Aula 03 - lei 5517 - 02 06

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DISCIPLINA: Ética e Deontologia 
	AULA 02
	DATA: 02/06/21
→ LEI 5517
─ Sancionada em 23 de outubro de 1968, no auge do regime militar, aproveitou muito do texto no decreto 23.133, mas delimitou de uma maneira bem clara os setores onde o médico veterinário pode atuar.
─ Regulamenta profissão e também a ação dos CMV regionais e federal 
─ Em 1934, Getúlio Vargas sancionou o decreto 23.133 → primeiro documento regulador da profissão reconhecendo a profissão bem como o seu exercício dentro do território nacional 
→ EMENTA:
─ Dispõe sobre o exercício da profissão de médico veterinário e cria os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária. → resumo do que trata a lei
→ ESTRUTURA
─ As penalidades foram aproveitadas nos textos dos códigos de ética que foram sendo aprovados e substituídos desde então pelo conselho federal de Medicina Veterinária.
→ DA PROFISSÃO
─ Art. 2º Só é permitido o exercício da profissão de médico veterinário:
─ aos portadores de diplomas expeditos por escolas oficiais ou reconhecidas e registradas na Diretoria do Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura 
─ aos profissionais diplomados no estrangeiro que tenham revalidado e registrado seu diploma no Brasil, na forma da legislação em vigor 
─ Art. 3º. O exercício das atividades profissionais só será permitido aos portadores de carteira profissional expedida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária ou pelos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária criados na presente lei. 
→ EXERCÍCIO PROFISSIONAL
─ Art. 5º é da competência privativa do médico veterinário o exercício das seguintes atividades e funções a cargo da União, dos Estados, dos Municípios, dos Territórios Federais, entidades autárquicas, paraestatais e de economia mista e particulares: → significa que em qualquer lugar público ou privado e em qualquer instância algumas atividades são privativas ao médico veterinário
	─ a) a prática da clínica em todas as suas modalidades;
	─ b) a direção dos hospitais para animais;
	─ c) a assistência técnica e sanitária aos animais sob qualquer forma;
	─ d) o planejamento e a execução da defesa sanitária animal;
─ e) a direção técnica dos estabelecimentos industriais e, sempre que possível, dos comerciais ou de finalidades recreativas desportivas ou de proteção onde estejam, permanentemente, em exposição, em serviço ou para qualquer outro fim animais ou produtos de sua origem; → zoológicos, parque temáticos, unidades de conservação... todos esses locais necessitam ter um médico veterinário realizando a direção técnica sanitária destes estabelecimentos. 
─ f) a inspeção e a fiscalização sob o ponto de vista sanitário, higiênico e tecnológico dos matadouros, frigoríficos, fábricas de conservas de carne e pescado, fábricas de banha e gorduras em que se empregam produtos de origem animal, usinas e fábricas de laticínios, entrepostos de carne, leite, peixe, ovos, mel, cera e demais derivados da indústria pecuária e, de um modo geral, quando possível, de todos os produtos de origem animal nos locais de produção, manipulação, armazenagem e comercialização; → muitos outros profissionais de áreas de atuação como Nutrição, Engenharia de Alimentos e Química tentam atuar politicamente junto aos congresso nacional para alterar esse item da Lei 5517. 
─ g) a peritagem sobre animais, identificação, defeito, vícios, doenças, acidentes, exames técnicos em questões judiciais; → só o médico veterinário pode fazer isso (com valor jurídico).
─ h) as perícias, os exames e as pesquisas reveladores de fraudes ou operação dolorosa nos animais inscritos nas competições desportivas ou nas exposições pecuárias; 
─ i) o ensino, a direção, o controle e a orientação dos serviços de inseminação artificial; → a realização da inseminação pode ser feita por técnico ou pessoa treinada.
─ j) a regência de cadeiras ou disciplinas especificamente médico veterinárias, bem como a direção das respectivas seções e laboratórios;
─ l) a direção e as fiscalização do ensino de medicina veterinária, bem como do ensino agrícola médio, nos estabelecimentos em que a natureza dos trabalhos tenham por objetivo exclusivo a indústria animal;
─ m) a organização dos congressos, comissões, seminários e outros tipos de reuniões destinadas ao estudo da Medicina Veterinária, bem como a assessoria técnica do Ministério das Relações Exteriores, no país e no estrangeiro, no que diz com os problemas relativos à produção e à indústria animal. 
─ Art 6º Constitui, ainda, competência do médico veterinário o exercício de atividades ou funções públicas e particulares, relacionadas com: → que podem ser compartilhados com profissionais de outras áreas de interesse. 
─ a) as pesquisas, o planejamento, a direção técnica, o fomento, a orientação e a execução dos trabalhos de qualquer natureza relativos à produção animal e às indústrias derivadas, inclusive as de caça e pesca; → zootecnistas, engenheiro de pesca, engenheiros de alimentos, biólogos desde que não envolva inspeção, esta última é EXCLUSIVA do médico veterinário. 
─ b) o estudo e a aplicação de medidas de saúde pública no tocante às doenças de animais transmissíveis ao homem; → Médicos das áreas de saúde da família, engenheiros sanitaristas, enfermeiros, biólogos e também os Médicos veterinários podem contribuir por conhecer o ciclo epidemiológico das zoonoses. 
─ c) a avaliação e peritagem relativas aos animais para fins administrativos de crédito e de seguro → zootecnistas, agrônomos, desde que, devidamente treinados, inclusive existem cursos exclusivos para essa atividade.
─ d) a padronização e a classificação dos produtos de origem animal; → NÃO É ISNPEÇÃO, nessa função quem atua também são os engenheiros de alimentos, mas o médico veterinário quando qualificado pode executar essa função. 
─ e) a responsabilidade pelas fórmulas e preparação de rações para animais e a sua fiscalização. → o médico veterinário pode atuar, mas é uma área onde muitos bons zootecnistas atuam nesse segmento.
─ f) a participação nos exames de animais para efeito de inscrição nas Sociedades de Registro Genealógicos; → geralmente essas sociedades treinam seus próprios técnicos, e podem ser compartilhados com profissionais de outras áreas 
─ g) os exames periciais tecnológicos e sanitários dos subprodutos da indústria animal; → químico, engenheiro de alimentos, nutricionistas, eng. químicos.
─ h) as pesquisas e trabalhos ligados à biologia geral, à zoologia, à zootecnia bem como à bromatologia animal em especial. → biólogos, zootecnistas, químicos, eng. químicos e de alimentos.
─ i) a defesa de fauna, especialmente o controle da exploração das espécies animais silvestres, bem como dos seus produtos; → geralmente são equipes multiprofissionais, biólogos, zootecnistas, agrônomos, médicos veterinários, eng. florestais e sanitaristas. 
─ os estudos e as organização de trabalhos sobre economia e estatística ligados à profissão; → computação, eng. de software e sistemas de informação. Também equipes multidisciplinares. 
─ l) a organização da educação rural relativa à pecuária. → educadores, pedagogos, sociólogos, filósofo, historiadores, portanto, se faz necessário que o médico veterinário seja capaz de trabalhas de forma integrada com esses profissionais também. 
 
→ PENALIDADES:
─ Art. 29. Para a gradação da penalidade e respectiva imposição consideram-se:
	I – a maior ou menor gravidade da infração; 
II – as circunstancias agravantes e atenuantes da infração;
III – o dano causado e suas consequências;
IV – os antecedentes do infrator. 
─ Art. 30. Na aplicação de sanções disciplinares, serão consideradas agravantes as seguintes circunstancias: 
	I – a reincidência; 
	II – qualquer forma de obstrução de processo;
	III – o falso testemunho ou perjúrio; (juramento falso ou violação do juramento feito)
	IV – aproveitar-se da fragilidade do cliente;
V – cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou função; 
VI – imputar a terceiros de bia fé a culpa pelo ocorrido. (Atribuir a responsabilidade)─ Art. 32. O caráter das infrações éticas se classificará conforme a seguinte gradação: 
	I – levíssima;
	II – leves;
	III – sérias; 
	IV – graves;
	V – gravíssimas. 
─ Art. 38. Sem prejuízo do disposto nos artigos 29 a 31:
	I – as infrações levíssimas culminarão com a aplicação da pena de advertência confidencial;
	II – as infrações leves culminarão com a aplicação da pena de censura confidencial
	III – as infrações sérias culminarão com a aplicação da pena de censura publica;
IV – as infrações graves culminarão com a aplicação da pena de suspensão do exercício profissional por até 90 dias;
V – as infrações gravíssimas culminarão com a aplicação da pena de cassação do exercício profissional. 
 
 Wanessa Mouro – Medicina Veterinária UFJF – Ética e Deontologia – 2021