frederico Sakamoto
f) Supervisor de Metodologia
Profº Luciano Dalla Giacomassa
vi
AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA
TIJUCAS, 18 de Junho de 2007.
A Empresa INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS
TÂNIA LTDA, pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do
Vale do Itajaí - UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de
Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pela
acadêmica CARLA PEIXER.
__________________________________
Cláudio César Booz
vii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 1 – Demonstrativo do custo fixo e variável.................................. 08
Figura 1 – Gráfico demostrativo do ponto de equilibrio……………….... 16
Figura 2 – Produto 307C.2006 Raphaella Booz........................................ 25
Gráfico 2 – Margen de contribuição unitária mensal................................. 36
Gráfico 3 – Ponto de equilibrio contábil mensal….................................... 37
Gráfico 4 – Ponto de equilibrio econômico mensal................................... 39
Gráfico 5 – Ponto de equilibrio financiero mensal……………................ 41
Gráfico 6 – Comparativo da produção efetiva com os pontos de
equilibrio contábil, econômico, financiero mensal…................................ 41
viii
LISTA DE TABELAS
Quadro 1 – Demostrativo da margen de contribuição............................... 15
Quadro 2 – Número de funcionários da empresa por setor….................... 22
Tabela 1 – Ficha técnica de um produto da empresa……......................... 26
Tabela 2 – Demonstrativo de resultado do ano de 2006............................ 30
Tabela 3 – Divisão dos custos e despesas em fixo e variável……............ 31
Tabela 4 – Demonstrativo de resultado do ano 2006 proposto pela
acadêmica……………………………………………………................... 32
Tabela 5 – Demonstrativo de resultado para cálculo da margen de
contribuição total…………………………………………………............ 33
Tabela 6 – Margen de contribuição unitária por mês…….….................... 35
Tabela 7 – Ponto de equilibrio contábil mensal…….……........................ 37
Tabela 8 – Ponto de equilibrio econômico censal…….............................. 39
Tabela 9 – Ponto de equilibrio financiero mensal…………..……............ 40
ix
RESUMO
Devido à competitividade existente, as empresas devem buscar diferencial
competitivo. O sistema de custos pode atuar como ferramenta fundamental de
decisão e controle e determinação de lucro através da análise custo, volume e
lucro. Através dessa análise é possível levantar informações como: margem de
contribuição e ponto de equilíbrio. Por isso o objetivo geral deste trabalho
consiste no desenvolvimento de uma análise custo, volume e lucro na Indústria e
Comércio de Calçados Tânia Ltda. Para o levantamento dos dados para a
execução do trabalho foram utilizados dados secundários obtidos do banco de
dados da empresa e outros através de entrevistas informais com os participantes
do trabalho. Após a coleta dos dados foi utilizada a abordagem qualitativa para
suas análises. Os resultados obtidos foram de grande valia, pois permitiu a
acadêmica separar os custos e despesas da empresa em fixos e variáveis,
encontrando assim a margem de contribuição que possibilitou calcular o ponto
de equilíbrio contábil, econômico e financeiro e comparar com os resultados
obtidos no ano de 2006. Nas observações da acadêmica constata-se que a
empresa deve se ater ao seu mix de produto para aumentar a margem de
contribuição e alcançar o ponto de equilíbrio, principalmente nos meses de
Janeiro e Julho, pois são os meses em que a empresa não conseguiu atingir seu
ponto de equilíbrio contábil. Conclui-se que os resultados registrados nesse
trabalho permitem uma visão ampla do sistema de custos da organização
evidenciando assim onde a empresa deve atuar proativamente para manter-se
ainda mais competitiva no mercado que atua.
PALAVRAS-CHAVE: determinação do lucro, decisão e controle.
x
SUMÁRIO
EPÍGRAFE ...............................................................................................................ii
AGRADECIMENTOS............................................................................................iii
EQUIPE TÉCNICA................................................................................................iv
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA..................................................v
AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA.........................................................................vi
LISTA DE ILUSTRAÇÕES..................................................................................vii
LISTA DE TABELAS...........................................................................................viii
RESUMO .................................................................................................................ix
SUMÁRIO.................................................................................................................x
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................1
1.1 Objetivo geral e objetivos específicos ...............................................................1
1.2 Justificativa.........................................................................................................2
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................4
2.1 Origem do sistema de custo...............................................................................4
2.2 Importância de um sistema de custos...............................................................5
2.3 Conceitos básicos de custos ...............................................................................6
2.3.1 Custos ...............................................................................................................6
2.3.1.1 Custos quanto à Variabilidade............................................................................................. 7
2.3.1.2 Custos quanto à Facilidade de Alocação ............................................................................. 8
2.3.2 Despesas............................................................................................................9
2.3.3 Perdas .............................................................................................................10
2.3.4 Desperdícios...................................................................................................102.3.5 Custo de produção.........................................................................................10
2.3.6 Custo de produto acabado............................................................................11
2.3.7 Custo dos produtos vendidos .......................................................................11
xi
2.4 Métodos de custeio.............................................................................................12
2.4.1 Método de custeio por absorção......................................................................12
2.4.2 Método de custeio direto ou variável..............................................................13
2.4.3 Método ABC ...................................................................................................13
2.5 Custo auxiliando a tomada de decisão ...........................................................13
2.5.1 Análise Custo, Volume e Lucro......................................................................14
2.5.2 Margem de Contribuição.................................................................................14
2.5.3 Ponto de Equilíbrio..........................................................................................15
2.5.3.1 Ponto de Equilíbrio Contábil .................................................................................16
2.5.3.2 Ponto de Equilíbrio Econômico .............................................................................17
2.5.3.3 Ponto de Equilíbrio Financeiro ..............................................................................17
3 MÉTODO.............................................................................................................18
3.1 Caracterização do Estágio ..............................................................................18
3.2 População e coleta de dados ............................................................................18
3.3 Tratamento e coleta de dados..........................................................................18
4 EMPRESA ...........................................................................................................20
4.1 Histórico ............................................................................................................20
4.2 Estrutura Organizacional................................................................................21
5 PESQUISA ..........................................................................................................24
5.1 Verificação dos controles e registros utilizados.............................................24
5.1.1 Ficha Técnica ..................................................................................................24
5.1.2 Demonstrativo de Resultados - DRE ..............................................................27
5.2 Classificação quanto a variabilidade no processo produtivo.......................31
5.3 Calculo da margem de contribuição unitária e total ....................................32
5.4 Ponto de Equilíbrio Contabil, Econômico e Financeiro ...............................35
5.4.1 Ponto de Equilíbrio Contábil...........................................................................35
5.4.2 Ponto de Equilíbrio Econômico ......................................................................37
xii
5.4.2 Ponto de Equilíbrio Financeiro .......................................................................39
5.5 Proposta de melhorias......................................................................................41
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................42
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................43
ANEXOS .................................................................................................................44
ASSINATURAS DOS RESPONSÁVEIS.............................................................45
1
1 INTRODUÇÃO
O cenário de atuação das empresas torna-se a cada dia mais competitivo e exigente,
tornando assim as informações um grande diferencial competitivo. Para se adaptarem as
turbulências do mercado e para vencer a concorrência as empresas não cansam de buscar
alternativas, e a gestão de custos pode servir de ferramenta para gerar informações úteis que
possam se tornar uma vantagem competitiva através da análise de custo, volume e lucro.
Nesse contexto precisa ser considerado que as empresas precisam conhecer de forma clara e
objetiva como funciona o seu sistema de custos, para poder extrair informações que são de
grande importância para o bom desempenho da empresa.
O uso adequado das ferramentas da gestão de custos auxiliando a tomada de decisão
propicia informações que possibilitam decidir o futuro da organização e que direção ela deve
tomar, sendo que os objetivos principais do sistema de custo são: determinação do lucro,
controle e decisão. Com dados estruturados e valores bem definidos como os da margem de
contribuição e o ponto de equilíbrio as empresas podem definir que direção podem ou devem
seguir para se tornarem mais competitivas. Outras informações como que mix de produtos é
mais rentável para a empresa, como diluir o custo fixo, quantas unidades devem ser
produzidas e a que preço deve ser vendido são outros dados levantados pela análise e
gerenciamento de custos.
Portanto uma boa gestão de custos pode constituir-se em um recurso para as
empresas que querem ser cada vez mais competitivas e necessitam tomar decisões assertivas e
não ao acaso, decisões proativas e não reativas.
Diante desse contexto será analisado todo o sistema de custos da Indústria e
Comércio de Calçados Tânia Ltda, a fim de gerar informações necessárias que auxiliem na
tomada de decisão.
1.1 Objetivo geral e objetivos específicos
O objetivo geral do trabalho consiste no desenvolvimento de uma análise custo,
volume e lucro.
Para que o objetivo geral seja alcançado deverão ser abordados alguns pontos gerais
que originarão os objetivos específicos:
2
 Verificar os registros e controles utilizados;
 Classificar o custo quanto à variabilidade no processo produtivo;
 Calcular a margem de contribuição unitária e total;
 Determinar os itens que compõe o ponto de equilíbrio contábil, econômico,
financeiro;
 Propor melhorias para o setor.
1.2 Justificativa
A Indústria e Comércio de Calçados Tânia atua a 40 anos no mercado calçadista, e
durante todo esse tempo vem buscando maneiras novas de se manter competitiva num
mercado turbulento e disputado.
No intuito de melhorar seu desempenho a empresa pretende avaliar seu sistema de
custo atual, sabendo-se que em bom sistema de gestão de custo consiste em uma arma
poderosa, pois a partir dele é possível gerar informações para controle e tomada de decisão
mais assertiva.
Se a empresa não souber de forma clara quanto custa um determinado bem ou serviço,
ela não saberá se está ganhando ou perdendo dinheiro. Através do entendimento do ponto de
equilíbrio e demais teoria relacionada a ele é possível fazer análises e simulações dos diversos
resultados que podem ser apresentados por um empreendimento.
O trabalho é viável e importante, pois há facilidade de acesso da acadêmica as
informações bem como uma necessidade por informações que auxiliem no processo de
tomada de decisão.
A empresa será beneficiada com as análises que serão desenvolvidas, sendo que o
mesmo deve auxiliar a tomada de decisão da empresa, no entendimento da relação custo,
volume de produção e lucro, consequentemente dando condições mais sólidas para questões
como:
 Se aumentar o custo variável em 3% quanto a mais necessitamos vender?
 Com a queda de preço em 5% quantas unidades a mais precisam ser vendidas?
 Com o aumento de 6% das despesas fixas em função da abertura de um novo
ponto de venda, qual o incremento de receita necessário para manter minha
lucratividade?
 Qual é a margem de contribuição média?3
Questões como essas citadas anteriormente poderão ser mais facilmente
compreendidas.
4
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para um melhor entendimento referente ao assunto relacionado à gestão de custo,
neste capítulo serão apresentados alguns fundamentos sobre o assunto:
 Origem do sistema de custo;
 Importância de um sistema de custos;
 Conceitos básicos de custos;
 Métodos de custeio;
 Análise Custo, Volume e Lucro.
2.1 Origem do sistema de custo
O Custo faz parte da vida do ser humano desde o seu nascimento até a sua morte,
sendo que todos os bens necessários a sua sobrevivência têm um custo, o consumo de bens e a
utilização de serviços são necessidades inerentes à própria condição humana (DUTRA, 1995).
O parágrafo a seguir mostra a partir de quando e como nasceu a contabilidade de
custos.
A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira, quando da
necessidade de avaliar estoques na indústria, tarefa essa que era fácil na empresa
típica da era do mercantilismo. Seus princípios derivam dessa finalidade primeira e,
por isso nem sempre conseguem atender completamente a suas outras duas mais
recentes e provavelmente mais importantes tarefas: controle e decisão. Esses novos
campos deram nova vida a essa área que, por sua vez, apesar de já ter criado
técnicas e métodos específicos para tal missão, não conseguiu ainda explorar todo o
seu potencial; não conseguiu talvez sequer mostrar a seus profissionais e usuários
que possui três facetas distintas que precisam ser trabalhadas diferentemente,
apesar de não serem incompatíveis entre si (MARTINS, 2000 p.23).
As três facetas citadas por Martins são:
 Determinação do lucro
 Controle
 Decisão
5
2.2 Importância de um sistema de Custos
Com o desenvolvimento das Indústrias e do comércio cresceu a competição interna e
externa. Além de competir com produtos fabricados no Brasil as empresas também competem
com produtos externos. Por isso é importante que os gestores estejam atento as mudanças para
adotar estratégias que tornem a organização mais competitiva.
As empresas estão diante de muitos desafios e sob esse aspecto, Beuren (1988)
afirma que a globalização da economia tem estimulado a competitividade e em conseqüência
disso mudanças significativas são visualizadas nos paradigmas de gestão, no desenvolvimento
tecnológico, e na qualidade dos processos e produtos, visando sempre satisfazer o cliente.
Diante desse contexto, há uma grande valorização da informação como um recurso
econômico e diferencial competitivo para a sobrevivência da empresa.
O sistema de custos segundo Dutra (1995), é uma técnica desenvolvida para tornar
mais seguro e racional o processo de produção. É através do sistema de custos que o
proprietário sabe quanto custa produzir cada um dos bens ou serviços da sua empresa e qual a
sua margem de lucro. Pode-se afirmar que é dele que se originam informações para auxiliar
na gestão da empresa.
Segundo Leone (1997, p.14) “a contabilidade de custos, quando acumula os custos e
os organiza em informações relevantes, pretende atingir três objetivos principais: a
determinação do lucro, o controle das operações, e a tomada de decisões”.
De acordo com Hernandes (1999, p.13) “na guerra pela sobrevivência no mundo dos
negócios, é imprescindível o perfeito gerenciamento dos ganhos, em uma extremidade, e dos
custos e despesas na outra”. Já que na grande maioria das empresas de bens de consumo, é no
custo que se concentra o grande montante de recursos alocados.
“O conhecimento dos custos é vital para saber se, dado o preço, o produto é rentável;
ou, se não rentável, se é possível reduzi-los” (MARTINS, 2000, p.22).
O sistema de custos bem elaborado é fundamental para as tomadas de decisão.
Assim para iniciar a caminhada no entendimento do assunto relacionado a custo serão
abordados alguns conceitos básicos.
6
2.3 Conceitos básicos de custos
Muitas vezes são utilizadas de forma errônea algumas terminologias. Sendo assim
importante definir os termos a fim de evitar erros.
Para maior entendimento do assunto algumas terminologias serão definidas:
 Custos
 Despesas
 Perdas
 Desperdícios
 Investimento
2.3.1 Custos
Custos são os gastos se agregam a certa mercadoria, durante o seu fluxo de
produção. Podemos dizer ainda que, Custo ou Custo Total compreende o somatório de todos
os gastos existentes que compõe um produto, desde sua entrada no sistema produtivo até sua
saída.
Segundo Hernandes (1999, p.16) “custos são gastos relativos aos bens e serviços
(recursos) consumidos na produção de outros bens e serviços”.
Para Dutra (1995, p.28) “é a parcela do gasto que foi aplicada na produção, ou em
qualquer outra função de custo, gasto esse desembolso ou não. Custo é o valor aceito pelo
comprador para adquirir um bem, ou ainda, custo é a soma de todos os valores agregados ao
bem desde a sua aquisição até a sua comercialização”.
A matéria prima no momento de sua compra é um gasto que imediatamente se
tornou investimento, e assim ficou durante a sua estocagem e quando é utilizado na fabricação
de um bem surge o custo de matéria-prima (MARTINS, 2000).
Há duas classificações que auxiliarão na compreensão do comportamento dos
custos: quanto à variabilidade e quanto à facilidade de alocação.
Em função do objetivo deste trabalho, a classificação a ser mais utilizada na análise
será o custo quanto à variabilidade.
Porém neste momento será dada uma visão geral da teoria que embasará o que se
pretende dizer.
7
2.3.1.1 Custo quanto à Variabilidade
A divisão entre Custo Fixo e Custo Variável é feita levando em consideração a
relação entre custo e o volume de atividade numa unidade de tempo.
De acordo com Bornia (2002), a classificação de custos se divide em fixo e variável,
o primeiro não se altera em relação ao aumento ou redução de um volume de produção como,
por exemplo, aluguel de prédio, já o custo variável está totalmente ligado a volume de
produção como a matéria-prima.
Custo fixo para Dutra (1995, p.37) “são os custos de estrutura que ocorrem período
após período sem variações ou cujas variações não ocorrem em conseqüência de variação no
volume de atividade em períodos iguais”.
Um custo é fixo se o valor dele permanece inalterável mesmo havendo variação de
produção. Alguns exemplos são descritos a seguir:
 Salário de gerentes;
 Aluguel de prédio;
 Depreciação do prédio ou máquinas.
Segundo Dutra (1995), custos variáveis variam de acordo com o volume de
produção, quanto maior o volume de produção no período maior será o custo variável e se o
volume de produção diminuir o custo variável também diminui.
Um custo é variável quando mantém uma estreita relação com o volume de
produção.
Seguem-se abaixo alguns exemplos:
 Custo de matéria-prima
 Mão-de-obra direta
8
Custos quanto a variabilidade
0
5
10
15
20
25
30
35
1 2 3 4 5 6 7
Peças
R
e
ai
s
Custo Variável
Custo Fixo
O gráfico a seguir procura esclarecer através de exemplos o conceito citado
anteriormente.
Gráfico1: Demonstrativo do Custo Fixo e Variável
Fonte: Elaborado pela acadêmica
O custo variável como mostra o gráfico se altera de acordo com a variação do
volume de produção, para produzir uma peça o custo de produção (custo variável) é R$ 5,00
para produzir duas peças o custo de produção é R$ 10,00. Já o custo fixo permanece
inalterável independente do volume de produção ser uma, duas ou sete peças. Por isso é tão
importante as empresas utilizarem toda a sua capacidade produtiva para diluir o custo fixo.
2.3.1.2 Custo quanto à facilidade de alocação
Como afirma Bornia (2002), os custos se dividem em diretos e indiretos, de acordo
com a facilidade de identificação dos mesmos com um produto, processo, centro de trabalho
ou qualquer outro objeto.
Os custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos,
bastando haver uma medida de consumo como: quilogramas, metros de materiais consumidos,
horas de mão-de-obra direta, etc.
0 1 2 3 4 5 69
Conforme explica Hernandes (1999, p.23) “custos diretos são os custos que podem
ser quantificados e identificados no produto ou serviço e valorizados com relativa facilidade”.
Os custos diretos na grande maioria compõem-se em:
 Mão-de-obra direta;
 Materiais diretos como caixa, matéria-prima, enfeites.
Os custos indiretos são aqueles de difícil identificação no produto final, pois não
oferecem uma medida objetiva, necessitando assim de um processo de identificação arbitrário,
sendo alguns exemplos: aluguel, seguro, pessoal de manutenção entre outros.
Custo indireto para Dutra (1995, p.26) “é aquele que não pode se apropriar
diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência, atribui-se
parcela dele a cada tipo de bem ou função de custo através de um critério de rateio”.
Sendo assim seguem alguns exemplos:
 Mão-de-obra indireta;
 Depreciação de máquinas;
 Materiais indiretos utilizados no processo de fabricação.
2.3.2 Despesas
Despesa para Martins (1996, p.26) “é o bem ou serviço consumidos direta ou
indiretamente para a obtenção de receitas”. As despesas também podem ser classificadas
como o custo: fixo e variável, direto e indireto.
De acordo com Hernandes (1999), despesas fixas independentemente do volume de
vendas ou de prestações de serviço às despesas permanecem constantes, uma alteração para
mais ou para menos no volume de receitas não altera o valor total da despesa como, por
exemplo: salários da administração, despesas com aluguéis, seguros e outros.
Para Martins (1996, p.267) “sabidamente não existe Custo ou Despesa eternamente
fixos; são, isso sim, fixos dentro de certos limites de oscilação da atividade a que se refere,
sendo que, após tais limites, aumentam, mas não de forma exatamente proporcional, tendendo
a subir em “degraus””.
Segundo Hernandes (1999), as despesas variáveis de venda se alteram na proporção
às variações no volume de receitas como comissões sobre as vendas do período.
10
Conforme explica Hernandes (1999), as despesas diretas assim como os custos
diretos também podem ser facilmente quantificadas e apropriadas em relação às receitas de
vendas e prestações de serviços.
De acordo com Hernandes (1999 p.26) as despesas indiretas “são os gastos que não
podem ser identificados com precisão com as receitas geradas. Geralmente, são consideradas
como despesas do período e que não são distribuídas por tipo de receita”.
2.3.3 Perdas
De acordo com Martins (1996 p.26), “é o bem ou serviço consumidos de forma
anormal e involuntária”.
Seguem abaixo alguns exemplos:
 Incêndios;
 Obsoletismo de estoques.
2.3.4 Desperdícios
Eliminar desperdícios é também eliminar prejuízos, sendo que os mesmos não
podem repassados para os preços. Como afirma Hernandes (1999 p.17), “desperdícios são
gastos incorridos nos processos produtivos ou de geração de receitas e que possam ser
eliminados sem prejuízo da qualidade ou quantidade dos bens, serviços ou receitas geradas”.
2.3.5 Custo de produção
Os custos de produção de acordo com Santos (2000, p.34) “são formados por
matérias-primas, mão-de-obra direta e custos indiretos de produção”.
Segue abaixo alguns exemplos do custo de produção conforme o autor cita acima:
 Matérias-primas ou materiais diretos: são materiais que estão diretamente
aplicados ao processo de fabricação do produto final, como por exemplo, na
produção de calçado, couro, forro, enfeites, etc.
 Mão-de-obra direta: é o recurso utilizado na produção pra transformação das
matérias-primas em produto final. Exemplo: homens-hora.
11
 Custos indiretos de produção: são insumos utilizados na produção de bens, mas
que possuem uma relação indireta, como por exemplo, supervisão geral da
fábrica, limpeza, segurança, depreciação, energia elétrica, peças de reposição
de equipamentos entre outros.
Seque abaixo a fórmula do custo de produção:
CP = MP + MOD + CIP
Onde:
CP: Custo de Produção
MP: Matéria-Prima
CIP: Custo Indireto de Produção.
2.3.6 Custo dos Produtos acabados (CPA)
Custo de produtos acabados é a somatória do total do estoque de produtos em
elaboração, sendo que ainda estão dentro da empresa com o custo de produção do período
diminuindo-se do valor do estoque dos produtos elaborados;
Segue abaixo a fórmula de custo de produto acabado:
CPa = EiPE+CP-EfPE
Onde:
CPa: Custo do Produto acabado
EiPE: Estoque inicial de Produtos Elaborados
CP: Custo de Produção
EFPE: estoque final de Produtos em Elaboração
2.3.7 Custo dos produtos vendidos (CPV)
Custo dos produtos vendidos, para Martins (1996 p.26) seria, “despesa que é o
somatório dos itens que compuseram o custo de fabricação do produto ora vendido”.
12
Para Hernandes (1999 p.18), “é o valor dos gastos incorridos no processo de
produção dos bens que foram sacrificados para que a empresa gerasse receita de vendas de
produtos”.
Segue abaixo a fórmula de custo do produto vendido:
CPV = (EiPA+CPA-EfPA)
Onde:
CPV: Custo do Produto Vendido
EiPA: Estoque inicial do Produto Acabado
CPA: Custo do Produto Acabado
EfPA: Estoque final do Produto Acabado
2.4 Métodos de custeio
O principal assunto a ser tratado neste trabalho é a Análise do Custo, Volume e
Lucro, sendo que a análise dos Princípios e Métodos de Custeio não são foco principal, porém
serão apresentados alguns conceitos sobre o respectivo assunto no intuito de dar uma breve
noção.
As empresas que concorrem agressivamente em custos deveriam considerar a
conveniência de adotar um programa de gestão de custos integrada que abranja todo o ciclo
do produto (KAPLAN, 2005).
É através do método de custeio que a empresa apropria os seus custos. Há vários
sistemas que representam conjuntos de critérios, convenções, registros que atendem a
determinadas finalidades de forma coordenada. Os métodos existentes para auxiliar o
custeamento dos produtos são: custeio por absorção, custeio direto ou variável, e custeio
baseado em atividades (ABC).
2.4.1 Método de custeio por absorção
Custeio por absorção para Hernandes (1999 p.63), “é o método derivado da
aplicação dos princípios contábeis geralmente aceitos e é, no Brasil, adotado pela legislação
comercial e pela legislação fiscal”.
13
De acordo com Padoveze (1997), é o método mais tradicional para se obter os custos
dos produtos, sendo que nesse método de custeamento consideram-se todos os gastos
industriais, diretos ou indiretos, fixos ou variáveis.
2.4.2 Método de custeio direto ou variável
No custeio direto conforme Martins (1996 p.216), “só são alocados aos produtos os
custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas no período, indo
diretamente para o Resultado; para os estoques só vão, como conseqüência, custos variáveis”.
2.4.3 Método ABC
O método ABC é uma poderosa ferramenta a ser utilizada na gestão de custos. Esse
método procura dar tratamento adequado aos custos indiretos de fabricação e diminuir as
distorções provocadas pela taxas de rateio, sendo que com o avanço tecnológico os sistemas
produtivos passaram a ficar mais complexos aumentando assim os custos indiretos, e a
diferença do método ABC em relação aos demais é que o mesmo preocupa-se
fundamentalmente com o tratamento dado aos custos indiretos, conforme explica Martins
(1996).
2.5 Custo auxiliando a tomada de decisão.
Como o próprio título sugere, custo auxiliando a tomada de decisão será estudado a
relação de custo, volume e lucro, sendo que é essa relação que possibilita os administradores
tomarem uma série de decisões, como por exemplo, o que produzir, como produzir, o que
comprar, o que vender, que recursos são necessários ou dispensáveis, etc. O foco de estudo
será Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio.
14
2.5.1 Análise Custo, Volume e Lucro.
De acordo com Welsch (1996) a análise de custo, volume e lucro podem fornecer
informações muito úteis à administração, possuindo assim valor considerável em muitas áreas
de decisão, se sua análise puder ser feita com precisão razoável.“Um conjunto de procedimentos, denominado análise de custo, volume e lucro,
determina a influência do lucro provocada por alterações nas quantidades vendidas e nos
custos” (BORNIA, 2002, p.71).
“Essa análise preocupa-se diretamente com o efeito sobre os resultados de alterações
de custos fixos, alterações de custos variáveis, alterações do volume físico de vendas,
alterações de preço de venda e alterações da distribuição relativa de linhas de produtos
vendidos, como explica” (WELSCH, 1996, p.280).
Para melhor entendimento do assunto será abordado o conceito de margem de
contribuição e ponto de equilíbrio.
2.5.2 Margem de contribuição
O objetivo é saber a contribuição em termos monetários quanto cada produto traz ou
não para a empresa e com isso escolher o mix de venda.
De acordo com Bornia (2002 p.72), “a margem de contribuição é o montante das
vendas diminuídas dos custos variáveis. E a margem de contribuição unitária, analogamente, é
o preço de venda menos os custos variáveis unitários dos produtos”.
Segue a seguir as fórmulas da Margem de Contribuição unitária (MCu) e Margem de
Contribuição total (MCt):
MCu = PV – (CVu+DVu)
Onde:
MCu: Margem de Contribuição unitária
PV: Preço de Venda
CVu: Custos variáveis unitários
DVu: Despesas variáveis unitárias
15
MCt = R – (CVt + DVt)
Onde:
R: Receitas
CVt: Custos Variáveis totais
DVt: Despesas variáveis totais
O quadro a seguir demonstra a margem de contribuição unitária de cada produto e
através de uma análise pode-se saber qual produto contribui mais com sua margem de
contribuição.
Custo
Direto
Variável
Custo
Indireto
Variável
Custo
Variável
Total
Preço de
Venda
Margem de
Contribuição
Produto L
Produto M
Produto N
$ 700
$1.000
$750
$80
$100
$90
$780
$1.100
$840
$1.550
$2.000
$1.700
$770/u
$900/u
$860/u
Quadro 1: Demonstrativo da margem de contribuição
Fonte: Martins 2000, p.195
Cada unidade de L contribui com $770; não se pode dizer que isso seja Lucro, já que
faltam os Custos Fixos; trata-se de uma margem de contribuição unitária, para que,
multiplicada pelas quantidades vendidas e somada à dos demais, perfaça a Margem de
Contribuição Total. Desse montante, deduzindo os Custos Fixos e Despesas Fixas chega-se ao
resultado, que é o Lucro (Martins, 2000).
2.5.3 Ponto de Equilíbrio
Através do ponto de equilíbrio a empresa pode saber quando o seu lucro é nulo, ou
seja, quanto à empresa tem que produzir para não ganhar nem ter prejuízos.
Como afirma Santos (2000, p.167) “a análise do equilíbrio entre receitas de vendas e
custos é muito importante como instrumento de decisão gerencial. O sucesso financeiro de
qualquer empreendimento empresarial está condicionado à existência da melhor informação
gerencial”.
(+) (+) (=) (-) (=)
16
O ponto de equilíbrio pode ser definido como o volume ao qual a receita total é
exatamente igual ao custo total (WELSCH, 1996).
O ponto de equilíbrio pode ser representado através do gráfico a seguir:
Figura 1: Gráfico demonstrativo do ponto de equilíbrio
Fonte: HOJI (2000, p. 317)
O ponto de equilíbrio se classifica em Contábil, Econômico e Financeiro.
De acordo com Bornia (2000, p.79) “a diferença fundamental entre os três pontos de
equilíbrio são os custos e despesas fixos a serem considerados em cada caso” Conforme será
explanado em seguida.
2.5.3.1 Ponto de Equilíbrio Contábil
Como afirma Bornia (2002, p.79) “no ponto de equilíbrio contábil, são levados em
conta todos os custos e despesas contábeis relacionados com o funcionamento da empresa”.
Segue a seguir a fórmula do ponto de equilíbrio contábil
PEC = (Custos fixos + Despesas Fixas)
(Preço – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis))
17
2.5.3.2 Ponto de equilibro Econômico
De acordo com Bornia (2002, p.79) “no ponto de equilíbrio econômico, são também
incluídos nos custos e despesas fixos considerados todos os custos de oportunidade referentes
ao capital próprio, ao possível aluguel das edificações (caso empresa seja proprietária), e
outros itens do gênero”.
Nesse PE é incluído no seu cálculo um lucro mínimo desejado.
Segue a seguir a fórmula do ponto de equilíbrio econômico:
PEE = (Custos Fixos + Despesas Fixas) + (Valor obtido da aplicação da taxa)
(Preço – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis))
2.5.3.3 Ponto de equilíbrio Financeiro
Como explica Bornia (2002, p.79) “no caso do ponto de equilíbrio financeiro, os
custos considerados são apenas os custos desembolsados que realmente oneram
financeiramente a empresa”.
O PE financeiro retira da análise os valores que não representam efetivo
desembolso, tais como depreciações de máquinas e equipamentos.
Segue abaixo a fórmula do ponto de equilíbrio financeiro:
PEF = ((Custos e despesas fixas) – Valores desembolsados efetivamente)
(Preço de venda – Custo e desp. Variáveis)
18
3 MÉTODO
Para um melhor entendimento esta seção será dividida em: delineamento, coleta de
dados e análise de dados.
“Em seu sentido mais geral, o método é a ordem que se deve impor aos diferentes
processos necessários para atingir certo fim ou um resultado desejado. Nas ciências entende-
se por método o conjunto de processos empregados na investigação e na demonstração da
verdade” (CERVO, 2002, p.24).
3.1 Delineamento
Para confrontar a visão teórica do problema, com dados da realidade torna-se
necessário definir o delineamento da pesquisa (GIL, 1994).
O trabalho realizado caracteriza-se como uma pesquisa diagnóstico, que para Roesch
(1999), tem o propósito de identificar problemas e propor soluções.
Este trabalho também se caracteriza como um estudo de caso que para Gil (1994,
p.78) “é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de
maneira a permitir conhecimento amplo e detalhamento do mesmo”.
Este trabalho utilizou a abordagem qualitativa.
3.2 Coleta de dados
Os Dados coletados nesse trabalho serão de fontes primárias, através de perguntas e
por observação direta, e de fontes secundárias, através de consultas aos registros da empresa.
Segundo Patmore (1998), “as principais fontes de pesquisa histórica são os
documentos”. E os mesmos serão de grande valia para o bom andamento do projeto.
3.3 Análise de dados
Os dados serão coletados qualitativamente, a fim de que a estagiária possa
recomendar e orientar no processo de custos que seja condizente com a realidade da empresa.
Os dados analisados de forma qualitativa segundo Roesch (1999) tem o propósito de
analisar determinada situação e propor melhorias.
19
Os dados foram interpretados com auxílio da fundamentação teórica apresentado no
capítulo 2. E foram apresentados na forma de gráfico e tabela no decorrer da análise feita no
capítulo 5
20
4 EMPRESA
Este capítulo tem como propósito apresentar a empresa e sua estrutura
organizacional.
4.1 Histórico
Em 1959 foi fundada a Calçados Booz, que na época produzia calçados masculinos.
Mas os homens pouco sabiam de moda e era difícil comercializar esse produto, e esta
dificuldade levou a decisão de tomar um rumo novo.
Foi assim que em 26 de abril de 1966, Ary Booz associou-se com Artur Albanaz
para fundar a Indústria e Comércio de Calçados Tânia. O calçado agora era feminino, Ary
Booz comprava a matéria-prima, coordenava a produção e ia vender para os lojistas de
Florianópolis e do Vale do Itajaí. Muito diferente de hoje, o desenvolvimento dos produtos
não seguia nenhuma pesquisa, eram os próprios lojistas que mostravam alguns sapatos de suas
lojas e pediam para que fossem produzidos iguais ou similares. Isto acontecia principalmente
pela falta de recursos por parte da empresa para investir em pesquisa e pela ausência de mão-
de-obra especializada na região.
Nessa época também começaram as viagens para Novo Hamburgo – centro produtor
de calçados do Rio Grande do Sul e referência nacional - com o objetivo de buscar matéria-
prima necessária à produção de 100 pares por dia e acompanhar o que estava acontecendo no
mercado calçadista. Nessas idas e vindas conheceu o modelista Luiz HelenoMuller, que
passou a desenvolver os produtos da empresa por 16 anos, não dependendo mais
exclusivamente dos “palpites” dos lojistas.
Artur Albanaz tomou rumo próprio na vida, num ano em que a crise bateu à porta do
setor calçadista brasileiro. Em 1969, Ary Booz não sabia o que fazer. Estava disposto a fechar
as portas e se distanciar do segmento produtivo do calçado.
Todavia, ele não contava com o incentivo e apoio do então representante comercial
Mario Cardoso, que mesmo com a crise, acreditava num crescimento do negócio. Esse era
responsável pelas vendas dos calçados Tânia em todo oeste catarinense e encorajou o
empresário comprar a parte do seu antigo sócio se comprometendo a não deixar faltar serviço
para a empresa.
21
Daquele dia em diante a Calçados Tânia se manteve firme, aumentou sua produção,
ampliou seus mercados e investiu em tecnologia.
Então veio a era moderna do calçado, e máquinas promoveram aumento na
produção, a profissionalização das relações comerciais e as necessidades de mudar a cada
minuto trouxeram novas exigências. Nos anos 70 e 80 a fábrica produzia 150 (cento e
cinqüenta) pares por dia e praticamente a produção se resumia ao modelo Luiz XV em couro,
mas a carteira de clientes já incluía os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul,
além de Santa Catarina.
No início dos anos 90, Ary percebeu que já estava na hora de promover a entrada da
segunda geração administrativa na empresa, o seu filho Cláudio Booz. Logo no início de sua
gestão, Cláudio Booz e o gerente financeiro Ancelmo da Silva, com mais de 26 anos “de
casa”, enfrentaram o maior problema da história da empresa. Foi o pagamento de uma dívida
pública referente a uma não adequação do recolhimento de ICMS, que resultou numa
descapitalização quase total da empresa.
Foi nessa época também que a empresa perdeu a marca que a caracterizara por mais
de 20 anos, pois o registro da Calçados Tânia não fora renovado no INPI, o que deveria ser
efetuado periodicamente, e outra empresa acabou por registrar a marca Tânia.
Dessa forma, a empresa viu-se obrigada a adotar um novo nome para a
comercialização de seus calçados, foi então que surgiu a marca Raphaella Booz. Com essa
mudança houve um redirecionamento na estratégia da empresa, que em 1995 passou a
desenvolver um produto totalmente diferenciado, com materiais italianos, os quais
despontaram no cenário nacional e internacional.
A empresa produz hoje em média 4.000 pares por dia na coleção de inverno e 6.000
pares por dia na coleção de verão.
4.2 Estrutura organizacional
A empresa, com 266 funcionários diretos é classificada como de porte médio,
segundo os critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) por número de
empregados.
Como peculiar na indústria calçadista, a maioria dos empregados atua na área de
produção, totalizando 226 funcionários. A área de gestão é composta por três níveis
hierárquicos: presidência, diretoria e gerência. Cabe ressaltar que na área de comercialização
22
a empresa mantém um quadro de 17 representantes comerciais autônomos contratados,
responsáveis pelas vendas dos produtos no mercado interno.
O Quadro a seguir ajuda a visualizar o número de funcionários por setor:
Setor Nº de funcionários
Presidência 1
Produção 226
Comercial 2
Financeiro 4
PCP (planejamento e controle de produção) 5
Engenharia de produtos 14
RH 2
Marketing 1
Compras 2
Outros (recepcionista, pessoal de limpeza e
manutenção)
9
Total 266
Quadro 2: Número de funcionários da empresa por setor
Fonte: Dados secundários obtidos do banco de dados da Indústria e Comércio de Calçados Tânia Ltda
A fábrica está localizada, segundo a Associação Brasileira do Calçados
(ABICALÇADOS), no maior pólo calçadista catarinense, São João Batista, e comercializa
seus produtos em todo país e em vários lugares do mundo, como Oriente Médio, Europa,
Estados Unidos e América Latina.
O objetivo geral da Calçados Tânia é desenvolver, produzir e comercializar calçados
femininos, atendendo as necessidades e desejos de seus clientes, oferecendo produtos
diferenciados e com qualidade, da forma mais rentável possível. Vale ressaltar que esses
parâmetros de qualidades são estabelecidos pelo mercado.
23
Como visto anteriormente, a maior parte dos colaboradores estão diretamente
envolvidos com a produção, mas, para o fluxo sistêmico de todos os processos, existe na
Calçados Tânia cinco departamentos consolidados: financeiro; comercial; compras produção e
recursos humanos.
Estes departamentos estão diretamente ligados aos processos de planejamento,
organização e controle das atividades, buscando atingir aos objetivos da empresa.
A empresa Calçados Tânia usa o critério de departamentalização funcional. No
primeiro nível está a diretoria financeira, administrativa e de produto. No segundo nível se
encontram as outras funções básicas: comercial, produção, compras, marketing, recursos
humanos e PCP. Cada diretoria ou gerência ainda pode ser desmembrada e ter
responsabilidades sobre outros pontos, por exemplo, a diretoria financeira administra a área
de sistemas de informação por ainda se apresentar numa forma muito simples.
O organograma do Calçados Tânia está representado na figura abaixo:
Presidente
Diretoria Financeira Diretoria
Administrativa
Diretoria de Produtos
Assessoria
Comercial Produção Recursos
Humanos
Marketing Compras PCP
24
5 PESQUISA
Será apresentado nesse capítulo os resultados obtidos através do estudo realizado na
empresa Indústria e Comércio de Calçados Tânia no setor de custos.
5.1 Verificação dos controles e registros utilizados
A Indústria e Comércio de Calçados Tânia trabalha sempre numa busca incessante
pelo aperfeiçoamento dos custos.
A ficha técnica e o DRE são formas de controle e registro utilizadas pela empresa.
Para tornar esse capítulo mais objetivo será apresentado a ficha técnica e o DRE
separadamente.
5.1.1 Ficha Técnica
A Ficha Técnica termo utilizado pela empresa, é um planilha no excel onde consta
todos os materiais utilizados para compor cada produto no seu processo produtivo. É utilizada
para cadastrar os produtos no sistema utilizado pela empresa e para fazer o preço no setor de
custo.
A ficha técnica deve conter números exatos no que se refere à quantidade utilizada
em cada produto, sendo que a partir dela é feito o cadastramento no PCP e consequentemente
a compra dos materiais a serem utilizados. Um erro para mais ou para menos pode trazer
graves conseqüências como a falta de materiais ou a sobra dos mesmos.
Os números utilizados na ficha técnica também devem ser exatos no que se refere o
preço de cada material utilizado, pois um erro para menos pode trazer prejuízos para empresa
como pagar um preço maior do que estava no custo por determinada mercadoria.
O setor de custo é responsável pela atualização da ficha técnica, principalmente
quando o produto solicitado pelo cliente está fora de venda há algum tempo e seus custos não
estão atualizados.
A Ficha Técnica mostra a estrutura, materiais e demais gastos envolvidos na
produção:
25
O primeiro grupo é formado por:
 Materiais diretos e variáveis como: materiais que compõem o cabedal, forro,
fivelas, solado, caixa, embalagem.
 E mão de obra terceirizada (ateliê) como: ateliê de costura, pré, palmilha entre
outros.
O segundo grupo é formado por:
 Produção mensal, o custo fixo, prazo solicitado e margem de lucro.
Para um melhor entendimento segue a foto e a ficha técnica de um produto com a
marca Raphaella Booz.
Figura 2: Produto 307C.2006 Raphaella Booz
Fonte: Coletado do banco de dados da Indústria e Comércio de Calçados Tânia Ltda
26
Ficha Técnica
LINHA: 307
Modelo: 307.2006
Material Consumo Unid. R$ V.Total
Napa 0,0501 M2 45,22 2,266
Forro 0,0410 M2 12,113 0,497
Capa sola Cortiça 0,1151 M2 39,971 4,601
Deb/Biq. Cortiça 0,0443 M2 39,971 1,771
Gota Verniz 0,0076 M2 68,638 0,522
Taloneira forro 0,0204 M2 12,113 0,247
Linha 1 PR 0,04 0,04
Carimbo 1 PR 0,020,02
Fita Reforço 1 PR 0,06 0,06
Sola PU 1 PR 4,10 4,10
Palmilha plantex 1 PR 0,31 0,31
Soleta TR 1 PR 1,283 1,283
Papel Seda 1 PR 0,05 0,05
Caixa 21x30 1 CX 0,538 0,538
Corrugado 1 CX 0,23 0,23
Fita Embalagem 1 PR 0,02 0,02
Ateliê corte 1 PR 1,10 1,10
Ateliê Deb/Biq. 1 PR 0,40 0,40
Ateliê Pré 1 PR 1,90 1,90
Total 20,38
27
Prod. Mensal 80.000 Unitário Total
Gasto Fixo 500.000 6,25 26,634
Desp. Variáveis % Preço a Vista 51,90
ICMS 12% Preço 60 dias 54,52
Devolução 1% Margem% 10%
Fretes 3,50% Margem R$ 5,45
Marketing 3%
Comissões 8,67%
Margem 10%
CPMF 0,68%
PIS 1,65%
COFINS 7,60%
I.Renda 0,88%
Total 48,68%
Custo Financ. 2,50%
Tabela 1: Ficha Técnica de um produto da empresa
Fonte: Dados secundários coletados do banco de dados da Indústria e Comércio de Calçados Tânia Ltda
Na elaboração do preço de cada produto é feito uma avaliação de quantos pares a
empresa tem capacidade de produzir de determinado produto, daí então se tem a produção
mensal.
Os gastos variáveis se dividem em dois, o primeiro grupo é formado pelo custo
variável. E o segundo grupo é formado por impostos, devolução de mercadoria, fretes e
comissões.
O gasto fixo que consta na elaboração do custo é composto por: despesas com
pessoal, despesas com vendas, despesas administrativas, despesas com viagens, despesas com
água, energia elétrica.
5.1.2 Demonstrativo de Resultados - DRE
O Demonstrativo de Resultados DRE tem como objetivo principal apresentar de
forma vertical e resumida o resultado apurado em relação a um conjunto de operações
realizadas num determinado período.
28
O DRE utilizado neste estudo é o gerencial e não o contábil. O agrupamento das
contas no formato a ser apresentado facilita o controle e tomada de decisão, pois tem como
foco principal as contas mais significativas.
No DRE constam as seguintes contas:
 Receita Operacional Bruta, onde o valor é o resultado da quantidade faturada
durante o mês. Sendo que o valor é proveniente das vendas de mercado interno
e externo.
 Deduções da receita, nessa conta são deduzidas os impostos e as devoluções.
 Receita líquida é o valor resultante da receita líquida menos as deduções da
receita.
 Custo do Produto Vendido (CPV), onde o valor é resultado de toda matéria-
prima utilizadas nos produtos vendidos do período correspondente. Por utilizar
somente itens variáveis o custo no CPV é utilizado diretamente para cálculo do
Ponto de Equilíbrio.
 Lucro Bruto corresponde à diferença entre a receita líquida e o CPV.
 Despesas Operacionais são os valores gastos com prolabore, salários e
ordenados, INSS, FGTS, 13º salário, FGTS sobre 13º salário, aviso prévio e
rescisão de contratos.
 Despesa com Produção, onde o valor é a soma das despesas com manutenção
de máquinas e equipamentos, peças de máquinas, serviços de ateliê, despesas
com festas, combustíveis, manutenção de veículo, refeição e lanches.
 Despesas com Desenvolvimento é o montante gasto com fotos, revistas,
viagens, assessoria em desenvolvimento, e desenvolvimentos como navalhas,
formas, matrizes e escalas.
 Despesas com Vendas é o valor gasto com comissões, propaganda e
publicidade, feiras e convenções, fretes, consultas no SCI Serasa, gastos com
exportação.
 Despesas Administrativas, nessa conta são somados os valores gastos com
correio, honorários contábeis, cartório, materiais de consumo administrativo,
IPTU, despesa com sindicato dos trabalhadores, coleta de lixo terceirizada,
suporte técnico, telefone, supermercado, donativos e contribuições, aluguéis,
seguros, sindicato da indústria, manutenção do prédio.
29
Existem outras aberturas, pois apresentam valores significativos para controle, tais
como:
 Despesas com viagens e estadias, com água e energia elétrica.
 Resultado Operacional é o valor obtido através da diferença entre o Lucro
Bruto e as despesas.
 Despesas financeiras são decorrentes dos valores gastos com a movimentação
financeira como, despesas com cobrança, descontos concedidos, juros sobre
duplicatas, CPM F e despesas bancárias.
 Receitas financeiras são ganhos com juros concebidos e descontos obtidos nas
negociações.
 Resultado do Exercício é o resultado obtido através da diferença entre
resultado operacional e despesas financeiras somando com as receitas
financeiras.
Através do DRE, Demonstrativo de resultados, é possível saber como a empresa está
financeiramente posicionada.
30
Para melhor visualização do DRE gerencial utilizado pela empresa segue tabela
abaixo:
Ano 2006
Contas Valor R$ Percentual (%)
Receita Operacional Bruta 33.400.703,00
Deduções da Receita 4.296.569,00 12,86%
Receita Líquida 29.104.134,00
CPV 15.332.872,00 45,90%
Lucro Bruto 13.771.264,00
Despesas c/ pessoal 4.300.390,00 12,87%
Despesas de Produção 2.596.866,00 7,77%
Despesas com Desenvolvimento 139.082,00 0,42%
Despesas com Vendas 4.240.489,00 12,69%
Despesas Administrativas 367.034,00 1,10%
Despesas com Viagens 112.619,00 0,34%
Despesa com Água 7.079,00 0,02%
Despesa com Energia Elétrica 144.582,00 0,43%
Total das Despesas 11.908.141,00
Resultado Operacional 1.863.121,00
Despesas Financeiras 529.267,00 1,58%
Receitas Financeiras 101.486,00
Resultado Exercício 1.435.340,00 4,30%
Tabela 2: Demonstrativo de Resultado do ano de 2006
Fonte: Dados secundários coletados do banco de dados da Indústria e Comércio de Calçados Tânia Ltda.
O DRE apresentado anteriormente contém todas as informações necessárias para a
análise gerencial, mas essas informações podem ser separadas de modo que seja identificado
que contas representam custos e despesas variáveis e despesas fixas, sendo que a partir dessas
informações têm-se outros dados importantes como, estruturação da margem de contribuição
e ponto de equilíbrio.
31
5.2 Classificação quanto à variabilidade no processo produtivo
Os custos e despesas necessários à operação da empresa se classificam em custos e
despesas fixas e custos e despesas variáveis.
Os custos e as despesas fixas são gastos para obtenção de receita que
independentemente do volume de produção permanecem constantes dentro de certo intervalo
de tempo. Já os custos e despesas variáveis estão diretamente ligados às variações ocorridas
no volume de produção e vendas.
A seguir a tabela separando os custos e despesas em fixos e variáveis:
Contas Custo
Fixo
Despesa
Fixa
Custo
Variável
Despesa
Variável
Deduções da Receita X
CPV X
Despesas Operacionais X
Despesas de Produção X
Serviços Terceirizados Atelier X
Despesas com Desenvolvimento X
Despesas com Vendas X
Despesas com Comissão X
Despesas com Fretes X
Despesas Administrativas X
Despesas com Viagens X
Despesas com Água X
Despesas com Energia Elétrica X
Despesas Financeiras X
CPMF X
Tabela 3: Divisão dos custos e despesas em fixo e variável
Fonte: Elaborado pela acadêmica
Essa tabela foi elaborada para facilitar a visualização dos custos e despesas variáveis
e custos e despesas fixas para melhor classificação das contas no DRE.
32
Após entendido e classificado os custos e despesas conforme suas características de
variabilidade no processo produtivo procedeu-se reestruturação do DRE. O resultado é
apresentado na tabela 4. Essa nova estrutura visa auxiliar as análises custo, volume lucro,
objetivo principal deste estudo. Percebe-se que a apresentação do resultado já agrupa os
gastos conforme a classificação evidenciada na tabela 3.
Ano – 2006 R$
Receita Bruta 33.400.703
(-) Custo e despesas variáveis (25.424.266)
Devoluções de Vendas 664.539
ICMS 1.831.827
Cofins 1.160.157
PIS 268.667
IR 232.112
C.Social 139.267
CPV 15.332.872
Serviços Terceirizados Atelier 2.314.297
Comissões c/ vendas 2.260.083
Fretes 1.220.445
(=) Margem de contribuição 7.976.437
Custos e despesas fixas (6.118.316)
(-) Total Despesas c/ Pessoal (4.300.390)
(-) Total Despesas c/ Produção (287.569)
Depreciação 5.000
(-) Total Despesas c/ Desenvolvimento (139.082)
(-) Total Despesas c/ Vendas (759.961)
(-) Total Despesas Administrativas(367.034)
(-) Total Despesas Viagens (112.619)
(-) Total Despesas Água (7.079)
(-) Total Despesas Energia Elétrica (144.582)
(=) Resultado Operacional 1.858.121
Tabela 4: Demonstrativo de resultado do ano de 2006 proposto pela acadêmica
Fonte: Dados secundários coletados do banco de dados da Indústria e Comércio de Calçados Tânia Ltda
5.3 Cálculo da margem de contribuição unitária e total
Neste tópico será apresentado o cálculo que resultará na margem de contribuição
total e unitária.
33
Sendo que a margem de contribuição total é R$ 7.976.437,00 conforme tabela
abaixo:
Contas – Ano 2006 Valor R$
Receita Bruta 33.400.703,00
(-) Devolução 664.539,00
(-) ICMS 1.831.827,00
(-) COFINS 1.160.157,00
(-) PIS 268.667,00
(-) IR 232.112,00
(-) Contribuição Social 139.267,00
(-) Frete 1.220.445,00
(-) Comissão 2.260.083,00
Receita Líquida 25.623.606,00
(-) CPV 15.332.872,00
(-) Serviços Terceirizados Atelier 2.314.297,00
Margem de Contribuição Total 7.976.437,00
(-) Despesas de Pessoal 4.300.390,00
(-) Despesas com Produção 287.569,00
(-) Despesas com Desenvolvimento 139.082,00
(-) Despesas com Vendas 759.961,00
(-) Despesas Administrativas 367.034,00
(-) Despesas com Viagens 112.619,00
(-) Despesas com Água 7.079,00
(-) Despesas com Energia Elétrica 144.582,00
Resultado Operacional 1.858.121,00
(-) Despesas Financeiras 529.267,00
(+) Receitas Financeiras 101.486,00
Lucro Líquido 1.435.340,00
Tabela 5: Demonstrativo de resultado para cálculo da margem de contribuição total.
Fonte: Dados secundários coletados no banco de dados da Indústria e Comércio de Calçados Tânia Ltda.
34
Com base nos dados anteriores será calculada a margem de contribuição unitária
anual:
Fórmula: MCu = PV – ( CVu + DVu )
PV = Receita Bruta = R$ 33.400.703,00 = R$ 32,24 / par
Pares Faturados 1.035.875 prs
CVu = Custo Variáveis = R$ 17.647.169,00 = R$ 17,04 / par
Pares Faturados 1.035.875 prs
DVu = Despesas Variáveis = R$ 7.777.097,00 = R$ 7,51 / par
Pares Faturados 1.035.875 prs
MCu = 32,24 – ( 17,04 + 7,51 )
MCu = 32,24 – 24,55
MCu = R$ 7,70 / par
Com base no cálculo da margem de contribuição unitária pode-se concluir que cada
par de calçado produzido contribui com R$ 7,70 para cobrir os custos e despesas fixas e
obtenção do lucro. Esse cálculo foi efetuado através de informação anual de 2006.
Devido à dificuldade em alcançar o número de vendas em determinados meses do
ano a empresa concede certos descontos para atrair os clientes diminuindo assim a margem de
lucro da empresa. As oscilações na margem de contribuição são provocadas também pela
variação do preço de venda. Qualquer oscilação na quantidade vendida ou no preço de cada
produto vendido pode levar a margem de contribuição para baixo ou para cima.
Meses Preço médio Custo e despesa variável MCu
Janeiro R$ 19,15 R$ 14,28 R$ 4,88
Fevereiro R$ 27,65 R$ 20,82 R$ 6,83
Março R$ 37,88 R$ 28,52 R$ 9,36
Abril R$ 40,77 R$ 29,81 R$ 10,97
Maio R$ 38,11 R$ 29,42 R$ 8,70
Junho R$ 34,72 R$ 26,94 R$ 7,79
Julho R$ 27,03 R$ 21,16 R$ 5,87
Agosto R$ 33,01 R$ 25,41 R$ 7,60
Setembro R$ 36,45 R$ 27,83 R$ 8,62
Outubro R$ 29,06 R$ 21,71 R$ 7,35
Novembro R$ 28,75 R$ 21,90 R$ 6,84
Dezembro R$ 39,50 R$ 30,76 R$ 8,74
Tabela 6: Margem de contribuição unitária por mês
Fonte: Elaborado com base nos dados secundários
35
Margem de contribuição unitária
4,88
6,83
9,36
10,97
8,70
7,79
5,87
7,60
8,62
7,35
6,84
8,74
-
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set O ut Nov Dez
MCu Série1
Gráfico 2: Margem de contribuição unitária mensal
Fonte: Elaborado com base nos dados secundários
Os dados representados no gráfico 2 mostram com clareza a oscilação da margem de
contribuição unitária. Os meses que obtiveram margem de contribuição maior foram: Abril,
março, dezembro, maio e setembro.
5.4 Ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro
O ponto de equilíbrio pode ser definido como o ponto em que a empresa possue um
nível de vendas onde todos os custos fixos e variáveis são cobertos.
A seguir será apresentado os três pontos de equilíbrio através dos números coletados
e apresentados anteriormente.
5.4.1 Ponto de equilíbrio contábil
No ponto de equilíbrio contábil são levados em conta todos os custos e despesas
relacionados ao funcionamento da empresa.
Para alcançar o ponto de equilíbrio contábil é necessário que a margem de
contribuição cubra os custos e despesas fixas sem obter lucro ou prejuízo.
Com a variação da margem de contribuição unitária apresentado na tabela 6, houve
uma variação no ponto de equilíbrio conforme tabela 7. O preço médio varia muito
ocasionando a imperfeição do ponto de equilíbrio.
36
Fórmula: PEC = CF + DF = R$ 6.118.316,00 / ano
MCu R$ 7,70 / par
PEC = 794.567 prs/ano
Para alcançar o ponto de equilíbrio contábil a empresa deve produzir 794.567 pares
de calçados por ano com um faturamento anual de R$ 25.619.967,00.
Meses Produção efetiva Custo e despesa fixa MCu PEC
Jan 78.590 R$ 471.335,00 R$ 4,88 96.662
Fev 73.716 R$ 421.384,00 R$ 6,83 61.673
Mar 76.058 R$ 476.250,00 R$ 9,36 50.864
Abr 68.767 R$ 502.722,00 R$ 10,97 45.840
Mai 77.789 R$ 519.396,00 R$ 8,70 59.723
Jun 70.628 R$ 520.880,00 R$ 7,79 66.904
Jul 81.293 R$ 534.388,00 R$ 5,87 91.043
Ago 91.674 R$ 530.517,00 R$ 7,60 69.813
Set 96.225 R$ 520.858,00 R$ 8,62 60.438
Out 124.037 R$ 554.627,00 R$ 7,35 75.470
Nov 126.975 R$ 505.472,00 R$ 6,84 73.848
Dez 70.123 R$ 560.491,00 R$ 8,74 64.103
Tabela 7: Ponto de equilíbrio contábil mensal
Fonte: Elaborado com base nos dados secundários
Ponto de equilíbrio contábil
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
Ja
n
Fe
v
M
ar Ab
r
M
ai Ju
n Ju
l
Ag
o Se
t
Ou
t
No
v
De
z
Pa
re
s
Pares produzidos PEC
Gráfico 3: Ponto de equilíbrio contábil mensal
Fonte: Elaborado com base nos dados secundários
37
Conforme dados da tabela 7 fica claro que a empresa não atingiu seu ponto de
equilíbrio contábil nos meses de janeiro e julho de 2006, sendo que os demais meses o ponto
de equilíbrio contábil foi atingido com ênfase no segundo semestre do ano.
Para atingir o Ponto de equilíbrio contábil anual era necessário produzir 794.567
pares com um faturamento de R$ 25.619.968,00. Esse ponto de equilíbrio foi superado, pois a
empresa produziu no ano de 2006 1.035.875 pares com um faturamento de R$ 33.400.703,00.
Cabe salientar que conforme dados da tabela 7 fica claro que é no segundo semestre
que a empresa obtém um melhor desempenho.
5.4.2 Ponto de equilíbrio econômico
A empresa deseja obter um percentual de retorno sobre o Resultado Operacional de
10%.
Para alcançar o ponto de equilíbrio econômico é necessário acrescentar o percentual
de retorno que a empresa deseja obter. Sendo o Resultado Operacional de R$ 1.858.121,00 e o
percentual desejado de 10% o crescimento será de R$ 185.812,00
Fórmula: PEE = ( CF + DF ) + ( Taxa ) = ( R$ 6.118.316,00) + ( 10% )
MCu R$ 7,70 / par
PEE = ( R$ 6.118.316,00) + ( R$ 1.858.121,00 + 185.812,00 )
R$ 7,70 / par
PEE = R$ 8.162.249,00
R$ 7,70 / par
PEE = 1.060.006 prs/ano
Para alcançar o ponto de equilíbrio econômico a empresa deve produzir 1.060.006
pares de calçados por ano com um faturamento anual de R$ 34.178.777,00.
38
Produção Custo e despesa Resultado
Meses efetiva fixa operacional Taxa - 10% MCu PEE
Jan 78.590 R$ 471.335,00 -R$ 88.121,00 R$ 8.812,00 R$ 4,88 80.312
Fev 73.716 R$ 421.384,00 R$ 82.287,00 R$ 8.229,00 R$ 6,83 74.859
Mar 76.058 R$ 476.250,00 R$ 235.898,00 R$ 23.590,00 R$ 9,36 78.533
Abr 68.767 R$ 502.722,00 R$ 251.439,00 R$ 25.144,00 R$ 10,97 71.022
Mai 77.789 R$ 519.396,00 R$ 157.113,00 R$ 15.711,00 R$ 8,70 79.548
Jun 70.628 R$ 520.880,00 R$ 28.991,00 R$ 2.899,00 R$ 7,79 70.947
Jul 81.293 R$ 534.388,00 -R$ 57.229,00 R$ 5.723,00 R$ 5,87 82.197
Ago 91.674 R$ 530.517,00 R$ 166.122,00 R$ 16.612,00 R$ 7,60 93.805
Set 96.225 R$ 520.858,00 R$ 308.417,00 R$ 30.842,00 R$ 8,62 99.755
Out 124.037 R$ 554.627,00 R$ 356.922,00 R$ 35.692,00 R$ 7,35 128.837
Nov 126.975 R$ 505.472,00 R$ 363.641,00R$ 36.364,00 R$ 6,84 132.227
Dez 70.123 R$ 560.491,00 R$ 52.637,00 R$ 5.264,00 R$ 8,74 70.677
Tabela 8: Ponto de equilíbrio econômico mensal
Fonte: Elaborado com base nos dados secundários
Ponto de equilíbrio econômico
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
Ja
n
Fe
v
M
ar Ab
r
M
ai Ju
n Ju
l
Ag
o
Se
t
Ou
t
No
v
De
z
Pa
re
s
Produção efetiva PEE
Gráfico 4: Ponto de equilíbrio econômico mensal
Fonte: Elaborado com base nos dados secundários
Conforme os dados da tabela 8, a empresa necessitaria aumentar sua produtividade
em 2,33% no ano de 2006 para alcançar um crescimento de 10% do seu resultado operacional,
isso acrescentaria 24.131 pares na produção anual.
39
5.4.3 Ponto de equilíbrio financeiro
No ponto de equilíbrio financeiro são retirados da análise os valores que não
representam os efetivos desembolsos, como depreciações
Fórmula: PEF = ( CF + DF ) – Depreciação = R$ 6.118.316,00 – R$ 5.000,00
MCu R$ 7,70 / par
PEF = R$ 6.113.316,00
R$ 7,70 / par
PEF = 793.917 prs/ano
Para alcançar o ponto de equilíbrio financeiro a empresa deve produzir 793.917
pares de calçados por ano com um faturamento anual de R$ 25.599.030,00.
Meses
Produção
efetiva
Custo e despesa
fixa Depreciação MCu PEF
Jan 78.590 R$ 471.335,00 R$ 417,00 R$ 4,88 96.576
Fev 73.716 R$ 421.384,00 R$ 417,00 R$ 6,83 61.612
Mar 76.058 R$ 476.250,00 R$ 417,00 R$ 9,36 50.819
Abr 68.767 R$ 502.722,00 R$ 417,00 R$ 10,97 45.802
Mai 77.789 R$ 519.396,00 R$ 417,00 R$ 8,70 59.675
Jun 70.628 R$ 520.880,00 R$ 417,00 R$ 7,79 66.851
Jul 81.293 R$ 534.388,00 R$ 417,00 R$ 5,87 90.972
Ago 91.674 R$ 530.517,00 R$ 417,00 R$ 7,60 69.758
Set 96.225 R$ 520.858,00 R$ 417,00 R$ 8,62 60.389
Out 124.037 R$ 554.627,00 R$ 417,00 R$ 7,35 75.413
Nov 126.975 R$ 505.472,00 R$ 417,00 R$ 6,84 73.787
Dez 70.123 R$ 560.491,00 R$ 417,00 R$ 8,74 64.055
Tabela 9: Ponto de equilíbrio financeiro mensal
Fonte: Elaborado com base nos dados secundários
40
Ponto de equilíbrio financeiro
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
Ja
n
Fe
v
M
ar
Ab
r
M
ai Ju
n Ju
l
Ag
o
Se
t
Ou
t
No
v
De
z
Pa
re
s
Produção efetiva PEF
Gráfico 5: Ponto de equilíbrio financeiro mensal
Fonte: Elaborado com base em dados secundários
Conforme dados da tabela 9 fica claro que a empresa não atingiu seu ponto de
equilíbrio financeiro nos meses de janeiro e julho de 2006, sendo que os demais meses o
ponto de equilíbrio financeiro foi atingido com ênfase no segundo semestre do ano.
Gráfico comparativo
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pa
re
s
Produção efetiva PEC PEE PEF
Gráfico 6: Comparativo da produção efetiva com os pontos de equilíbrio contábil, econômico
e financeiro mensal
Fonte: Elaborado com base em dados secundários
41
A empresa define qual o mix mais vantajoso em função de diversos fatores e um
importantíssimo é a margem de contribuição.
5.5 Propostas de melhorias
Com base nos dados e análises levantadas nesse trabalho, para que a Indústria e
Comércio de Calçados Tânia Ltda possa ter maior controle sobre suas decisões e
determinação do lucro, será proposto algumas sugestões:
 Utilizar o modelo de DRE proposto no trabalho, pois este contém informações
que servem de controle na análise gerencial de custo como margem de
contribuição e a classificação dos gastos, permitindo assim melhor controle
para a tomada de decisão.
 Dividir os custos e despesas em fixas e variáveis para assim poder elaborar
dados como: margem de contribuição e ponto de equilíbrio.
 Calcular a margem de contribuição unitária de seus produtos de modo a
elaborar um mix de venda que seja mais rentável para a empresa.
 Com base nos dados levantados no trabalho é importante que seja dada total
atenção na diluição dos custos fixos, pois a empresa possui meses em que os
custos e despesas fixas são muito altos e a produção é muito baixa como, por
exemplo, no mês de dezembro, onde os custos e despesas fixas atingiram o
valor de R$ 560.491,00 e uma produção de 70.123 pares, que comparada com
o mês de outubro, mês de maior produção da empresa, a mesma gastou R$
554.627,00 e produziu 124.037 pares. No mês de outubro se produziu 53.914
pares a mais que o mês de dezembro e ainda se gastou menos com os custos e
despesas fixas.
 Com base nos dados levantados no ponto de equilíbrio contábil fica evidente
que a empresa necessita de ações diferenciadas nos meses de janeiro e julho,
para ao menos atingir o ponto de equilíbrio contábil.
 Passar a utilizar o ponto de equilíbrio contábil nas análises gerenciais de custo.
42
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para realização deste trabalho foi feito uma pesquisa-diagnóstico, onde foi possível
levantar e analisar os principais fatores que influenciam na gestão de custos da Indústria e
Comércio de Calçados Tânia Ltda. Levantando informações necessárias para propor
melhorias auxiliando a tomada de decisão. E para isso foi necessário levantar alguns dados
que estavam registrados no banco de dados da empresa, e fazer uso da teoria para um melhor
entendimento e conhecimento referente ao assunto abordado no trabalho.
Nesse estudo se apresentou a margem de contribuição e os pontos de equilíbrio
contábil, econômico e financeiro que serviram de base para as interpretações da análise no
decorrer deste trabalho.
Depois de realizado as análises fica claro que a empresa possui dificuldades em
alcançar o ponto de equilíbrio em alguns meses do ano devido a grande variação da margem
de contribuição.
Observou-se que devido a variação na margem de contribuição unitária a empresa
deve selecionar o seu mix de produto a fim de proporcionar melhores resultados para a
empresa.
Dessa forma a análise custo, volume e lucro é fundamental para a empresa atingir
seus objetivos propiciando resultados satisfatórios.
Esse trabalho foi importante para a acadêmica, pois a mesma trabalha no setor
de custos da empresa sendo assim possível correlacionar a teoria com a prática trazendo
benefícios tanto para a acadêmica quanto para a empresa.
Conclui-se que a Indústria e Comércio de Calçados Tânia deve gerenciar os
seus custos para auxiliar a tomada de decisão, possibilitando maior competitividade no
mercado que atua.
43
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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março/abril 2005.
PATMORE, G. Digging up the past: hitorical methods in industrial relations research. In:
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GIL, Antõnio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4ª edição. São Paulo, Atlas:
1994.
44
ANEXOS
Preço médio R$ 19,15 R$ 27,65 R$ 37,88 R$ 40,77 R$ 38,11 R$ 34,72 R$ 27,03 R$ 33,01 R$ 36,45 R$ 29,06 R$ 28,75 R$ 39,50 R$ 32,24
Custo e Desp. Variável R$ 14,28 R$ 20,82 R$ 28,52 R$ 29,81 R$ 29,42 R$ 26,94 R$ 21,16 R$ 25,41 R$ 27,83 R$ 21,71 R$ 21,90 R$ 30,76 R$ 24,54
Margem de contribuição
Unit. R$ 4,88 R$ 6,83 R$ 9,36 R$ 10,97 R$ 8,70 R$ 7,79 R$ 5,87 R$ 7,60 R$ 8,62 R$ 7,35 R$ 6,84 R$ 8,74 R$ 7,70
PE Contábil Unidades 96.662 61.673 50.864 45.840 59.723 66.904 91.043 69.813 60.438 75.470 73.848 64.103 794.567
PE Contábil Valores
R$
1.851.449
R$
1.705.468
R$
1.926.634
R$
1.869.008
R$
2.276.211
R$
2.323.090
R$
2.461.105
R$
2.304.380
R$
2.202.801
R$
2.193.010
R$
2.122.867
R$
2.532.180 R$ 25.619.968
PE Econômico
Unidades 80.312 74.859 78.533 71.022 79.548 70.947 82.197 93.805 99.755 128.837 132.227 70.677 1.060.006
PE Econômico Valores
R$
1.538.280
R$
2.070.128
R$
2.974.689
R$
2.895.735
R$
3.031.776
R$
2.463.462
R$
2.221.978
R$
3.096.306
R$
3.635.826
R$
3.743.772
R$
3.801.050
R$
2.791.882 R$ 34.178.777
Crescimento R$ 8.812 R$ 8.229 R$ 23.590 R$ 25.144 R$ 15.711 R$ 2.899 R$ 5.723 R$ 16.612 R$ 30.842 R$ 35.692 R$ 36.364 R$ 5.264
PE Financeiro
Unidades R$ 96.576 R$ 61.612 R$ 50.819 R$ 45.802 R$ 59.675 R$ 66.851 R$ 90.972 R$ 69.758 R$ 60.389 R$ 75.413 R$ 73.787 R$ 64.055 R$ 815.710
PE Financeiro Valores
R$
1.849.812
R$
1.703.782
R$
1.924.949
R$
1.867.459
R$
2.274.385
R$
2.321.232
R$
2.459.186
R$
2.302.570
R$
2.201.039
R$
2.191.362
R$
2.121.117
R$
2.530.297 R$ 25.747.190
Pares
produzidos
Pares
produzidos
Pares
produzidos
Pares
produzidos
Pares
produzidos
Pares
produzidos
Pares
produzidos
Pares
produzidos
Pares
produzidos
Pares
produzidos
Pares
produzidos
Pares
produzidos
78.590 73.716 76.058 68.767 77.789
70.628
81.293 91.674 96.225 124.037 126.975 70.123 1.035.875
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Receita Bruta 1.505.302 2.038.510 2.880.944 2.803.804 2.964.748 2.452.390 2.197.540 3.025.958 3.507.153 3.604.291 3.650.079 2.769.984 33.400.703
(-)
Custo e despesas
variáveis (1.122.088) (1.534.839) (2.168.796) (2.049.643) (2.288.239) (1.902.519) (1.720.381) (2.329.319) (2.677.878) (2.692.742) (2.780.966) (2.156.856) (25.424.266)
Devoluções de
Vendas 92.135 40.241 39.972 30.033 56.573 60.679 55.559 95.496 67.032 43.167 36.273 47.379 664.539
ICMS 35.047 97.138 158.558 146.033 166.649 141.851 125.201 171.903 206.407 208.039 214.343 160.658 1.831.827
Cofins 22.196 61.521 100.420 92.488 105.544 89.839 79.294 108.872 130.725 131.758 135.750 101.750 1.160.157
PIS 5.140 14.247 23.255 21.418 24.442 20.805 18.363 25.212 30.273 30.512 31.437 23.563 268.667
IR - - 25.011 36.288 23.148 - - - 55.863 23.148 65.679 2.975 232.112
C.Social - - 15.006 21.773 13.889 - - - 33.518 13.889 39.407 1.785 139.267
CPV 825.711 1.034.921 1.305.945 1.204.874 1.334.585 1.222.028 1.096.552 1.354.806 1.509.656 1.620.377 1.592.129 1.231.288 15.332.872
45
Serv.Terceirizados
Atelier 50.264 89.054 202.244 233.378 204.225 94.941 110.670 202.969 273.039 233.050 314.305 306.158 2.314.297
Comissões c/
vendas 49.904 131.618 199.433 186.524 212.229 177.755 161.916 220.890 259.349 251.268 223.403 185.794 2.260.083
Fretes 41.691 66.099 98.952 76.834 146.955 94.621 72.826 149.171 112.016 137.534 128.240 95.506 1.220.445
(=) Margem de contribuição 383.214 503.671 712.148 754.161 676.509 549.871 477.159 696.639 829.275 911.549 869.113 613.128 7.976.437
Custos e despesas fixas (471.335) (421.384) (476.250) (502.722) (519.396) (520.880) (534.388) (530.517) (520.858) (554.627) (505.472) (560.491) (6.118.316)
(-)
Total Despesas c/
Pessoal (308.593) (323.725) (330.065) (400.773) (336.800) (335.992) (376.733) (375.493) (375.605) (385.859) (377.782) (372.970) (4.300.390)
(-)
Total Despesas c/
Produção (32.754) (9.059) (20.624) (11.536) (18.938) (18.190) (21.902) (42.588) (22.883) (33.733) (17.132) (38.234) (287.569)
Depreciação 417 417 417 417 417 417 417 417 417 417 417 417 5.000
(-)
Total Despesas c/
Desenvolvimento (18.717) (15.521) (11.347) (8.257) (25.722) (16.146) (6.913) (1.076) (5.189) (13.612) (2.687) (13.895) (139.082)
(-)
Total Despesas c/
Vendas (61.249) (35.784) (54.788) (36.128) (87.685) (100.922) (86.777) (41.348) (68.692) (52.592) (42.729) (91.267) (759.961)
(-)
Total Despesas
Administrativas (39.727) (25.358) (30.824) (26.651) (27.655) (30.481) (21.155) (35.138) (28.732) (41.077) (42.320) (17.916) (367.034)
(-) Total Despesas Viagens (2.875) (11.283) (2.247) (6.256) (7.646) (3.810) (6.366) (21.251) (18.416) (11.357) (9.137) (11.975) (112.619)
(-) Total Despesas Água (832) (334) (374) (513) (705) (541) (694) (716) (523) (726) (545) (576) (7.079)
(-)
Total Despesas Energia
Elétrica (6.588) (320) (25.981) (12.608) (14.245) (14.798) (13.848) (12.907) (818) (15.671) (13.140) (13.658) (144.582)
-
(=) Resultado Operacional (88.121) 82.287 235.898 251.439 157.113 28.991 (57.229) 166.122 308.417 356.922 363.641 52.637 1.858.121
1
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS
Carla Peixer
Estagiário
Prof°. Frederico Sakamoto
Orientador de Estágio
Joe Afonso Piazza
Supervisor de Campo
Profª. Jaqueline de Fátima Cardoso
Coordenadora de Estágios

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